07 agosto, 2012

Refletindo...

Aprendendo a usar a consciência


Quando fazemos uma retrospectiva sobre a criação que recebemos de nossos pais, sempre surge o sentimento de que faltou alguma coisa. Um dos aspectos é o que abordaremos a seguir acerca do uso da consciência. Entretanto, dada a grandeza da matéria, teceremos um breve comentário para facilitar a definição básica de consciência ajudar os pais a aplicarem seus princípios na educação dos filhos.

Já que nossos filhos pequenos não têm maturidade suficiente para ter comunhão com Deus a fim de saber o que devem fazer e como usar a intuição para conhecer a vontade divina que provém, subitamente, dessa parte interna de seu ser, a consciência deles deve ser treinada pelos pais de tal modo que sintam, em seu interior, uma sensação como um alarme soando ininterruptamente sempre que ferirem a justiça, a honra, o decoro, o respeito e tudo aquilo que faz parte de uma vida humana normal.

Vivemos em uma sociedade onde os valores não são tão apreçados como o foram no passado. Tudo parece agora estar invertido, e nós, pais, não estamos muito cônscios disso. Por exemplo, os pais mais antigos ensinavam aos filhos que não podiam mentir em hipótese alguma. Hoje, dependendo da situação, uma "mentirinha" é aceitável e até encorajada pelos pais. Antigamente, também, os filhos eram orientados a não trazer para casa o que dela não tivessem levado. Hoje, muitos justificam o que as crianças trazem para dentro de suas casas, apoiados no dito popular: 'Achado não é roubado, quem perdeu é relaxado". O que a criança não pode perceber e os pais ignoram é que o objeto que ela achou não lhe pertence, não foi adquirido com o labor dela e, mais sério ainda, pertence, legalmente, à pessoa tida por relaxada.

São tantas as coisas que nossas crianças praticam com liberalidade em função de não terem suas consciências adequadamente treinadas, que chegamos a temer fazer uma projeção do que poderão praticar no futuro. Gritar com os pais, interferir, de forma grosseira, no diálogo dos adultos, bater no rosto de outras pessoas, desrespeitar os mais velhos e as autoridades são gestos, infelizmente comuns, praticadas por crianças em muitos lares. Porém o que é mais lamentável é a falta de uma consciência sensível que as reprove ou um rosto corado de vergonha pelos atrevimentos por elas cometidos. O resultado disso e unia geração de filhos desregrados, sem limites e sem a habilidade para reprimir as ações que partem violentamente da natureza humana caída.

Como ajudar os filhos? Seria possível passar vinte quatro horas do dia dizendo a eles o que fazer e o que não fazer? Certa vez, flagramos um pai fazendo a seguinte abordagem a um de seus filhos: "-Filho, você não percebeu que sua atitude estava errada?" A criança disse, inocentemente: "- Não, papai." O pai refletiu um pouco e formulou uma pergunta mais profunda: "-Você não ouviu uma pequena voz em seu interior dizendo para você não fazer aquilo?" A criança respondeu com surpresa: "- Sim, papai". Então, disse o pai: "- Filho, a pequena voz interior que você ouvia era sua consciência". A consciência é um recurso que Deus criou para substitui-Lo no interior do homem desde seus primeiros anos de vida. Quando o homem é regenerado, ou seja, quando é gerado espiritualmente, ele passa a agir baseado na unção interior (João 2:27). O pai, aproveitando-se, ainda, daquela situação para ajudar o filho, acrescentou: "- Filho, você não sentiu algum incômodo, um mal-estar ou uma coisa ruim em seu interior depois de fazer o que sua consciência lhe dizia que não fizesse?" A criança, agora, como um aprendiz sedento, disse: "- Sim, papai, eu senti". O pai, lançando luz sobre o inocente, concluiu: "-A sensação que você sentia era uma fiel testemunha de que seus atos estavam ferindo alguns princípios de Deus. Sabe, filho, se você quiser saber o que Deus aprova, o que seu pai e a maioria das pessoas acatam, por ser ético, basta dar atenção à sua consciência. Toda vez que, em seu interior, uma voz disser o que deve ou não ser feito, procure obedecer. Porém, se, porventura, você desconsiderar essa voz e um sentimento incômodo irromper em seu interior, é hora de voltar atrás para desculpar-se com Deus e com as pessoas e procurar reparar as consequências em sinal de arrependimento. Meu filho, se ao ouvir o que a consciência está sussurrando em seu interior, sem detença, praticar, você amadurecerá com rapidez e terá um viver cheio de paz".

