16 junho, 2012

O amor é paciente.


Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas (Tg 5:7)


Mt 23:45-46; Rm 8:6; 1 Co 13:4-7; 1 Ts 2:7-12

Como vimos em mensagens passadas, a mente é a parte dominante da alma. Uma vez que inclinemos nossa mente para as coisas do espírito, ganhamos vida e paz (Rm 8:6). Essa vida se expressa em nós por meio do amor, manifestado nas atitudes de um caráter transformado.
À luz de nossa experiência podemos confirmar isso. Com o passar dos anos percebemos o trabalhar de Deus em muitos irmãos. Já não mais murmuram diante das dificuldades nem reclamam dos irmãos ou de suas características, pois estão cheios do amor de Deus. Estes são aqueles que buscam constantemente invocar o Senhor, vivendo intensamente a vida da igreja.
Esse amor também nos capacita a cuidar dos irmãos com paciência, alimentando-os com a Palavra (Mt 23:45-46). No passado lidamos com um grupo de jovens desobedientes, que vinham às conferências e causavam problemas. Eles não participavam das reuniões e ficavam dispersos. Contudo, com o passar do tempo, o Senhor, pouco a pouco, transformou o coração deles. Hoje vemos que a vida cresceu neles, pois desfrutam o Senhor e estão envolvidos com os serviços na igreja.
Isso é o resultado do labor do amor, pois no amor temos paciência (1 Co 13:4). Por meio dessa paciência aguardamos o trabalhar de Deus nos irmãos, e não nos inquietamos ou os desprezamos quando eles apresentam dificuldades por não negarem a si mesmos.
Para que sejamos iluminados em nosso coração acerca da maneira que temos tratado aqueles que nos cercam, precisamos ler com oração estes versículos: “O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (vs. 4-7).
O labor do amor é como cultivar uma plantação. Ao fazê-lo, não podemos forçar seu crescimento, tampouco exigir frutos dela. O lavrador pacientemente aguarda o fruto, com cuidado e nutrição, e seu amadurecimento (Tg 5:7). Essa paciência também deve ser vista na relação entre pais e filhos e em nosso cuidado para com os irmãos, tal qual Paulo descreve em 1 Tessalonicenses 2:7-12. Que o Senhor encha nosso coração com Seu incondicional amor a fim de cuidarmos uns dos outros da mesma maneira.

A pregação do evangelho é o fluir do amor


Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos (1 Jo 3:16)


Is 12:3-4
Quando pregamos o evangelho mais do amor de Deus cresce em nós, levando-nos a amar as pessoas como Deus as ama. Por amar o homem, Deus enviou Seu próprio Filho para nos salvar e dar a vida eterna (Jo 3:16). Glória a Deus!
Porque vivemos segundo a vida divina, o amor pelas pessoas é produzido em nós. Quanto mais invocamos o nome do Senhor Jesus, mais enchidos pelo Espírito somos e, assim, espontaneamente ganhamos o encargo de pregar o evangelho e permitir que esse amor flua para as pessoas.
Quando nosso alvo é apenas fluir esse amor, nossa preocupação não é ensinar ou debater doutrinas com as pessoas. Nosso interesse é tão somente pregar-lhes o evangelho da graça, para que a vida de Deus seja infundida naqueles que creem. Por isso procuramos ajudar as pessoas a receberem a vida de Deus por meio de invocar o nome do Senhor Jesus. Damos graças ao Senhor, pois isso é muito prático. Ao levar as pessoas a invocar esse nome maravilhoso, estamos ajudando-as a beber da fonte da salvação (Is 12:3-4).
No passado recebemos a visão do CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para Pregação do Evangelho), onde inicialmente os irmãos se consagravam por um ano para a obra do Senhor. Metade desse tempo era dedicada às lições bíblicas, e a outra metade era voltada para saídas às cidades para pregação do evangelho. Louvamos ao Senhor pela visão que recebemos acerca do CEAPE, e encorajamos os irmãos a se apresentarem para esse aperfeiçoamento.
Contudo, com o passar dos anos, o Senhor aumentou nossa visão sobre como conduzir esse aperfeiçoamento. Atualmente, vimos que, ao aperfeiçoar os irmãos, podemos ser mais práticos do que teóricos. Embora seja importante conhecermos as verdades sobre a salvação, o principal é ajudarmos os irmãos a ver a importância de invocar o nome do Senhor para ganhar a salvação e estar no espírito (At 2:21; Rm 10:13). Ao contatar as pessoas, elas precisam ser tocadas pelo amor de Deus e ajudadas a invocar o nome do Senhor crendo no coração (v. 9). Portanto o requisito para pregarmos o evangelho não é sabermos falar sobre as verdades bíblicas, mas simplesmente amar as pessoas, fluindo a vida de Deus para elas (1 Jo 3:16).
Nosso encargo deve ser prosseguir e ajudar os que já receberam o evangelho da graça, tendo crido no Senhor Jesus, a ver a necessidade de seguir o Senhor, negando a vida da alma. Nesse momento precisamos ajudá-las a se alimentar e desfrutar da Palavra de Deus e dos livros espirituais que nos ajudam a entendê-la, promovendo um tempo de leitura com elas. Também podemos encorajá-las a convidar seus amigos e parentes a participar dessas reuniões para que eles igualmente sejam supridos com a vida de Deus. Tudo isso faz parte do fluir do amor!