Não
temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem
pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça,
a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em
ocasião oportuna (Hb 4:15-16)
Nm 20:11-12; Ne 9:17; 1 Co 10:4; Hb 2:17-18
O
Senhor Jesus se compadece de nossas fraquezas. Como Filho do Homem, Ele
mesmo sabe o que é padecer e não tem necessidade de que Lhe expliquem
acerca da natureza humana. No Antigo Testamento, a misericórdia de Deus
ainda não havia sido plenamente dispensada à humanidade, estando vigente
a era da lei. A lei foi dada por intermédio de Moisés, que fora
escolhido por Deus para conduzir o povo de Israel pelo deserto até a boa
terra da Canaã.
A entrada na boa
terra representa o ingresso no reino. Os israelitas deixaram o Egito
atravessando o Mar Vermelho, que hoje representa o batismo que nos
liberta da escravidão do mundo. Contudo, mesmo libertos do Egito, os
israelitas ainda não estavam livres da influência da vida da alma, a
qual lhes causou muitos problemas durante o trajeto pelo deserto, até
chegar à travessia do rio Jordão. Um desses problemas foi a murmuração
do povo pela falta de água em Meribá. Por causa da dureza do coração do
povo de Israel, Moisés, indignado, em vez de apenas falar à rocha,
feriu-a pela segunda vez, desobedecendo à ordem de Deus. Nessa situação,
Moisés deu vazão à vida da alma e foi desqualificado para entrar na boa
terra (Nm 20:11-12).
A rocha da qual
jorrou água representa Cristo, ferido uma única vez na cruz para perdoar
nossos pecados (1 Co 10:4). Em razão da desobediência, Moisés não pôde
entrar na boa terra, mesmo tendo rogado a Deus por perdão. Isso mostra
que o velho homem, que está sob a influência da vida da alma, não pode
entrar no reino dos céus, mas deve ser eliminado durante nossa
trajetória cristã. Portanto, se preservamos nossa vida da alma, seremos
impedidos de reinar com o Senhor.
Em Deuteronômio
3, lemos que embora Moisés tenha rogado a Deus que o deixasse entrar na
boa terra, o Senhor não o permitiu e até pediu-lhe que não Lhe rogasse
mais. Deus é misericordioso, mas naquela ocasião não seria possível
conceder o que Moisés pedia. Isso mostra que, no Antigo Testamento,
mesmo quando alguém se arrependia, isso não garantia o perdão de Deus.
No Novo
Testamento, todavia, como Filho do Homem, o Senhor Jesus tornou a graça e
a misericórdia de Deus ilimitadas e acessíveis a todo o que Nele crê e
Dele se aproxima. Ele foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança,
mas sem pecado, por isso se compadece de nossas fraquezas e nos socorre
(Hb 2:17-18; 4:15-16). Quando erramos, podemos nos arrepender e clamar
pelo perdão de Deus; quando confessamos nossos pecados, por causa do
sangue de Jesus, o Filho de Deus, somos perdoados e purificados de toda
injustiça (1 Jo 1:7, 9). Ao orar e invocar o Seu nome, o Senhor inclina
Seus ouvidos para nos ouvir e salvar. Por causa de Jesus, podemos nos
aproximar do Pai com intrepidez, sem medo; por causa de Jesus, Deus pode
nos alcançar e perdoar sempre.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan