14 julho, 2012

Semeadores e lavradores.

Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas (Tg 5:7)

Mt 13:4-8; Jo 15:16


Ao sairmos para semear a Palavra de Deus, muitas vezes nos deparamos com esses tipos de solo. Podemos achar que não devemos desperdiçar tempo com alguém com o coração endurecido. Mas devemos então lembrar que a misericórdia do Senhor um dia nos alcançou e, como Ele, devemos semear a Palavra em todas as pessoas, independentemente de como sejam. Quando a pessoa recebe a semente da vida e permite que o Senhor trabalhe nela, o seu coração pode se tornar uma boa terra.

Nesse ponto vemos que o Senhor deseja nos revelar mais acerca dessas Palavras. Seu objetivo não é apenas fazer de nós uma boa terra, mas também nos fazer frutíferos, sendo Seus semeadores. Isso significa que não somos apenas como uma planta que aguarda seu amadurecimento no devido tempo. Somos também semeadores, lavradores, com a comissão de lavrar e cultivar o coração das pessoas que Deus nos confiou (2 Tm 2:6; Tg 5:7). Para esse labor usamos a vida e a capacidade que Deus nos dá. Assim, somos os que semeiam e lavram o solo, laborando por meio da Palavra o coração das pessoas, bem como os que regam as plantas ministrando Espírito e vida (1 Co 3:9).

O Senhor está nos enviando para semear a semente do reino. Cada um de nós deve ser um semeador, pois é para isso que o Senhor nos aperfeiçoa hoje na igreja. Contudo importa que estejamos preparados para lidar com as dificuldades daqueles que o Senhor nos confiou para cuidar. Laborando com amor ajudamos os irmãos a se tornarem uma boa terra. Há, porém, pessoas que não creem em nossa pregação; outras recebem a palavra no primeiro momento, mas, por causa das angústias ou perseguições, preocupações com seu sustento ou mesmo o amor ao dinheiro, não se tornam frutíferas.

Isso acontece com muita frequência. Ao semearmos a Palavra, encontramos corações com diversos tipos de problemas. Mas não devemos desanimar; antes, precisamos encorajar nossos irmãos a perseverar diante das provações ou das dificuldades pessoais. Precisamos orar com eles, apascentando-os por meio da comunhão da vida, ajudando-os para que o coração deles se torne uma boa terra onde o Espírito e a semente do reino podem entrar e frutificar.

Que o Senhor nos encha com Seu amor e graça, a fim de nos capacitar a lidar com nosso próprio coração, assim como também ajudar nossos amados irmãos a ser uma boa terra, isto é, a viver no espírito, invocando o Senhor e negando a vida da alma.

Um coração adequado produz muito fruto.

Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus (Hb 6:7)

Jo 4:14; 15:1


Somos gratos ao Senhor por Sua palavra. Mediante a revelação da parábola do semeador, podemos discernir o tipo de solo que há no coração das pessoas e, principalmente, no nosso. Segundo essa revelação, precisamos buscar o tratamento adequado para sermos curados.

Vejamos o solo compactado. Nesse solo nem mesmo a água da chuva consegue penetrar, fica somente na superfície. Nesse caso, é necessário arar a terra, descompactando-a. Quando a terra é arada, o ar e a chuva penetram no solo, tornando-o um solo frutífero. Uma vez arado, fica fácil localizar as rochas ocultas em seu interior.

Para o segundo tipo de solo, precisamos remover as pedras. Quando elas são removidas, a terra fica mais arejada, com mais capacidade de absorver água e apta para produzir fruto (Hb 6:7). Como sabemos, a água que sacia o homem representa o Espírito (Jo 7:37-39). Como uma boa terra nós precisamos de muita água. Por isso sempre invocamos o nome do Senhor, para bebermos das fontes da salvação: Cristo, a fonte da vida (4:14; Is 12:3-4). Aleluia! Quando nos voltamos a Ele, somos lavrados, as pedras são removidas, e nosso coração consegue absorver as palavras do Espírito que produzem vida.

O labor não terminou. Ainda, por vezes, precisamos lidar com os espinhos. Para frutificar, a planta precisa da luz solar. Embora a terra seja boa, os espinhos tornam a planta infrutífera, pois seu crescimento a sufoca e impede de receber a luz do sol. Nessa situação, não basta que arranquemos os espinhos, que representam as preocupações do dia a dia e a fascinação das riquezas. É preciso queimá-los para que não voltem a crescer. Para isso usamos o fogo santificador que há em nosso espírito, onde eliminamos nossas ansiedades, ambições e preocupações.

O Senhor veio para nos batizar com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Glória a Deus! Agora podemos eliminar definitivamente as coisas que nos impedem de ser frutíferos, usando o fogo purificador do Espírito. Todos nós podemos ser uma boa terra, desde que nos deixemos ser trabalhados por Ele, e frutificar a cem, a sessenta e a trinta por um.