13 agosto, 2012

Refletindo...

A Importância do Espírito

Certamente os genuínos cristãos querem progredir e crescer em sua vida espiritual. Para que isso ocorra, exercitar o espírito enquanto se lê a Bíblia é essencial e indispensável. Na verdade, tudo o que fizermos para Deus precisa ter origem em nosso espírito, para que Deus aceite a obra de nossas mãos. Os livros de Esdras, Neemias e Ester podem ajudar-nos a entender melhor o genuíno serviço a Deus. Esses são os últimos livros históricos do Antigo Testamento, e seu tema comum é a restauração que Deus fez entre Seu povo, Israel. Para a obra de Deus ser realizada, Ele precisa obter pessoas adequadas. E as pessoas adequadas são as que exercitam o espírito, sem o que não há restauração.

Vejamos alguns dos personagens principais nesses três livros. Em Esdras há Zorobabel e Jesua (ou Josué – cf. Zc 3). Eles foram os principais líderes do povo que retornou da Babilônia para Jerusalém para a reedificação do templo. Para subir a Jerusalém eles pagaram um alto preço ao abandonar tudo o que possuíam em Babilônia. Deus, através de Seus profetas, despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que passou pregão em todo o seu reino para que houvesse o retorno a Jerusalém. Então, Zorobabel e Jesua, juntamente com cerca de cinqüenta mil pessoas, atenderam a esse chamado para reedificar. Ao lançar os alicerces do templo, eles alegram-se muito, com gritos e choro (Ed 3). Depois disso, porém, a obra cessou por dezesseis anos. O que levou a isso foi o surgimento de adversários que os ameaçaram e atemorizaram. Isso, entretanto, não deveria ser motivo para interromper uma obra tão importante, uma vez que todos eles estavam tão motivados a reedificar. Que terá ocorrido?

A resposta está em Zacarias 4:6. Esse versículo indica que a interrupção da edificação deveu-se ao fato de a motivação deles ter se originado em sua força natural, em sua alma, não em seu espírito. Tudo o que iniciamos em nossa alma tem pouca duração, pois facilmente é abalado peças dificuldades e barreiras que surgem. Quando servimos em nossa alma estamos edificando a igreja com madeira feno e palha (1 Co 3), isto é, com elementos caídos de nossa natureza humana. Tal obra não permanece quando submetida à prova. Servir no espírito, isto é, edificar com ouro, prata e pedras preciosas, que representam a obra do Deus triúno, é permanente e inabalável.

Para servir a Deus, precisamos voltar-nos ao nosso espírito e permanecer Nele. Em nosso espírito nada nos pode abalar nem impedir de prosseguir. Somente no espírito podemos dizer com toda ousadia as palavras de Zacarias 4:7: “Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina”. Aleluia!



Alimento Diário de Provérbios
(Site Igreja em Uberaba)

Estudo Biblico...

Servir conforme a determinação de Deus

Semana 1 – Domingo

Leitura bíblica: Gn 4:2-5, 8; 8:21; Sl 23:2; 1 Co 5:6; Hb 9:22; 11:4

Ler com oração:

Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala (Hb 11:4).


 
SERVIR CONFORME A DETERMINAÇÃO DE DEUS

Depois de expulsos do jardim, Adão e Eva tiveram dois filhos. O mais novo, Abel, começou a criar ovelhas, e o mais velho, Caim, foi lavrador (Gn 4:2).

Aconteceu que, no fim de uns tempos, ambos trouxeram uma oferta ao Senhor. Abel provavelmente deve ter percebido pelo testemunho de seus pais que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22), por isso ofereceu das primícias de seu rebanho e da gordura deste. Caim, por sua vez, trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.

Sabemos que Deus agradou-se de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou (Gn 4:4-5). Vejamos por que a oferta de Abel foi aceita.

Para se oferecer uma ovelha, primeiro deveria haver o derramamento de sangue; depois havia necessidade de retirar sua pele; por fim tirar a gordura e queimá-la. O sangue derramado é para resolver o problema dos nossos pecados. A pele representa Cristo como nossa cobertura para justificação. E a gordura, ao ser queimada, produz uma fumaça que sobe para Deus como um suave cheiro (8:21), simbolizando que Deus nos reconciliou Consigo. Foi por isso que Deus se agradou da oferta de Abel (4:4).

Ao contrário deste, Caim foi trabalhar no solo (v. 3). Um lavrador trabalha na terra antes mesmo de o sol sair, e, ainda com o sol a pino, continua trabalhando. Caim escolheu esse caminho e ofereceu do fruto de seu labor a Deus, achando que Ele certamente o aceitaria. Essa é a maneira de o homem natural pensar. Todo homem quer servir a Deus e servi-Lo da melhor maneira, entretanto, se não viver no espírito, Deus não aceitará sua oferta, como não aceitou a de Caim (v. 5).

O serviço de Abel, que pastoreava as ovelhas, era mais tranquilo. Ele não precisava acordar muito cedo, pois as ovelhas não podem comer a pastagem úmida de orvalho, uma vez que provoca indigestão. Abel precisava esperar o sol sair e secar o pasto. Esse não é um trabalho árduo, pois um pastor de ovelhas não precisa cortar o capim nem levar água para as ovelhas. O salmo 23 fala que o pastor leva as ovelhas onde há pasto e depois as deixa descansar junto às aguas (v. 2). O pastor de ovelhas não precisa fazer nada, fica sentado esperando e desfrutando Deus.

