10 janeiro, 2013

O último ministério: espírito e vida.

Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna (1 Jo 2:24-25)


Jo 3:3-5; 6:63; 14:16-17, 26; 21:21-22


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Pedro deveria ter acatado logo as palavras do Senhor, mas ainda se preocupou com o que aconteceria com aquele que estava ao seu redor. Por isso, vendo que João O seguia, perguntou a Jesus: “E quanto a este?”. O Senhor lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21:21-22).Ao contrário do que entenderam os discípulos, o Senhor não havia dito que João não morreria, mas Suas palavras indicavam que seu ministério permaneceria até a Sua volta.

Após a ascensão do Senhor, os apóstolos saíram a pregar o evangelho. Os principais dentre eles, como Pedro e Paulo, por exemplo, foram perseguidos e martirizados pelos romanos. João, por não possuir tanto destaque, foi apenas exilado na ilha de Patmos, ou seja, sua vida foi poupada.

Durante os vinte anos em que João permaneceu preso, o Espírito lhe revelou muitas coisas, pois ele vivia e andava no espírito. Ele também se lembrou das palavras ditas pelo Senhor Jesus durante os três anos e meio em que O acompanhou. Pela soberania de Deus, João amadureceu, tendo recebido revelação para escrever o evangelho e as epístolas. A ele foi revelado que, quando estamos no espírito, temos comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo (1 Jo 1:3). Essa é a riqueza do Espírito: Nele, não temos acesso somente ao Espírito Santo, mas também a Deus Pai e ao Senhor Jesus. Graças a Deus, no exílio João teve o tempo necessário para receber revelação, passando a desempenhar seu importante ministério: revelar-nos que precisamos do Espírito para ter a vida divina e que é por meio dessa vida que podemos fazer a vontade de Deus e entrar em Seu reino (Jo 3:3-5; 6:63; 14:16-17, 26).

Os outros três evangelhos registraram a obra do Senhor Jesus na terra. O Evangelho de Mateus enfatiza o Senhor como Rei, dando destaque para o reino dos céus. Como Mateus desempenhava a função de coletor de impostos, ele tinha conhecimento acerca de como funcionava a administração e a autoridade de um reino. Ele foi escolhido especialmente pelo Senhor para registrar as palavras concernentes ao reino dos céus.

No Evangelho de Marcos, vemos como o Senhor, em Sua obra, curou enfermidades e expulsou demônios, ajudando os pobres e se compadecendo deles. Marcos enfatiza o Senhor como Aquele que veio servir, operando milagres e sinais diante do povo. O Evangelho de Lucas, por sua vez, tinha por objetivo apresentar um relato ordenado dos acontecimentos protagonizados pelo Senhor Jesus. Para isso, Lucas ouviu testemunhas oculares e ministros da Palavra. Como resultado dessa investigação, seu evangelho destaca a humanidade virtuosa do Senhor.

Todos esses três registros são importantes, mas apenas eles não apresentam de modo completo o significado da obra do Senhor na terra. Por esse motivo, foi necessário que o Espírito levantasse, por último, o ministério do apóstolo João.

Escrito por Dong Yu Lan

Servir em comunhão com outros irmãos.

Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros  (1 Co 12:24b-25)


Nm 20:10-12; Jo 21:21; 1 Co 12:20-22

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Ao crescer em nós, a vida divina nos mostra que no serviço a Deus não podemos agir isoladamente. Antigamente, éramos individualistas, pois, ao confiar em nossa própria capacidade, nos achávamos autossuficientes. Mas a vida divina tem nos levado ao arrependimento. De fato, devemos perceber que somos membros do mesmo Corpo e membros uns dos outros. Dependemos e precisamos uns dos outros para desempenhar nossa função no Corpo de Cristo.

Em 1 Coríntios 12:20-22, Paulo nos ensina a esse respeito: “O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem a cabeça aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros que parecem ser mais fracos, são necessários; e os que nos parecem menos dignos do corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos, revestimos de especial honra”.

Diante dessa palavra, percebemos que quem age sozinho no serviço a Deus ainda não negou a vida da alma. Pelo contrário, quem nega a si mesmo serve ao Senhor em coordenação com os demais irmãos. Aos servirmos ao Senhor, devemos ter bastante comunhão uns com os outros. Isso nos ajuda a minimizar as possibilidades de cometer erros. Não somos infalíveis, mas podemos aprender e ser ajudados quando ouvimos os irmãos com quem servimos. Dessa maneira, somos cingidos pelos outros e conduzidos de acordo com o sentimento do Espírito.

