10 dezembro, 2012

Ter ouvidos para ouvir o que o Espírito diz às igrejas.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mt 13:9).
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Ap 3:6)

Ap 1:4, 11, 20; 2:7a, 11a, 17a, 29; 3:13, 22
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Nesta semana veremos a relação das sete igrejas de Apocalipse 2 e 3 com as sete parábolas de Mateus 13. As sete igrejas citadas em Apocalipse estavam situadas em sete cidades na Ásia Menor, área onde Paulo realizou sua obra (Ap 1:4, 11). Não havia apenas sete igrejas naquela região; havia outras igrejas ali, como a igreja em Colossos (Cl 4:15-16), mas essas sete foram usadas para prefigurar profeticamente a história da igreja bem como a sua condição espiritual.
 
Há um significado profético no nome das cidades da Ásia onde estavam as sete igrejas. A primeira é a igreja em Éfeso. O nome Éfeso significa desejável. A segunda é a igreja em Esmirna, cujo nome significa mirra, uma planta de gosto amargo, portanto relacionado a sofrimento. A terceira é a igreja em Pérgamo, cujo nome significa torre alta e também casamento; isso indicava seu casamento com o mundo e sua condição anormal de crescimento. Depois temos a quarta igreja em Tiatira, que significa sacrifício incessante e que se refere à mistura introduzida na igreja de ensinamentos pagãos a partir do quarto século. A quinta é a igreja em Sardes, cujo nome significa restauração, prefigurando uma nova condição da igreja no período pós-reforma; embora tivesse o nome de restauração, ela não fez a obra completa que lhe fora confiada. A sexta é a igreja em Filadélfia, cujo nome significa amor fraternal. E a sétima é a igreja em Laodiceia, cujo nome quer dizer julgamento ou direito do povo.
 
Nas cartas a essas sete igrejas, vemos o amor e o cuidado do Senhor por meio do que Ele tinha a dizer a cada uma delas naquela época, bem como o aspecto profético, que mostra toda a história da igreja. Veremos a relação dessas igrejas com as parábolas de Mateus 13 a partir da leitura de amanhã. Por isso “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:7a, 11a, 17a, 29; 3:6, 13, 22).




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

O processo de purificação do coração e da alma

No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor (Rm 12:11) 
Porque o nosso Deus é fogo consumidor (Hb12:29)

1 Pe 1:6-7
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Quando permitimos que o Espírito queime com Seu fogo nosso ser natural, com seus desejos e ambições, todas as coisas que impedem o crescimento da palavra do reino em nós são aos poucos removidas. Assim nosso coração se torna como o quarto tipo de solo em Mateus 13:8: uma terra boa, na qual a semente frutifica a cem, a sessenta e a trinta por um.
 
De fato, a melhor maneira para que nosso coração se torne uma boa terra é permitir que ele seja provado pelo fogo, assim como o ouro é lançado no cadinho, onde é purificado. Em 1 Pedro 1:6-7 lemos: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”.
 
Quando o ouro é garimpado, o minerador não remove todas as impurezas apenas com água. O minério precisa ser colocado no cadinho, e este, no fogo. O minério de ouro é um dos metais mais pesados da natureza. Quando é colocado no cadinho superaquecido e chega a uma temperatura alta, os metais e elementos mais leves a ele misturados vêm à tona e, desse modo, podem ser retirados. Todavia, para conseguir que o ouro fique quase puro, não é suficiente passar por uma purificação apenas. A fim de remover mais impurezas, a temperatura tem de ser aumentada. Só assim, outras impurezas poderão vir à superfície para serem removidas. Todavia o ouro físico, mesmo refinado pelo fogo, ainda é perecível.
 
Ao registrar isso, Pedro não se refere ao ouro físico tampouco ao fogo terreno; antes, ele está falando da preciosidade da nossa fé e do fogo do Espírito Santo. Isso nos encoraja a voltar ao nosso espírito mesclado com o Espírito de Deus e mantê-lo fervoroso (Rm 12:11). Quando estamos no espírito, é fácil confessarmos os pecados e nos arrependermos de nosso ser natural. Além disso, no Espírito que está em nós, há o fogo que queima as impurezas de nosso coração e de nossa alma. Aleluia!
 
Desse modo, nos tornamos uma boa terra capaz de produzir a cem, a sessenta e a trinta por um. Louvado seja o Senhor!





Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Purificados com fogo.

O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor  (Pv 17:3)

Mt 3:11; 1 Pe 1:7
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Em Mateus 3:11 lemos: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Essas palavras foram ditas por João Batista referindo-se ao Senhor Jesus. Era como se ele dissesse: “Eu batizo vocês com água porque sou o precursor do Senhor e estou preparando-Lhe o caminho. Eu batizo com água para ajudar as pessoas a se arrependerem, isto é, a negarem a vida da alma. Dessa forma, vocês podem receber a vida de Deus”.
 
