31 agosto, 2012

Refletindo...

Tomar o Caminho da Cruz
 
Muitos mestres cristãos viram a ligação entre Mateus 16:13-20 e 16:21-28, a ligação entre o trecho da Palavra com respeito a Cristo e a igreja e a concernente ao caminho da cruz. A fim de experimentar Cristo e ter a igreja edificada sobre Cristo, precisamos tomar o caminho da cruz. Cristo foi o pioneiro, o precursor, em tomar o caminho da cruz. Esse é o único modo de Cristo ser liberado e é também o único modo de a igreja ser edificada com Cristo e sobre Cristo.

O versículo 21 diz: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia.” Após a revelação do grande mistério com respeito a Cristo e à igreja, a crucificação e a ressurreição de Cristo foram desvendadas. Para Cristo edificar Sua igreja, Ele teve de ir até o centro religioso, passar pela crucificação e entrar em ressurreição. No versículo 21, o Senhor primeiro revelou a Seus discípulos Sua crucificação e ressurreição. Antes dessa hora, Ele não mencionara coisa alguma a respeito disso. Continuando a revelação de Cristo e a igreja, o Senhor Jesus revelou aos Seus iluminados discípulos, Sua crucificação e ressurreição. Isso é muito significativo. Após vermos Cristo e a igreja, precisamos estar preparados para tomar o caminho da cruz. Você deve estar querendo saber o que é o caminho da cruz. Tomar o caminho da cruz é não reservar coisa alguma de si mesmo. Não importa quão bom, certo ou proveitoso possa ser, você precisa ser crucificado. Para o desfrute de Cristo e a edificação da igreja, precisamos ser crucificados. Nada de nosso ser deve ser preservado.

No versículo 21, o Senhor Jesus falou sobre Sua crucificação e ressurreição. Os discípulos, no entanto, retiveram a questão da crucificação, mas negligenciaram a questão da ressurreição. Eles ouviram que o Senhor ia ser morto, mas parece que não ouviram que Ele iria ressuscitar. Contudo, o Senhor disse que seria ressuscitado ao terceiro dia. Eles não entenderam essa parte da palavra do Senhor, porque não tinham o conceito da ressurreição. No interior deles, havia o medo de que o Senhor Jesus pudesse ser morto. Assim, quando o Senhor falou sobre Sua ressurreição, os discípulos não a apreenderam. Ocorre o mesmo conosco hoje. Acatamos imediatamente o que corresponde ao nosso conceito, mas se determinada coisa não corresponde ao que já está em nós, não a admitimos. Algumas pessoas querem saber por que sou repetitivo ao falar. Embora possa repetir certas coisas, algumas pessoas ainda não a percebem. Novamente digo que, apesar de o Senhor Jesus falar de duas questões, crucificação e ressurreição, os discípulos aprenderam a primeira, mas não a segunda.


Fonte: Estudo-vida de Mateus, Vol. 2 - 2ª Edição - pág. 566 e 567 - W.Lee

Tornar-se semelhante a Deus em vida e natureza.

A piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser (1 Tm 4:8b).
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 Jo 3:2)
 
2 Pe 1:5-7; 3:15-16; 4:12-13

Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida
 
De acordo com 2 Pedro 1:5-7, o estágio inicial de nosso crescimento de vida é a fé. Depois desenvolvemos nossas virtudes e gradualmente avançamos até alcançar o nível do amor fraternal. Todavia, precisamos progredir cada vez mais, até o nível do amor ágape, que é expressar plenamente o próprio Deus.

A Bíblia nos revela que a vontade de Deus é que sejamos semelhantes a Ele (Gn 1:26; 1 Jo 3:2). Uma vez que temos Sua imagem, a vida de Deus habitando e crescendo interiormente em nós, Sua semelhança se manifestará em nosso viver. Assim, ser semelhante a Ele significa expressá-Lo exteriormente em nossa humanidade, tornando-nos mais parecidos com Ele.

No entanto, mesmo que tenhamos avançado nesse crescimento, nossa vida da alma pode manifestar-se novamente. Quando isso acontecer, devemos nos arrepender e nos voltar para o espírito. Este é um ciclo constante, no qual somos renovados na medida em que as coisas velhas são eliminadas.

Isso também diz respeito ao exercício da piedade. Em 1 Timóteo 3:16 lemos: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória”. Paulo também exorta Timóteo, dizendo: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade” (4:7).

Portanto, o exercício da piedade é manifestar a vida de Deus na carne, tornando-nos como Ele em vida e natureza, porém sem Sua deidade. Esse é o processo no qual estamos envolvidos hoje, onde os atributos de Deus elevam nossas virtudes humanas. Por isso vivemos no espírito, exercitandonos na piedade, para resistir e vencer todas as coisas que se opõem a Deus, principalmente a vida da alma.

Paulo discorreu profundamente acerca dessas verdades na carta que escreveu aos efésios, porém não pôde ajudálos de modo mais prático. Quando Pedro escreveu sua epístola, comentou a complexidade dos escritos de Paulo (2 Pe 3:15-16). Louvamos ao Senhor pelas epístolas de Pedro, que nos mostram o modo mais prático de obtermos essa realidade: ter experiências com o fogo santificador do Espírito, para que o valor da nossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado com fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7).

30 agosto, 2012

Refletindo...


Como está o seu coração?



"Deus usa as circunstâncias a fim de revelar nosso coração". 

As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e reden­tor meu! (Salmo 19:14).

E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade. Da descendência deste, conforme a promessa, trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus (Atos 13:22, 23). 



Primeiro

Temos aqui duas passagens relacionadas com Davi. Salmo 19:14 é sua oração e Atos 13:22, 23 fala dele como homem. Em sua oração Davi menciona as palavras de sua boca e o meditar de seu coração. Procura fazer com que seus pensa­mentos íntimos e suas palavras externas sejam aceitáveis a Deus; pois as palavras da boca são a expressão do pensamento. Donde se depreende que o principal problema é o coração. A questão central não é se as palavras estejam corretas ou não, nem é também a correção da atitude externa. O problema verdadeiro jaz na intenção do coração. O pensamento e a intenção do coração é a questão que não deve ser negligenciada. Por este motivo Davi ora para que o meditar de seu coração seja aceitável a Deus assim como as palavras de sua boca. Sua oração é que Deus aceite seu desejo interior. Daí Paulo testificar ser Davi um homem segundo o coração de Deus (Atos 13).

Que tipo de pessoa é o homem segundo o coração de Deus? É aquele que permite que Deus lhe toque o coração. Se a pessoa não permitir que Deus lhe toque o coração, mui dificilmente será um homem segundo o coração de Deus. Muitos cristãos têm a tendência de perguntar: Não estou agindo corretamente ao fazer isto ou aquilo? Não é direito falar isto? Minha expressão não está correta? Entretanto a questão essencial não está no seu falar ou expressar a coisa certa ou não, mas na raiz do seu falar, expressar ou agir. Embora a pessoa externamente seja correta, ainda pode ter problemas com o coração. O interesse de Deus e seu toque estão relacionados com o coração do homem. É por este motivo que ele permite que muitas coisas aconteçam na vida de seus filhos. Ele usa estas coisas para tocar o seu coração e revelar o que aí se encontra.



Segundo

Observamos na Bíblia, que Davi viaja na vida pelo caminho da cruz, e a vida que ele vive é a vida da cruz. O Novo Testamento inicia com duas pessoas: uma é Abraão e a outra, Davi (veja Mateus 1:1, 3, 6). Isto é porque dois homens trouxeram o Senhor Jesus. Trouxeram Deus dos céus à terra. Deus precisa encontrar pessoas como estas antes de achar um meio de vir dos céus à terra.

Sabemos que Abraão é o pai da fé. Por toda a vida trilhou no caminho da fé. Somente este caminho pode trazer Deus à terra. Por outro lado, Davi andou na vida pelo caminho da cruz. Sua vida é uma vida de cruz. Ele não somente traz Deus aos homens, mas também faz com que Deus dirija os homens.

