17 novembro, 2012

Bem-aventurados os que negam a si mesmos.

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo (Cl 3:23-24)

Jo 21:19-22

Alimento Diário, Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Bookafe
Quanto mais negamos a vida da alma, mais amadurecemos na vida divina. Por isso o Espírito nos tem falado repetidamente sobre esse assunto. Essa é a nossa real necessidade. Na verdade, quem nega a si mesmo é bem-aventurado, porque se arrepende, recebe mais da vida de Deus e se prepara para o reino.
Ao mesmo tempo em que a vida de Deus tem crescido em nós, ainda sofremos a influência da vida da alma. Isso ocorreu com Pedro, após receber as palavras do Senhor em João 21. Ele parecia não se contentar em ser restringido sozinho e ainda observava se o mesmo aconteceria aos demais. O Senhor, por fim, lhe disse: “Segue-me” (v. 19). Nisso, Pedro se voltou e viu João. Então perguntou a Jesus: “E quanto a este?”. Ao que o Senhor respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (vs. 21-22).
Nesse aspecto, a palavra dirigida a Pedro mostra que, ao sermos restringidos pelo Espírito, não devemos criticar o tratamento que o Senhor dará a outros irmãos. Quando somos influenciados pela vida da alma, ficamos observando as situações que sobrevêm aos outros. Quando, porém, estamos no espírito, seguimos o Senhor sem reservas, com simplicidade. O Senhor sabe de que circunstâncias cada um de nós necessita para amadurecer.
Após essa palavra, tornou-se corrente entre os irmãos o boato de que João não morreria, mas, na verdade, não foi isso que o Senhor quis dizer. O que Ele lhes disse foi que o ministério de João permaneceria até a Sua vinda. De fato, posteriormente, o Espírito revelou muitas coisas a João e lhe fez lembrar as palavras que o Senhor Jesus havia dito em Seu ministério terreno. De posse dessa revelação, João escreveu o evangelho e suas epístolas. O ministério ulterior de João, em sua maturidade, é o que seguimos e praticamos, e assim permaneceremos até a vinda do Senhor, sendo supridos com Espírito e vida.




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos

Amar ao Senhor mais que nossos meios de sustento.

Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor (Jo 21:12)

 
 
Jo 21:2-3, 15-17

Alimento Diário, Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Bookafe
 
A preparação para reinar com Cristo nos traz vários tipos de restrição. Antes, quando nos permitíamos ser influenciados pela vida da alma, vivíamos conforme nossa própria vontade. Agora, porém, temos sido restringidos pelo Espírito, a fim de fazer a vontade do Senhor.

Os discípulos haviam deixado tudo para seguir o Senhor, mas, após a crucificação, voltaram à sua velha maneira de vida. João 21 registra que Pedro foi pescar e outros discípulos foram com ele. Embora fossem pescadores profissionais, não conseguiram apanhar nada naquela noite. Somente ao clarear do dia, quando Jesus lhes apareceu e ordenou que lançassem a rede à direita do barco, eles tiveram bom êxito na pescaria. Nesse momento, Pedro reconheceu o Senhor.

Quando chegaram à praia, os discípulos viram que o Senhor já lhes havia preparado peixe assado e pão. Provavelmente, eles se arrependeram de terem voltado a pescar, mas não precisaram dizer nada ao Senhor. O seu silêncio talvez demonstrasse que estavam envergonhados. Mesmo assim, o Senhor os amava e já lhes tinha preparado tudo o que precisavam. De igual modo, ao reconhecer o cuidado amoroso de Deus, nós nos arrependemos de andar ansiosos pelo que havemos de comer ou vestir. A preocupação com os meios de obter sustento não deve dominar o nosso coração, a ponto de nos afastar do Senhor e esfriar nosso amor por Ele. Se O seguimos, podemos confiar que Ele está cuidando de cada uma de nossas necessidades.

Da mesma forma, Aquele que fala conosco hoje é o Senhor que morreu, foi sepultado e ressuscitou. Em ressurreição, o Senhor nos chama novamente para deixarmos tudo e segui-Lo. Em reação a isso, cremos em Sua palavra e não precisamos nos preocupar com nossa subsistência.

A seguir, o Senhor perguntou a Pedro se ele O amava. Por três vezes Ele repetiu a pergunta, a ponto de Pedro se entristecer (Jo 21:17). Nessa ocasião, o Senhor quis mostrar a Pedro que, se ele O amava, deveria apascentar os cordeiros, pastorear e apascentar as ovelhas. Isso demonstra maturidade de vida, pois, ao cuidar daqueles que o Senhor nos confiou, somos restringidos em nossa maneira de viver. Já não somos livres para fazer nossa própria vontade nem buscar nossos próprios interesses, mas restringidos pelo Espírito e pela responsabilidade que o Senhor nos confiou. Para isso, dependemos do nosso Senhor, amando-O e amando o nosso próximo.