25 fevereiro, 2012

Ser despertado, levantar-se, subir e edificar.

Ao passar pregão por todo o seu reino, Ciro pretendia despertar todos os judeus para subir a Jerusalém (Ed. 1). Ciro os encorajou dizendo que Deus seria com eles. No entanto, nem todos subiriam, pois alguns já se haviam estabelecido na terra do cativeiro com casa, gado, terra e etc. 

Aos que decidissem ficar, foi dada uma ordem para que ajudassem com bens materiais os que subiriam. Quem foram os primeiros a se levantar? Foram os cabeças de famílias de Judá e Benjamim, sacerdotes e levitas. Além deles, havia outros cujo espírito fora despertado. 

Entre ser despertado e subir há uma sensível diferença. Podemos dizer que todos foram despertados interiormente com o edito do rei. Quantos, porém, deram continuidade a esse sentimento interior? Um grupo menor levantou-se. Dentre os que se levantaram nem todos subiram. Alguns desistiram no início da caminhada ao encontrar alguma dificuldade, outros foram um pouco mais além. Ao final, apenas uma pequena minoria alcançou o objetivo final de chegar em Jerusalém. 

Por que era tão difícil chegar a Jerusalém? Porque Jerusalém estava situada num monte, a distância desde a terra do cativeiro era grande e a carga que precisavam levar era pesada. Enfim, muitas coisas podem ter gerado desânimo e desencorajamento. 

Subir a Jerusalém requer o pagamento de um alto preço. Quantos israelitas chegaram a Jerusalém? Aproximadamente dois milhões de israelitas foram levados para o cativeiro e, destes, apenas cinqüenta mil levantaram-se e chegaram a Jerusalém. Esse número, no entanto, não deve ser motivo de desânimo, mas de louvor e ações de graças ao Senhor, pois alguns subiram. Esses foram os primeiros dentre outros que ainda subiriam. Foram eles que iniciaram a restauração do templo e da cidade, restaurando o testemunho da unidade. 

De igual modo, hoje Deus está chamando Seus filhos para a restauração da igreja, para que ela seja o testemunho da unidade do Seu povo. Mas, para isso, é preciso pagar um alto preço, especialmente no que diz respeito a negar a nós mesmos e tomar a cruz. Alguns são despertados para isso, mas ao perceber as implicações, desistem. Outros começam, mas desistem logo depois, por não estarem dispostos a tomar a cruz. Mas há os que pagam qualquer preço e vão até o fim. De que grupo você faz parte? 


Contribuição recebida por e-mail.

Cristo tem Preeminência na Vida do Cristão

Referência bíblica: 
Convém que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30) 

As experiências dos cristãos são de dois tipos: as doces e as amargas. Deus nos faz pas-sar por ambas, as experiências doces e amargas da vida, para nos capacitar a deixar que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. 

EXPERIÊNCIAS DOCES: 

1) Oração respondida – A oração será atendida se o seu alvo for o de deixar que Cristo tenha o primeiro lugar em todas as coisas. Busquemos primeiro o reino de Deus e a sua justiça e Deus acrescentará tudo mais que precisamos. (Acrescentar não é dar. O primei-ro significa adicionar ao que já temos; o segundo significa conceder o que não temos.) pedir em nome do Senhor é pedir em nome do Pai para o Senhor a fim de que o Senhor possa recebê-lo. De acordo com este princípio aqueles que dão valor à carne não terão nada para pedir em oração. Como precisamos deixar que a cruz acabe com a nossa carne para podermos ser intercessores do Senhor, pedindo aquilo que é a vontade do senhor! Não deveríamos orar pelos nossos propósitos egoístas. Só aqueles que permitem que Cristo tenha preeminência em todas as coisas podem entrar no Santo dos Santos. Vamos transformar os momentos de oração pelas nossas necessidades em um momento de ora-ção pelos negócios de Deus. Então Deus ouvirá a oração que proferimos – isto é, oração pelas coisas de Deus; mas ele também ouvirá a oração que não proferirmos – isto é, a oração pelos nossos próprios negócios. Se primeiro pedirmos que o Senhor receba o que é Dele, ele fará que nós também recebamos o que é nosso. Umas das experiências doces da vida do cristão é ter orações continuamente atendidas. Lembre-se, entretanto, que o motivo de Deus responder nossas orações é permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas. 