Se você vive pela fé, tem a maneira de trazer Deus ao meio dos homens; se você vive na cruz fará com que Deus reine sobre os homens. Se os filhos de Deus estivessem mais dispostos a seguir o caminho da cruz e a levar a cruz, Deus, sem dúvida, teria mais domínio sobre os ho­mens. A menos que você viva a vida de cruz, Deus não poderá reinar sobre você. A feição especial da vida de Davi pode ser vista em seu trilhar na estrada da cruz. 



Terceiro 

O que Davi encontrou na vida foi um pouco estranho, mas todos esses acontecimentos reve­laram o estado de seu coração. Primeiro, Davi era desprezado por sua própria família. Quando Deus enviou Samuel a ungir um dos filhos de Jessé rei sobre Israel, Jessé mandou chamar os seus filhos mas negligenciou em chamar Davi. Entretanto o coração deste jovem era correto, pois não perdeu o relacionamento adequado por causa de tal negligência. Deus disse a Samuel: "O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" (1 Samuel 16:7b). O coração de Davi era aceitável a Deus, de modo que foi escolhido e usado por ele.

Depois de matar a Golias, Deus o colocou numa situação peculiar, pois as mulheres de Israel cantaram: "Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares" (18:7b). Com respeito a estas duas cláusulas, veremos que uma tinha o propósito de testar a Davi e a outra era para provar Saul. Diz-se em Provérbios 27 que "o homem é provado pelos louvores que recebe" (v. 21).

Quando as pessoas o elogiam demais, observe atentamente a fim de ver se você fica orgulhoso; ou quando os elogios são menos do que você merece, fica magoado? Que efeito teve as declarações das mulheres israelitas no coração de Davi e de Saul? Davi não deixou-se impressionar pela aclamação: "Davi feriu os seus dez milhares"; Saul, entretanto, indignou-se muito com a declaração de ter morto somente os seus milhares. É óbvio que o coração ciumen­to de Saul muito sofreu (1 Samuel 18:6-19).

Suponhamos que você e outro irmão façam alguma coisa juntos. Qual será sua reação se alguém lhe disser que o outro irmão fez um excelente trabalho e não mencionar o seu nome? Você, no mínimo, sentir-se-á magoado e um tanto triste. Esse incômodo e tristeza provam que você não está totalmente limpo.

Você não confessa a si mesmo repetidamente que fez tal coisa para Deus e não para o homem? No entanto o louvor que a outra pessoa recebeu sacode-lhe o coração e expõe a sujeira interior. Compreendamos que muitas das situações em que nos encontramos — especialmente as atitu­des dos que estão ao nosso redor — provam o nosso coração. Depois de matar Golias, Davi tornou-se o herói de Israel, e então foi persegui­do por Saul. Durante este longo período de provação ele submeteu-se à mão de Deus e não ousou fazer nada a fim de contornar a situação Assim evidenciam-se a pureza e a retidão do coração de Davi.

Depois de se tornar rei, Davi enfrentou sérias tribulações por causa de seu grande fracasso Seu próprio filho procurou tirar-lhe a vida e Simei amaldiçoando-o jogava-lhe pedras. Qual foi a reação de Davi para com Simei? Novamen­te, seu coração era claro como cristal. Disse Davi "pois se o SENHOR lhe disse: Amaldiçoa a Davi" (veja 2 Samuel 16:5-12). Ele esperava na misericórdia de Deus. Oh, que não pensemos que tudo o que acontece em nossa vida seja para nossa perda. Por um lado, é bem verdade que se nosso coração não estiver certo sofreremos perda; mas por outro lado, se nosso coração estiver certo, seremos grandemente beneficia­dos, pois todas estas circunstâncias têm o objeti­vo de revelar o que nos vai no coração. A verdadeira condição do coração de Davi é revela­da mediante as provações de uma vida vivida na cruz. 



Quarto 

Os filhos de Deus, pois, devem não somente ter cuidado com seu falar e com sua atitude; mais ainda, devem ter cuidado com o pensamento e intenção de seus corações. Muitas vezes nossa expressão externa não necessariamente revela o estado interior. Na maioria das vezes é nosso sentimento interior que trai o verdadeiro estado de nosso coração. Quão fútil é simplesmente guardar os nossos lábios. Se nosso coração não estiver certo, mais cedo ou mais tarde, será expresso abertamente — e, muitas vezes, quan­do menos esperamos. Um exemplo disto seria as palavras ociosas que proferimos a respeito dos outros. Quanto mais nosso coração se estender para Deus e quanto mais puro ele for, tanto menos serão as palavras ociosas proferidas por nós. Todas as vezes que fuxicamos ou murmura­mos contra alguém traímos alguma irregularida­de em nosso coração. Se o coração da pessoa fosse devotado totalmente para Deus ela não diria palavras ociosas contra os outros.

Um irmão disse certa vez: "Se um irmãozinho peca contra mim a esse posso perdoar; mas se um irmão grande peca contra mim, a esse não posso perdoar." Outro irmão que o ouviu dizer isto olhou para o peito deste irmão e sacudiu a cabeça várias vezes. O que ele queria dizer com este gesto era: "Seu coração! Seu coração! Ao perdoar um irmãozinho mas não perdoar um irmão grande, você expõe o que lhe vai no coração. O fato de um irmãozinho pecar contra você e ser perdoado não mostra de modo ne­nhum o verdadeiro estado do seu coração; mas ao recusar-se a perdoar um irmão grande que peca contra você, isso realmente revela o que lhe vai no coração." Por meio deste incidente o coração não perdoador daquele irmão foi revela­do. Que possamos ver que algo pequeno pode não ser queimado por um único palito de fósforo mas será totalmente consumido numa fornalha de fogo. Isto mostra que tal coisa pode ser queimada. Usando a ilustração, um irmãozinho não podia testar o coração daquele irmão, mas um irmão grande foi usado para expor o seu verdadeiro estado interior.

Se nosso coração estiver correto, não seremos sacudidos por ninguém, pois olhamos somente para Deus. Davi provou ser um homem segundo o coração de Deus porque onde quer que o Senhor o colocava, seu coração se conservava em relacionamento direto com Deus e não com os homens. Davi aceitava tudo das mãos de Deus e tentava ver as coisas da perspectiva dele. Permita-me repetir, Deus usa as circunstâncias a fim de revelar nosso coração. Que possamos, portanto, orar: "Ó Senhor, que as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença." 



Fonte: Watchman Nee

Os requisitos básicos para nosso aperfeiçoamento.


Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo (1 Jo 4:17)


2 Pe 1:3-7
Alimento Diário Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Todos nós precisamos ser aperfeiçoados para a obra do ministério, isto é, cooperar com a pregação do evangelho. Para sermos aperfeiçoados, a primeira condição é estar no espírito.
Em 1 Coríntios 12:3 lemos: “Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”. Quando invocamos o nome do Senhor, nossa mente se inclina para o Espírito (Rm 8:5). Este é o primeiro requisito para nosso aperfeiçoamento.
O segundo é negar a nós mesmos, tomando a cruz. Mesmo que tenhamos progredido em relação a essas condições, sentimos que ainda precisamos avançar mais. Ainda que a vida de Deus tenha crescido em nós e estejamos alcançando a realidade do amor fraternal, não podemos nos contentar somente com isso, pois o Senhor deseja nos encher a ponto de expressarmos Seu amor, o amor ágape (2 Pe 1:7).
O Senhor tem tido misericórdia de nós, conduzindo-nos à prática das verdades que temos recebido. À medida que vivemos no espírito, negando a vida da alma, nos tornamos cada vez mais parecidos com o Senhor.
Em sua segunda epístola, Pedro nos fala acerca dessas verdades. Por haver experimentado diversas vezes o fogo do Espírito, queimando suas impurezas, ele recebeu muita revelação: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2 Pe 1:3). Por intermédio da graça, Deus nos doou todas as coisas que nos conduzem à vida e à piedade, fazendo-nos compartilhar da glória e virtude do Filho. O versículo 4 prossegue: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”. Todas essas coisas hoje estão disponíveis na esfera do Espírito, por meio do qual nos tornamos aptos para vencer o pecado e nossa própria natureza humana caída.
Para negar a vida da alma, precisamos viver no espírito, pois somente assim a vida divina pode crescer mais em nós. Tudo de que precisamos para o nosso crescimento de vida o Espírito pode nos suprir.

