27 julho, 2012

Refletindo...

Sem Temor


Não temas diante deles, porque Eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.

Jeremias 1:8


Sempre que o temor surge em nossos corações, levando-nos a vacilar, corremos o risco de cair no pecado. Precisamos sentir pavor da presunção e, igualmente, da covardia. Ousemos ser como Daniel. Nosso grande Capitão deve ser servido por soldados corajosos.

Que grande motivo encontramos nesta promessa para sermos corajosos! Deus está com aqueles que estão com Ele. Deus nunca estará longe quando a hora da batalha chegar. Seus inimigos o ameaçam? Quem é você, para que tema homens que hão de perecer? Você perderá o controle da situação? Seu Deus, a quem você serve, achará pão e água para seus servos. Você não pode confiar nEle? Seus inimigos o ridicularizam? Essa atitude deles fere seus ossos e seu coração? Suporte-a por amor a Cristo e regozije-se por causa dessa atitude de seus inimigos.

Deus está com os justos, os verdadeiros, os santos, para livrá-los; Ele também o livrará. Lembre-se de como Daniel saiu da cova dos leões e de como os seus três jovens amigos saíram da fornalha ardente. Sua situação não é tão desesperadora quanto foi a deles. Mas, se for, o Senhor o conduzirá através dela e o tornará mais que um vencedor. Não tema; tenha receio de sentir medo. Seu pior inimigo está em seu próprio íntimo. Ajoelhe-se e clame por ajuda; então; levante-se e diga: Eu “confiarei e não temerei” (Isaías 12:2).
Autor: Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

Há unidade no nome do Senhor.

Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? (1 Co 1:10, 12-13a)

Rm 10:13; 14:3-4; Ef 2:4-8; Ap 3:1-3


A igreja em Éfeso foi restaurada de sua condição negativa, com a ajuda do ministério do apóstolo João. Dessa condição desejável, surgiu Esmirna. A partir de Pérgamo e Tiatira, a igreja se degradou totalmente, misturando-se com a política, com o mundo e com a idolatria. Após esse período de degradação, que durou mais de mil anos, no qual os leigos não tinham acesso à Bíblia, era necessário restaurar o nome e a Palavra do Senhor. Felizmente, com a reforma promovida por Martinho Lutero, houve novamente acesso à Palavra de Deus, de modo que verdades fundamentais, como a justificação pela fé, foram restauradas. Esse foi o surgimento histórico da igreja em Sardes (Ap 3:1-3). O evangelho da graça, o qual apresenta que a salvação é pela fé em Cristo (Ef 2:4-8), foi restaurado e a salvação chegou a muitos lugares.

O nome Sardes significa restauração. Todavia, a restauração do que fora perdido nos períodos de Pérgamo e Tiatira não foi completa. A partir de Sardes, vários grupos cristãos se dividiram, a exemplo de países que fundaram suas próprias igrejas nacionais. Vários estudiosos da Bíblia também seguiram esse caminho. Por desejarem enfatizar certas verdades bíblicas em vez de outras, cada qual preferiu formar seu próprio grupo. Enquanto alguns preferem dar espaço apenas ao estudo da Bíblia, outros desejam somente receber a manifestação exterior do poder do Espírito. Essa situação não é nova, pois a tendência à formação de grupos exclusivos existia desde a época de Paulo, quando ele advertiu os coríntios a respeito de que não houvesse divisões entre eles (1 Co 1:10).

Nos últimos tempos, temos aprendido acolher todos os irmãos, não impondo nossas práticas como requisito para lhes dar acolhimento. Nosso coração deve ser alargado para não ficarmos limitados em nossas próprias preferências (2 Co 6:12-13). Não podemos rejeitar a quem Cristo acolheu. Se alguém crê no Senhor Jesus, recebe a salvação e a vida de Deus, tornando-se um membro do Corpo de Cristo, é suficiente para ser acolhido, pois é certo que não devemos rejeitar nenhum membro do Corpo de Cristo (Rm 14:3-4). Temos a mesma vida e somos parte do mesmo Corpo.

Não devemos utilizar o nome de homem algum nem mesmo o nome de Cristo para nos dividir dos demais irmãos. Ao invocarmos o nome do Senhor, estamos no espírito e, Nele, somos salvos de todo pensamento faccioso. No nome do Senhor, há unidade e não divisão (Rm 10:13; 1 Co 1:9, 11-13; 12:3).