2) Crescimento – O crescimento também é uma doce experiência do cristão. Devemos ser como crianças, mas não permanecer crianças. Aumento de conhecimento das Escri-turas Sagradas não é crescimento; crescimento é aumento de Cristo em nós. Menos ego, ausência total do ego, isso é crescimento. Pensar pouco em si mesmo – mais ainda, não pensar em nada – isso é crescimento. Por exemplo, a verdadeira humildade é ignorar-se completamente. Quando nos vemos, a humildade é relativa, mas quando não nos vemos mais, a humildade é absoluta; e isso é crescimento. Crescimento é deixar que Cristo tenha preeminência em minha vida: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” – mas Ele não cresce em mim de acordo com a porção de conhecimento bíblico que tenho, mas de acordo com a minha consagração. Na medida em que eu me colocar na mão de Deus, Cristo terá preeminência em todas as coisas. O verdadeiro crescimento está no engrandecimento de Cristo. 

3) Iluminação – Outra experiência doce da vida cristã é receber a luz de Deus, isto é, visão espiritual. Revelação é o que Deus dá – uma dádiva objetiva. Quando Deus nos ilumina para percebermos o que há na revelação – isto é percepção subjetiva. Visão é o que vemos quando a luz de Deus brilha sobre nós: inclui luz e revelação. Primeiro a iluminação, depois a fé. Se quisermos ser continuamente iluminados, temos de permitir sempre que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” (Mateus 6:22). Não temos capacidade de entender, não porque nossos olhos não são bons. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). O coração tem de ser puro. “Se alguém quiser fazer a von-tade dele, conhecerá...” (João 7:17). Só aqueles que permitem que Cristo tenha preemi-nência em todas as coisas receberão luz. 

4) Poder – Ter poder também é uma das doces experiências na vida do cristão. Para ter poder, é preciso que deixemos que Cristo se assente no trono da nossa vida. Conforme ele cresce, a pessoa tem poder. Sem separação não pode haver poder. A separação não é apenas sair, é também entrar – isto é, entrar em Cristo. O que distingue o cristão do mundo é o fato de pertencer a Cristo e estar revestido de Cristo: Cristo é o seu poder. 

EXPERIÊNCIAS AMARGAS: 

1) Perdas materiais – Generalizando, os crentes parecem ter dificuldades financeiras. Isto se deve ou à sua falta de habilidade de prosseguir em quaisquer ocupações impró-prias que assumiram antes, ou a motivos espirituais que Deus está resolvendo neles es-pecificamente. Deus às vezes nos priva de nossa riqueza para nos induzir a buscar a Cristo para que Ele tenha preeminência em todas as coisas. Não é impossível ao rico entrar no reino de Deus, é simplesmente difícil. Não que eles não possam servir ao Se-nhor, só que acham difícil servir ao Senhor. “[Se] deitares ao pó o teu ouro... então o Todo poderoso será o teu ouro” (Jó 22:24,25). Deus lidou com os filhos de Israel no deserto, privando-os do suprimento terreno de alimento e vestimentas, para que pudes-sem perceber a abundância de Deus. Quando os suprimentos da terra acabam, descem os suprimentos celestes. Dificuldades materiais levam-nos a buscar o Senhor, a aprender a lição da fé e a conhecer Cristo como o primeiro em todas as coisas. Seja qual for a dificuldade que enfrentamos, vamos crer que vem de Deus, e vamos regozijar-nos. Mas não aguarde as dificuldades, porque Satanás é bem capaz de no-las acrescentar. 