29 agosto, 2012

Refletindo...

Deus fala através das circunstâncias

As Circunstâncias têm uma Palavra de Deus para Nós


Todos precisamos que as circunstâncias às vezes nos falem, a despeito do nível da estatura espiritual. Existem exemplos dessa natureza no Antigo e no Novo Testamento. Quando estudamos a História da Igreja e estudamos as experiências daqueles que seguiram o Senhor, não podemos encontrar uma pessoa sequer que nunca precisou ouvir uma palavra através das circunstâncias. Pelo contrario, podemos afirmar com certeza que não existe ninguém que não careça de ser algumas vezes lembrado pelas circunstâncias. Muitos incidentes nos dão a convicção de que quanto mais espiritual uma pessoa é diante do Senhor, mais ela permitirá que as circunstâncias lhe falem. Somente os que têm uma contenda com o Senhor serão facilmente afetados pelas circunstâncias e também falharão em ouvir a voz de Deus nelas. Eis uma coisa preciosa: se a comunhão entre um homem e Deus é normal, ele pode não ser influenciado pelas circunstâncias e ao mesmo tempo permitir que elas lhe falem. Mas se este homem ofendeu o Senhor e está fora da comunhão, ele pode ser afetado até mesmo pelo menor incidente e por outro lado não poderá ouvir qualquer palavra do maior acontecimento.

Eis um princípio agora colocado diante de nós, e podemos ser provados por ele. Se somos afetados pelas circunstâncias e falhamos em ouvir Sua voz, provamos ter perdido o contato com o Senhor e que estamos caídos. Não devemos ser influenciados por nenhuma circunstância; elas devem apenas nos falar. Não cremos que haja sequer uma única circunstância na qual somos colocados, na qual não haja alguma palavra para nós. Estamos plenamente convencidos de que todas as circunstâncias Deus têm algo para nos dizer. A palavra de Deus para nós está escondida nas circunstâncias. Naturalmente que o “nós” aqui indica cada um individualmente. Cremos sinceramente que cada acontecimento diário tem uma palavra para cada cristão. 



O Senhor Prepara as Circunstâncias

Se vivermos na luz de Deus, veremos que por causa do Seu caminho na terra e também, por causa do Seu desejo de nos possuir, Deus preparará todas as coisas que devem chegar a nós. Devemos ver não somente a aparência das coisas; devemos conhecer a ordenação do Senhor dentro do véu. Que sentimento doce haverá em nós, se pudermos reconhecer que o Senhor preparou as circunstâncias. Não podemos dizer que todas elas são iniciadas pelo Trono, mas podemos afirmar que todas elas são governadas por Ele. Cremos haver um Trono no céu e que nosso Senhor, depois de Sua ressurreição e ascensão, Se assentou neste Trono, tendo todas as coisas debaixo dos Seus pés.

De modo que Deus realmente usa as circunstâncias que preparou, para falar ao Seus filhos. Devemos portanto, receber palavras através das circunstâncias. 



Deus Falou com Jacó através das Circunstâncias

Vamos rever a história de Jacó. Todos concordam que a experiência mais profunda da sua vida aconteceu quando ele lutou com Deus em Peniel. Como resultado dessa luta seu nome foi mudado. Mesmo depois de ter tido uma experiência tão profunda, Deus ainda precisou levantar circunstâncias para falar com ele. Conforme o registro em Gênesis 34, a filha de Jacó foi abusada e seus filhos causaram muito dano. Ele foi colocado sob tal circunstância para que Deus lhe falasse, segundo Gênesis 35.

Alguns podem não concordar dizendo que em Gênesis 35 Deus lhe falou diretamente e não indiretamente através daquela circunstância. Não é verdade, pois se lermos o capítulo 34, veremos que Deus primeiro colocou Jacó na circunstância de Gênesis 34 antes de lhe falar as palavras encontradas em Gênesis 35. O que Deus lhe falou desta vez? “Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; e fale ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da face de Esaú, teu irmão”( Gn 35.1). O que Deus estava lembrando a Jacó? Era uma velha história, algo acontecido há muitos anos passados. Porque seu irmão queria matá-lo, Jacó fugiu para casa do seu tio por parte de mãe. A caminho ele chegou a Betel, onde passou a noite, porque o sol havia se posto. Jacó deitou sua cabeça sobre uma pedra e adormeceu; nisso Deus lhe apareceu num sonho. Quando despertou, ele fez um voto dizendo: “Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e tudo quanto me deres, certamente te darei o dizimo” (Gn 28:20-22). Ele fez um voto diante de Deus.

Não é verdade que você também, fez um voto quando foi salvo? Embora você tenha negociado com Deus ao fazer o voto, assim como Jacó, o seu coração era correto. Ao começar seu caminhar no caminho do Senhor, seu desejo para com Deus era bom. De modo que a condição de Jacó é realmente um retrato da nossa própria condição. Na manhã em que fez o seu voto, ele o lançou para trás. Enquanto viajava para o oriente, ele agiu desta forma a fim de se proteger. Embora tivesse pedido a Deus para guardá-lo em seu caminho, vesti-lo e alimentá-lo mesmo assim ele dependeu inteiramente de si mesmo. Quão perfeitamente ele nos representa! Ele buscou a Deus, mas usou sua própria natureza. Todavia, depois de passar todas as coisa, Jacó só podia curvar sua cabeça e confessar que tudo era misericórdia de Deus. Se dependesse só dele, ele não seria páreo para Labão. Jacó era esperto, mas Deus preparou para ele um Labão que era mias esperto ainda. Depois de ser tratado vinte anos, o Senhor o tirou das mãos de Labão e ele reconheceu o cuidado do Senhor por ele. Todavia, ele se esqueceu do voto que havia feito antes a Deus. Porque após retornar de Padam-Aram, ele se estabeleceu em Siquem. Agora poderíamos pensar, sem dúvida alguma, que depois de Jacó ter recebido tanto tratamento, sofrido tanto e acumulado uma grande soma de posse, ele poderia habitar em Siquem tranquilamente. Mas não, o Deus que ele servia não deixou que ele viesse tranquilamente. O coração de Jacó estava satisfeito, mas não o coração de Deus. O que ele queria, Deus lhe havia dado; mas o que Deus havia desejado, Jacó não lhe havia dado. Deus deve portanto, continuar a lhe falar e Ele fez isso novamente por meio das circunstâncias. Deus sabia que, se Jacó não recebesse um golpe através das circunstâncias, Ele não conseguiria fazê-lo ouvir Sua palavra. 



Todos Precisam das Circunstâncias

Irmãos e irmãs, nunca se considerem tão profundamente espirituais que só necessitem da voz interior. Não! Muitas vezes Deus ainda tem que falar com vocês através das circunstâncias. Não importa se são grandes ou pequenos, pesados ou leves os seus acontecimentos: Deus levantou estas circunstâncias para lhe falar. Não cremos que alguém possa se tornar tão espiritual a ponto de não necessitar das circunstâncias para lhe falar. Na vida de cada crente Deus deve criar uma certa circunstância para ele, a fim de que possa lhe dizer algo.