Queridos pais, desenvolver a sensibilidade da consciência dos filhos é gerar um "segundo pai" dentro deles dizendo "sim" e "não" em todas as situações. Pense nisso!



"Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (Atos 24:16). "Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando4hes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" (Romanos 2:15). 


Fonte: JAV número 133 - seção "Aos Pais"
(Site Igreja em Uberaba)

Mensagem aos Casais...


Amor do Espírito

Os escritos de João começam apresentando o amor de Deus para com o homem (João 3:16), passam pelo amor entre os homens (1 João 3:16) e culminam com o amor entre Deus e o homem, no casamento universal (Apocalipse 22:17). Assim, temos a fonte, o propósito e o resultado do dispensar do amor de Deus.
O amor é a base do viver conjugal vitorioso. E, dizem, quando o amor acaba, não há casamento que resista. Mas, pergunto, amor acaba? Ora, se Deus é amor (1 João 4:8), pode o amor acabar? Claro que não. Ele é absolutamente inesgotável! Então, por que alguns afirmam tal contradição?
Read More A resposta está na fonte do amor. Veja, ao ser criado, o homem passou a possuir uma alma, uma psiche, que se constitui em sua personalidade, sua pessoa. Essa alma tem três partes, ou funções, principais: mente, vontade e emoção. Nesta última parte, a emoção, estão os sentimentos como alegria, tristeza, ira, calma, ódio e, inclusive, o amor (Cântico 1:7).
Assim, o homem é capaz de amar por si mesmo. Sua alma tem essa função e é apta a isso. No entanto, todo amor é limitado à sua fonte, isto é, só permanece enquanto durar aquilo que o originou. E, como a alma humana é marcada pela efemeridade (algo passageiro), tudo o que se origina nela passa, inclusive esse tipo de amor.
Mas há outro amor cujo traço não é a efemeridade, mas a ETERNIDADE! Tal amor é Deus mesmo, que habita em nosso espírito (Romanos 8:9,11). Esse é o amor que não acaba! A questão, agora, é decidirmos em qual destas fontes irá se originar o amor que sustentará nossa vida matrimonial: a alma ou o espírito.
Se optarmos pela alma, estaremos fadados ao insucesso conjugal, porque o amor nascido aí tende a se esfriar, se acabar. Se, de outro lado, escolhermos amar tendo Deus em nosso espírito como a fonte, sem dúvida estabeleceremos uma base muito sólida para nosso casamento e um modelo muito positivo de vida conjugal para nossos filhos e irmãos em Cristo.
Por isso, amado leitor, exercite seu espírito juntamente com seu cônjuge. Ore com ele pela manhã, de mãos dadas, de preferência. Confesse diante dele que você não tem sido um bom marido ou esposa e que precisa do Senhor Jesus para isto. Pratique a leitura da Bíblia com ele ou ela. Invoquem, juntos, o nome do Senhor Jesus.
Essas experiências de tocarem juntos o Espírito, que habita no espírito de ambos, certamente irá fazer com que o amor de Deus flua mais facilmente entre o casal e, com isto, a efemeridade do amor de outrora dará lugar à perenidade do eterno amor em nós. Jesus é o Senhor!


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Restaurar o primeiro amor e ser ativo na pregação do evangelho.


Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas (Ap 2:4-5)


