20 julho, 2012

Crescer em vida de modo normal.


Retendo a cabeça [Cristo], da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus (Cl 2:19)


Gn 1:11-13; 49:22; Jr 17:7-8; Mt 13:4, 19, 31-32; Ap 2:13a; 22:2

A terceira parábola é a do grão de mostarda, descrita em Mateus 13:31-32, conforme vemos: “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos”.
Segundo essa parábola, o grão de mostarda, que é a menor das sementes, cresceu e virou uma grande árvore. Isso mostra que ela teve um crescimento anormal. Sabemos que a semente da mostarda deve crescer a ponto de se tornar uma hortaliça. Qual é, então, a anormalidade aqui? É que ela ultrapassou o tamanho normal de sua espécie, cresceu além dos limites. A mostarda é uma verdura, uma hortaliça; a árvore é de outra espécie.
Em Gênesis podemos ver que, no terceiro dia da criação, o Senhor criou cada planta de acordo com a sua espécie (1:11-13). Então a mostarda tem de ser segundo a sua espécie, ou seja, numa situação normal vai se tornar verdura para os homens comerem. Contudo, na parábola, há algo anormal, pois ela se transformou numa árvore e sobre ela vieram as aves e se aninharam em seus galhos.
Alguns interpretam esse crescimento exagerado do grão de mostarda como algo normal e não percebem que, além de deixar de alimentar os homens, a árvore, na qual se tornou, deu abrigo às aves. Estas aves, que se achegam para fazer ninhos e morar em seus ramos, não representam os anjos bons, como muitos pensam, mas o maligno que vem e arrebata a palavra semeada no coração (Mt 13:4, 19). Portanto, esse crescimento anormal não proporcionou um bom resultado, pois deu acolhida ao inimigo de Deus (Ap 2:13a).
Depois que fui salvo, eu gostava muito de ler a Bíblia. Um dia li um trecho onde fala que o Senhor saiu cedo de Betânia para Jerusalém e estava com fome. No caminho, viu uma linda figueira com muitas folhas. Provavelmente Ele pensou: “Agora, sim, posso comer; vou, enfim, saciar minha fome”. Porém aquela figueira, que deveria ter alimento para os homens, não tinha frutos. Então o Senhor a amaldiçoou (Mt 21:18-19). Numa situação normal, devemos ser frutíferos e satisfazer assim a fome do Senhor (Gn 49:22; Sl 1:3; Jr 17:7-8).
Eu, que era convertido havia pouco tempo, percebi com isso que a igreja tem de crescer de maneira normal, não de aparência nem de maneira anormal, mas com realidade, isto é, com frutos que alegram o coração de Deus e não dão lugar para o inimigo entrar. Louvado seja o Senhor!

Buscar mais o Senhor diante dos sofrimentos.


Ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração           (1 Pe 3:14-15a)


Mt 13:24-30, 37-43

A segunda parábola apresentada em Mateus 13 é a do joio, conforme vemos: “O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso.Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (vs. 24-30).
A boa semente nessa parábola se refere aos filhos do reino e o joio às pessoas usadas pelo inimigo (v. 38). O joio retira os nutrientes do solo para crescer e obter toda a luz do sol que puder, de modo que o trigo não consegue ter luz e nutrição suficientes. Assim, o trigo cresce, mas não de forma saudável.
Então o que fazer nessa situação? Nosso desejo inicial é arrancar o joio semeado pelo inimigo. Mas como foi semeado no meio do trigo, as raízes do joio crescem entrelaçadas com as raízes do trigo. Se arrancarmos o joio, o trigo poderá ser danificado, então o mais indicado é esperar a hora da colheita, quando o trigo, maduro, se dobra com o peso do fruto e o joio fica ereto, tornando-se facilmente identificável para ser separado do trigo e queimado.
Esta é a nossa experiência como trigo: quando crescemos em vida, o joio cresce junto conosco. Em vez de desanimarmos ou ficarmos atemorizados com o joio, devemos buscar ainda mais o crescimento espiritual. Devemos avançar seguindo a orientação do Senhor e com Ele ter mais comunhão para dar frutos. Assim, quando chegar a época da colheita, o Senhor enviará os Seus anjos para que ajuntem do Seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, lançando-os na fornalha acesa, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 13:30, 37-42).
Os filhos do reino, os justos, que estiverem amadurecidos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai, como vencedores (v. 43). Aleluia! Louvado seja o Senhor!