Você pode Ter notado que depois de Peniel Jacó se tornou bastante espiritual, visto que agora não era mais Jacó e sim Israel. Depois de passar tantas provas e tratos, ele foi tocado por Deus de forma irrecuperável naquela ocasião. Jacó havia se tornado bastante espiritual, mas o Senhor achou necessário levantar outra circunstância a fim de lhe falar. Jacó pensava em se estabelecer tranqüilamente em Siquem, mas Deus não aprovou. A Bíblia não registrou se Jacó conhecia isso interiormente. Ele podia ter notado de alguma forma, embora tal sentimento tivesse passado rapidamente. Ele não prestou atenção ao seu sentimento interior, se é que teve algum. Mas isto ele definitivamente conhecia: Deus havia levantado uma circunstância para que pudesse lhe falar mais uma vez. E quais eram as circunstâncias dessa nova situação? Sua Filha foi humilhada e seus filhos cometeram um crime grosseiro. 



Autor: Watchman Nee
Tradução: Delcio Meireles
Site Igreja em Uberaba.

Um testemunho de nossa prática.


Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele (Jo 14:21)


Lc 9:23-24; Rm 8:6; Ap 3:8
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Paulo, Pedro e João são os principais apóstolos do Novo Testamento. Considerando o ministério de cada um deles, vimos que somente o de João permanecerá até a volta do Senhor.
Quanto ao ministério de Paulo, ele mesmo afirma tê-lo concluído (2 Tm 4:7). Seu ministério, a princípio, consistia em pregar o evangelho e estabelecer igrejas. No final de sua carreira, contudo, estando preso, Paulo ainda teve a oportunidade de completar suas epístolas e enviálas às igrejas.
Contudo, ao destacarmos a igreja em Éfeso, vemos que Paulo não conseguiu ajudar aos efésios adequadamente. Eles mesmos abandonaram o apóstolo (2 Tm 1:15), bem como suas palavras. Vinte anos depois, eles foram duramente repreendidos pelo Senhor, por intermédio de João (Ap 2:4-5), pois estavam vivendo segundo a vida da alma, enfatizando conhecimento, doutrinas e capacidades naturais.
No entanto, quando João chegou à Éfeso, mostrou aos irmãos o que eles deveriam praticar. Cremos que ele os ajudou a invocar o nome do Senhor para ter vida, a praticar Sua palavra e a negar a si mesmos (Jo 12:25; 13:17; 20:30-31). Essas são as virtudes de uma igreja louvada por Deus (Ap 3:8). Essas práticas são essenciais para aqueles que almejam viver segundo o desejo de Deus.
Por esse motivo nunca deixemos de invocar o nome do Senhor. Muitos podem pensar que essa é uma mera prática do momento. Mas nós testificamos que invocar o nome do Senhor Jesus é o melhor modo de voltarmos nossa mente para o espírito (1 Co 12:3). Quando vivemos no espírito, recebemos vida e paz (Rm 8:6).
Por essa razão o Senhor tem abençoado as igrejas que temos visitado em nossas viagens ao longo dos anos, pois sempre encorajamos os irmãos a permanecer nesse caminho de invocar o nome do Senhor em todo tempo. Também temos aprendido a negar a nós mesmos, a viver no espírito e a praticar a Palavra que temos ouvido. Essas são as condições para seguirmos o Senhor (Jo 12:25-26). O resultado disso são os frutos que têm sido acrescentados nas igrejas no Brasil e nos demais países da América do Sul, América Central, América do Norte, Europa e África. Várias pessoas, nesses lugares, estão invocando o nome do Senhor, guardando Sua palavra e vivendo no espírito. Essa é a continuação do ministério ulterior do apóstolo João em nossos dias.
Que o Senhor nos conduza a preservar a prática de invocar Seu nome e nos mantenha sempre no fluir do Espírito. Quanto mais invocamos Seu nome, mais da vida de Deus cresce em nós e mais vivemos no espírito. Ó Senhor Jesus! Amém!

28 agosto, 2012

Refletindo...

A escolha que confrontou Adão


Deus plantou grande número de árvores no Jardim do Éden, mas "no meio do jardim", isto é, em um lugar de especial proeminência - plantou duas árvores: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Pense em um homem adulto, digamos, com 30 anos de idade, que não tenha senso do certo e do errado, nenhum poder para diferenciar os dois. Você não diria que o desenvolvimento desse homem estaria incompleto? Bem, Adão era exatamente assim. E Deus o colocou no jardim, dizendo: "Ora, o jardim está cheio de árvores, cheio de frutos, e podes comer livremente do fruto de todas as árvores. Mas, no meio do jardim, há uma árvore chamada a árvore do conhecimento do bem e do mal; não deves comer dela porque, no dia em que o fizeres, certamente morrerás. Mas, lembra-te, o nome da outra árvore, no meio do jardim, é árvore da Vida".

Qual é, pois, o significado dessas duas árvores? Adão, por assim dizer, foi criado moralmente neutro - nem pecador, nem santo, mas inocente - e Deus colocou essas duas árvores no jardim para que ele pudesse pôr em prática a faculdade do livre arbítrio de que era dotado. Podia escolher a árvore da vida ou escolher a árvore do conhecimento do bem e do mal.

Ora, o conhecimento do bem e do mal, embora a Adão tivesse sido proibido, não é mau em si mesmo. Sem ele, Adão está limitado e não pode, por si mesmo, decidir em questões de ordem moral. O julgamento do que é certo e bom não lhe pertence, e sim a Deus; e, para Adão, a única maneira de agir diante de qualquer questão seria apresentá-la a Deus Jeová. Assim, há no jardim uma vida que depende totalmente de Deus. Essas duas árvores representam, portanto, dois princípios profundos. Simbolizam dois planos de vida: o divino e o humano. A árvore da vida é o próprio Deus, porque Deus é vida. Ele é a mais elevada expressão da vida, bem como a fonte e o alvo da vida. E o fruto, o que representa? É nosso Senhor, Jesus Cristo. Não podemos comer a árvore, mas podemos comer seu fruto. Ninguém é capaz de receber Deus como Deus, mas podemos receber o Senhor Jesus Cristo. O fruto é a parte comestível, a parte da árvore que se pode receber. Podemos assim dizer, com a devida reverência, que o Senhor Jesus Cristo é realmente Deus em forma receptível - Deus, em Cristo, pode ser recebido por nós.

Se Adão tomasse da árvore da vida, participaria da vida de Deus e, assim, se tornaria um "filho" de Deus, no sentido de ter em si mesmo a vida derivada de Deus. Teríamos, então, a vida de Deus em união com o homem - uma raça de homens tendo em si a vida de Deus e vivendo em constante dependência de Deus para a manifestação dessa vida. Se, por outro lado, Adão se voltasse na direção contrária e tomasse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, desenvolveria, então, sua própria humanidade de forma natural e separadamente de Deus. Como um ser auto-suficiente, ele possuiria em si mesmo o poder para formar julgamento independente, mas não teria nenhuma vida da parte de Deus.

Portanto, essas eram as alternativas que estavam diante dele. Escolhendo o caminho do Espírito, o caminho da obediência, poderia tornar-se um "filho" de Deus, dependendo de Deus para sua vida, mas, seguindo o curso natural, ele poderia, por assim dizer, dar o toque final em si mesmo, tornando-se um ser auto-dependente, julgando e agindo independentemente de Deus. A história da humanidade é o resultado da escolha feita por Adão. 



A Escolha de Adão, a Razão da Cruz 


Adão escolheu a árvore do conhecimento do bem e do mal, tomando assim uma posição de independência. Ficou sendo o que até hoje é o homem (aos seus próprios olhos): homem "plenamente desenvolvido" que pode comandar o conhecimento, decidir por si mesmo, prosseguir ou deter-se. Desde então, tinha "entendimento" (Gn 3:6). Mas a conseqüência para ele foi morte em vez de vida, porque a escolha que fez envolvia cumplicidade (pessoa que colabora) com Satanás e o colocou sob juízo de Deus. Foi por isso que, daí em diante, o acesso à árvore da vida teve de lhe ser proibido.

