A Importância do Espírito | |
Certamente os genuínos cristãos querem progredir e crescer em sua vida espiritual. Para que isso ocorra, exercitar o espírito enquanto se lê a Bíblia é essencial e indispensável. Na verdade, tudo o que fizermos para Deus precisa ter origem em nosso espírito, para que Deus aceite a obra de nossas mãos. Os livros de Esdras, Neemias e Ester podem ajudar-nos a entender melhor o genuíno serviço a Deus. Esses são os últimos livros históricos do Antigo Testamento, e seu tema comum é a restauração que Deus fez entre Seu povo, Israel. Para a obra de Deus ser realizada, Ele precisa obter pessoas adequadas. E as pessoas adequadas são as que exercitam o espírito, sem o que não há restauração.
Vejamos alguns dos personagens principais nesses três livros. Em Esdras há Zorobabel e Jesua (ou Josué – cf. Zc 3). Eles foram os principais líderes do povo que retornou da Babilônia para Jerusalém para a reedificação do templo. Para subir a Jerusalém eles pagaram um alto preço ao abandonar tudo o que possuíam em Babilônia. Deus, através de Seus profetas, despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que passou pregão em todo o seu reino para que houvesse o retorno a Jerusalém. Então, Zorobabel e Jesua, juntamente com cerca de cinqüenta mil pessoas, atenderam a esse chamado para reedificar. Ao lançar os alicerces do templo, eles alegram-se muito, com gritos e choro (Ed 3). Depois disso, porém, a obra cessou por dezesseis anos. O que levou a isso foi o surgimento de adversários que os ameaçaram e atemorizaram. Isso, entretanto, não deveria ser motivo para interromper uma obra tão importante, uma vez que todos eles estavam tão motivados a reedificar. Que terá ocorrido? A resposta está em Zacarias 4:6. Esse versículo indica que a interrupção da edificação deveu-se ao fato de a motivação deles ter se originado em sua força natural, em sua alma, não em seu espírito. Tudo o que iniciamos em nossa alma tem pouca duração, pois facilmente é abalado peças dificuldades e barreiras que surgem. Quando servimos em nossa alma estamos edificando a igreja com madeira feno e palha (1 Co 3), isto é, com elementos caídos de nossa natureza humana. Tal obra não permanece quando submetida à prova. Servir no espírito, isto é, edificar com ouro, prata e pedras preciosas, que representam a obra do Deus triúno, é permanente e inabalável. Para servir a Deus, precisamos voltar-nos ao nosso espírito e permanecer Nele. Em nosso espírito nada nos pode abalar nem impedir de prosseguir. Somente no espírito podemos dizer com toda ousadia as palavras de Zacarias 4:7: “Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina”. Aleluia! Alimento Diário de Provérbios
(Site Igreja em Uberaba)
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Semana 1 – Domingo
Leitura bíblica: Gn 4:2-5, 8; 8:21; Sl 23:2; 1 Co 5:6; Hb 9:22; 11:4
Ler com oração:
Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala (Hb 11:4).
SERVIR CONFORME A DETERMINAÇÃO DE
DEUS
Depois de expulsos do jardim, Adão e Eva tiveram dois filhos. O mais novo, Abel, começou a criar ovelhas, e o mais velho, Caim, foi lavrador (Gn 4:2).
Aconteceu que, no fim de uns tempos, ambos trouxeram uma oferta ao Senhor. Abel provavelmente deve ter percebido pelo testemunho de seus pais que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22), por isso ofereceu das primícias de seu rebanho e da gordura deste. Caim, por sua vez, trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
Sabemos que Deus agradou-se de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou (Gn 4:4-5). Vejamos por que a oferta de Abel foi aceita.
Para se oferecer uma ovelha, primeiro deveria haver o derramamento de sangue; depois havia necessidade de retirar sua pele; por fim tirar a gordura e queimá-la. O sangue derramado é para resolver o problema dos nossos pecados. A pele representa Cristo como nossa cobertura para justificação. E a gordura, ao ser queimada, produz uma fumaça que sobe para Deus como um suave cheiro (8:21), simbolizando que Deus nos reconciliou Consigo. Foi por isso que Deus se agradou da oferta de Abel (4:4).
Ao contrário deste, Caim foi trabalhar no solo (v. 3). Um lavrador trabalha na terra antes mesmo de o sol sair, e, ainda com o sol a pino, continua trabalhando. Caim escolheu esse caminho e ofereceu do fruto de seu labor a Deus, achando que Ele certamente o aceitaria. Essa é a maneira de o homem natural pensar. Todo homem quer servir a Deus e servi-Lo da melhor maneira, entretanto, se não viver no espírito, Deus não aceitará sua oferta, como não aceitou a de Caim (v. 5).
O serviço de Abel, que pastoreava as ovelhas, era mais tranquilo. Ele não precisava acordar muito cedo, pois as ovelhas não podem comer a pastagem úmida de orvalho, uma vez que provoca indigestão. Abel precisava esperar o sol sair e secar o pasto. Esse não é um trabalho árduo, pois um pastor de ovelhas não precisa cortar o capim nem levar água para as ovelhas. O salmo 23 fala que o pastor leva as ovelhas onde há pasto e depois as deixa descansar junto às aguas (v. 2). O pastor de ovelhas não precisa fazer nada, fica sentado esperando e desfrutando Deus.
Ao ver seu irmão, Caim deve ter imaginado: “Estou suando ao sol e você descansando”, e possivelmente concluiu: “Meu irmão vive tão tranquilo, enquanto eu estou trabalhando duro. Certamente Deus vai agradar-se de mim e do suor de meu trabalho”. Caim não entendia que Deus deseja que o homem O sirva segundo Sua determinação.
Abel foi aceito porque ofereceu segundo a determinação de Deus. Ele criava ovelhas somente para ofertar a gordura, a parte mais rica da ovelha, para Deus. A oferta dele tinha o sangue, a pele e a gordura, por isso ele obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas (Hb 11:4).
Caim ficou insatisfeito porque Deus aceitou a oferta de Abel e não aceitou a sua (Gn 4:5). Ele não entendia por que, com seu labor, não podia agradar a Deus, e seu irmão, com uma vida mais tranquila, podia. Isso fez com que ficasse insatisfeito com Deus. Como resultado de servi-Lo na alma, Caim irou-se sobremaneira, e descaiu-lhe o semblante, pois não compreendia como o fruto de seu esforço não fora aceito por Deus. Pior ainda, além da insatisfação, teve ciúmes de seu irmão e o matou (v. 8). Essa é a história de alguém que vive na alma.
O homem guarda insatisfação, a qual, se não for controlada, irá crescer. Na igreja, muitas vezes você é ajudado pelos irmãos e às vezes um irmão o corrige e mostra o que não está bem em você. Se você é uma pessoa acostumada a viver pela vida da alma, em lugar de aceitar essa ajuda como benefício, começa a argumentar, a justificar-se e a ficar insatisfeito. Isso é resultado da sua alma. Se você não lidar com essa insatisfação, ela irá desenvolver-se e, como um fermento colocado na farinha, fermentará tudo (1 Co 5:6).
Que o Senhor nos guarde do orgulho, da insatisfação e de servi-Lo segundo nossa própria maneira e opinião. Sejamos simples como Abel e sirvamos a Deus conforme o que Ele determinou. Amém!
Ponto-chave: Servir a Deus conforme Sua determinação.
Leitura de apoio:“O caminho para viver e reinar com Cristo”
– cap. 1 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.
Fonte: www.radioarvoredavida.net