21 fevereiro, 2012

As parábolas do grão de mostarda, do fermento, do tesouro escondido e da rede

Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça (Mt 13:43)


Mt 13:4,19,31-33,44-50



Prosseguindo na revelação dos mistérios do reino dos céus, a terceira parábola, do grão de mostarda, diz: "Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos" (Mt 13:31-32). Alguns aplicam essa parábola ao avanço do evangelho e ao aumento do número de membros na igreja. Eles dizem: "Antes éramos um pequeno grupo, como um grão de mostarda; mas agora crescemos em número e nos tornamos como uma grande árvore. Até os anjos estão habitando em nosso meio!". Mas a Palavra mostra que essa interpretação está incorreta.
Deus determinou que cada planta produzisse sementes segundo sua espécie (Gn 1:11). A mostarda é uma hortaliça, portanto não pode mudar sua natureza e se transformar em uma árvore. Além disso, as aves que vêm aninhar-se sobre ela representam o maligno, já descrito na primeira parábola (Mt 13:4, 19). Isso tudo indica que o crescimento da igreja apresentado nessa parábola não é algo normal.
Isso mostra que não devemos estar em uma condição anormal, onde as coisas são feitas de qualquer maneira, gerando brechas para o inimigo entrar. A igreja deve buscar a direção do Senhor em todas as questões, principalmente quanto ao avanço do evangelho, para não crescer de modo anormal.
A quarta parábola diz: "O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha até ficar tudo levedado" (v. 33). Após a colheita o trigo é moído e se torna farinha. O fermento é acrescentado à farinha para fazer a massa crescer tornando-a de fácil ingestão. Esse crescimento também representa algo anormal.
As quatro primeiras parábolas têm relação com alimento, ou seja, com a vida, e com o tipo de crescimento espiritual que temos ao recebermos a palavra do reino que foi em nós plantada; as três restantes relacionam-se com materiais que podem ser usados na obra do Senhor.
A quinta parábola é a do tesouro escondido: "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo" (v. 44). O homem encontrou um tesouro oculto no campo, mas não o utilizou para um fim proveitoso; ele o manteve escondido. Sua atitude foi semelhante a do servo que escondeu o talento que recebera de seu senhor na parábola de Mateus 25:18.
A sexta parábola diz que "o reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra" (13:45-46). Diferentemente da parábola anterior, esse negociante não escondeu a pérola, mas investiu tudo o que tinha para adquiri-Ia. Isso indica que ele negociou o que tinha para obter algo de valor superior.
A sétima parábola diz: "O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes" (vs. 47-50).