Embora o fogo mencionado no versículo 11, com que o Senhor batizava, possa ser vinculado ao fogo do versículo 12, o fogo inextinguível, segundo a nossa experiência e a revelação de 1 Pedro 1:7, podemos aplicar esse fogo ao queimar interior do Espírito, pelo qual Ele nos purifica assim como o fogo deixa o ouro livre de impurezas.
 
Pedro escreveu sua primeira epístola quando já estava bem maduro. Porém, no relato dos evangelhos, vemos Pedro manifestando uma vida da alma fortíssima. Quando ele seguia o Senhor, muitas vezes o Senhor desmascarava sua vida da alma.
 
Nossa natureza caída herdada de Adão, isto é, nossa vida da alma, é igualmente muito forte, pois é resultado de nosso nascimento natural. Quando cremos no Senhor, Ele inicia uma obra transformadora e purificadora em nós,  para eliminar aos poucos nossa vida da alma. Segundo nossa experiência no passado, quando passávamos por sofrimentos, situações graves, como acidentes de carro, enfermidades ou mesmo situações financeiras adversas, pensávamos que essa era a maneira de o Senhor nos levar a negar nossa vida da alma. Porém temos visto que, uma vez que a situação adversa termina, nossa vida natural ainda está lá e pronta para se manifestar novamente. Isso nos leva a concluir que o simples fato de passarmos por sofrimentos não basta para lidar com nossa vida da alma; precisamos do queimar do Espírito Santo em nosso interior.
 
Vejamos, por exemplo, a experiência de um irmão que estava doente. Com essa situação ele foi diante do Senhor e confessou seus pecados. Após essa confissão, ele sarou. Passado, porém, um tempo, a doença voltou. Ele pensou: “Será que há alguma coisa que ainda não confessei?”. Assim, ele foi novamente diante do Senhor, procurando saber o que estava acontecendo, e o Senhor lhe mostrou mais coisas. Ele, então, orou: “Ó Senhor, eu tirei aquela pedra, mas agora encontrei outra mais profunda que não vi na primeira vez. Quero negar minha vida da alma. Retira essa pedra”. O Senhor ouviu sua oração, e ele sarou de novo. Contudo a doença veio pela terceira vez, e a situação se tornou muito grave: ele estava entre a vida e a morte. Ele, mais uma vez, orou: “Senhor, eu já Te confessei uma vez, duas vezes... será que ainda há mais coisas que confessar?”. O Senhor lhe mostrou mais coisas, ele as confessou, e o Senhor o curou. Mas ainda havia manifestações de sua vida da alma. Quando a igreja queria avançar no mover do Senhor, ele não seguia junto com a igreja; antes, queria servir de maneira própria. A despeito de todo sofrimento pelo qual já havia passado, seu ser natural ainda persistia. Levou tempo, mas, por fim, ele percebeu que não era questão de confessar pecados apenas, mas de abrir mão de si mesmo, de seu ego, de suas opiniões, e se submeter ao Senhor.
 
Essa situação é comum a todos nós; temos uma vida da alma muito forte. Apenas o sofrimento pelas circunstâncias exteriores não consegue eliminá-la. Precisamos voltar-nos ao Senhor e permitir que o fogo do Espírito Santo nos queime e purifique, assim como o fogo purifica o ouro.




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Escrito por Dong Yu Lan

Esforçar-se para tomar posse do reino.

Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele  (Mt 11:12)

Mt 3:2; 4:17; 10:7
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Precisamos ter sede da Palavra de Deus, porque estamos nos preparando para governar no mundo que há de vir. Infelizmente, porém, há um grande número de pessoas que só busca ter conhecimento. Eles não têm a visão de que tudo o que temos hoje visa ao reino, ao mundo que há de vir. Até mesmo na obra de vários grupos cristãos, muitos não têm essa visão. Não viram que foram chamados para também reinar. Entretanto, àqueles que veem o Senhor diz: “Bem-aventurados, porém, os vossos olhos porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem” (Mt 13:16). Devemos estar atentos à revelação que o Senhor tem para nós.

Deus faz um trabalho de preparação em nós, para que cresçamos em Sua vida, negando a nós mesmos, tomando a cruz e perdendo a vida da alma. Por outro lado, Ele nos fala muitas palavras relacionadas à obra do ministério. Desse modo, além de crescer em vida, somos aperfeiçoados na obra. Se hoje praticamos a Palavra servindo na obra do Senhor, um dia seremos úteis na obra do ministério.
 
Em Mateus vemos que, ao sair para pregar, João Batista disse: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (3:2). Depois que o Senhor Jesus foi batizado, quando saiu para levar a cabo Seu ministério terreno, Ele também pregou isso (4:17). Mais tarde, Ele escolheu doze apóstolos entre os que O seguiam para ajudá-Lo a divulgar mais rapidamente o evangelho do reino (10:7). Aqueles a quem encarregou o evangelho do reino, Deus quer aperfeiçoar e preparar para que, um dia, possam reinar juntamente com Ele. O Senhor deu essa visão àqueles que já sabiam o que é o reino dos céus. Todavia não basta apenas saber isso; o reino dos céus se obtém por esforço, por violência (12:11). Se queremos nos preparar da melhor maneira possível, devemos, por um lado, crescer em vida e, por outro, ser diligentes, aproveitando as oportunidades para sermos aperfeiçoados na obra do ministério.
 