Dois planos de vida foram colocados perante Adão: o da vida divina, em dependência de Deus, e o da vida humana, com os seus recursos "independentes". Foi pecaminosa a escolha que Adão fez, porque assim tornou-se aliado de Satanás para frustrar o eterno propósito de Deus. Ele fez isso ao escolher desenvolver sua própria humanidade - tornar-se, talvez, um homem muito refinado e até mesmo, segundo o seu padrão, um homem "perfeito" - independente de Deus. No entanto, o resultado foi morte, porque ele não tinha em si mesmo a vida divina imprescindível para realizar em si o propósito de Deus. Mas Adão escolheu ser "independente", um agente do inimigo. Assim, em Adão, todos nos tornamos pecadores, dominados por Satanás, sujeitos à lei do pecado e da morte e merecendo a ira de Deus.

Vemos, assim, a razão divina da morte e da ressurreição do Senhor Jesus. Vemos, também, a razão divina da verdadeira consagração - para nos considerarmos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, e para nos apresentarmos a Deus como vivos dentre os mortos. Todos devemos ir à cruz, porque o que está em nós, por natureza, é a vida do eu, sujeita à lei do pecado. Adão escolheu uma vida própria em vez da vida divina; assim, Deus teve de juntar e eliminar tudo que estava em Adão. Nosso "velho homem" foi crucificado. Deus incluiu-nos todos em Cristo e crucificou-O, como último Adão, aniquilando assim tudo o que pertence a Adão. Depois, Cristo ressuscitou em uma nova forma, ainda com um corpo, mas "no Espírito" e não mais "na carne". O último Adão, porém, é espírito vivificante (1 Co 15:45). O Senhor Jesus agora tem um corpo ressurreto, espiritual, glorioso e, desde que não está mais na carne, pode agora ser recebido por todos. "Quem de mim se alimenta, por mim viverá" , disse Jesus (Jo 6:57). Os judeus sentiram repugnância diante da idéia de comer Sua carne e beber Seu sangue, mas evidentemente não O poderiam receber porque literalmente Ele ainda estava na carne. Agora que Ele está no Espírito, cada um de nós pode recebê-Lo, e é por meio de participarmos da Sua vida ressurreta que somos constituídos filhos de Deus. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (...) os quais nasceram (...) de Deus" (Jo 1:12,13).

Deus não está empenhado em reformar nossa vida. Seu alvo não consiste em aperfeiçoar essa vida porque a nossa vida situa-se em um plano totalmente errado. Nesse plano, Ele não pode conduzir o homem à glória. Ele precisa ter um novo homem, nascido de Deus, nascido de novo. A regeneração e a justificação caminham juntas. 




Aquele que tem o Filho tem a vida


Há vários planos de vida. A vida humana situa-se entre a vida dos animais inferiores e a vida de Deus. Não podemos transpor o golfo que nos separa do plano superior ou do plano inferior, e a separação que há entre nossa vida e a de Deus é infinitamente superior à que existe entre a nossa vida e a dos animais. Certa vez, na China, visitei um líder Cristão que estava de cama, doente, e quem, por causa da sua história chamarei de sr. Wong, ainda que esse não seja seu verdadeiro nome. Ele é um homem muito culto, um PhD., e alguém que era estimado em toda a China por seus altos princípios morais, e por muito tempo esteve engajado no serviço cristão. Mas ele não cria na necessidade de regeneração. Ele apenas proclamava aos homens um evangelho social de amor e boas obras.

Quando visitei o Sr. Wong, seu cachorrinho estava ao lado de sua cama, e, após ter falado com ele das coisas de Deus e da natureza de Seu trabalho em nós, apontei para o cachorrinho e perguntei qual era o seu nome. Ele me disse que seu nome era Fido. "Fido é o seu primeiro nome ou o seu sobrenome"? Perguntei (utilizando os termos chineses para "primeiro nome" e "sobrenome"). "Oh, esse é apenas o seu nome", respondeu ele. "Você quer dizer que é apenas o seu primeiro nome? Posso chamá-lo Fido Wong"? Prossegui. "Certamente que não"! Veio a resposta enfática. "Mas ele vive com a sua família", retruquei. "Por que você não o chama de Fido Wong"? Então, apontando para suas duas filhas, perguntei: "Suas filhas não se chamam srta. Wong"? "Sim"! "Bem, então, por que não posso chamar seu cachorro de Mestre Wong"? O doutor riu e eu prossegui: "Você entende onde quero chegar? Suas filhas nasceram na sua família e têm seu nome porque você comunicou vida a elas. Seu cachorro pode ser bem inteligente, bem comportado e, no geral, um cachorro notável. Mas a questão não é: ele é um cachorro mau ou bom?, mas simplesmente: ele é um cachorro? Ele não precisa ser mau para ser desqualificado de ser um membro de sua família. Ele apenas precisa ser um cachorro.

O mesmo princípio aplica-se ao seu relacionamento com Deus. A questão não é se você é homem bom, mau ou mais ou menos, mas simplesmente: É você um homem? Se sua vida está em um plano inferior ao da vida de Deus, então você não pode pertencer à família divina. Durante toda a sua vida, seu objetivo ao pregar tem sido transformar homens maus em homens bons. Mas homens em si mesmos, quer sejam maus ou bons, não podem ter qualquer relacionamento vital com Deus. Nossa única esperança como homens é receber o Filho de Deus e, quando o fazemos, Sua vida em nós nos constituirá filhos de Deus. O doutor viu a verdade e, naquele dia, tornou-se um membro da família de Deus ao receber o Filho de Deus no coração. O que hoje possuímos em Cristo é mais do que Adão perdeu. Adão era apenas um homem desenvolvido. Permaneceu naquele plano e nunca possuiu a vida de Deus. Mas nós, que recebemos o Filho de Deus, recebemos não só o perdão dos pecados, mas também recebemos a vida divina que estava representada no Jardim pela árvore da vida. Pelo novo nascimento, possuímos o que Adão perdera, pois recebemos uma vida que ele nunca teve. 




Extraído do livro "A Vida Cristã Normal" de Watchman Nee das Edições Tesouro Aberto.

O ministério de João é permanente.


O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63)


Jo 21:22-23; 3 Jo 1-8; Ap 1:10
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Durante a perseguição do império romano aos cristãos, no primeiro século, os que estavam à frente das igrejas foram martirizados, assim como Pedro e Paulo. Naquela época, João não se destacava como os demais apóstolos, uma vez que, aparentemente, não exercia algum tipo de liderança. Cremos que por essa razão não foi executado com os demais. Foi apenas aprisionado e depois enviado para o exílio em Patmos.
O tempo de prisão e exílio de João durou cerca de vinte anos. Nesse período ele deve ter renunciado bastante à sua vida da alma e procurado viver no espírito (Ap 1:10; 4:2; 17:3; 21:20). Como resultado, o Senhor pôde trabalhar profundamente nele e dar-lhe grandes revelações.
Após seu exílio, estando já em Éfeso, João certamente teve a oportunidade de ler a epístola que Paulo escrevera àquela igreja. Tendo lido a carta, percebeu que era necessário ajudar os irmãos a praticarem as verdades nela contidas, a fim de restaurar a condição da igreja em Éfeso.
Sua experiência em Éfeso foi muito positiva. Em sua maturidade, ele se tornou mais sensível ao Espírito. Por meio de seu ministério, João ajudou os irmãos a deixarem sua animosidade e a desfrutarem do Espírito e da vida. Desse modo, a igreja em Éfeso foi totalmente restaurada, pois os irmãos aprenderam a viver no espírito, negando a si mesmos. Louvado seja o Senhor!
A partir de então, os irmãos em Éfeso se envolveram com a obra do ministério, pregando o evangelho por várias cidades e visitando as igrejas. Isto pode ser confirmado na Terceira Epístola de João (1-8).
Baseados nas palavras do Senhor Jesus a Pedro quando disse: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21:22), podemos dizer que o ministério ulterior de João, além de ter a característica de “remendar as redes” por meio do Espírito e da vida, é um ministério permanente, ou seja, perdurará até a volta do Senhor.
Por meio desse ministério, João ajudou a igreja em Éfeso e, hoje, nós também podemos participar desse ministério suprindo Espírito e vida a outros. Aleluia!

