01 julho, 2012

Caráter...

Estável: Firme, que não se move ou que não se muda facilmente, e que não entra em pânico.


Ser estável é ser firme, imóvel e imutável. Que vida estável o Senhor teve na terra! Ela não se deixou incitar quando Seus irmãos lhe sugeriram que subisse a Jerusalém para ser aclamado; e, quando Seus opositores tentarem apedrejá-Lo, Ele simplesmente passou pelo meio deles e se retirou. Se fôssemos nós que estivéssemos naquela situação, ou teríamos sido apedrejados ou teríamos fugido às pressas. Logo que o Senhor soube que Lázaro estava doente, continuou no mesmo lugar mais dois dias. Nosso Senhor nunca vacilou. Ele era estável. Os que conhecem a vontade de Deus não entram em pânico. Alguém instável é como uma cana no deserto, agitada pelo vento. Tal pessoa, que não é firme nem estável, se curva para o oeste quando sopra o vento oriental, e para o leste quando o vento sopra do oeste. Uma pessoa que oscila nunca consegue compreender a vontade de Deus. Tampouco consegue trabalhar com outros ou servir a igreja.
Entretanto, ser estável não é ser lento. Estabilidade inclui não falar com incerteza ou fazer coisas das quase estamos inseguros. Uma pessoa estável não é facilmente mudada pelo seu ambiente. Ela controla bem o tempo e age somente após haver esperado e ter certeza da vontade de Deus. Ser estável não é ser teimoso ou obstinado, e sim, ter uma qualidade interior que não se pode mover e é imutável. Lutero era alguém estável e forte; portanto, Deus pôde usá-lo. A estabilidade é uma qualificação importante no serviço ao Senhor e na escolha de um cooperador. O tempo opera, mas somente numa pessoa estável. Logo que alguém estável se dá conta da vontade de Deus, ele age imediatamente, sem se importar com o custo. Por outro lado, enquanto não chega a hora de terminada por Deus, ninguém é capaz de influenciá-lo. Por isso, precisamos aprender a ser estáveis. Entrar em pânico não ajuda em nada. Precisamos permanecer inabaláveis na tormenta, sabendo que quando ela passar cessarão também as dificuldades. Os que andam de barco sabem da importância da estabilidade. Quando se está num barquinho num mar tempestuoso, simplesmente não se pode permitir entrar em pânico.


Livro ”Caráter”

Refletindo...

A Cruz

"A cruz hoje simboliza o altar no antigo testamento, por que? prescisamos estar dispostos a ir a cruz e aceitar a própria morte do nosso "eu". O senhor falou sobre a espada que separa a alma do espírito, ela existe, mas se eu não me dispor a ir no altar ela não pode atuar! Se eu me dispuser a ser tratado pela cruz, eu posso ter certeza de que o sumo sacerdote (Jesus) usará a espada afiada para separar o espírito da alma. Colocar-nos sobre o altar é fazer uma oferta voluntária e agradável de nossa vida para Deus. Usar a espada para dividir é atribuição do sumo sacerdote (Jesus). Devemos cumprir nossa parte com toda a fidelidade, deixando o resto com nosso misericordioso e fiel sumo sacerdote. E no tempo apropriado Ele nos conduzirá a uma completa experiencia espiritual.

Prescisamos seguir o exemplo do senhor. Quando Jesus estava na cruz, ele derramou sua alma na morte (Is. 53:12), mas entregou seu espírito a Deus (Lc:23.46). Hoje nós também devemos fazer o que Ele já fez. Se derramarmos a nossa vida da alma na morte e entregarmos nosso espírito a Deus, também nós conheceremos o poder da ressurreição, e desfrutaremos de um perfeito viver espiritual".

Watchman Nee

Ungidos para pregar o evangelho do reino.

O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4:18)

Mt 3:15-16; 4:16-17; 1 Co 12:3; 2 Co 1:21; 1 Jo 2:27


O Senhor Jesus cumpriu toda a justiça de Deus e foi ungido pelo Espírito logo ao sair das águas do rio Jordão (Mt 3:15-16). Com essa unção Ele se tornou o Cristo, o Ungido de Deus. A unção estava sobre o Senhor Jesus para que Ele cumprisse Sua incumbência, Seu ministério.

Agora, como Ungido, Jesus começou a pregar o evangelho. Não apenas o evangelho da graça, mas, sobretudo, o evangelho do reino porque o reino já estava próximo: “O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceulhes a luz. Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (4:16-17). Para entrar nesse reino é necessário arrependimento.

Muitos pensam que arrepender-se é apenas mudar de mente. Mas vemos que arrependimento é muito mais que isso; é, na verdade, negar a vida da alma. Esse tipo de arrependimento nos torna aptos a ser enchidos pelo Espírito, a receber a unção sobre nós. Uma vez ungidos, há sobre nós a incumbência de anunciar o evangelho do reino às pessoas.

