31 março, 2012

Vida para todos

Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim (Mt 24:45-46).


Mt 24:14; Ap 20:6b



A fim de cumprirmos a incumbência dada por Deus à Sua igreja, precisamos pregar o evangelho do reino (Mt 24:14). Para que isso ocorra de maneira mais rápida, Ele nos deu duas ferramentas: uma é o bookafé – um ambiente com livros que levam à fé – e a outra são os colportores. Por meio delas conseguimos alcançar muitas e muitas pessoas para supri-las com a Palavra do Senhor. Muitos já creram Nele e receberam o evangelho da graça: foram regenerados e ganharam a vida de Deus. Agora devem prosseguir, negando a vida da alma e recebendo cada vez mais o acréscimo da vida divina. Assim são preparados para governar juntamente com Cristo o mundo que há de vir (Ap 20:6b).
Devemos manter comunhão não apenas com os irmãos com quem nos reunimos, mas ampliar esse círculo de comunhão e alcançar os muitos filhos de Deus. A incumbência que Deus nos deu é alimentá-los com Sua Palavra e também com os livros de conteúdo espiritual que explicam a vontade de Deus revelada na Bíblia (Mt 24:45-47).
Louvamos ao Senhor, pois dia a dia Ele tem nos revelado mais e mais de Sua vontade. Almejamos que todos deixemos nossos antigos conceitos, vivamos de acordo com o que Deus planejou, e que a vida divina se acrescente mais e mais a cada um de nós. Vamos nos libertar de todos os velhos conceitos sobre a igreja e ter também nossas reuniões em todos os bairros, em vários lugares, seja nos bookafés, seja nos lugares de oração ou nas reuniões de casa, com o objetivo de que a vida de Deus cresça não somente em nós, mas também nos demais filhos de Deus. Vida para todos! Aleluia! Jesus é o Senhor!

Fé, esperança e amor

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (1 Co 13:13)


Mt 16:25; Gl 2:16; Ef 2:8-9; Hb 2:5



A vida da igreja tem três aspectos: a fé, a esperança e o amor (1 Co 13:13). A fé diz respeito ao nosso espírito, que foi salvo quando cremos no Senhor Jesus. Fomos salvos pela fé, não pelas obras que fazemos (Gl 2:16; Ef 2:8-9). Eu cri no Senhor Jesus, e Ele me salvou. Não fui eu quem foi crucificado, mas o Senhor foi crucificado em meu lugar. Se eu fosse crucificado, teria morrido e não seria útil a Deus. Ele não nos criou para morrer; aquele que tem o poder da morte, o diabo, queria nos manter presos pelo pavor da morte, mas Deus veio nos dar Sua vida (Hb 2:14). Agora Ele deseja que vivamos a vida da igreja, negando a vida da alma, para a vida divina crescer em nós.
A esperança está relacionada à vinda do Senhor, quando nosso corpo será transfigurado em um corpo de glória. Não depositemos esperança no mundo presente; nossa esperança está no mundo que há de vir. Com respeito ao mundo vindouro, a Palavra de Deus diz em Hebreus que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo que há de vir, mas ao homem, para que este o governe juntamente com Ele. Por isso, se você estiver cheio de sua vida da alma e de pecados, como poderá governar o mundo que há de vir?
Hoje, se você estiver vivendo a vida da igreja, negando sua vida da alma, a vida de Deus irá crescer, e você estará cheio de amor, pois Deus é amor. O crescimento da vida de Deus resulta em amor, e, a cada ano que passa, os irmãos manifestam mais esse amor. Aleluia!
A igreja não tem autoridade em si mesma, mas a tem por meio da vida de Deus que cresce nos seus membros. Muitos entendem mal a passagem bíblica, onde se diz que aquilo que desligarmos na terra será desligado nos céus (Mt 16:19). Se não há a vida de Deus, não há autoridade. Se você tem a vida divina, a autoridade será proporcional ao seu crescimento de vida. Quem nega a vida da alma hoje terá autoridade na presente época e também na era vindoura.
Em todos os mais de duzentos países existentes hoje, seus líderes, chefes de governo, presidentes ou reis, estão debaixo do governo de Satanás (1 Jo 5:19b). Não são eles quem decidem, é o inimigo de Deus quem os manipula; já o governo do mundo que há de vir não será mais entregue aos anjos, Deus vai entregá-lo para o homem governar juntamente com Cristo.
Como, porém, iremos governar sendo pessoas cheias de opiniões, da vida da alma? Para isso Ele nos colocou na vida da igreja, onde temos a oportunidade de ser salvos completamente.
A nossa salvação ocorre em três aspectos. Em Sua primeira vinda, o Senhor Jesus, morreu na cruz para resolver o problema de nossos pecados, e nosso espírito é salvo quando cremos Nele. A salvação do nosso corpo se dará em Sua segunda vinda. O terceiro aspecto da nossa salvação se refere à alma, ou seja, por meio de negarmos a nós mesmos e sermos preenchidos com a vida divina, obtemos a salvação completa (Mt 16:25).
A igreja revelada pelo Senhor Jesus é esse tipo de viver. Ela não é um lugar físico nem tampouco é um templo usado para controlar as pessoas. Ela é um viver de negar a nós mesmos para a vida de Deus crescer, visando governar o mundo que há de vir.

