O Deus que fez o mundo e tudo
o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários
feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa
precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um
só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo
fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação (At
17:24-26)
Rm 8:28
Louvado seja o Senhor,
um dia o evangelho também chegou até mim. Eu era um empresário bem sucedido na
ilha de Taiwan, mas, mesmo tendo empresas, comércios e indústrias, ainda me
sentia vazio e sem saber aonde ir.
Eu não conhecia a igreja, mas
conhecia um homem chamado Cha, que era um cristão que sempre visitava meus pais
para falar-lhes o evangelho. Todos os domingos, não importasse o tempo ou as
dificuldades, ele vinha à nossa casa. Enquanto meus pais liam a Bíblia com ele,
eu, por outro lado, passava a tarde jogando, mas o irmão Cha nunca me recriminou
por isso.
Até que um dia estava
caminhando na cidade de Taipei, e entrei no templo da igreja onde o senhor Cha
se congregava. Todos estavam ajoelhados no chão, recebendo um pedaço do pão, e,
embora não soubesse que aquilo se tratava da ceia do Senhor, eu também comi do
pão e tomei do cálice ali. O Senhor Jesus já estava começando a trabalhar em meu
interior, mas eu não sabia.
Naquela época, pouco a pouco
as igrejas que buscavam a unidade se levantaram em Taiwan, e eu comecei a me
congregar em um dos lugares de reunião da igreja em Taipei. Quem estava na
liderança da igreja era o irmão Witness Lee, que fora cooperador de W. Nee na
China.
No final dos anos 50, o irmão
Lee nos encorajou a migrar para levarmos esse evangelho da unidade da igreja a
outros continentes. Em obediência a esse chamamento, decidi vir para o Brasil.
Aqui já havia famílias chinesas de Hong Kong, Filipinas e Malásia se reunindo
como igreja em São Paulo. Um desses irmãos era o irmão Samuel Ma, que se mudara
de Hong Kong para o Brasil com sua família alguns anos antes e me encorajou a
não vir sozinho, mas com toda minha família. Ele nos escreveu uma carta convite,
e nós viemos.
O navio para o Brasil, porém,
saía uma vez por mês de Hong Kong. Fomos para lá e esperamos o dia do embarque,
hospedados no local de reuniões da igreja em Hong Kong. Havia ali duas irmãs
inglesas, que eram cooperadoras do irmão Watchman Nee. Elas nos orientaram a
adotar nomes ocidentais para mim e familiares. Deram-me o nome de João, embora
nunca tenha usado esse nome. Assim, eu, minha esposa, mais cinco filhos viajamos
quarenta e oito dias de Hong Kong até Santos. Graças ao Senhor, tudo estava
debaixo de Seu arranjo soberano (At 17:24-26; Rm 8:28).