Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que
está nos céus (Mt 7:21).
Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que
vos mando? (Lc 6:46)
Gn 2:16-17; Mt 7:14; 16:24; 2
Co 3:6
O Senhor deseja que todos os
Seus filhos sejam conduzidos pelo caminho da vida. No entanto, assim como foi na
queda do homem em Gênesis 3, ainda nos deixamos ser seduzidos pelo conhecimento.
Como vimos ontem, tomar a Palavra como mero conhecimento não produz vida; antes,
ensoberbece e produz morte (1 Co 8:1b; 2 Co 3:6).
O caminho que conduz para a
vida é apertado (Mt 7:14). Podemos dizer que esse caminho nos restringe,
limitando nossas ações. Essa restrição está relacionada à palavra dita pelo
Senhor aos discípulos em Mateus 16: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se
negue, tome a sua cruz e siga-me” (v. 24). Por essa razão, podemos afirmar que o
mais importante hoje no viver da igreja é a nossa necessidade de negarmos a vida
da alma, isto é, negarmos o ego para seguir o Senhor. Esse é o caminho para a
vida e também é o caminho que nos fará entrar no reino dos céus.
Na sequência de Mateus 7, o
Senhor usa o exemplo das árvores e seus frutos para nos instruir: “Colhem-se,
porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa
produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa
produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não
produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os
conhecereis” (vs. 16-20).
Em Gênesis vemos que Adão foi
colocado diante da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Deus o autorizou a comer de todas as árvores do jardim, mas o advertiu a não
comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois o resultado seria a morte
(Gn 2:16-17).Precisamos ter um espírito de discernimento, para não sermos
confundidos, distraídos ou enredados pelo inimigo, como aconteceu com Adão e
Eva. Que possamos sempre escolher do fruto da árvore da vida. Aquilo que
escolhemos hoje para nos alimentar determinará se iremos reinar com Cristo ou se
seremos deixados do lado de fora.
No final de Mateus 7, o Senhor
mostra a importância de praticar Seus ensinamentos: “Todo aquele, pois, que ouve
estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que
edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios,
sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque
fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não
as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a
areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com
ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (vs. 24-
27).Não podemos nos iludir, mas devemos refletir sobre como temos edificado
nossa vida espiritual. Se for sobre o mero conhecimento de doutrinas, quando
vierem as provas, ruirá. Mas, se edificarmos sobre a prática de Suas palavras,
permaneceremos firmes.
Façamos escolhas que sempre
nos conduzam a seguir o Senhor, negando a vida da alma, a nos alimentar da
árvore da vida e a praticar Seus ensinamentos. Assim, toda obra que realizarmos
estará firme, pois foi edificada sobre a rocha.