Receber a comunhão e a ajuda que vem de outros membros do Corpo de Cristo é algo que ocorre normalmente quando estamos dispostos a negar a vida da alma. Mas, quando somos influenciados pelo ego, temos a tendência de querer que o Senhor exija dos outros o mesmo que Ele exige de nós. Isso ocorreu com Pedro em relação a João, quando perguntou a Jesus: “E quanto a este?” (Jo 21:21).

Assim como Pedro, nós também temos dificuldade de negar a vida da alma. Hoje o Senhor Jesus, como Filho do Homem, se compadece de nossas fraquezas e nos conhece completamente. Por conhecer nossa necessidade, o Senhor tem insistido em nos falar sobre esse assunto. Não desprezemos essa palavra. Mesmo quem já avançou em sua vida espiritual, ainda pode falhar nesse quesito.

No Antigo Testamento, vemos o exemplo de Moisés que, ao final de sua vida, cometeu uma falha que o impediu de entrar com o povo de Israel na boa terra de Canaã. Naquela ocasião, influenciado por seu ego, ele irou-se, agiu conforme sua própria vontade, e por não crer no Senhor, deixou de santificá-Lo perante o povo (Nm 20:10-12).

De sua experiência e de outros personagens da Bíblia, aprendemos que devemos vigiar e ser sóbrios a todo tempo para andar sempre no espírito e não sermos desqualificados. Caso também erremos, podemos nos arrepender, confessando nossa falha diante do Senhor. Ele é rico em misericórdia, a fim de nos perdoar e nos purificar de toda injustiça!



Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Seguir Aquele a quem amamos.

Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará (Jo 12:25-26)

Jo 21:15-19b; Rm 8:9, 11; 2 Co 3:17

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Após terem se alimentado, o Senhor perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros?” (Jo 21:15). Essa pergunta que o Senhor fez a Pedro é bastante significativa. De fato, Ele estava perguntando se Pedro O amava mais do que todas as coisas, até mais do que os meios de obter sustento. Pedro afirmou que amava o Senhor, ao que Ele disse: “Apascenta os meus cordeiros”. O Senhor fez a pergunta novamente e Pedro afirmou que O amava. Então Ele lhe disse: “Pastoreia as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, o Senhor refez a pergunta, ao que
Pedro respondeu, entristecido: “Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo”. E o Senhor lhe disse: “Pastoreia as minhas ovelhas” (vs. 16-17).


Pedro havia se entristecido porque teve a impressão de que o Senhor não dava crédito às suas palavras. Na verdade, com isso o Senhor queria mostrar que ele não deveria valorizar mais a pesca do que a comissão que havia recebido. Embora, no passado, Pedro houvesse sido um exímio pescador, tendo obtido sustento a partir dessa habilidade, ele havia deixado tudo para seguir o Senhor. Evidentemente, a presença física do Senhor não mais o acompanharia, mas Seu cuidado amoroso, por meio do Espírito, sim. Agora o Senhor novamente estava chamando Pedro para segui-Lo.


Ao aplicarmos essa lição em nosso viver, somos levados a verificar como está nosso coração. Será que amamos mais os meios de obter sustento do que ao Senhor? Muitas vezes temos a oportunidade de ruminar a Palavra quando nos encontramos com os irmãos, mas preferimos falar de outros assuntos: negócios, automóveis, salário, bens etc. Deveríamos aproveitar as oportunidades que o Senhor nos dá para ruminar e digerir Sua Palavra. Infelizmente, parece que, após ouvirmos ou lermos a Palavra, a deixamos de lado e passamos a pensar e cuidar de nossos próprios interesses. Isso é um desperdício. Devemos dar prioridade ao Senhor e à Sua vontade; do contrário, estaremos despreparados para Sua vinda.


Quando nos sentimos livres para tomar nossas próprias decisões à revelia da vontade do Senhor, é porque ainda somos espiritualmente imaturos. Foi o que o Senhor disse a Pedro em João 21:18-19b: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres [...].Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me”. Isso não significa que Pedro só seria conduzido quando fosse idoso fisicamente, e sim que, com o crescimento de vida no espírito, ele não mais agiria por conta própria, pois iria negar mais a si mesmo.


Agora o Senhor já se tornou o Espírito e está em nós (2 Co 3:17; Rm 8:9, 11). Desse modo, não podemos andar da maneira como queremos; é o Espírito que nos conduz. Quando somos imaturos, não gostamos de ser restringidos em nossa vida da alma. Mas, com o amadurecimento, negamos a nós mesmos, pois essa é a única maneira de seguir Aquele a quem amamos (Jo 12:25-26).



Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamosEscrito por Dong Yu Lan