O Senhor Jesus, que é a cabeça do Corpo, foi ungido. Essa unção desce da cabeça para a barba, unge todo o corpo e desce até a orla das vestes (Sl 133:2). Graças ao Senhor, todos nós fomos ungidos juntamente com Cristo (2 Co 1:21). Agora, para essa unção se mover em nosso interior, precisamos invocar o nome do Senhor: “Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!”. Isso nos faz permanecer no Espírito (1 Co 12:3; 1 Jo 2:27).

O Novo Testamento menciona o Espírito. Esse Espírito não é apenas o Espírito Santo, assim como o óleo da unção não é composto apenas de azeite de oliva. Em o Espírito temos o Deus Triúno e a obra de Cristo. Nele há tudo o que Deus é e tudo o que Ele fez. O Espírito se move em nós e nos capacita a pregar o evangelho do reino em todos os lugares. Louvado seja o Senhor!

O óleo da unção.

Acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros (Hb 1:8-9)

Êx 30:23-25; Mt 26:26; 27:51; Hb 9:6-8; 10:19-20


Vimos que, logo após ser batizado, o Senhor Jesus foi ungido, o Espírito Santo desceu sobre Ele, incumbindo-O de cumprir Seu ministério. Vimos também que essa unção do Espírito é representada pelo óleo da unção do Antigo Testamento.

Êxodo 30 mostra a composição desse óleo da unção. “Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos, e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção” (Êx 30:23-25). Em um him de azeite seriam acrescentadas quatro especiarias: mirra, cinamomo odoroso, cálamo aromático e cássia. Essas quatro especiarias representam a obra do Senhor Jesus.

Na antiguidade, quando as pessoas morriam, elas eram ungidas com mirra. Isso representa a morte do Senhor Jesus. Cinamomo odoroso refere-se à eficácia da morte de Cristo. O cálamo é um junco que nasce no meio das águas pantanosas. Essa especiaria representa a ressurreição do Senhor, pois Ele é Aquele que surgiu do meio das águas de morte. Por fim, a cássia diz respeito à eficácia da ressurreição de Cristo.

Essas quatro especiarias se apresentavam em três medidas de quinhentos siclos. A primeira especiaria, a mirra fluida, e a quarta, a cássia, tinham quinhentos siclos cada. A segunda, o cinamomo odoroso, e a terceira, o cálamo aromático, duzentos e cinquenta siclos cada uma. Somando-se as medidas dessas duas especiarias tem-se a terceira medida de quinhentos siclos. No óleo da unção temos quatro especiarias em três medidas iguais.

O número quatro representa a criação, o homem. O número três refere-se ao Deus Triúno: Pai, Filho e Espírito. A primeira e a última unidade de quinhentos siclos estão relacionadas, respectivamente, ao Pai e ao Espírito. A segunda e a terceira unidade de duzentos e cinquenta relacionam-se ao Filho, que foi partido por nós (Mt 26:26).

Quando o Senhor Jesus morreu, “eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo” (27:51). O véu estava pendurado em quatro colunas. Estas formavam três entradas. Quando o véu se rasgou, abriu-se uma entrada que não foi a primeira, o Pai, nem a terceira, o Espírito, mas a segunda, que representa o Filho. A entrada do meio se abriu para formar um caminho. Antes, apenas o sumo sacerdote, uma vez por ano, entrava no Santo dos Santos (Hb 9:6-8). Mas agora o Senhor Jesus morreu por nós, o véu se rasgou. Aleluia! O Senhor nos abriu um novo e vivo caminho, podemos entrar no Santo dos Santos com intrepidez (10:19-20).

Isso pode ser visto nas medidas do óleo da unção. Temos quatro especiarias, que representam a obra de Cristo em Sua humanidade, em três medidas de quinhentos siclos, que simbolizam a natureza divina do Deus Triúno. As duas medidas de duzentos e cinquenta siclos indicam que o Filho, representado pela medida intermediária de quinhentos siclos, foi partido, assim como o véu do santuário se rasgou em duas partes.

Quando somados, três mais quatro, temos sete, que se refere a um número completo. Além disso, as quatro especiarias, em três medidas de quinhentos siclos, eram mescladas a um him de azeite, formando um unguento composto. Isso mostra que no óleo da unção temos a natureza divina do Deus Triúno – Pai, Filho e Espírito Santo – acrescida da natureza humana, incluindo a obra de Cristo em Sua humanidade, Sua morte e ressurreição.

O óleo da unção, com o qual os sacerdotes foram ungidos para que realizassem a incumbência determinada por Deus, é do Antigo Testamento, mas representa o Espírito, a unção com que fomos ungidos para cumprir a comissão de Deus no Novo Testamento. Aleluia!