01 agosto, 2012

Mensagem aos Jovens...


Deus carece de ministros. Você atenderá Seu chamado

Deus, em todas as eras, contou com homens para fazer parte desse ministério. Em toda a Bíblia, nunca vemos o Senhor agindo de forma isolada sem a participação do homem. No ministério do Antigo Testamento, Deus pôde contar com vários homens que foram chamados,  ainda jovens. Temos vários exemplos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, de pessoas que serviam ao Senhor como ministros. No Antigo Testamento, podemos tomar como exemplo a pessoa de Samuel, que era um jovem que servia ao Senhor desde menino. Na época de Samuel, os jovens não se importavam com o Senhor, nem com o serviço a Ele. Entretanto, havia um jovem naquela época que fez diferença e pôde mudar sua era. Samuel não foi um jovem influenciado por más amizades. Até mesmo no templo, ele soube escolher com quem andar. Ele não andava com os filhos de Eli que eram conhecidos como filhos de Belial. A Bíblia nos diz que o jovem Samuel servia ao Senhor ainda menino. Como resultado de seu serviço ao Senhor, Samuel crescia não só espiritualmente, mas em favor dos homens. (1 Samuel 2:12, 17-18, 22-26; 3:1). Jovens, precisamos aprender com a experiência do jovem Samuel a nos consagrar ao serviço ao Senhor a fim de que Ele possa cuidar de nosso futuro. Assim como o Senhor usou Samuel em sua juventude, Deus pôde usar muitos outros personagens no Antigo Testamento para a obra do ministério.
No ministério do Novo Testamento, Deus primeiramente contou com Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Seu ministério teve, como primeiro fundamento, o arrependimento (Mateus 4:16-17). Se quisermos ser úteis ao Senhor, precisamos ser pessoas que se arrependem, ou seja, que mudam de idéia. Nossos pensamentos e nossas atitudes precisam estar de acordo com a vontade de Deus. Ao ler os evangelhos, não demoramos muito para perceber que o Senhor não trabalhava sozinho; pelo contrário, de forma rápida o Senhor começou a chamar alguns discípulos para serem ministros, assim como Ele era (Marcos 3:13-19). O Senhor então, começou a aperfeiçoá-los nas situações e circunstâncias do dia-a-dia.
No livro de Atos, logo após a ressurreição do Senhor, aqueles discípulos chamados pelo Senhor haviam se tornado apóstolos que foram comissionados a pregar o evangelho a todas as nações (Mateus 28:19; Atos 1:8). Pedro, entretanto, um dos doze, demonstrou, no capítulo 10 do livro de Atos, grande dificuldade por causa da tradição. A tradição continua sendo um grande obstáculo até os dias de hoje. Em Marcos 7: 8-9, 13 lemos: “Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens [...] Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição [...] invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição”. Parece que os doze apóstolos não estavam atentos quando o Senhor falou essas palavras. Precisamos estar atentos nas reuniões da igreja a fim de que não percamos nenhuma palavra vinda do próprio Senhor por meio dos irmãos.
A partir do capítulo 13 de Atos, o Senhor resolveu ganhar Saulo de Tarso – aquele que seria decisivo para levar a salvação aos gentios. Muito do que o Senhor conseguiu no Novo Testamento, deve-se à pessoa, ao caráter e à dedicação do ministro Paulo. No entanto, quando lemos as duas últimas epístolas de Paulo escritas ao jovem Timóteo, vemos que a degradação havia alcançado a igreja. A degradação não poupou nem mesmo a igreja em Éfeso, aquela com que Paulo gastou mais tempo. As palavras de Paulo, infelizmente não foram tomadas no espírito, não foram transformadas em prática, mas em conteúdo de discussão entre muitos irmãos. Precisamos aprender uma lição com o ministério do apóstolo Paulo. Se tomarmos a Palavra do Senhor como mera doutrina, ela não poderá operar de maneira eficaz em nossa vida. Todas as verdades devem ser praticadas (1 Timóteo 1:3-6; 2 Timóteo 1:15)!
Em meio a tal quadro desolador, o Senhor, em Sua infinita sabedoria, preservou o apóstolo João, no exílio da ilha de Patmos para restaurar dois itens fundamentais e essenciais para o ministério do Novo Testamento (Apocalipse 1:9). Como ministro chamado e aperfeiçoado por Deus, João conduziu o ministério orgânico, seu ministério ulterior. A Bíblia registra que João, quando era um discípulo que andava com o Senhor, era chamado de Boanerges, que quer dizer filho do trovão (Marcos 3:17). Pense só, jovem: como deveria ser João! Com certeza ele não era alguém muito fácil de lidar, devia ter uma personalidade difícil, barulhento e com o “estopim curto”. Além disso, João era ambicioso e orgulhoso. Precisamos admitir que nos parecemos com João. Muitas vezes trovejamos com as pessoas, professores, amigos e até com os pais. Parece comum à natureza do jovem, pela falta de maturidade e experiência, ser alguém de temperamento complicado, justiceiro demais com os outros e muito misericordioso consigo mesmo, rápido para murmurar, julgar, não comedido nas palavras e no tratamento com os entes queridos e com as pessoas em geral. Enfim, parece que não somos tão distintos de João! Todavia, tal tipo de homem, a despeito do que era ou do que aparentava ser, foi não apenas transformado por Deus, mas pôde, mesmo em sua velhice, ser profundamente usado pelo Senhor para ajudar as igrejas a restaurarem o primeiro amor para com o Senhor, a começar pela igreja em Éfeso (Apocalipse 2:4-5).
Existe um trecho no Novo Testamento que nos enche de alegria. “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito” (2 Coríntios 3:6). Isso quer dizer que nosso amado Senhor não trabalha sob a ótica da exclusão. O Senhor deseja incluir todos nós nesse ministério, desde que estejamos no espírito e suficientemente rendidos para dizer-Lhe, como Isaías: “Eis me aqui, Senhor, envia-me a mim” (Isaias 6:8). O chamamento que o Senhor está nos propondo não se limita a esta vida! Tal chamamento transcende a visão estreita que temos quando consideramos o que comer, vestir, beber, com quem casar, que profissão escolher e exercer, onde trabalhar, que carro comprar, que casa possuir. Assim, tenhamos uma oração em nosso espírito: “Senhor, obrigado por não me descartar apesar de ser quem eu sou. Agora, por ouvir Sua voz, eu respondo a Seu chamado: “Eis me aqui! Envia-me a mim”.


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Eis que as trevas cobrem a terra - Watchman Nee.


"Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti" (Is 60.1-2)


A luta hoje parece se tornar mais pesada dia a dia, como se o único alvo dos ataques de Satanás fosse nós, os crentes. Por isso, na era atual, o problema que existe é se você e eu podemos perseverar até a última meia hora. "[Satanás] Magoará os santos do Altíssimo" (Dn 7.25). Magoar tem aí o sentido de "desgastar", consumir devagar. É muito mais difícil reconhecer Satanás como aquele que desgasta os santos do que um Satanás que ruge como um leão. E a sua obra de consumir lentamente os santos já começou.
Sempre que vou à Montanha Kuling, caminho ao longo da correnteza que há ali. Freqüentemente vejo rochas enormes, mas que são côncavas no meio como bacias de tomar banho. Isto acontece por causa das muitas pedrinhas que diariamente as desgastam. Do mesmo modo Satanás trata os filhos de Deus. Em lugar de matá-los de um só golpe, tenta desgastar os santos, dia a dia, de modo que sem que percebam acabam gravemente feridos depois de algum tempo.
Os olhos do Senhor estão sobre nós, portanto não temamos o sofrimento. Se acontecer de nós nos desviarmos com medo do sofrimento, todos os nossos sofrimentos do passado terão sido em vão. Uma pessoa profundamente espiritual escreveu certa vez: Quando lemos 2 Tessalonicenses 2.3 e 2 Timóteo 3.1-13, ficamos sabendo que antes do dia da volta do Senhor haverá apostasia e dias perigosos quando a maldade e a mentira aumentarão grandemente. Tal apostasia não se refere à educação, gigantescas reuniões, pastores capazes, catedrais maravilhosas e progresso mental e físico. Relaciona-se com a fé e o reconhecimento do poder de Deus. Aponta para igrejas renomadas que se inclinam para a chamada Alta Crítica (na verdade não passa de incredulidade), e negam as obras sobrenaturais de Deus, tais como a regeneração, a santidade, orações atendidas e a revelação do Espírito Santo.
Antes da vinda do Senhor, haverá muita fraude e muito erro; e, se fosse possível, até os escolhidos seriam enganados. A "forma da piedade" será aumentada. A fé será diminuída por causa de credos falsos, engendrados por Satanás, e também o amor pelo mundo e a negação da palavra de Deus. Um irmão disse bem: tais obras satânicas produzirão um efeito intangível que nos envolverão como o ar. Haverá uma forma de piedade exterior, mas por dentro estará cheia de maus espíritos e da melancolia do inferno. Esses espíritos malignos farão o máximo para desviar e oprimir os filhos de Deus. Atacarão nosso corpo, diminuirão nossa vontade e embrutecerão nossa mente. Toda espécie de sensações e provações estranhas nos sobrevirão, fazendo-nos perder o desejo de buscar a Deus e a força de fazê-lo, cansando nosso espírito, embotando nossa mente e tornando-a entorpecida e, ao mesmo tempo, fazendo-nos estranhamente amar os prazeres e costumes do mundo como também cobiçar as coisas proibidas por Deus.
Perderemos a liberdade e o poder de pregar; não poderemos nos concentrar para ouvir as mensagens; e seremos incapazes de nos ajoelhar para orar dedicadamente por algum período mais longo. Tais trevas e tal atmosfera deverão ser enfrentadas com resolução. Sem dúvida Satanás procura obscurecer nossa mente e vontade com uma espécie de poder inconcebível para que se torne extremamente difícil andar com Deus e muito fácil viver de acordo com a carne. Acharemos que é difícil servir a Deus fielmente e orar com perseverança, como se tudo dentro de nós se levantasse para impedir-nos de seguir o Senhor Jesus até o fim e fazer-nos concordar com o mundo.
A atmosfera à nossa volta nos obrigará a trair a Deus e a desistir de nossas sinceras orações. Embotará nossa sensibilidade espiritual para que não vejamos as realidades celestiais ou a gloriosa presença do Senhor. Assim facilmente negligenciaremos a comunhão com Deus e descobriremos que é difícil manter comunhão com ele.
Já estamos sentindo o começo destas influências. A concupiscência do mundo tece sua rede extensa de muitas maneiras à volta dos crentes. Torna-se cada vez mais apertada e mais forte com o passar do tempo. Muitas coisas que nas gerações passadas eram inimagináveis agora estão sendo praticadas sem restrição. Muitos lugares de adoração não só resistem à entrada de coisas espirituais, bloqueando reavivamentos, mas também introduzem toda espécie de festejos e coisas duvidosas.
Falando de um modo geral, em todo o mundo, a diminuição da fé e o desenvolvimento da apostasia são evidentes. Naturalmente, reconhecemos que ainda há muitos lugares abençoados por Deus. Mas examinando a situação da igreja no mundo inteiro como um todo, não deixa de apresentar um quadro digno de dó.
Tendo visto estas coisas, não podemos deixar de gritar à igreja de Deus que se levante, que desperte, que retorne à comunhão com Deus e que agrade ao Senhor no tempo que ainda resta. Estejamos preparados para comparecer diante do tribunal de Cristo e apresentar o nosso caso.