2) Angústia emocional – Na perda de pais, marido, esposa, filhos, parentes e amigos, Deus está nos levando a encontrar em Cristo a nossa satisfação. Deus nos priva desses relacionamentos para que possamos aceitar a Cristo como Senhor e deixá-lo ter preemi-nência em nossa vida. Não é que Deus deseje nos maltratar, mas ele quer que Cristo seja nosso Senhor. É mais precioso derramar lágrimas diante do Senhor do que alegrar-se diante dos homens. O que encontramos no Senhor é o que não poderíamos encontrar nos pais, esposa e filhos. No reino da criação Deus só tem um objetivo para os crentes: dar a seu Filho preeminência em todas as coisas. Oferecendo Isaque, ganhamos Isaque. Deus não permitirá que tenhamos qualquer coisa fora do seu Filho. 

3) Sofrimento físico – Deus permite que fiquemos doentes e fracos fisicamente para aprendermos: 1) a orar a noite, 2) a vigiar como o pardal sobre o telhado, 3) a tomar conhecimento de como o Senhor prepara a nossa cama, 4) a resolver os pecados, 5) a esperar na quietude, 6) a tocar a bainha das vestes do Senhor, 7) a perceber como Deus envia Sua Palavra para nos curar, 8) a discernir como Deus usa a enfermidade para nos tornar vasos úteis, 9) a compreender que a santidade cura, e 10) a experimentar o poder da ressurreição do Senhor para vencer nossa fraqueza, enfermidade e morte. Deus nos faz aprender através da enfermidade a crer, confiar e obedecer para que Cristo possa ter preeminência em nossa vida. 

4) A agonia das perdas das virtudes naturais – Como as pessoas ainda dependem de suas próprias virtudes naturais, mesmo depois que são salvas! Mas, com o passar dos dias, talvez depois de alguns anos, o Senhor retira as virtudes naturais, causando-lhes assim profunda agonia. Ele nos priva de nossas virtudes adâmicas e nos mostra nossa depra-vação. A razão dessa privação é encher-nos de Cristo. 

Concluindo, então, seja o que for que Deus nos dê – seja algo doce ou amargo – é para nos induzir a deixar que Cristo tenha preeminência em nossa vida. 


Fonte: O Plano de Deus e os Vencedores - Watchman Nee

A igreja em Filadélfia

Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus (Mt 16:19)


Mt 16:19; Ap 3:7-8



Ao longo dos séculos o Senhor preservou um grupo de pessoas que invocava o Seu nome e guardava a Sua Palavra (Ap 3:8). Por fim, estes foram expulsos de Sardes e constituíram a igreja em Filadélfia. Na igreja em Filadélfia há o amor fraternal, pois não há espaço para orgulho e presunção; pelo contrário, ali reconhecem sua condição de pouca força, por isso não negam o nome do Senhor, mas o invocam e guardam a Sua Palavra.
Sabemos que quatro igrejas permanecerão até a volta do Senhor: Tiatira, Sardes, Laodiceia e Filadélfia. Vemos que a Igreja em Filadélfia recebeu a chave de Davi (3:7). Davi era um rei, portanto a chave dele está relacionada ao reino. Essa chave também corresponde às chaves do reino dos céus mencionadas em Mateus 16:19.
A igreja em Filadélfia apresenta uma condição adequada para entrar na manifestação do reino dos céus como vencedora, pois não nega o nome do Senhor, mas o invoca e guarda a Palavra do Senhor ao ler e orá-Ia.
Ela tem a promessa de ser guardada da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, a grande tribulação, porque tem guardado a palavra da perseverança, ou seja, mesmo debaixo de perseguição, não deixa de perseverar em seguir o Senhor.
O versículo 11 menciona que essa igreja já tem a coroa e que precisa conservar o que tem para que ninguém a tome, portanto aqui vemos várias evidências de que haverá nela um grande número de vencedores. Que possamos andar e ajudar outros a também andar nesse caminho até a volta do Senhor!
Graças a Deus por Sua misericórdia que tem nos alcançado, dando-nos sempre novas revelações e a oportunidade de praticá-Ias. O Espírito precisa achar em nós um coração humilde e puro para ter liberdade de revelar muitas outras coisas.

