04 setembro, 2012

Refletindo...

Cristo tem Preeminência na Vida do Cristão.
 
Referência bíblica:
Convém que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30)

As experiências dos cristãos são de dois tipos: as doces e as amargas. Deus nos faz pas-sar por ambas, as experiências doces e amargas da vida, para nos capacitar a deixar que Cristo tenha preeminência em todas as coisas.


EXPERIÊNCIAS DOCES:

1) Oração respondida – A oração será atendida se o seu alvo for o de deixar que Cristo tenha o primeiro lugar em todas as coisas. Busquemos primeiro o reino de Deus e a sua justiça e Deus acrescentará tudo mais que precisamos. (Acrescentar não é dar. O primei-ro significa adicionar ao que já temos; o segundo significa conceder o que não temos.) pedir em nome do Senhor é pedir em nome do Pai para o Senhor a fim de que o Senhor possa recebê-lo. De acordo com este princípio aqueles que dão valor à carne não terão nada para pedir em oração. Como precisamos deixar que a cruz acabe com a nossa carne para podermos ser intercessores do Senhor, pedindo aquilo que é a vontade do senhor! Não deveríamos orar pelos nossos propósitos egoístas. Só aqueles que permitem que Cristo tenha preeminência em todas as coisas podem entrar no Santo dos Santos. Vamos transformar os momentos de oração pelas nossas necessidades em um momento de ora-ção pelos negócios de Deus. Então Deus ouvirá a oração que proferimos – isto é, oração pelas coisas de Deus; mas ele também ouvirá a oração que não proferirmos – isto é, a oração pelos nossos próprios negócios. Se primeiro pedirmos que o Senhor receba o que é Dele, ele fará que nós também recebamos o que é nosso. Umas das experiências doces da vida do cristão é ter orações continuamente atendidas. Lembre-se, entretanto, que o motivo de Deus responder nossas orações é permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas.

2) Crescimento – O crescimento também é uma doce experiência do cristão. Devemos ser como crianças, mas não permanecer crianças. Aumento de conhecimento das Escri-turas Sagradas não é crescimento; crescimento é aumento de Cristo em nós. Menos ego, ausência total do ego, isso é crescimento. Pensar pouco em si mesmo – mais ainda, não pensar em nada – isso é crescimento. Por exemplo, a verdadeira humildade é ignorar-se completamente. Quando nos vemos, a humildade é relativa, mas quando não nos vemos mais, a humildade é absoluta; e isso é crescimento. Crescimento é deixar que Cristo tenha preeminência em minha vida: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” – mas Ele não cresce em mim de acordo com a porção de conhecimento bíblico que tenho, mas de acordo com a minha consagração. Na medida em que eu me colocar na mão de Deus, Cristo terá preeminência em todas as coisas. O verdadeiro crescimento está no engrandecimento de Cristo.

3) Iluminação – Outra experiência doce da vida cristã é receber a luz de Deus, isto é, visão espiritual. Revelação é o que Deus dá – uma dádiva objetiva. Quando Deus nos ilumina para percebermos o que há na revelação – isto é percepção subjetiva. Visão é o que vemos quando a luz de Deus brilha sobre nós: inclui luz e revelação. Primeiro a iluminação, depois a fé. Se quisermos ser continuamente iluminados, temos de permitir sempre que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” (Mateus 6:22). Não temos capacidade de entender, não porque nossos olhos não são bons. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). O coração tem de ser puro. “Se alguém quiser fazer a von-tade dele, conhecerá...” (João 7:17). Só aqueles que permitem que Cristo tenha preemi-nência em todas as coisas receberão luz.

4) Poder – Ter poder também é uma das doces experiências na vida do cristão. Para ter poder, é preciso que deixemos que Cristo se assente no trono da nossa vida. Conforme ele cresce, a pessoa tem poder. Sem separação não pode haver poder. A separação não é apenas sair, é também entrar – isto é, entrar em Cristo. O que distingue o cristão do mundo é o fato de pertencer a Cristo e estar revestido de Cristo: Cristo é o seu poder.



EXPERIÊNCIAS AMARGAS:

1) Perdas materiais – Generalizando, os crentes parecem ter dificuldades financeiras. Isto se deve ou à sua falta de habilidade de prosseguir em quaisquer ocupações impró-prias que assumiram antes, ou a motivos espirituais que Deus está resolvendo neles es-pecificamente. Deus às vezes nos priva de nossa riqueza para nos induzir a buscar a Cristo para que Ele tenha preeminência em todas as coisas. Não é impossível ao rico entrar no reino de Deus, é simplesmente difícil. Não que eles não possam servir ao Se-nhor, só que acham difícil servir ao Senhor. “[Se] deitares ao pó o teu ouro... então o Todo poderoso será o teu ouro” (Jó 22:24,25). Deus lidou com os filhos de Israel no deserto, privando-os do suprimento terreno de alimento e vestimentas, para que pudes-sem perceber a abundância de Deus. Quando os suprimentos da terra acabam, descem os suprimentos celestes. Dificuldades materiais levam-nos a buscar o Senhor, a aprender a lição da fé e a conhecer Cristo como o primeiro em todas as coisas. Seja qual for a dificuldade que enfrentamos, vamos crer que vem de Deus, e vamos regozijar-nos. Mas não aguarde as dificuldades, porque Satanás é bem capaz de no-las acrescentar.