27 agosto, 2012

Refletindo...

Orgulho

Ao ler a história de Saul, percebemos que seu início foi muito positivo, porque demonstrou humildade ao reconhecer que era indigno de receber tamanha responsabilidade. Quando foi confirmado rei diante de todo o povo, Saul não se exaltou, antes se ocultou entre as bagagens, após ser confirmado rei, não se aproveitou da situação para vingar-se dos que o menosprezavam. Portanto no início, Saul foi um exemplo pra todos nós. Infelizmente, sua disposição inicial durou pouco. Mais tarde, em virtude de suas vitórias, seu coração mudou e ele tornou-se orgulhoso. Diante disso vemos que nem sempre as vitórias e sucessos contribuem para o nosso bem. Tudo depende de como está o nosso coração e de como temos lidado com nossas intenções e motivações. Talvez essa fosse a situação de muitos de nós quando começamos a servir ao senhor na igreja. Sentíamo-nos indignos e incapazes de executar nossas responsabilidades, o que sempre nos leva a depender humildemente do nosso senhor Jesus. No entanto, a partir do momento em que começamos a obter algum êxito no que estávamos fazendo, o orgulho veio a tona. Isso é uma forte evidência de que ainda não temos lidado a fundo com nossa vida da alma, se não lidarmos com ela, cada sucesso somente nos trará dano e prejuízo. Se porém,sempre praticarmos o negar de nossa vida da alma, nós nos manteremos puros e humildes a despeito das proporções do sucesso obtido.

Reconheçamos que nada é fruto de nosso esforço e capacidade, mas tudo vem de Deus, a fonte de todas as coisas, não imputemos a glória a nós mesmos, mas a Deus somente. 



Livro: “Um homem segundo o coração de Deus”

Estudo Bíblico...


Deus se dispensa como vida ao homem


Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 1:23)


Jo 1:14; Ef 1:4, 7, 13; 1 Pe 1:23

Nós deixamos a maneira tradicional de pregar o evangelho para tentar alcançar as pessoas em um ambiente livre da influência de antigas tradições. É assim que funcionam os bookafés, para propiciar uma atmosfera em que as pessoas se sintam à vontade, sem receio de se aproximar da Palavra de Deus e, até mesmo, de pedir oração. O Senhor nos revelou essa maneira de evangelizar para nos libertar de todos os obstáculos que impediam a propagação da fé.
Deus deseja Se dispensar para dentro do homem desde o início, desde a criação. Deus, como o Pai, o Filho e o Espírito Santo, planejou alcançar o homem, conforme mostrado em Efésios 1. O Pai nos predestinou para a filiação, pois nos escolheu antes do nascimento (v. 4); o Filho realizou a redenção de nossos pecados na cruz (v. 7), restaurando nosso acesso à presença de Deus, ao nos justificar; o Espírito nos alcançou como vida e nos supre diariamente para o crescimento da vida divina (v. 13). Dessa forma, a fé objetiva, que é o plano eterno de Deus, é infundida em nossa pessoa, se tornando a nossa fé subjetiva, ou seja, a pessoa de Deus é dispensada para dentro de nós.
Para que isso acontecesse, Deus não permaneceu inacessível nos céus, mas Se encarnou na pessoa do Filho, Jesus, que foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. No evangelho de João está descrito o processo da encarnação: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1:14)
Além disso, o Senhor Jesus morreu na cruz, no tempo predeterminado por Deus, para perdoar os pecados do mundo inteiro. Quando cremos no Senhor, confessando os pecados, somos salvos e perdoados; além disso, nos tornamos filhos de Deus, pela regeneração. Isso significa que nascemos de Deus, ou seja, a semente divina e incorruptível foi plantada em nosso interior (1 Pe 1:23). Graças a Deus por Seu plano eterno que nos alcançou!

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O aspecto remendador do ministério de João.


Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados (1 Pe 4:8)


Mt 4:21-22; Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54; Jo 13:23, 25; 20:2; 21:7, 20; At 3:1; 4:19; 8:14
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Nesta semana veremos sobre o ministério do apóstolo João. No passado vimos que João foi chamado pelo Senhor em sua juventude. Ele era pescador, assim como Tiago, seu irmão (Mt 4:21). No momento em que o Senhor os chamou, eles estavam consertando as redes de pesca. Porém, ao chamado do Senhor imediatamente deixaram as redes e o barco para segui-Lo (v. 22).
De acordo com os registros bíblicos, podemos perceber que em certos momentos João era um jovem impetuoso (Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54), contudo o Senhor o amava muito, a ponto de ele mesmo descrever-se como o “discípulo a quem Jesus amava” (Jo13:23; 20:2; 21:7, 20). Ele também manifestou o amor intenso que tinha pelo Senhor, permanecendo ao Seu lado mesmo durante a crucificação, enquanto todos os outros discípulos se dispersaram. Em uma das passagens, vemo-lo aconchegado a Jesus, reclinando-se sobre o Seu peito (Jo 13:24-25). A sua proximidade do Senhor, portanto, foi uma das principais características de João.
Entretanto, durante o período relatado no livro de Atos, João não tinha destaque entre os demais apóstolos, aparecendo apenas ao lado de Pedro, acompanhando-o em suas viagens (At 3:1; 4:19; 8:14). Ademais, não há registros de mensagens, viagens ou pregações feitas por João, embora ele fosse descrito por Paulo como uma das “colunas” da igreja (Gl 2:9).
Não sabemos por qual motivo, naquele período, João não participava de forma mais ativa na obra do ministério, tal como os apóstolos Pedro e Paulo. Talvez fosse por pouca capacidade ou por ser muito humilde, deixando Pedro sempre tomar a liderança. Todavia, sabemos que todas essas coisas estavam de acordo com a vontade soberana de Deus, pois muitos anos após a morte de Pedro e Paulo, João foi usado pelo Senhor para dar continuidade ao Seu ministério.
Em sua maturidade, depois de permanecer exilado por vinte anos, João recebeu grandes visões, as quais ele narrou no livro de Apocalipse. Depois de ser libertado da prisão, segundo a história da igreja, dirigiu-se para Éfeso, com a finalidade de ajudar os irmãos da igreja ali. Assim como quando era pescador, em sua juventude, João consertava as redes de seu pai e, mais tarde, tornou-se muito útil a Deus para reparar falhas espirituais existentes na igreja. Seu ministério tinha esse aspecto remendador, cuja base sólida era o amor a Deus e aos irmãos.
Nos próximos dias desfrutaremos mais da experiência de João e de seu ministério ulterior de Espírito e vida, no qual cada um de nós pode ter parte.

26 agosto, 2012

Refletindo...

A nossa necessidade de sermos purificados


Agora precisamos ponderar um pouco mais sobre a questão do motivo. Ao virmos para a igreja, precisamos ter um motivo puro, nada buscando para nós mesmos. O nosso motivo tem de ser singelo pela restauração do Senhor. Embora possamos ser ignorantes até certo ponto, se o nosso motivo for puro, estaremos sempre prontos para receber luz. Entretanto, se não estivermos dispostos a receber luz, isso in¬dica que o nosso motivo não é genuíno. Precisamos refletir se o nosso motivo é totalmente pela restauração do Senhor. Se não, o nosso motivo é errado. Exteriormente podemos estar certos em todos os aspectos, mas ainda estar errados interiorrnente.

Fui a Xangai pela primeira vez em 1933. Naquela época, encontrei-me com um irmão que entrara na igreja bem no início da prática da vida da igreja naquela cidade. Ele sequiosamente queria ser um presbítero. Embora na aparência ele zelosamente amasse o Senhor, não era a pessoa adequada para ser um presbítero. Ele simplesmente não tinha aquele tipo de capacidade. Ele entrou na vida da igreja em 1928. Quando vinte anos mais tarde, em 1948, ele ainda não era um presbítero, estabeleceu outra reunião em sua cidade natal e sustentou um pregador, fazendo a mesma coisa que Mica fez em Juízes 17.