A realidade do viver da igreja


Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna (Jo 12:25)

Mt 16:23-24

A vida de Deus cresce em nós à medida que nossa vida da alma é negada. O Senhor disse que, para segui-Lo, não podemos levar nosso ego, que é a nossa vida da alma, cheia de opiniões (Mt 16:24; Jo 12:25).
Todos gostamos de dar opinião. Ter opinião não é errado, porém, mesmo que pareça ser a melhor entre muitas, devemos estar dispostos a abrir mão dela, negando a nós mesmos. Quando Pedro, movido de compaixão pelo Senhor, manifestou sua vida da alma dizendo-Lhe que de modo algum Ele deveria sofrer e morrer, a resposta de Jesus foi: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16:23).
Não podemos conservar o lado bom de nosso ser natural nem nossas opiniões, sejam elas boas ou más. O Senhor Jesus disse que, se alguém quiser segui-Lo, deve negar a si mesmo, ou seja, anular seu ego, porque ele impede que a vontade de Deus seja executada.
Deus deseja o nosso crescimento de vida. A vida da igreja é onde Deus nos colocou para que haja esse crescimento. Eu sempre uso uma ilustração para explicar como isso ocorre: se um copo estiver cheio de água, representando minha vida natural, não há como acrescentar mais água. Do mesmo modo, Deus não encontra espaço para acrescentar Sua vida a mim, se eu estiver cheio da minha vida natural. Desse modo, somente quando eu jogar fora um pouco do meu ser natural, Deus encontrará espaço para acrescentar mais de Sua vida a mim. Cada vez que invoco: “Ó Senhor Jesus”, a vida de Deus é mais acrescentada. Experimente jogar fora um pouco de sua vida da alma, para que a vida de Deus se acrescente cada vez mais a você.
Em resumo, a vida da igreja é negar a vida da alma para a vida de Deus crescer. Eu acredito que, nesses muitos anos que passamos juntos, a grande maioria entre nós está negando sua vida da alma. Essa é a verdadeira vida da igreja; volto a dizer: não é um local de reuniões ou um templo onde se ouvem lindas mensagens ou se concentra grande número de pessoas. A vida da igreja é onde a vida de Deus cresce diariamente naqueles que negam a si mesmos.

29 março, 2012

A revelação do viver da igreja

Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne (Gl 5:16)




Êx 17:6; 1 Co 3:11; Gl 5:16, 19-23, 25



Após revelar a Pedro que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Senhor Jesus lhe disse: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16:18). Jesus estava dizendo que Pedro simbolizava uma pedra e que Ele mesmo edificaria a Sua igreja sobre uma rocha, isto é, sobre Si mesmo. O Senhor estabeleceu esse fundamento e desejava que os discípulos edificassem a igreja sobre Ele (1 Co 3:11).
A rocha mencionada em Mateus 16 é a mesma que foi fendida por nossa causa. Deus crucificou Seu próprio Filho, ou seja, a rocha foi fendida, e dela fluiu água (cf. Êx 17:6). Essa água que fluiu representa a vida divina que nos foi dada ao crer Nele e está disponível, como suprimento, não apenas nas reuniões da igreja (Jo 4:10, 14; 7:38), mas em toda nossa vida da igreja, que inclui a vida familiar, o relacionamento social – no trabalho, na escola, onde quer que estejamos em nosso dia a dia – e a batalha espiritual (Ef 5 e 6). A vida da igreja existe para negarmos nossa vida da alma e recebermos o acréscimo da vida de Deus.
Em relação ao viver familiar, por exemplo, vemos algumas irmãs que são muito submissas e irmãos que demonstram amar muito a esposa nas reuniões da igreja, mas, quando estão em casa, esquecem tudo o que ouviram. As irmãs deixam de ser submissas, e os irmãos de ser bons maridos.
Devemos negar a nós mesmos, não apenas nas reuniões da igreja, mas também em nossa casa. Para que o marido ame verdadeiramente a esposa, ele precisa ter a vida de Deus e viver por ela. Da mesma forma, a esposa necessita viver pela vida de Deus para submeter-se ao marido. Na vida familiar, tanto o marido como a esposa têm muitas oportunidades para negar a vida da alma. Se souberem aproveitá-las, o resultado será um lar com muito amor e edificação mútua.
Se, porém, o marido está sempre irado ou se a esposa perde constantemente a calma porque os filhos são desobedientes, isso é a manifestação da vida da alma deles. A ira e o mau temperamento são a manifestação do ego, do ser natural de cada um deles. A melhor maneira de lidar com isso é voltar-nos ao Senhor, clamar pelo Seu sangue precioso, que é disponível a todos que O buscam, e viver mais no espírito, invocando Seu nome (Gl 5:16, 19-23, 25). Dessa maneira estaremos permitindo que a vida de Deus nos seja acrescentada mais e mais.
Além disso, em nosso andar diário, ao contatar muitas pessoas, não importando se são nossos subordinados ou não, precisamos da vida de Deus para amá-las, porque desse modo a vida da alma será negada e a vida de Deus, acrescentada.

28 março, 2012

Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo


Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5:20)

,Jo 19:34; Rm 6:6; 8:3; 1 Jo 1:1-9; Ap 1:5b

Quando a Bíblia menciona a igreja, ela não se refere a um local de reuniões ou a um templo. Todavia, infelizmente, esse conceito foi absorvido pelo cristianismo com o passar dos anos. Por isso, várias religiões chamam seus templos de igrejas.
Para ouvir o que o Senhor deseja falar conosco hoje, precisamos nos livrar de todo tipo de fermento ou doutrina, além dos velhos conceitos que recebemos no passado, que não vieram Dele. Isso não é simples, mas nos permitirá conhecer melhor a vontade do Senhor.
Após Jesus ter levado Seus discípulos para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou-lhes: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mt 16:13). Eles assim responderam porque conheciam a Escritura: “Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas” (v. 14). Eles consideraram o Senhor Jesus meramente como um profeta, igualaram-No aos demais profetas. O Senhor não ficou satisfeito com essa resposta e perguntou: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (v. 15). Simão Pedro, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 16).
Embora Pedro fosse o discípulo que sempre falava em primeiro lugar, porque sua vida da alma ainda era muito forte, dessa vez falou corretamente, e Jesus lhe afirmou: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (vs. 17-18). Era como se Jesus lhe dissesse: “Eu sou Filho de Deus, Eu tenho a vida de Deus e desejo suprir-lhes essa vida divina”.
Como podemos receber a vida de Deus, se todos somos pecadores? Foi necessário que Jesus viesse primeiro resolver o problema da fonte dos nossos pecados, isso é, nosso velho homem, crucificando-o no madeiro (Rm 6:6; 8:3). Depois, então, Ele derramou Seu sangue para nos purificar de todo pecado (1 Jo 1:9; Ap 1:5b).
Por meio de crer em Sua obra redentora, recebemos a remissão, o perdão dos nossos pecados e ganhamos a vida eterna, a vida de Deus. Dessa maneira estamos qualificados a ser parte de Sua igreja. Louvado seja o Senhor!

