19 março, 2012

A primazia é do filho de Deus.

Ele [Cristo] é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia (Cl 1:18)
Jo 1:15-17, 29, 32-34; 3:28-30

No evangelho de João vemos que o Senhor Jesus é a verdadeira luz e que João Batista foi enviado para testificar a respeito da luz. Leiamos esse precioso trecho bíblico: "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem" (Jo 1:3-9).
Na sequência, João Batista dá um importante testemunho sobre o Senhor Jesus, afirmando que Ele tem a primazia, por ser o Deus unigênito a nos revelar Deus Pai, e que todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça. João Batista também diferencia a dispensação da lei da dispensação da graça, dizendo que a lei veio por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade, por meio de Jesus Cristo (vs, 15-17).

No dia seguinte, João Batista encontra o Senhor Jesus e testífica publicamente que Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (v. 29), asseverando que, quando batizou Jesus, presenciou o Espírito de Deus descer em forma de pomba sobre Ele. Isso confirmou a profecia que lhe fora dada por Deus, de que Aquele sobre quem João Batista visse o Espírito descer e pousar é o que batiza com o Espírito Santo. Portanto não havia qualquer dúvida de que Jesus era o Filho de Deus (vs. 32-34).

João Batista afirmou e reafirmou essa declaração (Jo 3:28-30), mas ele próprio não foi capaz de seguir a pessoa do Senhor e submeter-se somente a Ele. Muitas vezes, nos encontramos em situação semelhante: temos a revelação divina, mas ficamos incapazes de praticá-Ia porque hesitamos em abrir mão de algo que consideramos mais valioso.

Daí a importância de negarmos a vida da alma com suas preferências e tradições. Mesmo algo que Deus nos concedeu no passado pode se tornar uma tradição que nos impede de praticar a presente revelação de Sua vontade. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos mostre aquilo que definitivamente precisamos abandonar para segui- Lo.