Jo 1:1, 12; 4:24; 5:39-40; 6:57, 63; 10:10; 20:31; 1 Jo 1:1-3; 2:27

O apóstolo Paulo, quando estava na prisão em Roma, escreveu sua primeira epístola dirigida aos efésios. Ele tinha um forte encargo por eles, pois havia vivido pelo menos dois anos no meio deles. Apesar disso, a igreja em Éfeso não praticou as palavras contidas na carta de Paulo. Infelizmente, eles apenas tomaram aquelas palavras para analisar e principalmente para discutir questões doutrinárias (1 Tm 1:3-4). Estavam totalmente na esfera da alma.
Por mais que sua epístola mostrasse a importância da prática daquelas palavras (Ef 4:1-3, 15-16, 25-32; 5:1-2, 8-10, 15-18), os efésios foram intensamente influenciados pelo modelo “acadêmico” deixado pelo próprio apóstolo Paulo, quando ensinava na escola de Tirano. Pessoas de toda a Ásia vieram ouvi-lo, mas no final de sua vida, quando estava sendo julgado em Roma, todos os da Ásia o abandonaram (At 19:9-10; 2 Tm 1:15).
Passados muitos anos após a morte de Paulo, o Senhor confiou ao apóstolo João as visões registradas no livro de Apocalipse. Naquela ocasião, a condição da igreja em Éfeso ainda não estava boa, pois o Senhor lhes enviou uma dura repreensão: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2:4-5). Embora fizessem boas obras e tivessem boas qualidades (vs. 2-3), o Senhor ainda não estava satisfeito, pois eles haviam perdido o mais importante: o primeiro amor, o amor do princípio, que é proveniente da vida de Deus.
João, porém, havia amadurecido espiritualmente e estava pleno de Espírito e vida. Quando foi libertado de seu exílio, ele foi para Éfeso e, com sabedoria, ajudou os irmãos a se arrependerem e praticarem as palavras contidas na epístola que haviam recebido de Paulo. Assim, a igreja em Éfeso foi restaurada e o resultado foi a mobilização dos irmãos na pregação do evangelho.
Podemos ver isso na terceira epístola de João quando, ao escrever para Gaio, que estava em Corinto (1 Co 1:14), menciona os relatos dos irmãos de Éfeso, hospedados por ele (3 Jo 5-6). Gaio também deve tê-los suprido de recursos financeiros, segundo a orientação de João, para prosseguirem na pregação do evangelho pelas cidades. Aleluia!
Por fim, a igreja em Éfeso tornou-se verdadeiramente desejável, fazendo jus ao seu nome. Quando o primeiro amor foi restaurado, eles se tornaram ativos em realizar a obra de Deus. Isso ocorreu porque João os ajudou a voltar ao princípio (Jo 1:1), a exercitar o espírito (4:24), a crer no nome de Jesus (1:12; 20:31), a tomar a Palavra como alimento e não como conhecimento (5:39-40; 6:57, 63), a obedecer a unção (1 Jo 2:27), a receber vida (Jo 10:10; 1 Jo 1:1-3) a frutificar para glória de Deus (Jo 15:16) e muito mais. Graças ao Senhor porque no Espírito temos vida e essa vida nos leva a amar e a frutificar.

Para Meditar...


Simão ou Pedro? Quem você quer ser?


“E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)”. Jo 1:42

Simão tinha o seu próprio mundo. Uma rede, um barco e um mar limitado de Tiberíades. Um certo dia, foi apresentado a alguém que já o conhecia. O Senhor nos conhece. Ele sabe o tamanho dos nossos planos. Simão usava uma rede para sobreviver. As nossas redes da sobrevivência sem a dependência do Senhor nos emaranham. Muitos vivem enredados nas malhas da falta de tempo, da ansiedade, de uma vida de urgências, às vezes em busca das futilidades dessa vida. O Senhor sabia para onde Simão estava indo. O barco de Simão não buscava as águas profundas da intimidade com
Deus. Muitas vezes, a distância do Criador nos torna suscetíveis às tempestades da vida. Ficamos sem rumo. Navegamos sem destino. Sentimo-nos como se estivéssemos à deriva. Descobrimos que o nosso barco está furado. Naufragamos na fé. O Senhor está ciente do tamanho do território de Simão e o seu mar tinha limites. A tradição nos limita. Vivemos entre as margens da euforia e da depressão. Às vezes nos alegramos em falsas conquistas e nos afundamos no nosso vazio existencial.

O Senhor tem um plano. O Senhor tem um olhar, uma visão. Ele tem uma perspectiva mais ampla: “Tu serás chamado Pedro”. Na visão do Senhor, aquele pequeno pescador um dia pescaria homens para encher o Seu barco, um tipo de Sua igreja que flutua acima de um mundo perdido. Pedro atravessaria o mar de Tiberíades para oceanos maiores. O mundo necessitaria dele. Hoje, o Senhor tem chamado cada um de nós. Quando nos apresentamos, Ele primeiro nos atravessa com seu olhar, muda o nosso nome, implicando que nos dá uma nova vida, toma posse de cada um nós e nos apresenta Seu plano de estabelecer o Seu reino nessa terra. Deus ama os pecadores e quer transformá-los em Seus filhos. Ele precisa de cooperadores, de Pedros que pesquem e pastoreiem, que atraiam, com redes de cordas humanas e laços de amor, aqueles que se extraviaram no mar do pecado (Os 11:4a). Esses cooperadores é que cuidarão não só dos cordeirinhos, que são como crianças recém nascidas e precisam desejar ardentemente o leite da palavra, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, seja-lhes dado o crescimento para a salvação (1Pe 2:2) como também das ovelhas que necessitam de alimento sólido, próprio “para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hb 5:14).

Ao cumprirmos o ministério que o Senhor nos deu, estamos demonstrando nosso amor a Ele, conforme a orientação que o próprio Senhor Jesus deu a Pedro:“Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas” (Jo 21:15-16).

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