Deixar todo tipo de fermento

O alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal (Hb 5:14)

Mt 16:12; Mc 8:15; 1 Co 5:7-8; Gl 5:9



Em Mateus 16 lemos: “Ora, tendo os discípulos passado para o outro lado, esqueceram-se de levar pão. E Jesus lhes disse: Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão” (vs. 5-7).
Jesus, contudo, não se referia à falta de pão nem à questão da comida, mas a que se acautelassem dos ensinamentos dos fariseus e saduceus (v. 12). A preocupação de Jesus era que Seus discípulos não se contaminassem com esses ensinamentos.
Quando o fermento é colocado na farinha, leveda toda a massa, tornando-a mais fácil de comer (Gl 5:9). O Senhor desejava que eles entendessem que as palavras dos fariseus e saduceus eram muito bonitas, fáceis de aceitar, contudo tinham fermento.
Precisamos ser muito simples: nosso “pão” só deve ter vida, nada deve ser acrescentado a ele. Embora o acréscimo do fermento deixe mais brandas as palavras da Bíblia, isso poderá diluir e alterar seu verdadeiro significado. Em toda a Bíblia vemos a reprovação do Senhor quanto aos muitos tipos de fermento, como os ensinamentos dos herodianos e de Jezabel, que não agradavam a Deus (Mc 8:15; Ap 2:20, 24).
Depois que os discípulos entenderam a questão do fermento, Jesus os levou para um lugar chamado Cesareia de Filipe, onde havia uma atmosfera límpida e livre da contaminação do fermento da religião que imperava em Jerusalém. Em Cesareia de Filipe, os discípulos poderiam ouvir a Palavra do Senhor e ganhar Sua revelação, sem a influência da religião degradada.
Hoje, conosco, pode ocorrer algo semelhante se estivermos cheios do fermento da religião, formatados de velhos conceitos e ensinamentos religiosos: não conseguiremos receber aquilo que o Senhor realmente deseja falar-nos. Precisamos ser levados para um lugar sem contaminação, sem poluição, para entender o que o Senhor quer dizer-nos. Para isso precisamos deixar de lado todo fermento acrescentado à Palavra de Deus, inclusive o que associa igreja a um local de reuniões.
A vontade de Deus é que comamos alimento sólido, sem fermento (1 Co 5:7-8; Hb 5:14). Por isso nosso desejo deve ser sempre receber a Palavra do Senhor, deixando de lado todo fermento, doutrinas ou ensinamentos que não estejam conforme Seu propósito.


Que é a igreja?


À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (1 Co 1:2)

Mt 7:21; Rm 16:5; 1 Co 12:12-13; 16:19; Hb 3:6
Na série anterior do Alimento Diário, vimos que precisamos nos arrepender porque o reino dos céus está próximo. Nesta, abordaremos a revelação da realidade da vida da igreja. Para vivermos nessa realidade, precisamos negar a nós mesmos para crescer em vida, e ser aperfeiçoados na obra do Senhor a fim de estar preparados para governar com Ele no mundo que há de vir.
O Senhor incumbiu a igreja de pregar o evangelho do reino por todo o mundo (Mt 24:14). Isso significa que Seu desejo é que os homens não apenas sejam salvos e conheçam as verdades bíblicas, mas, principalmente, que as pratiquem (7:21, 24).
Na igreja temos oportunidade de praticar a Palavra de Deus, mas o que é a igreja? Sabemos que é o ajuntamento de todos que foram chamados por Deus, isto é, foram regenerados com a vida de Deus após terem crido no evangelho da graça. É também onde crescemos na vida divina.
Todavia, para muitos, a igreja é apenas um templo, um lugar de reuniões para ouvir mensagens. Geralmente as religiões têm um templo, comumente denominado igreja, onde concentram seus fiéis. Entretanto a Palavra de Deus não se refere à igreja como um lugar físico para reuniões, e sim às pessoas, aos santificados em Cristo (1 Co 1:2). Quando estes estão juntos, a igreja está ali; quando não estão, a igreja simplesmente não está.
Em certos lugares, alguns irmãos presumem que somente aqueles que partem o pão com eles são considerados a igreja. Contudo a Bíblia não diz isso, pois todos os que creem são membros do Corpo de Cristo, pois foram batizados para dentro de um mesmo corpo (12:12-13).
Segundo a Palavra de Deus, a revelação da realidade da vida da igreja diz respeito ao seu viver. Assim, a vida da igreja não se resume a algumas reuniões num templo, onde são proferidas mensagens e os irmãos vêm somente para ouvi-las, mas diz respeito ao viver dos filhos de Deus, à prática de Sua Palavra no dia a dia. Talvez, por isso, várias vezes é mencionado que a igreja se reunia nas casas dos irmãos (At 16:40; Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15).
No Novo Testamento, a igreja foi mencionada pela primeira vez em Mateus 16, num contexto onde fariseus e saduceus tentaram a Jesus, pedindo-Lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu (v. 1). O Senhor poderia dar-lhes um sinal, mas Ele não quis fazê-lo, e respondeu: “Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. E deixando-os, retirou-se” (v. 4).
Que sinal era esse a que Jesus se referia? Havia uma cidade muito pecaminosa na Assíria chamada Nínive, que Deus decidiu destruir (Jn 1:2), mas antes enviou o profeta Jonas para adverti-los acerca da destruição, dando-lhes oportunidade para arrependimento. Jonas, todavia, resolveu fugir de Deus embarcando num navio para Társis (v. 3). Ao fugir, foi jogado ao mar e engolido por um grande peixe, onde ficou por três dias e três noites (v. 17). Esse fato se refere à morte do Senhor Jesus, que, após ter sido crucificado, ressuscitou ao terceiro dia (1 Co 15:4). Esse é o sinal a que Jesus se referiu quando foi questionado pelos fariseus e saduceus.
Louvamos ao Senhor Jesus que, por Sua morte e ressurreição, a igreja foi gerada! Aleluia!

