17 maio, 2012

REFLETINDO...

Prazer nas Fraquezas

"Por isso sinto prazer nas fraquezas...".
II Coríntios 12.10.


É-nos ensinado desde pequenos que temos que ser fortes e valorosos. Na escola, nossos pais aspiram que nos destaquemos, que sejamos os primeiros. Quando participamos de algum desporto, temos que ser os melhores, o que recebe a medalha de ouro.

Depois quando levados para a igreja também somos estimulados a sermos grandes, homens e mulheres destacadas. Somos criados desde pequenos para sermos soberbos diante dos homens e de Deus.

O Senhor caminha ao inverso do mundo. Ele nos ensina que somos pó, fracos, e carentes da Sua Glória: "Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido" Salmos 103.14-16.

Vivemos com o conceito que devemos ser fortes, mas Deus nos humilha para mostrar a nossa real situação de fraqueza. Somos menos que nada: "Eis que sois menos do que nada..." Isaías 41.24. Somos como a fumaça que logo se desvanece. Tudo aquilo que nos leva a uma gloria humana não é de Deus, mas maligna: "... toda a glória tal como esta é maligna" (Tiago 4.14-16).

Temos dito ao Senhor que nada podemos e que tudo esperamos dEle? Sentimos prazer nas nossas fraquezas? Alegramos-nos em ser fracos, em não podermos nada, nem mesmo pensar alguma coisa? Se esta não tem sido a nossa atitude diante de Deus, é porque ainda temos muita soberba, e Deus irá nos resistir: "Assim diz o Senhor Deus: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo" Ezequiel 21.26.

Jesus, diz neste texto de II Coríntios 12, no verso 9, que a "Sua Graça nos basta". Deus não quer que sejamos fortes, nem capazes, nem sábios, porque estaríamos nos ensoberbecendo. Deus quer que esperemos inteiramente na graça que se nos oferece na revelação de Jesus Cristo (I Pedro 1.13). Se Deus quisesse pessoas fortes e sábias, Ele não teria escolhido as fracas (I Coríntios 1.26-29).

Ao invés de apresentarmos a Deus nossas habilidades, nossas capacidades, nossos diplomas, devemos sentir prazer nas nossas fraquezas. Confessar a Ele as nossas fraquezas, e incapacidades em qualquer área. Quando começarmos a fazer isso, começaremos a gozar da Sua Força, da Sua Capacidade, do Seu Poder, isto é, da Sua Graça, daquele que tem todo o poder nos céus e na terra: Jesus. Porque quando somos fracos, aí é que somos fortes.

Não tenha receio de sentir prazer nas suas fraquezas; não tente escondê-las porque Deus já as conhece. Quando queremos mostrar o que não somos é que Deus se entristece. Para Ele é exaltação. Sinta prazer nas suas fraquezas e Deus terá prazer em te sustentar com a Sua Graça, com o Seu Poder, e com a Sua Justiça em Cristo: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" Isaías 41.10.


"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder" Efésios 6.10.

Contribuição recebida por e-mail

A prática da Palavra conduz à salvação completa.

Fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 3-4)
Jo 14:26; 1 Pe 1:9


Quando jovem, João não tinha dado a devida importância às palavras ditas pelo Senhor Jesus, assim como os outros discípulos. Porém, após se tornar uma pessoa madura, ele se lembrou daquelas palavras e as registrou em seu evangelho. Ele também reforçou o que já havia sido escrito por Paulo.

Em Efésios, Paulo falou sobre o Espírito habitando em nós (2:22) e sobre encher-se do Espírito (5:18). João escreveu a respeito do mesmo assunto, mas deu um passo adiante. Ele mostrou que o homem necessita nascer do Espírito (3:6), adorar a Deus no Espírito (4:24), receber o Espírito como a fonte de rios de águas vivas (7:37-39) e desfrutar do Espírito da realidade (14:26).

Em Efésios, Paulo mostrou que Deus nos predestinou para a filiação (1:5). No evangelho, João esclareceu que somos feitos filhos de Deus ao crer no nome do Senhor Jesus. Leiamos esse precioso trecho: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (1:12-13).