Durante os últimos catorze anos, tem havido uns poucos entre nós nos Estados Unidos que esperavam tornar-se presbíteros. Quando não eram designados presbíteros numa localidade, mudavam-se sob pretexto de migrar para outra localidade. Quanto mais esperavam tornar-se presbíteros, mais óbvio se tornava de que não deveriam sê-lo. Depois de ir de cidade em cidade, sem serem colocados no presbitério, eles por fim voltaram suas costas à igreja e saíram. Nada testa mais os nossos motivos do que a igreja. A igreja é um candelabro de ouro puro, e não pode tolerar qualquer mistura. Todos precisamos ser purificados. Precisamos orar, dizendo: “Senhor, faça-me puro. Agora que estou em Tua restauração, peço-Te que me purifiques.”

Nenhum de nós na restauração do Senhor deve ser ambicioso. Na restauração, a ambição acabou. Além disso, nenhum de nós deve se importar com posição. É muito melhor não ter posição alguma. Além disso, nunca espere ser um líder. De modo semelhante, você não deve dizer que jamais será um líder ou que você não gosta de ser um líder. Se na vida do Senhor você tem ou não capacidade de ser alguém que lidera, isso é com o Senhor, mas você tem de ser o mesmo, líder ou não. Se não é um líder, então tem de ser um membro vivo, que funciona. Senão, o Senhor não terá caminho entre nós. Você não deve ser humilde e dizer: “Jamais serei um líder”; tampouco deve ser ambicioso e desejar ser um líder. Se não se sente bem quando um irmão ou irmã torna-se um líder, isso revela que a sua motivação não foi purificada.

O meu coração constantemente sofre por causa da situação entre os cristãos. Olhe a situação no catolicismo, protestantismo, pentecostalismo e grupos livres. Onde está o meio de o Senhor edificar a Sua igreja? Precisamos estar claros a respeito da restauração do Senhor e de Sua economia, e precisamos ser puros em nossa motivação. 




Fonte: Extraído do livro “Tudo o que você precisa saber sobre a igreja” - W. Lee
 www.igrejaemuberaba.com.br

Para Meditar...


Lidando com os pecados e Satanás



Pecado - Rádio Árvore da Vida

Uma das eficientes armas de Satanás é fazer-nos desanimar por causa de nossos defeitos e erros. Ele está sempre atento às nossas reações porque elas expõem nossos defeitos, para, no momento oportuno, acusar-nos diante de Deus. Por isso, precisamos atentar para a palavra do apóstolo Pedro e lançar sobre o Senhor, que tem cuidado de nós, toda nossa ansiedade (1 Pedro 5:7). Devemos também ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo, nosso adversário, anda a nosso redor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar (v.8). Quando pecamos e caímos sob a condenação de Satanás, somos devorados por ele. Por isso, devemos estar a toda hora vigilantes na presença de Deus. Vigiar significa estar sempre pronto contra o ataque de Satanás. Precisamos vigiar para não dar lugar a Satanás (Efésios 4:27) nem lhe dar oportunidade para devorar-nos.
Satanás está constantemente nos observando. Por vezes, cometemos pecados em oculto e ficamos satisfeitos porque os homens não sabem o que fizemos, mas nós mesmos sabemos e Satanás também sabe. Isso é suficiente para sermos devorados por ele. Quando pecamos, devemos nos arrepender. Se insistirmos em pecar em oculto e não nos arrependermos, certamente um dia tudo virá à tona, e seremos envergonhados diante dos outros. Se algo que fazemos não dá paz à nossa consciência ou nos leva a ser repreendidos pelo Senhor que mora em nosso interior, devemos imediatamente arrepender-nos. Se assim fizermos, não daremos chance a Satanás de encontrar em nós alguma coisa pela qual nos possa devorar.
Satanás é o acusador. Ele nos acusa em nossa consciência e também diante de Deus (Apocalipse 12:10; Zacarias 3:1). Que fazer quando essas acusações surgirem? Se já nos arrependemos delas e aplicamos o sangue do Senhor, devemos dizer a Satanás que ele não tem mais do que nos acusar, pois já estamos purificados pelo sangue do Cordeiro e temos nossa consciência tranqüila diante de Deus. Se, no entanto, formos acusados de algum pecado que ainda não confessamos e do qual não nos tenhamos arrependido, essa será a oportunidade para o fazermos.
Devemos resistir a Satanás, que nos acusa de dia e de noite, permanecendo firmes na fé (1 Pedro 5:9; Tiago 4:7). Para isso, devemos usar o sangue do Cordeiro, a palavra do testemunho e, mesmo em face da morte, não amar a própria vida (Apocalipse 12:11). Quando Satanás nos acusa de alguma coisa com que já lidamos diante de Deus, devemos resistir-lhe, dizendo-lhe: “Satanás, eu realmente fiz tudo isso de que você me acusa. Mas esses pecados já foram apagados por Deus, pois eu me arrependi deles e fui purificado pelo sangue do Cordeiro!” Essa é a palavra do testemunho que temos de dar!

(Texto extraído do Livro Não mais eu, mas Cristo, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.)
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Alcançar as pessoas onde elas estão.


Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia (Gn 28:16)


1 Co 12:12-13; Ef 2:15-17; 1 Jo 1:4; Ap 1:3
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

O Senhor nos comissionou a pregar o evangelho do reino. Entretanto, vimos que nossa prática no passado de ficar somente em nosso local de reuniões, esperando pelas pessoas não era suficiente para levar a cabo essa comissão. Para levar o evangelho do reino a cada bairro ou região de nossa cidade, percebemos que precisávamos ter um lugar agradável e acessível, onde, mesmo no correcorre diário, as pessoas pudessem entrar e permanecer ali por algum tempo.
Foi com o objetivo de alcançar as pessoas onde elas estão, que o Senhor nos deu os lugares de oração e os bookafés, por meio dos quais temos nos empenhado em expressar Seu amor e dar a todas as pessoas a oportunidade de conhecer o propósito eterno de Deus, por meio da palavra escrita (1 Jo 1:4; Ap 1:3).
Qual o significado de bookafé? “Book” se refere a livro em inglês; “a” mostra que há uma direção, uma meta; e “Fé” é aquilo no que nós cremos. Essa Fé tem como conteúdo o plano de Deus revelado no Novo Testamento, Sua economia neotestamentária, a qual Ele deseja trabalhar em nossa fé subjetiva. Por isso, nos bookafés há muitos livros à disposição das pessoas, visando ajudá-las a ganhar a vida divina e a revelação do plano de Deus.
Nosso Deus é muito sábio, pois quando alguém entra no bookafé pensando apenas em tomar um cafezinho, ele também se depara com os colportores que, depois de lhe darem as boas-vindas, apresentam-lhe os livros de uma forma bem agradável. Dessa maneira, mais pessoas estão sendo salvas, conhecendo o propósito de Deus e a importância da cooperação do homem no cumprimento de Seu plano eterno; além de serem fortalecidas e supridas por meio da oração e comunhão com os irmãos. Todos nós sabemos que o coração de Deus não é estreito, Sua palavra é para alcançar todas as pessoas, o que já vem ocorrendo há séculos. Infelizmente, muitos filhos de Deus se dividiram, cada um com seus conceitos, e se fecharam, formando seus próprios grupos, segundo suas próprias interpretações bíblicas.
Hoje muitas pessoas ainda estão distantes das promessas de Deus, não tendo esperança e vivendo sem Deus no mundo (Ef 2:15-17). Louvamos ao Senhor, pois por meio dos bookafés, muitos que não conheciam a Deus nem Seu propósito para o ser humano estão sendo salvos e conduzidos à Fé. Além disso, alguns filhos de Deus que haviam se desviado estão se aproximando do Senhor novamente e vendo Seu reino. Para isso procuramos levá-los a invocar o nome do Senhor.
Por meio de invocar o nome do Senhor, nós nos voltamos ao Espírito que dá vida. Cada vez que O invocamos, a vida divina é acrescentada a nós. Por meio dela, expressamos o amor de Deus. Quanto mais da vida divina temos, mais o amor de Deus transborda de nós, alcançando todos aqueles que contatamos na pregação do evangelho, dia após dia.

