16 fevereiro, 2012

A semente que caiu à beira do caminho

Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como foi na provocação (Hb 3:15)


Mt 13:3-8, 18-23



A primeira parábola apresentada pelo Senhor Jesus em Mateus 13 é a do semeador. Essa parábola mostra que o reino dos céus é uma questão de vida, pois fala das condições da terra (nosso coração) para a que vida da semente (a palavra do reino) possa crescer.
O semeador saiu a semear, e, ao fazê-lo, a semente caiu em quatro condições diferentes de solo. A primeira condição refere-se à semente que caiu à beira do caminho e não conseguiu germinar, pois se trata de um solo pisado, duro (Mt 13:3-4, 19). A segunda relaciona-se com a semente que caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca (vs. 5-6, 20-21). A terceira condição foi a semente que caiu em um solo aparentemente bom, e cresceu, mas os espinhos a sufocaram. Os espinhos dizem respeito às preocupações de nossa alma, aos cuidados do mundo e à fascinação das riquezas (vs. 7, 22). Por fim, a última condição é a boa terra, que produziu a cem, a sessenta e a trinta por um (v. 8).
A semente representa a palavra do reino (v. 19), que está relacionada com a palavra de vida, e mostra que o reino dos céus não é uma questão de doutrinas ou regras, mas é uma questão de deixar a vida de Deus crescer em nosso coração.
Quando líamos essa parábola nos perguntávamos: "Por que ainda não somos a boa terra?"; e ainda: "O que fazer para nos tornarmos a boa terra?". Nesta série do Alimento Diário temos visto que, para responder essas perguntas e alcançar a condição de boa terra, precisamos de uma mudança de mente, de arrependimento.
A primeira parte das sementes caiu em uma terra dura, à beira do caminho. Os caminhos surgem em decorrência do trânsito de pessoas numa mesma trilha, pois onde elas passam o solo fica empedernido. De tanto pisar, a terra endurece formando caminhos. Uma parte das sementes caiu nesse solo petrificado e não conseguiu germinar, pois, mesmo antes de penetrar no solo, vieram as aves do céu e as comeram.
Às vezes o Senhor Jesus semeia em nosso coração, mas, por estarmos com o coração empedernido, ocupado com outras coisas, não damos importância. Por causa disso, a palavra de Deus não penetra em nosso coração, e, então, vem o maligno e arrebata o que foi semeado (v. 19).
Não podemos permanecer nessa condição infrutífera. Devemos pôr fim ao trânsito que endurece nosso coração para fazê-lo amolecer. Apenas buscando a presença do Senhor e levando nossa condição diante Dele, obteremos arrependimento, e a semente divina encontrará espaço para penetrar em nós. Dessa maneira, teremos um coração sensível e pronto para absorver Sua paIavra e frutificar. Aleluia!