22 março, 2012

O ambiente adequado para a revelação.

Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18)

Mt 16:13-19;Jo 1:1; 2 Co 11:3; 1 Jo 5:12 



Precisamos voltar ao princípio de tudo, voltar à Palavra de Deus, para sair da esfera influenciada pelo "fermento" da religião (Jo 1:1). O Senhor Jesus, querendo que Sua comunhão com os discípulos estivesse fora da influência do grande centro religioso de Jerusalém, levou-os para as bandas de Cesareia de Filipe. Foi nesse ambiente puro, afastado da mistura de ensinamentos humanos tradicionais, que Deus Pai revelou a Pedro ser Jesus o Cristo, o Filho do Deus vivo. Imediatamente após isso, o próprio Senhor Jesus lhe revelou a igreja.
Leiamos essa importante passagem: "Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem- aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus" (Mt 16:13-19).
Quando alguém está sob a influência de ensinamentos tradicionais, tem dificuldade em distinguir o Senhor de algum dos profetas, podendo até pensar que Ele foi apenas um homem de Deus ou um mártir. Mas isso não é suficiente para definir o Senhor, pois Ele é o Cristo, o ungido de Deus, o próprio Filho de Deus. Quando temos essa revelação, obtemos a salvação, pois aquele que tem o Filho de Deus tem a vida divina (1 Jo 5:12).
Depois que temos a revelação do Filho de Deus, o Senhor Jesus nos revela a igreja, que é o reino dos céus sendo vivido e praticado hoje, na terra. A igreja é o ambiente onde desenvolvemos nossa salvação.
Para recebermos a revelação completa da vontade de Deus, precisamos estar com o coração puro e sincero diante Dele. Por isso jamais nos apartemos da simplicidade e pureza devidas a Cristo (2 Co 11:3).




Conservar o nome e a Palavra do Senhor até o fim.


Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos (Hb 2:1)
Rm 1:16-17; 3:28; 1 Co 2:9-10; 14:1-3; 2 Co 3:6b; Gl 2:16; Ap 3:8b

A restauração iniciada por Martinho Lutero foi muito boa, pois possibilitou que, pela Palavra de Deus, muitos soubessem que a justificação é por fé e não por obras (Rm 3:28; GI 2:16). Por meio de Lutero, Deus restaurou a verdade sobre a salvação pela fé (Rm 1:16-17). Ainda havia muito a ser restaurado, mas isso não foi possível porque os cristãos passaram a utilizar a Bíblia apenas para buscar ensinamentos, concentrando-se em estudos doutrinários para questionar uns aos outros em escolas e debater diversos assuntos. Esses são os fundamentalistas.
Noutro extremo, surgiram cristãos que passaram a buscar apenas o poder do Espírito Santo em forma de sinais, como curas e manifestação de dons. Daí surgiram os chamados grupos pentecostais, que também se subdividiram em várias vertentes.
Quando nos concentramos apenas no estudo da Palavra, sem voltar nosso coração ao Senhor pelo exercício do espírito, temos a tendência de nos deixar guiar pela letra morta, sem vida (2 Co 3:6b). Por outro lado, quando só buscamos as manifestações exteriores do poder do Espírito Santo, perdemos a direção que a Palavra de Deus nos apresenta para cumprir o Seu plano eterno (1 Co 14:1-3). Em ambos os casos, os filhos de Deus empreenderam buscas que não foram suficientes para cumprir Sua vontade, porque essa vontade só pode ser revelada pelo Espírito (2:9-10).
A vontade do Senhor pode ser cumprida quando guardamos a Sua Palavra e exaltamos o Seu nome acima de qualquer outro nome (Ap 3:8b). Por algum tempo, temos praticado isso diante do Senhor, de modo que muitas verdades bíblicas, que nos foram reveladas no passado por irmãos que estavam à nossa frente e nos ajudaram, hoje se tornaram realidade em nosso viver.
Não devemos, entretanto, sentir-nos abastados, achando que não precisamos de mais nada. Por mais revelações que tenhamos ainda precisamos nos humilhar e procurar praticar o que temos visto e ouvido, principalmente com respeito a negar a nós mesmos.
A alma, como sabemos, é composta de vontade, mente e emoção. Nossa vontade ainda precisa se curvar à vontade do Senhor; nossos pensamentos devem ser levados cativos pelos pensamentos de Cristo; nossa emoção também deve ser governada pela emoção do Senhor. Tanto ainda nos falta, de modo que não podemos nos iludir, achando que já não precisamos de coisa alguma. Pela misericórdia do Senhor, Sua luz vem mostrar nossa real condição e verdadeira necessidade.
Em meio à confusão e a "ventos de doutrina" que sopram de um lado e de outro, precisamos nos apegar com mais firmeza às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Para isso, devemos perseverar na prática de ler a Palavra com oração, invocando o nome do Senhor de coração puro. Além disso, na igreja devemos prosseguir praticando o amor fraternal. Vamos conservar o que temos praticado, para guardar nossa coroa até que o Senhor Jesus venha!

21 março, 2012

Lançar fora o velho fermento.


Celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade (1 Co 5:8)

Mt 13:33; 1 Co 2:13; 5:8


Os discípulos não tinham entendido o que o Senhor dissera a respeito de trabalhar pela comida que não perece e ainda estavam preocupados com o pão físico. É o que lemos nesta passagem bíblica: "E Jesus lhes disse: Vede e acautelai- vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão. Percebendo-o Jesus, disse: Por que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus" (Mt 16:6-12).
A pura palavra de Deus é como um pão asmo, preparado sem fermento (1 Co 5:8). Assim como o fermento torna o pão macio e facilita a sua degustação, há ensinamentos humanos que algumas pessoas inserem na Palavra de Deus, criando uma interpretação peculiar para facilitar a aceitação equivocada dessa palavra. Essa mistura induz muitos ao erro de acolher certos ensinamentos humanos como se fosse a palavra divina.
O Senhor Jesus se referiu a isso na seguinte parábola: "O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (Mt 13:33). Para fazer a vontade de Deus, que é trazer o Seu reino, não cogitamos das coisas dos homens, e sim das coisas de Deus. Portanto a Bíblia deve ser interpretada à luz da própria Bíblia (1 Co 2:13).
Sabemos pela história que durante vários séculos a Bíblia esteve inacessível à grande maioria da população, que não a podia ler. Somente autoridades eclesiásticas do alto escalão tinham acesso às Escrituras, mas não as transmitiam com fidelidade ao povo; antes, misturavam seus próprios ensinamentos, construindo tradições religiosas que nada tinham a ver com Deus.
Com a reforma protestante, Martinho Lutero tornou a Bíblia acessível a todos, de modo que hoje cada pessoa pode ter acesso direto às Escrituras e, dessa forma, rejeitar qualquer ensinamento que não esteja de acordo com a pura Palavra de Deus. Vamos valorizar a pura Palavra, que é o nosso verdadeiro alimento.

20 março, 2012

O pão vivo que desceu do céu.


Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá (Jo 6:57)

Jo 4:34; 6:10, 26-27, 35, 38, 48, 50-51, 55-56


No capítulo 6 do evangelho de João, ele mostra que o Senhor Jesus também é o pão da vida (v. 48). Nesse capítulo, Ele realizou o milagre da multiplicação dos pães para alimentar com fartura quase cinco mil homens (v. 10). O Senhor não fez isso para ser aclamado Rei pela multidão, pois Sua intenção era ensinar algo aos discípulos. Após a multiplicação dos pães, a multidão passou a ir atrás de Jesus, mas Ele sabia que a motivação dessa busca era apenas o alimento físico (v. 26). Por isso Ele disse: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo" (v. 27).
O Senhor ensinou a diferença entre trabalhar pela comida que perece e trabalhar pela que subsiste para a vida eterna. Por exemplo, quando muitos se tornam cristãos, são abençoados com riquezas materiais e prosperidade. Isso é bom, mas ainda se refere a coisas perecíveis deste mundo corruptível. Por outro lado, quando trabalhamos pela comida que subsiste para a vida eterna, estamos trabalhando pelo pão da vida, que é o próprio Senhor Jesus. Esse é o verdadeiro pão de Deus que desce do céu e dá vida ao mundo. O Senhor disse: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. [ ... ] Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:35, 38).
Quem se esforça somente pelo pão que perece, às vezes busca a Deus para obter o próprio desfrute e satisfação. Mesmo na igreja, isso pode ocorrer, quando nos acostumamos a olhar unicamente para nossos próprios interesses. Mas quem trabalha pela comida que subsiste para a vida eterna busca o pão da vida fazendo a vontade de Deus (4:34), que é dar vida eterna para todos. Por isso o alimento espiritual não deve ser retido. Precisamos distribuir esse pão vivo, que é a própria pessoa do Senhor.
Prosseguindo, o Senhor afirmou: "Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. [ ... ] Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele." (vs. 50-51, 55-56). Essa palavra foi cumprida pelo Senhor quando morreu na cruz, sendo partido para se tornar o nosso alimento, ou seja, a nossa porção da vida divina. Graças a Deus, a obra que o Senhor Jesus realizou na cruz nos permite hoje participar da natureza divina.
Vamos nos alimentar do pão vivo, relembrando tudo que o Senhor fez por nós na cruz, e transmitir esse alimento a outros, pregando o evangelho da vida.

19 março, 2012

A primazia é do filho de Deus.

Ele [Cristo] é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia (Cl 1:18)
Jo 1:15-17, 29, 32-34; 3:28-30

No evangelho de João vemos que o Senhor Jesus é a verdadeira luz e que João Batista foi enviado para testificar a respeito da luz. Leiamos esse precioso trecho bíblico: "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem" (Jo 1:3-9).
Na sequência, João Batista dá um importante testemunho sobre o Senhor Jesus, afirmando que Ele tem a primazia, por ser o Deus unigênito a nos revelar Deus Pai, e que todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça. João Batista também diferencia a dispensação da lei da dispensação da graça, dizendo que a lei veio por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade, por meio de Jesus Cristo (vs, 15-17).

No dia seguinte, João Batista encontra o Senhor Jesus e testífica publicamente que Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (v. 29), asseverando que, quando batizou Jesus, presenciou o Espírito de Deus descer em forma de pomba sobre Ele. Isso confirmou a profecia que lhe fora dada por Deus, de que Aquele sobre quem João Batista visse o Espírito descer e pousar é o que batiza com o Espírito Santo. Portanto não havia qualquer dúvida de que Jesus era o Filho de Deus (vs. 32-34).

João Batista afirmou e reafirmou essa declaração (Jo 3:28-30), mas ele próprio não foi capaz de seguir a pessoa do Senhor e submeter-se somente a Ele. Muitas vezes, nos encontramos em situação semelhante: temos a revelação divina, mas ficamos incapazes de praticá-Ia porque hesitamos em abrir mão de algo que consideramos mais valioso.

Daí a importância de negarmos a vida da alma com suas preferências e tradições. Mesmo algo que Deus nos concedeu no passado pode se tornar uma tradição que nos impede de praticar a presente revelação de Sua vontade. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos mostre aquilo que definitivamente precisamos abandonar para segui- Lo.

18 março, 2012

BOAS NOVAS... SENHOR JESUS...