Ao ver seu irmão, Caim deve ter imaginado: “Estou suando ao sol e você descansando”, e possivelmente concluiu: “Meu irmão vive tão tranquilo, enquanto eu estou trabalhando duro. Certamente Deus vai agradar-se de mim e do suor de meu trabalho”. Caim não entendia que Deus deseja que o homem O sirva segundo Sua determinação.

Abel foi aceito porque ofereceu segundo a determinação de Deus. Ele criava ovelhas somente para ofertar a gordura, a parte mais rica da ovelha, para Deus. A oferta dele tinha o sangue, a pele e a gordura, por isso ele obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas (Hb 11:4).

Caim ficou insatisfeito porque Deus aceitou a oferta de Abel e não aceitou a sua (Gn 4:5). Ele não entendia por que, com seu labor, não podia agradar a Deus, e seu irmão, com uma vida mais tranquila, podia. Isso fez com que ficasse insatisfeito com Deus. Como resultado de servi-Lo na alma, Caim irou-se sobremaneira, e descaiu-lhe o semblante, pois não compreendia como o fruto de seu esforço não fora aceito por Deus. Pior ainda, além da insatisfação, teve ciúmes de seu irmão e o matou (v. 8). Essa é a história de alguém que vive na alma.

O homem guarda insatisfação, a qual, se não for controlada, irá crescer. Na igreja, muitas vezes você é ajudado pelos irmãos e às vezes um irmão o corrige e mostra o que não está bem em você. Se você é uma pessoa acostumada a viver pela vida da alma, em lugar de aceitar essa ajuda como benefício, começa a argumentar, a justificar-se e a ficar insatisfeito. Isso é resultado da sua alma. Se você não lidar com essa insatisfação, ela irá desenvolver-se e, como um fermento colocado na farinha, fermentará tudo (1 Co 5:6).

Que o Senhor nos guarde do orgulho, da insatisfação e de servi-Lo segundo nossa própria maneira e opinião. Sejamos simples como Abel e sirvamos a Deus conforme o que Ele determinou. Amém!

Ponto-chave: Servir a Deus conforme Sua determinação.

Leitura de apoio:“O caminho para viver e reinar com Cristo” – cap. 1 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.

Amadurecer para reinar com Cristo.

Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?
(Mt 16:26).
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5:10)

Mt 16:24-25; Jo 3:16; 5:24; 10:28-29; 1 Co 3:12-15; 1 Pe 1:6-9; 4:12-13
Árvore da vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Deus tem para o homem uma importante comissão: governar o mundo que há de vir (Hb 2:5). Para isso, depois de crer no nome do Senhor Jesus e nascer de novo, ainda precisamos permitir que a vida divina cresça em nós, e isso acontece à medida que negamos a nós mesmos (Jo 1:12; 3:3-5; 12:24-26; cf. Mt 16:24-26). Sem o acréscimo da vida de Deus, não seremos aprovados no tribunal de Cristo.
Todos os que cremos em Cristo e fomos regenerados compareceremos perante o Seu tribunal para receber segundo o bem ou mal que tivermos feito por meio do corpo, isto é, de acordo com o crescimento em vida e a obra que cada um fizer (2 Co 5:10; Mt 25:1-30). Todavia, caso sejamos reprovados naquele dia, não seremos lançados no lago de fogo, pois o tribunal de Cristo não será para julgar se alguém tem a vida eterna ou se perecerá eternamente, mas para avaliar se os filhos de Deus ganharão o galardão ou se precisarão ser disciplinados (1 Co 3:12-15).
A salvação do nosso espírito é eterna, segura e eficaz (Jo 3:16; 5:24; 10:28-29), desde quando cremos no Senhor Jesus e, de coração, invocamos Seu nome (Rm 10:13). Ela é pela graça e não por nossas obras (Ef 2:8). Contudo, a fim de reinarmos com Cristo durante mil anos (Ap 20:6), nossa alma também precisa ser salva. Para que isso ocorra precisamos cooperar, uma vez que quanto mais negarmos a nós mesmos nesta era, mais cresceremos e amadurecemos na vida divina e esse amadurecimento nos qualificará a governar o mundo que há de vir.
Se não houvermos amadurecido o suficiente por ocasião da vinda do Senhor, ainda teremos a oportunidade de passar pelo calor do fogo, que nos obrigará a amadurecer durante o milênio. Somente após passar por essa disciplina, estaremos aptos a fazer parte da nova Jerusalém, por toda a eternidade futura. Esse “amadurecimento forçado” é semelhante ao utilizado para as frutas que ainda estão “verdes”, deixandoas em um local abafado e relativamente quente por um determinado período de tempo.
Se, porém, desejamos ser aprovados naquele dia, nossa alma precisa passar hoje pela prova do fogo, pelo sofrimento necessário para haver purificação e salvação (1 Pe 1:6-9). Portanto, é importante entendermos que A prova do fogo ardente que intitula a mensagem desta semana se refere ao sofrimento necessário nesta era para purificar nossa alma, para salvá-la, visando ao nosso amadurecimento para reinarmos com Cristo na era vindoura (4:12-13).
Diante disso, precisamos verificar nossa condição espiritual: se ainda estamos “verdes” ou se já amadurecemos o suficiente. Se formos sinceros e tivermos nosso coração voltado ao Senhor, perceberemos que ainda necessitamos negar a nós mesmos e ceder mais espaço à vida de Deus. Todavia é incomparavelmente melhor passar pela prova do fogo ardente hoje, escolhendo negar a vida da alma desde já, do que sermos surpreendidos com a disciplina do Senhor diante de Seu tribunal e termos de passar pelo fogo durante o reino milenar.