07 janeiro, 2012

Como comparecer perante o tribunal de Cristo

Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5:10)Mt 7:22; 24:48-51; 25:11-12; 1 Co 3:2; Fp 2:12; Hb 5:12

O Senhor perdoou todos os nossos delitos e cancelou todo o escrito de dívida que era contra nós diante de Deus, removendo-o inteiramente por meio de Sua morte de cruz (Cl 2:14). Todavia nós, que cremos e já fomos purificados pelo sangue do Senhor, um dia teremos de comparecer perante o tribunal de Cristo, para ser julgados por Ele. Nesse julgamento o Senhor levará em conta o quanto negamos nossa vida da alma. Seremos julgados com respeito a ter ou não consentido que Deus trabalhasse Sua vida em nosso interior. Ou seja, Deus virá medir nossa vida espiritual, conferir o quanto nos esvaziamos - negamos nossa vida da alma - e fomos enchidos pela vida divina.
Todas as vezes em que, arrependidos, fomos diante do Senhor e confessamos nossos pecados, Ele nos perdoou e purificou por Seu sangue. Mesmo assim, não podemos nos acomodar e viver a vida cristã de maneira passiva, estacionados quanto ao crescimento espiritual. A fim de seguir o Senhor e desenvolver nossa salvação, temos de negar a nós mesmos durante nosso viver (Fp 2:12).

Alguns cristãos conhecem bastante a Palavra de Deus, porém ainda permanecem fortes em seu ego, isto é, em sua natureza caída. Outros já ouviram várias vezes sobre a importância de negar a vida da alma, sabem que, se não negarem a vida da alma, a vida de Deus não crescerá dentro deles, mas, ainda assim, não praticam essa palavra (Mt 24:48-49; 1 Co 3:2; Hb 5:12). Por agirem assim, a vida divina não se expande em seu interior. A semente de vida foi plantada neles, mas precisam deixá-Ia germinar e crescer.

Diante dessas palavras, não podemos permitir que a vida da alma continue tão íntegra, como era antes de crermos. Além disso, o simples fato de ter participado de várias reuniões da igreja não significa que você tenha sido transformado, que sua vida da alma tenha diminuído, e a vida divina tenha aumentado em sua alma. Os que pensam assim podem estar se enganando e poderão ser surpreendidos naquele dia (Mt 7:22; 25:1-3,11-12).

Quem não negar a vida da alma hoje irá para um lugar onde não haverá a luz da glória de Deus, mas muito sofrimento, e ali será obrigado a amadurecer (Mt 25:30). Dessa maneira, como disse o apóstolo Paulo, "sofrerá ele o dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1 Co 3:15) e, por fim, fará parte da nova Jerusalém. Nós, porém, queremos aproveitar o dia de hoje para negar a nós mesmos, para que, quando o Senhor vier, nos permita entrar em Seu reino e com Ele reinar sobre as nações.

Confessar os pecados para ser perdoado e purificado

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9)At 10:43; 1 Jo 2:1-2

Antes de entrarmos na manifestação do reino dos céus, na era vindoura, teremos de passar pelo tribunal de Cristo. No passado, alguns de nós acreditavam que compareceriam diante do tribunal de Cristo para que seus pecados fossem julgados. Pensavam que os pecados seriam exibidos como um filme na sua frente, e um a um seriam julgados. Entretanto hoje sabemos que os pecados que já confessamos foram perdoados e todo registro deles foi apagado pela ação do sangue precioso do Senhor Jesus, pois: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9). Aleluia!
Quando cremos no nome do Senhor Jesus, recebemos a remissão de todos os pecados que cometemos no passado (At 10:43). E ainda hoje Deus, por intermédio do Senhor Jesus, nos perdoa e purifica de toda injustiça sempre que pecamos e, arrependidos, confessamos nossos pecados. O Senhor Jesus sabe de nossas fraquezas, porque viveu entre nós por mais de trinta anos e conhece muito bem a natureza humana, por isso se compadece de nós e nos perdoa quando confessamos nossos pecados e falhas.

O desejo de Deus é que não pequemos, mas, se sentimos que pecamos, devemos imediatamente confessar, pedindo perdão ao Senhor, e clamar pela ação de Seu sangue precioso para sermos purificados. Não importa onde você esteja: se foi iluminado pelo Espírito e reconhece que pecou, lembre-se de que temos um Advogado junto ao Pai - Jesus Cristo, o Justo; Ele é a propiciação por nossos pecados. E não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro (1 Jo 2:1-2).

Meu encorajamento a todos os filhos de Deus é que não percamos tempo: se temos qualquer mancha na consciência, devemos confessar perante o Senhor e crer na eficácia do sangue de Jesus, o Filho de Deus, que nos limpará completamente. Isso deve ser um hábito salutar em nossa vida cristã.

Ser humilde de Espírito

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5:3)Mt 23:12; 1 Pe 5:6

Na ocasião em que proferiu as palavras contidas nos capítulos 5 a 7 de Mateus, o Senhor Jesus já havia sido ungido Rei pelo Espírito Santo, que sobre Ele descera sob a forma de pomba. Suas palavras nesse conhecido trecho da Bíblia visavam conduzir Seus discípulos a entrar no reino dos céus.
Em Mateus 5 lemos: "Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-Ios, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (vs, 1-3). Essa é a primeira condição para fazer parte da manifestação do reino dos céus, pois todos aqueles que reinarão com o Senhor, no reino milenar, serão humildes de espírito.

Mesmo sabendo que, no reino, vamos governar sobre as nações, precisamos ser pobres de espírito. Se somos pobres ou humildes de espírito, estamos sempre nos esvaziando de qualquer coisa que nos faça elevar o coração e ficar orgulhosos. Quando somos humildes de espírito, nós nos tornamos vazios em nossa vida natural, despojando-nos de tudo que é velho, conceitos e tradições, e nos abrimos ao Espírito para receber Dele o que é novo. Em outras palavras, ser humilde de espírito é esvaziar-se de si mesmo; é negar a vida da alma, com seu orgulho e coisas naturais.

Portanto, se desejamos reinar com Cristo, não devemos nos orgulhar, mas sim ser humildes de espírito (Mt 23:21; 1 Pe 5:6). Isso está diretamente vinculado ao arrependimento que João Batista pregava a respeito de ter uma mudança da mente, de opinião, esvaziando-se do que ficou para trás. Se praticarmos isso em nosso viver, seremos bem-aventurados, pois o reino dos céus será nosso.