"Porque também a nós foram anunciadas as boas novas..." Hebreus 4:2a



Purificados, Embranquecidos e Provados


Em Daniel 12:7 lemos: “Ouvi o homem vestido de linho que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu, e jurou por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo.” Quando será isso? Será na segunda metade da última semana, nos últimos três anos e meio desta era. “E quando se acabar a destruição do poder do povo santo estas coisas todas se cumprirão”.

Daniel ao ouvir isso, não entendeu, então disse: “Meu senhor, qual será o fim destas cousas? Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, embranquecidos e provados.” Por que essas palavras estão encerradas e seladas? Porque o Senhor está esperando que muitos sejam purificados, embranquecidos e provados. Você está purificado? Você está embranquecido? Você já foi provado? Por isso ele disse a Daniel não preocupar-se com isso. Daniel queria que isso já se tornasse público. E que seria de nós então? Por nossa causa o Senhor lhe disse que selasse o livro, pois Ele ainda tem muitos filhos amados que precisam ser purificados, embranquecidos e provados. Para isso precisam de tempo.

Em 2 Timóteo 2:19 Paulo diz: “Entretanto o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.” Nós somos aqueles que invocam o nome do Senhor e, assim, nos apartamos da injustiça. O Senhor conhece aqueles que O invocam; Ele conhece a nossa voz. Isso é um firme fundamento e tem um selo. Se você invocar o nome do Senhor, você se apartará da injustiça. O versículo 21 diz no tocante a purificar-se: “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.” Como podemos apartar-nos da injustiça? Invocando o nome do Senhor. Como podemos purificar-nos dos erros? Estando junto dos que de coração puro invocam o Senhor. Assim seremos purificados e embranquecidos.

Em 1 Pedro 1: 6 lemos com respeito às provações: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.” Ainda em 1 Pedro 4:12: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo.” Precisamos ser provados pelo fogo. Não devemos estranhar isso, antes devemos encará-lo como sendo algo normal. O Senhor quer que participemos de Seus sofrimentos. Isso diz respeito especialmente às perseguições: “Se pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (versículo 14). Somos bem-aventurados se sofremos pelo nome de Cristo. “Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócio de outrem” (versículo 15). Esse já é um sofrimento merecido. “Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso, antes glorifique a Deus com esse nome. Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (versículos 16-17).

Precisamos ser purificados, embranquecidos e provados. Se formos purificados, embranquecidos e provados hoje, na volta do Senhor não precisaremos ser julgados.

Trecho extraído do livro “Daniel – O Destino do Governo Humano na Economia de Deus”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida

REFLETINDO


O chamamento que Deus faz ao preparado.

Perdendo a Confiança em Si Mesmo.

Quando Deus o chamou, Moisés se disse lento no falar. Parece que ele dizia: “Senhor, agora que trataste com minha habilidade, já não aceito o Teu encargo. Quero renunciar. Não sou a pessoa adequada para ser enviada a Faraó, a fim de livrar os filhos de Israel de sua mão. Sou lento no falar. Como poderia conversar com Faraó?” Ao dizer dessa maneira ao Senhor, Moisés aparentemente foi sincero. Deus, todavia, zangou-se com ele (4:14). Isso indica que, pelo lado de Moisés, havia algum problema. Deus queria “contratá-lo”, mas Moisés recusou aceitar o serviço. Ao negociar assim Moisés com o Senhor, sabia Deus o que estava em seu coração. Interiormente, Moisés deveria estar dizendo: “Senhor, há quarenta anos tentei ao máximo salvar os filhos de Israel, mas não me permitiste ter sucesso. Fui rejeitado e precisei fugir para o deserto, onde sofro há quarenta anos. Esqueci tudo o que aprendi no palácio real. Tornei-me nada. Agora dizes que queres que eu vá a Faraó. Quando estava qualificado, Tu me despediste. Mas, agora, que estou desqualificado e incapaz, Tu me queres contratar?” Secretamente, Moisés deve ter culpado o Senhor. Essa deve ter sido a razão pela qual Deus ficou descontente com ele.

Tanto em Deus quanto em Moisés havia algo que não era expresso. Em Seu interior, o Senhor devia estar dizendo, “Moisés, não quero que você faça nada. Você não vê lá a sarça? Ela arde, mas não se consome. Quero que você simplesmente Me manifeste. Moisés, não rejeite o encargo. Receba-o, mas não utilize sua habilidade e força para realizá-lo. Porque você se considera apto para a morte, posso agora utiliza-lo. Moisés, não Me rejeite. Não tenho intenção de usá-lo segundo o seu conceito natural. Quero usá-lo à Minha maneira, como uma sarça que arde sem se consumir.”

Não é fácil realizar algo para Deus sem utilizar nossa própria força ou habilidade. Com o passar dos anos, tenho aprendido essa mesma lição, principalmente através dos sofrimentos e falhas. Freqüentemente, as pessoas têm a seguinte atitude: se lhes pedirem que realizem algo, elas serão capazes de fazê-lo à sua maneira, sem a interferência nem o conselho dos outros. Até mesmo os presbíteros da igreja podem ter essa atitude. O nosso sentimento pode ser: “Se você quer que eu o faça, então, por favor, fique longe e deixe-me executa-lo”. Todavia, quando nos chama para realizar algo, Deus quer que façamos, mas não por nós mesmos. Quando nos chama, Ele parece dizer: “Sim, quero que você o faça, mas quero que o realize através de Mim, não por si mesmo.” O nosso problema, freqüentemente, é que, se não pudermos executar determinada coisa por nós mesmos, então recusaremos inteiramente faze-la. Essa atitude tem sido um grande empecilho para a obra da restauração do Senhor.

