30 dezembro, 2011

Deus não faz acepção de pessoas

 

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; [...] Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são (1 Co 1:26, 28)
Mt 4:23-25; 9:9; 10:1-2; At 1:11; 1 Co 9:16


Desde o início de Sua pregação, o Senhor não estava sozinho, mas acompanhado de Seus discípulos. Como vimos, eles não eram pessoas cultas, de realce, mas simples pescadores que deixaram tudo o que tinham para seguir o Senhor.
No passado, achávamos que somente pessoas cultas, como universitários, seriam eficazes na pregação do evangelho. Muitos deles receberam treinamento especial para isso. Hoje vemos que esse comissionamento não está restrito a um grupo específico, mas compete a todos os irmãos, independentemente do grau de escolaridade. Isso porque não existe na igreja um grupo de destaque para a pregação do evangelho, pois essa função inclui todos nós. Não devemos nos orgulhar do que recebemos, mas ser humildes nesse aspecto, pois a maior parte das pessoas que o Senhor escolheu para segui-Lo era humilde (At 1:11; 4:13; 1 Co 1:19-20).
Isso nos revela que Deus não faz acepção de pessoas (1 Pe 1:17). Não importa se somos graduados ou não, Deus deseja que Lhe sejamos úteis em Seu propósito. Além disso, nossa pregação não se baseia em meros ensinamentos, mas na pessoa de Cristo, que desfrutamos (1 Co 1:22-24). O Senhor que recebemos é rico demais, e podemos desfrutá-Lo todos os dias, invocando Seu nome, em comunhão com Ele. O desfrute de Cristo gera em nós o desejo e a responsabilidade de pregar o evangelho, pois, quanto mais ganhamos de Cristo, mais tendemos a transbordar Sua graça para outros (1 Co 9:16; 2 Tm 2:14).
O Senhor, por outro lado, também tinha entre os discípulos pessoas instruídas. Mateus, por exemplo, era uma pessoa instruída, um coletor de impostos (Mt 9:9). Ele seguiu o Senhor e foi chamado especialmente para registrar o evangelho segundo a visão do reino. Vemos, assim, que Deus pode utilizar cada um de nós conforme nossa capacidade e formação.
É preciso frisar que o mais importante não é o quanto somos capazes de servir ao Senhor, mas se nosso trabalho produz fruto ou não. Pelo relato de Mateus, vemos que, na primeira saída do Senhor Jesus com Seus discípulos, muitas pessoas foram contatadas e curadas: "Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou".
Da mesma forma, quando pregamos o evangelho, temos oportunidade de frutificar para Deus.