Logo, tanto Paulo como João escreveram a respeito dos mesmos assuntos, mas o Espírito avançou no ministério ulterior de João, para nos conduzir a praticar o que já ouvimos. Isso ocorre porque Deus deseja nos dar uma salvação completa, abrangendo espírito, alma e corpo.

Pela fé, nosso espírito já foi salvo e nascemos de novo, recebendo a vida de Deus. Nosso corpo será glorificado por ocasião da volta do Senhor, deixando de ser mortal para se tornar um corpo de ressurreição. Essas duas etapas da salvação já estão resolvidas. Agora nos falta alcançar a salvação da nossa alma (Mt 16:25; 1 Pe 1:9). Para isso, o Senhor nos colocou na igreja, onde nos submetemos ao processo de negar nossa vida da alma para que a vida divina nos seja acrescentada pouco a pouco. Como resultado dessa prática constante e diária, ao final estaremos preparados para reinar com o Senhor no mundo vindouro. Aleluia!

O Espírito conduz à prática da Palavra.

Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. (1 Jo 2:24)

Ef 4:15, 17; 5:2, 8, 18; 3 Jo 4


O Espírito da realidade, também chamado de Espírito da vida, tem grande importância no plano de Deus. Quando o Senhor Jesus andava com os discípulos, Ele já falava de o Espírito, por meio do qual Deus poderia dispensar a Si mesmo para dentro do homem (Jo 4:24; 6:63; 7:39; 14:17). O Espírito engloba o Espírito Santo e também toda a obra realizada pelo Senhor Jesus: tornar-se homem, viver humano, morte e ressurreição (vs. 18, 20, 23), assim como o óleo sagrado da unção, que era um unguento composto, incluía o azeite puro e várias especiarias (Êx 30:22-25).

Na época, os discípulos não deram a devida importância às palavras do Senhor, principalmente com respeito ao Espírito, pois O ouviam conforme suas necessidades particulares (At 1:1-6). Então foi necessário que posteriormente Deus revelasse Seu plano eterno a Paulo, que escreveu sobre o assunto na Epístola aos Efésios. O capítulo 1 mostra a obra, o dispensar do Pai, o dispensar do Filho e o dispensar do Espírito Santo para dentro do homem. Nessa mesma epístola Paulo fala especificamente de sermos selados com o Santo Espírito (1:13) e recomenda que nos enchamos do Espírito (5:18).

Infelizmente, os efésios também não deram a devida atenção à prática dessa palavra, limitando-se a analisar e debater as verdades bíblicas. Mais uma vez, Deus precisou levantar alguém para os ajudar a perceber o que era mais importante para Ele. Então o próprio Espírito trouxe à memória de João as palavras que o Senhor Jesus havia dito enquanto esteve com eles.

Além disso, é possível que João também tenha lido a Epístola de Paulo aos Efésios e percebido que era necessário reforçar a prática do que Paulo já havia falado. Assim, ele ajudou a igreja em Éfeso a praticar a mesma palavra, ensinando-os a andar na graça (Ef 4:7; Jo 1:14, 17) e no amor (Ef 5:2; 2 Jo 6); andar na luz (Ef 5:8; 1 Jo 1:7) e na verdade (Ef 4:15; 3 Jo 4); e principalmente andar no espírito (Ef 5:18; Jo 4:23-24).

Desde o surgimento das igrejas na América do Sul, invocamos o nome do Senhor para seguir o Espírito que dá vida. Dessa forma, o Senhor pode nos revelar o que é mais importante, hoje, segundo Seu ponto de vista. Também somos direcionados a praticar a Palavra e não apenas a estudá-la.

Por exemplo, o Senhor nos tem revelado que o mundo que há de vir será sujeito a nós, homens, e não a anjos. Isso nos ajuda a compreender o propósito de Deus ao criar o homem. É com essa meta que buscamos ser vencedores. Devemos permitir que a vida que está no Espírito permeie cada parte da nossa alma: mente, vontade e emoção, para desenvolver a nossa salvação. Continuemos a invocar o nome do Senhor para viver e andar no espírito.