2) Angústia emocional – Na perda de pais, marido, esposa, filhos, parentes e amigos, Deus está nos levando a encontrar em Cristo a nossa satisfação. Deus nos priva desses relacionamentos para que possamos aceitar a Cristo como Senhor e deixá-lo ter preemi-nência em nossa vida. Não é que Deus deseje nos maltratar, mas ele quer que Cristo seja nosso Senhor. É mais precioso derramar lágrimas diante do Senhor do que alegrar-se diante dos homens. O que encontramos no Senhor é o que não poderíamos encontrar nos pais, esposa e filhos. No reino da criação Deus só tem um objetivo para os crentes: dar a seu Filho preeminência em todas as coisas. Oferecendo Isaque, ganhamos Isaque. Deus não permitirá que tenhamos qualquer coisa fora do seu Filho.

3) Sofrimento físico – Deus permite que fiquemos doentes e fracos fisicamente para aprendermos: 1) a orar a noite, 2) a vigiar como o pardal sobre o telhado, 3) a tomar conhecimento de como o Senhor prepara a nossa cama, 4) a resolver os pecados, 5) a esperar na quietude, 6) a tocar a bainha das vestes do Senhor, 7) a perceber como Deus envia Sua Palavra para nos curar, 8) a discernir como Deus usa a enfermidade para nos tornar vasos úteis, 9) a compreender que a santidade cura, e 10) a experimentar o poder da ressurreição do Senhor para vencer nossa fraqueza, enfermidade e morte. Deus nos faz aprender através da enfermidade a crer, confiar e obedecer para que Cristo possa ter preeminência em nossa vida.

4) A agonia das perdas das virtudes naturais – Como as pessoas ainda dependem de suas próprias virtudes naturais, mesmo depois que são salvas! Mas, com o passar dos dias, talvez depois de alguns anos, o Senhor retira as virtudes naturais, causando-lhes assim profunda agonia. Ele nos priva de nossas virtudes adâmicas e nos mostra nossa depra-vação. A razão dessa privação é encher-nos de Cristo.


Concluindo, então, seja o que for que Deus nos dê – seja algo doce ou amargo – é para nos induzir a deixar que Cristo tenha preeminência em nossa vida.


Fonte: O Plano de Deus e os Vencedores - Watchman Nee

O início do ministério de Paulo .

O Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome (At 9:15-16).
 
Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade (1 Tm 1:12-13)
 
At 2:41; 4:4, 32-37; 8:1; 9:1-23; 11:25-26; 13:1-3

Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário
 
Logo no início da vida da igreja em Jerusalém a religião judaica queria eliminar os primeiros cristãos e, por isso, levantou-se grande perseguição contra a igreja; aqueles que invocavam o nome do Senhor eram encarcerados e mortos. Assim muitos, por medo, deixaram de invocar. Os que não quiseram deixar essa prática, porque invocar o nome do Senhor já fazia parte de seu viver, foram para outros lugares.

Uma expressão muito interessante é registrada após essa perseguição: “Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria” (At 8:1b). Enquanto os apóstolos continuavam em Jerusalém, o evangelho era pregado aos gentios em outros lugares por meio dos cristãos que foram dispersos. Dessa maneira, em várias cidades foram gerados os que invocavam o nome do Senhor.

Pode ser que os apóstolos tenham permanecido para cuidar daqueles que estavam receosos de invocar. Todavia, para ficar em Jerusalém era preciso deixar de invocar o nome do Senhor publicamente. Como consequência, pouco a pouco, o ministério dos doze apóstolos foi cessando.

Entrementes, Saulo assolava a igreja e “respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (At 9:1-2). Ele foi a Damasco para prender a todos que invocavam o nome do Senhor (v. 14). Mas aconteceu que “seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (vs. 3-5). Então Saulo entendeu que ao perseguir aqueles que invocavam o nome do Senhor, ele estava perseguindo o próprio Jesus.

Saulo creu, foi batizado e ousadamente pregava o evangelho. Ele era muito jovem e por onde passava discutia com os judeus, e estes intentavam matá-lo. Para guardá-lo, ele foi enviado para Tarso, sua terra natal. Tempos depois, Barnabé o levou para servir na igreja em Antioquia e o ajudou a exercitar seus dons.

Paulo ganhou muita graça e, de perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, se tornou um instrumento útil nas mãos de Deus. Um dia, quando ele estava servindo e jejuando junto com os demais irmãos em Antioquia, “disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13:2). Eles foram enviados para pregar o evangelho, receberam o ministério e apostolado.

Apóstolo é aquele que é enviado da parte de Deus. O Senhor abençoou a obra deles porque estavam no espírito. Provavelmente eles invocavam o nome do Senhor e levavam as pessoas ao espírito. Isso nos revela um princípio: se pararmos de invocar o nome do Senhor, como os doze apóstolos fizeram, perderemos nossa função e o ministério que recebemos será entregue a outros, assim como ocorreu naquela época, quando o ministério foi passado para Barnabé e Paulo. Isto é, a responsabilidade de levar adiante a obra do Senhor recaiu sobre eles.