A igreja em Sardes e em Laodiceia

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, para que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (Ap 3:18-19)


Jo 5:39-40; Rm 5:1; Ap 3:1-6, 17-19



A Bíblia encontrava-se fechada para a maioria das pessoas. o século XVI surgiu Martinho Lutero. Ele fazia parte do corpo eclesiástico da única instituição religiosa reconhecida na época e tinha acesso à Bíblia, porém não concordava com as práticas de sacrifícios físicos para obter perdão de pecados, salvação pelas obras, venda de indulgências etc.
Essa liderança religiosa universal controlava todas as nações da época. Cada rei tinha de ser nomeado por essa instituição e devia obediência às normas por ela estabelecidas. Até para casar-se era preciso pedir autorização de seu líder máximo. E, se alguém não o obedecesse, ele não seria coroado.
A igreja em Sardes surgiu depois da reforma realizada por Martinho Lutero. Por causa dele temos hoje a Bíblia disponível para leitura. Ele se levantou a favor da justificação pela fé, e, por isso, foi duramente perseguido pelos líderes religiosos.
O nome Sardes significa restauração. Deus queria que eles restaurassem a prática de invocar o nome do Senhor e de  guardar a Sua Palavra que inclui não apenas conhecê-la, mas principalmente praticá-Ia. Muitos reis, todavia, aproveitaram a ocasião para romper com a liderança religiosa única e formar as igrejas nacionais. Surgiram, então, as igrejas estatais na Inglaterra, na Alemanha, na Holanda e várias outras igrejas nacionais.
As práticas saudáveis na igreja haviam sido perdidas desde o tempo de Pérgamo, onde havia o trono de Satanás. Em Tiatira havia os ensinamentos de Jezabel em lugar da Bíblia e outro nome em lugar do nome do Senhor.
Na época de Sardes, com a Palavra de Deus disponibilizada nas principais línguas, muitos começaram a investigar e pesquisar seu conteúdo, e, por causa das diferentes interpretações, diversos grupos cristãos se organizaram em torno dos pontos de vista que defendiam (Jo 5:39-40). Sardes deveria restaurar o nome e a Palavra do Senhor, mas não o fez.
Os fundamentalistas se preocuparam em examinar a Palavra; suas reuniões eram formais, e predominava o silêncio. Dentre esses surgiu um grupo dos que buscavam avivamento e deram início à linha pentecostal no meio cristão.
Tudo o que nos impede de caminhar juntos, em unidade, para o avanço da obra do Senhor, de fazer apenas a Sua vontade, está relacionado com a vida da alma, com a vida natural. Sabemos que a alma possui três partes: mente, emoção e vontade. Dessa forma, de Sardes surgiram os que davam mais ênfase à mente, promovendo a análise pura e simples da Bíblia, e os que preferiam tocar na emoção das pessoas, enfatizando apenas a manifestação exterior do Espírito.
Outro grupo, também proveniente de Sardes, formou a igreja em Laodiceia. Esse grupo é composto de pessoas que têm uma vontade determinada: afirmam que sua maneira de explicar a Bíblia é a melhor e são fechados para novas revelações da Palavra. Acham-se ricos e abastados, pensam que não precisam de coisa alguma e já possuem todas as riquezas espirituais (Ap 3:17).
Para os que se sentem abastados o Senhor diz: "Nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu". Não é miserável na questão humana ou financeira, e sim quanto à prática da Palavra de Deus. Acham-se ricos em espírito, mas isso mostra como eles são orgulhosos. Mais adiante o Senhor diz: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te" (v. 19). Essa é a advertência de Deus para os que se encontram na condição de Laodiceia. O Senhor nos livre de cair neste tipo de situação!