Buscar diligentemente o amor.


Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente (1 Pe 1:22)


1 Jo 2:5; 3:11, 14, 16; 4:16
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

Embora sejamos coparticipantes da natureza divina por meio de Suas promessas, ainda precisamos do acréscimo da natureza de Deus: “Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai...” (2 Pe 1:5a). Isso quer dizer que temos de buscar mais e buscar diligentemente, incessantemente, o crescimento, o desenvolvimento da vida divina em nós.
De acordo com a experiência de Pedro, é preciso associar “com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor” (vs. 5-7). Não basta somente a fé, é preciso associar a virtude; só a virtude não basta, é preciso acrescentar conhecimento; só o conhecimento não é suficiente, precisa acrescentar domínio próprio; com o domínio próprio, segue a perseverança; a perseverança produz a piedade; e a piedade, o amor fraternal.
Hoje, na vida da igreja, pelo fato de lermos e orarmos a Palavra do Senhor e invocarmos Seu nome, a vida divina está crescendo em nós e, consequentemente, já começamos a expressar aos outros o amor de Deus que habita em nós (1 Jo 2:5).
Deus é amor, então a manifestação prática da igreja em nosso viver diário é transmitir o amor divino que habita em nós aos nossos irmãos (1 Pe 1:22; 1 Jo 3:16; 4:16). Para que isso ocorra, como os apóstolos Paulo e Pedro descreveram em suas epístolas, devemos permitir o trabalhar do Espírito em nós. Esse processo de transformação não ocorre de uma hora para outra; precisamos usar de diligência para cooperar com o Senhor.
Porém, apesar de nos darmos por satisfeitos em amar os irmãos, isso ainda não é suficiente para o Senhor. Precisamos buscar, com mais diligência, crescer na vida divina para sermos inundados com o amor ágape, que é o amor de Deus. Esse é o amor mais elevado, ilimitado, o amor do princípio, que ama até mesmo o inimigo e que perdoa incondicionalmente.
Paulo nos disse que o amor é o caminho sobremodo excelente, e Pedro vem nos mostrar de maneira prática, como cultivar esse amor. Ele teve a experiência de negar sua vida da alma, de purificá-la por meio do fogo do Espírito (1 Pe 4:12-13).
Foi pelo queimar com o fogo do Espírito que sua alma foi purificada, para receber mais da natureza de Deus e de Suas preciosas e mui grandes promessas. Os sofrimentos mencionados por Pedro são interiores e vêm como fogo para, pouco a pouco, consumir a vida natural, nossa vida da alma. Dessa forma, a vida divina terá mais espaço para crescer em nós.
As situações de sofrimentos pelas quais passamos não são à toa: Deus nos ama e deseja nos tornar mais úteis a Ele, por isso permite que passemos por várias provações. Essa é a ajuda que recebemos com as ricas experiências de Pedro em suas epístolas. Almejamos que Cristo cresça gradativamente em nós, para reinarmos com o Senhor na era vindoura. Aleluia!

24 agosto, 2012

Refletindo...

Vencer é necessário e possível.


Irmãos e irmãs, se vocês descobrirem que têm algum dos pecados mencionados, certamente precisam vencer. Não sei quantos desses oito tipos de pecados você cometeu. Talvez apenas um ou dois; talvez mais. Mas Deus não permitirá que nem um, dois ou mais pecados o enredem. É provável que você observe alguns defeitos em um irmão, que detecte imperfeições em outro ou algumas falhas em um terceiro. Mas é errado ter tantas falhas. Devemos dar graças ao Senhor e louvá-Lo porque todos os pecados estão debaixo de nossos pés. Demos graças ao Senhor e louvemo-Lo. Não há pecado, por maior que seja, que sejamos obrigados a cometer. Demos graças a Deus e louvemo-Lo. Não há tentação tão grande que não possa ser vencida.

A vida que o Senhor ordenou para nós é uma vida de comunhão ininterrupta com Deus. Todo cristão pode fazer a vontade de Deus e pode ser totalmente livre de seus afetos naturais. Todo cristão pode vencer o pecado completamente e também seu caráter. O cristão pode consagrar tudo a Deus e ser libertado do amor que tem ao pecado. Demos graças a Deus e louvemo-Lo. Essa não é uma vida idealista; é uma vida que pode ser plenamente praticada. 



Fonte: A Vida Que Vence - W. Nee
(Site Igreja em Uberaba)

O padrão ilimitado da natureza divina.


Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Cl 3:13)


Mt 18:21-22; Rm 10:12
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

De acordo com a natureza humana, segundo o padrão de Pedro, o máximo que conseguimos perdoar é sete vezes (Mt 18:21). O Senhor Jesus, no entanto, disse a Pedro: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (v. 22). Isso só é possível se, como dissemos ontem, a natureza do Deus Triúno estiver sendo trabalhada em nossa pessoa. O simples conhecimento dessa verdade não nos faz perdoar mais que três ou quatro vezes. Quando tomamos a cruz, negando a nós mesmos, a natureza divina que está dentro de nós, cujos atributos são ilimitados, consegue perdoar toda ofensa contra nossa pessoa inúmeras vezes.
No passado, o Senhor me deu a graça de perdoar muitas pessoas e ajudar muitos irmãos na obra do Senhor. Alguns depois de ter recebido minha ajuda, começaram a ir contra mim, mas eu não os excluí da nossa comunhão. Dentre eles, houve um irmão, que depois de certo tempo, foi iluminado pelo Espírito, viu que estava errado e me procurou arrependido do que havia feito comigo. Eu o perdoei e esquecemos o fato; foi como se nunca tivesse ocorrido nada.
Numa segunda vez, esse mesmo irmão caiu novamente no mesmo erro. Eu tive paciência e não o tratei com desprezo. Novamente ele se arrependeu e eu o perdoei; e assim se sucederam mais duas vezes. Apesar de ele fazer muitas coisas contra mim, o Senhor me deu graça para perdoá-lo todas essas vezes. Na quarta vez, ele me perguntou: “Irmão Dong, como você consegue me perdoar tantas vezes assim? Eu já o ofendi várias vezes e você me perdoou todas elas. Você me perdoa mais uma vez?”.
Talvez você pense que perdoar alguém quatro vezes é sinal de espiritualidade. Pedro, entretanto, possuía um padrão ainda maior. Ele nos mostrou que, segundo seu ser natural, era capaz de perdoar um irmão sete vezes. Todavia, o Senhor, ao responder a Pedro, disse-lhe que devemos perdoar setenta vezes sete. Sua resposta revela que o perdão, de acordo com a natureza divina, é ilimitado, pois é o perdão segundo Deus.
Segundo a natureza humana, e de acordo com o padrão de Pedro, só conseguiríamos perdoar sete vezes, no máximo. Somente por meio da natureza divina, trabalhada em nosso interior, conseguimos perdoar setenta vezes sete, ou seja, quantas vezes forem necessárias. O mesmo ocorre com as demais virtudes humanas. A paciência, o amor, a humildade, a mansidão, a fraternidade, enfim todas essas virtudes, precisam ser mescladas com a natureza divina, para não só existirem em nós, mas em nós aumentarem e fazer com que não sejamos nem inativos, nem infrutuosos em nosso viver cristão diário.
Precisamos nos abrir diariamente ao dispensar do Pai, do Filho e do Espírito para vivenciar a natureza divina agindo em nós. Uma maneira eficiente de fazer com que a natureza divina seja trabalhada na natureza humana é invocar o nome do Senhor (Rm 10:12). Por meio de Seu nome nos tornamos coparticipantes da natureza divina, ganhamos todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, somos conduzidos à glória e à virtude e recebemos Suas preciosas e mui grandes promessas. Assim somos libertos das corrupções e das paixões que há no mundo.