Por exemplo, quando estamos à mesa na hora do almoço, qual deve ser o assunto da conversa? Numa condição normal, deve ser sobre o que temos desfrutado do Senhor e as experiências que temos tido no viver da igreja. Muitos, porém, desperdiçam essa oportunidade falando de coisas seculares, como carros, casa, emprego etc. Tudo isso são os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas, que impedem nosso crescimento em vida. 

Essas coisas impedem que nos aproximemos mais do Senhor. Essa é a situação real de muitos, por isso não crescem espiritualmente. Devemos ser diligentes, remir o tempo e tomar o reino dos céus por esforço (ou violência, segundo o original). Isso não quer dizer usar nossa força natural; pelo contrário, quer dizer que abrimos mão das coisas naturais e até mesmo somos “violentos” contra elas, a fim de desfrutar as coisas do reino dos céus.





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Escrito por Dong Yu Lan

Vencer os cuidados do mundo e a fascinação pelas riquezas.

Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas (Sl 119:14).
Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem (Pv 11:28)

Mt 13:5-7, 20-22; 16:24-25; 1 Tm 6:10
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Para uma planta crescer, florescer e frutificar, ela também precisa receber luz solar suficiente. Igualmente nós, que cremos no Senhor, para que Sua palavra em nós plantada cresça e produza frutos, precisamos de uma luz muito especial, a luz do Sol nascente das alturas, que é o Senhor Jesus (Lc 1:78). Se nos falta a luz do Senhor, não conseguimos amadurecer. Quando, porém, a luz divina incide sobre nós, podemos frutificar. Graças ao Senhor, por meio dessa parábola somos bastante iluminados quanto a todos os impedimentos para a palavra do reino crescer em nós.
 
Nosso primeiro problema, o da dureza de coração, pode ser resolvido invocando o nome do Senhor. Assim, a “terra” de nosso coração é afofada. Quanto ao segundo problema: a vida da alma, representada pelas pedras ocultas na terra, vimos que essas devem ser tiradas uma a uma, rejeitando as opiniões, sofismas e arrazoamentos que procedem de nós mesmos (Mt 16:24-25). Em nosso viver na vida da igreja, estamos removendo as “pedras”, negando a vida da alma. Desse modo, podemos crescer para obter “a luz do sol”. Porém o inimigo, não satisfeito com isso, ainda tenta impedir o crescimento da Palavra em nós por meio dos “espinhos”.
 
O espinheiro é um mato e, como tal, cresce rápido e sem cuidado nenhum. Quando a semente germina e cresce em meio aos espinhos, no meio do mato, tem dificuldade de obter a luz do sol, pois o mato a bloqueia. Além disso, o espinho a sufoca, e a planta não consegue crescer e amadurecer corretamente para dar fruto.
Pela palavra do Senhor, os espinhos são “os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas” que “sufocam a Palavra, e fica infrutífera” (v. 22). As ansiedades ou os cuidados do mundo, que são as preocupações do dia a dia, e a fascinação das riquezas fazem com que muitos não consigam servir a Deus. Essas coisas os atam, amarram, ou seja, eles têm coisas demais para fazer no mundo, principalmente para o sustento do dia a dia. Quantas pessoas não conseguem vencer isso!
 
O que as pessoas mais buscam no mundo é o dinheiro. Essa é sua atividade principal. Quando nós, os filhos de Deus, nos preocupamos demasiadamente com os afazeres do mundo, passamos a nos envolver muito pouco com as coisas de Deus. Há algumas provações do mundo que conseguimos vencer, mas, com relação às riquezas materiais, muitos ainda são escravos. Estes sempre pensam: “Quero ter uma vida mais confortável”, porém, quando já conseguiram esse alvo, querem que ela seja mais confortável ainda. Quando ela já está muito confortável, ainda querem mais alguma coisa. Essa é a situação real de muitos cristãos.
 
Quando um jovem compra o primeiro carro, não tem muito dinheiro, por isso muitas vezes compra um carro usado. Isso resolve seu problema de locomoção, mas requer muita manutenção. Depois disso, ele percebe que precisa de um carro melhor que lhe dê menos despesas. Então dobra suas horas de trabalho para ganhar mais dinheiro, visando comprar um carro melhor e mais confortável. Isso é apenas um exemplo de como muitos ficam “sufocados” pelos cuidados do mundo e pela fascinação das riquezas. Todo cristão já passou por esse ciclo de provações.
 
Para solucionar esse problema, muitos apenas “cortam os espinhos”, mas esses cuidados são inúteis, pois o “mato”, volta a crescer sufocando-os. As coisas do mundo, as preocupações do dia a dia, crescem muito mais rápido que a vida de Deus em nós. O que devemos fazer não é apenas diminuir as despesas com coisas supérfluas, mas orar ao Senhor para que venha queimar as preocupações e o desejo por aquilo que não necessitamos. Desse modo, seremos libertos dos espinhos. Louvado seja o Senhor!



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