05 setembro, 2012

O ministério edificador e epistolar de Paulo.


Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus (Cl 1:24-25)




At 9:3-6; 21:17-25; 28:16, 30; 1 Tm 1:3-4; 2 Tm 3:1-13; 4:6-8
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Saulo era um perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, mas a caminho de Damasco creu e se tornou um discípulo. Deus determinou que Saulo, que passou a ser chamado de Paulo, fosse enviado para pregar aos gentios. Os doze apóstolos haviam abandonado a prática de invocar o nome do Senhor; mas, por meio da pregação de Paulo, mesmo sob perseguição do império romano, muitos invocaram e passaram a viver no espírito para ganhar vida.
Paulo realizou quatro viagens missionárias. Na segunda viagem ele estava totalmente sob a condução do Espírito. Mas ao final de sua terceira viagem ele foi para Jerusalém, e lá foi persuadido por Tiago a cumprir um voto do Antigo Testamento junto com outros homens.
Pela lei, eles teriam de passar por sete dias de purificação e no oitavo dia pagariam o voto. Paulo se enfraqueceu e acabou cedendo à sugestão de Tiago. Mas “quando já estavam por findar os sete dias, os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram” (At 21:27). Depois ainda o arrastaram para fora do templo, quando Deus usou o comandante da guarda romana para livrá-lo dos judeus e levá-lo para Cesareia.
Paulo havia voltado para o judaísmo e os judeus queriam matá-lo. Contudo, Deus preservou sua vida e não permitiu que ele morresse. Embora seu ministério de edificar a igreja diretamente já houvesse cessado, o Senhor ainda queria usá-lo para escrever o conteúdo da visão celestial que lhe fora concedida na Arábia (Gl 1:15-17). Isso se referia a seu ministério epistolar.
Paulo foi para Roma onde alugou uma casa enquanto aguardava seu julgamento. Durante o tempo em que esteve preso, ele escreveu parte do que o Senhor lhe revelara em quatro epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Por fim, ao escrever 2 Timóteo, Paulo disse que seu labor havia terminado: “O tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4:6b-7).
Antes de seu julgamento em Roma, Paulo pôde viajar e visitar as igrejas por dois anos. Quando passou por Éfeso ele ficou decepcionado ao ver que os irmãos haviam recebido sua carta tão elevada, que continha as principais revelações do Novo Testamento, e não a haviam praticado. Podemos dizer que eles receberam as palavras do apóstolo apenas na esfera da mente, para discutir e analisar e não desfrutaram delas no espírito. Diante dessa situação, Paulo teve de deixar Timóteo em Éfeso para ajudá-los.
Cremos que o ministério edificador de Paulo não foi suficiente para produzir o fruto esperado, pois a igreja em Éfeso que havia recebido sua ajuda se tornou uma igreja anímica, isto é, que vivia pela sua vida natural, pela vida da alma. Por isso ele escreveu para seu cooperador Timóteo uma segunda epístola. Essa carta era uma advertência para que os irmãos não mais vivessem segundo a vida da alma. Se continuassem da mesma forma, coisas terríveis aconteceriam na igreja nos tempos finais, pois os homens seriam egoístas, pensariam apenas em seus interesses, em suas próprias coisas e não se importariam com o propósito de Deus. Esse é o sério risco que corre todo aquele que vive na alma.