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O ministério epistolar de Paulo.


Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo. A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo [...] para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais (Ef 3:3-4, 8, 10)


At 21:27-34; 25:9-12; 28:16, 30-31; Gl 1:11-17; Ef 1:3-14; 1 Tm 1:3-7; Fm 8-20

O apóstolo Paulo realizou três viagens missionárias e, no final da terceira, foi para Jerusalém. O Espírito e os irmãos o advertiram para não seguir viagem, mas Paulo insistiu. Chegando lá, ainda se propôs a cumprir um voto do Antigo Testamento. Porém, “os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram, gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado” (At 21:27-28).
Os judeus se ajuntaram e intentavam matar Paulo. “Agitou-se toda a cidade, havendo concorrência do povo; e, agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas. Procurando eles matá-lo, chegou ao conhecimento do comandante da força que toda a Jerusalém estava amotinada. [...] Aproximando se o comandante, apoderou-se de Paulo e ordenou que fosse acorrentado com duas cadeias, perguntando quem era e o que havia feito. Na multidão, uns gritavam de um modo; outros, de outro; não podendo ele, porém, saber a verdade por causa do tumulto, ordenou que Paulo fosse recolhido à fortaleza” (vs. 30-31, 33).
Deus não permitiu que Paulo morresse. Ele havia fracassado em seu ministério edificador da igreja, e, aparentemente confuso, estava disposto a cumprir um voto do antigo sacerdócio para satisfazer os de Jerusalém. Deus então, interveio e o preservou para que ele não fosse apedrejado até a morte. Isso porque Paulo ainda não havia registrado, em livros, a revelação que obtivera sobre a economia neotestamentária de Deus, no início de seu ministério, quando ainda estava em Damasco e foi para as regiões da Arábia (Gl 1:15-17).
Por ser cidadão romano, Paulo apelou para César e, por causa disso, foi levado para o tribunal em Roma, onde não foi colocado no cárcere, mas permaneceu em prisão domiciliar. Ele alugou uma casa, pregou o evangelho até para a guarda pretoriana e para a casa de César (Fp 1:13; 4:22). Nessa época, Paulo prosseguiu em seu ministério epistolar, registrando a revelação que havia recebido na Arábia e escreveu quatro epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom.
Filemom tinha um escravo chamado Onésimo que, por algum motivo foi capturado e colocado na prisão junto com Paulo. Este disse em sua epístola que Onésimo, cujo nome significa útil, havia se tornado inútil. Mas, após se converter por meio de Paulo, Onésimo havia se tornado útil e companheiro de prisão.
Enquanto Paulo esperava pela audiência no tribunal, foi colocado sob regime de liberdade condicional. Ele se aproveitou desse benefício para revisitar algumas igrejas. Quando chegou em Éfeso, ele viu que a igreja estava em degradação. Os efésios haviam recebido sua epístola, que falava sobre a economia neotestamentária de Deus, ou seja, a Fé objetiva que Deus quer trabalhar em nós, infundindo-a em nossa fé subjetiva. Paulo ficou muito decepcionado, pois os efésios não haviam praticado o conteúdo do livro tão elevado que ele lhes escrevera. Eles haviam permanecido na esfera da alma e tomaram aquelas verdades somente como tema para discussões e análise, não praticando o conteúdo da epístola que ele lhes havia escrito.
Louvamos ao Senhor porque hoje ainda temos a oportunidade de praticar as verdades que Ele nos tem revelado!