Muitos irmãos sabem que precisamos da vida da igreja, mas, por estarem frustrados, insistem em não vir às reuniões. São como o Moisés frustrado do deserto, que fora tratado por Deus até perder a confiança em si mesmo. Ele, todavia, ainda estava disposto a receber o encargo do Senhor. Recebera-o de Deus antes dos quarenta anos. Todavia tinha que aprender a cooperar com Deus sem utilizar a própria habilidade e força naturais. O chamamento de Deus não poderia vir, até que ele perdesse toda a sua confiança em si mesmo. Em princípio, Deus trata conosco da mesma maneira. Quando já não confiamos mais em nós próprios, Ele vem para chamar-nos.

Fonte: Estudo-Vida de Êxodo - Mensagem 06 - W.Lee

Estamos vivendo o último ministério - Espírito e vida.

O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63)

Jo 19:34-35; 21:22


Somente João registrou que do lado do Senhor saiu água. Ele ficou tão impressionado com isso que afirmou que seu testemunho era verdadeiro (Jo 19:34-35).

Quando João era jovem, ele seguiu o Senhor Jesus de perto e viu como o Senhor morreu. Mas só quando já estava velho, depois de ser preso por aproximadamente vinte anos e já estar desfrutando mais do Senhor como o Espírito da realidade, é que se lembrou do importante fato de ter saído do lado de Jesus, na cruz, não somente sangue, mas também água.

Mesmo os relatos de Mateus, Marcos e Lucas não haviam mostrado ainda de uma maneira tão profunda o significado da crucificação do Senhor. Com os escritos de João, porém, o Espírito completou em detalhes o registro dos fatos com seus significados.

João é o apóstolo acerca de quem o Senhor disse: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (Jo 21:22). Essas palavras do Senhor Jesus não indicavam que João viveria até Sua volta, mas seu ministério, sim, permaneceria. Aleluia!

Diante de tudo o que vimos nesta semana, devemos cuidar para não nos misturar com o fermento dos fariseus, que representam a velha religião, nem com o fermento da etapa final da história de João Batista e seus discípulos, que formaram a nova religião. Queremos seguir o ministério do apóstolo João em sua maturidade, que é um ministério de Espírito e vida e que vai permanecer até a volta do Senhor.

O velho homem já foi crucificado.

O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. (Jo 10:17-18a). Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:6)

Jo 10:17-18a; 19:30, 32-34; Rm 6:4-5, 8; 2 Co 5:17a

Por meio do Espírito da realidade, João se lembrou do que ele próprio viu na crucificação do Senhor Jesus e por fim testificou o que os seus olhos viram. Segundo seu relato, João viu que o Senhor primeiramente morreu, rendendo Seu espírito, e depois, quando o soldado Lhe feriu o lado, é que o sangue e a água saíram (Jo 19:30, 32-34). Isso é diferente do nosso conceito antigo de que o Senhor Jesus primeiro derramou o sangue e depois morreu.
Essa ordem: morrer e depois verter o sangue, tem grande significado espiritual. Por meio de entregar sua vida primeiro (Jo 10:17-18a), o Senhor crucificou com Ele o nosso velho homem. Em Romanos 6:6 lemos: "Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos". O fato de o Senhor ter morrido antes de derramar Seu sangue é uma forte indicação de quão importante era para Ele lidar com o nosso velho homem primeiro.

Nós somos pecadores, por isso cometemos pecados desde a infância. Portanto a fonte dos pecados é o velho homem. Quando Jesus morreu, nós, pecadores, morremos com Ele (Rm 6:4-5, 8). Uma vez que nós morremos, o nosso velho homem morreu também. Dessa maneira, a fonte dos nossos pecados - o nosso velho homem, a nossa alma e os seus feitos - foi crucificada (Cl 3:9). Depois que o problema da fonte foi resolvido, Ele verteu Seu sangue para nos purificar de todo pecado.

Por isso Paulo diz: "Assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura" (2 Co 5:17a).

16 março, 2012

O sangue e a água

Um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais (Jo 19:34-35)

Mt 26:56; Lc 23:49; Jo 19:25-27,30; Hb 8:12; 1 Jo 1:9

Outro fato relacionado à morte do Senhor Jesus está ligado à sequência dos acontecimentos desde quando Ele foi preso até ser crucificado.
Depois de ser preso, todos os discípulos de Jesus fugiram e, por estarem com medo dos soldados, ficaram observando todas as coisas de longe (Mt 26:56; Lc 23:49). O apóstolo João, entretanto, porque era parente do sumo sacerdote, não teve nenhum impedimento de acompanhar o Senhor durante todo o tempo, desde Sua prisão até depois de Sua morte. João viu a crucificação do Senhor Jesus de perto.

Junto à cruz havia muitas mulheres presentes, inclusive a mãe de Jesus, e também o apóstolo João. Em um determinado momento, o Senhor Jesus falou com Sua mãe sobre ele: "Mulher, eis o teu filho". Depois o Senhor se voltou para João e disse: "Eis a tua mãe". Isso mostra quão perto João estava do Senhor a fim de ver Seus olhos e ouvir Sua voz indicando o que o Senhor queria (Jo 19:25-27). Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, inclinando a cabeça, rendeu o espírito (v. 30).

Então os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com Ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas.

Um dos soldados, então, pegou uma lança e Lhe abriu o lado, de onde logo saiu sangue e água (v. 34). O sangue tem a função de nos purificar os pecados. Todos os pecados que você já cometeu no passado, o sangue de Cristo é capaz de limpar. Desse modo, toda vez que confessamos nossos pecados a Deus, Ele nos perdoa e se esquece dos nossos pecados. O sangue de Jesus, o Filho de Deus, nos torna limpos, purificados e lavados (Hb 8:12; 1 Jo 1:9). Graças ao Senhor!

O ferimento no lado do Senhor provavelmente atingiu um grande vaso sanguíneo, de onde então saiu muito sangue. Talvez Mateus, Pedro e os outros tenham visto o sangue de longe, mas só João, porque estava perto, viu que do lado de Jesus também saiu água. Por ser incolor, a água poderia ser vista somente por quem estava bem próximo. A água representa a vida divina e eterna que foi liberada e fluiu de Jesus para nós. Assim, João viu que a morte do Senhor não apenas resolveu o problema dos nossos pecados, mas também permitiu que a vida de Deus fosse dada a todo o que Nele crê. Aleluia!

