27 dezembro, 2011

A luz do evangelho resplandece

Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo (2 Co 4:6)
Mt 4:5-16; Jo 14:30; 2 Co 4:6; 2 Tm 1:14; 2:2; Hb 4:12

O Senhor venceu as demais tentações do diabo, conforme lemos em Mateus 4:5-11: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram".
Satanás tentou o Senhor oferecendo-lhe os reinos do mundo caso o adorasse, porque o presente mundo está sob suas mãos (Jo 14:30). Mas o Senhor Jesus recusou a proposta, pois somente Deus é digno de adoração. O Filho do Homem venceu as tentações ao lançar mão da Palavra de Deus; por fim, expulsou o inimigo.

Depois do batismo de Jesus e de Sua vitória contra as tentações do diabo, Ele estava qualificado para iniciar a pregação do evangelho. Então, a partir disso, lemos em Mateus 4: "Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz" (vs. 12-16).

A intenção principal do Senhor era levar as palavras de Deus aos necessitados. Ele havia jejuado no deserto por quarenta dias e venceu as tentações; foi servido pelos anjos e agora estava cheio da Palavra de Deus. Foi nessa condição que o Senhor iniciou Sua pregação.

Também precisamos estar cheios da Palavra de Deus (SI 1:2; Jr 15:16; Cl 3:16; 2 Tm 1:14), Devemos meditar nela com oração, ruminá-Ia em nosso interior, até que se torne alimento para nós e flua como leite para nutrição espiritual de outros, assim como a mãe que amamenta o filho. A Palavra depositada em nós não é apenas para nosso próprio suprimento mas também para alimentar as pessoas.

O Senhor Jesus brilhou como a grande luz para os que estavam nas trevas, porque a Palavra habitava ricamente Nele (Mt 4:16; Cl 2:9; 1 Jo 1:5). Em João 1:5 lemos: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela." Além disso, o Senhor não saiu a pregar sozinho, mas chamou discípulos, dando-lhes a incumbência de pregar o evangelho. Hoje nós também fomos comissionados e devemos brilhar como luzeiros no mundo (Fp 2:15).

A verdadeira comida

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17)Dt 8:7-10; Jr 2:13; Jo 4:13-14, 34; 7:38-39; At 16:13-15, 34

Em Deuteronômio 8:7-10 lemos uma descrição da fartura que existia na boa terra de Canaã: "Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vídes, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu".
A boa terra de Canaã era, de fato, repleta de riquezas minerais e de vida vegetal, porque lá havia muitas águas. Essas águas representam o Deus Triúno. O manancial profundo diz respeito a Deus Pai (Jr 2:13). A fonte é o nosso Senhor Jesus, que canaliza a água do manancial e a torna acessível para nós (Jo 4:14). Por meio da fonte, surgem os ribeiros, que representam o Espírito que dá vida (7:38-39).

Em João 4:13-14, o Senhor Jesus afirmou à mulher samaritana: "Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". Diante dessas palavras, a mulher creu no Senhor. Depois disso, os discípulos trouxeram alimentos para Jesus, mas Ele explicou que tinha uma comida para comer que consistia em fazer a vontade de Deus (v. 34). E por causa do testemunho daquela mulher, muitos samaritanos daquela cidade creram no Senhor, alimentando-O.

Em Atos 16 vemos que o apóstolo Paulo vivenciou algo maravilhoso, pois estava sensível à vontade de Deus. Ele foi direcionado pelo Espírito até Filipos, onde havia um lugar de oração à margem de um rio, e ali uma mulher, Lídia, foi salva e batizada, e espontaneamente abriu sua casa para receber os irmãos. Podemos dizer que foi do encontro soberano dessas pessoas que surgiu a igreja em Filipos (vs. 13-15).

Naquela cidade, a salvação também alcançou o carcereiro, que presenciou a libertação de Paulo e Silas da prisão. O carcereiro foi batizado com toda a família e também abriu sua casa para receber os irmãos, manifestando grande alegria por terem crido em Deus (v. 34).

Nós sentimos satisfação semelhante em fazer a vontade do Senhor, pois Ele nos supre com vida, justiça, alegria e paz quando pregamos o evangelho e oramos pelas pessoas. Podemos testificar que isso não apenas atende a necessidade daqueles por quem oramos mas também nos supre, alimenta nosso espírito e satisfaz a Deus.