15 março, 2012

A serpente de bronze

E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna (Jo 3:14-15)

Nm 21:8-9; Jo 19:25-27; 21:20; Rm 8:3; Hb 4:15 



O apóstolo João, pelo Espírito, se lembrou e registrou em seu evangelho várias coisas que o Senhor Jesus falou e fez naqueles três anos e meio de Seu ministério terreno, que não haviam sido ainda registradas pelos outros três evangelistas. Ele estava sempre perto do Senhor. Em seu evangelho destaca-se o fato de ele reclinar-se sobre o peito de Jesus na ceia e estar junto à cruz com as mulheres e Maria (Jo 21:20; 19:25-27). Por causa de sua proximidade do Senhor Jesus, João viu e enfatizou o que os outros não viram.
Com respeito à morte de Jesus, por exemplo, João apresentou vários aspectos que nos ajudam a ver quão complexa e profunda ela foi. Um desses aspectos foi que o Senhor morreu na cruz como uma serpente de bronze para lidar com a natureza pecaminosa que há em nós (Jo 3:14-15). Para entender um pouco mais sobre essa figura usada por Ele, precisamos lembrar-nos da história da serpente de bronze levantada por Moisés no Antigo Testamento.
Enquanto peregrinavam no deserto rumo à terra prometida, o povo de Israel murmurou contra Deus, que mandou serpentes abrasadoras para picá-los. Nesse episódio, Deus ordenou a Moisés que levantasse uma serpente de bronze para que qualquer pessoa do povo de Israel que mirasse a serpente de bronze fosse curada (Nm 21:8-9).
João registrou esse episódio para nos mostrar que, assim como a serpente de bronze tinha somente a forma da serpente, mas não o veneno em si, o Senhor Jesus tinha apenas a semelhança da carne do pecado, mas Nele não havia pecado (Rm 8:3; Hb 4:15). Jesus veio de uma ascendência de pecadores, mas não conheceu o pecado. Ele foi levantado na cruz como uma serpente de bronze para resolver o problema da nossa carne de pecado, da nossa natureza pecaminosa.
Uma vez que o "veneno" do pecado foi anulado na cruz, todo aquele que crê no Senhor Jesus não perece, mas tem a vida eterna (Jo 3:16). Isso é maravilhoso!




13 março, 2012

Abandonar a religião e seguir o Senhor Jesus.


Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram (Mt 4:19-20)
Mt 3:14-17; 11:1-3; Jo 1:29, 34; 4:25, 39-42
Todo o povo de Israel tem esse pensamento: o Messias virá um dia para nos salvar. A história da mulher samaritana nos aponta que o Senhor é o Messias esperado pelos judeus. O Senhor Jesus esperou pela mulher samaritana junto ao poço. Ao sentar-se ali, Ele já sabia de toda a sua vida: que ela era uma pecadora, que já tivera cinco maridos e que estava vivendo com um homem que não era seu marido.
A mulher se assustou ao ouvir que o Senhor sabia de tudo aquilo e disse: "Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas" (Jo 4:25). Ela foi à cidade e falou para os que ali habitavam que tinha achado o Cristo, e muitos creram por causa do seu testemunho, outros por ouvir o próprio Senhor (vs. 39-42).
Após ser preso, João Batista mandou seus discípulos perguntarem ao Senhor: "És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro?" (Lc 7:20). Foi estranho que João chegasse a duvidar que Jesus era o Cristo que havia de vir, uma vez que ele mesmo já havia testificado, várias vezes, publicamente, ser Ele o Cristo.
Na verdade, João sabia muito bem que Jesus era o Messias, porque, quando o Senhor Jesus foi até ele para ser batizado, disse aos seus discípulos que Ele era o Cordeiro de Deus que tirava o pecado do mundo (Jo 1:29). Além disso, ele não queria batizar o Senhor, pois dizia: "Eu é que preciso ser batizado por ti e tu vens a mim?" (Mt 3:14). João também testemunhou que viu o Espírito descer sobre Ele como pomba e ouviu uma voz dos céus que dizia: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (v. 17). E mais, testificou dizendo que Ele de fato era o Filho de Deus (Jo 1:34).
João Batista não entendia por que, agora que estava preso, o Senhor não o libertava? Por isso mandou perguntar-Lhe se era de fato o Cristo que havia de vir ou se deveria esperar outro. Ele não compreendia onde estava falhando. O Senhor Jesus disse aos discípulos de João Batista: "Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho" (Lc 7:22). Em outras palavras, aqueles milagres provavam que o Senhor Jesus era o Messias. Mas, é provável que segundo o conceito de João Batista, se Jesus era mesmo o Messias, deveria tirá-lo da prisão.
João Batista a princípio era contra a velha religião; mais tarde, porém, formou seu próprio grupo de discípulos. Ter alguns seguidores antes da vinda do Senhor era até admissível, mas depois, quando o propósito de sua missão já havia sido completado, isso não se justificava. A partir de então, ele deveria seguir o Senhor e, em seguida, receber Dele o batismo do Espírito Santo.
Infelizmente, depois de batizar o Senhor Jesus, João Batista não se deu conta de que também precisava ser batizado por Ele. Pior ainda, não se preocupou em dissolver seu grupo de discípulos e passar a seguir o Senhor, mas os manteve, concorrendo, assim, com o ministério do Senhor. Seus discípulos chegaram a se unir aos fariseus para confrontar o Senhor. Os fariseus representavam a velha religião que João Batista havia rejeitado. Mas, a partir daquele momento, podemos dizer que a velha e a nova religião estavam juntas para questionar o Senhor Jesus; que contradição!
A fim de não seguir o exemplo dos discípulos de João Batista, devemos negar a nós mesmos, rejeitar tudo que nos distraia do Senhor e ser discípulos só Dele.