21 março, 2012

Lançar fora o velho fermento.


Celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade (1 Co 5:8)

Mt 13:33; 1 Co 2:13; 5:8


Os discípulos não tinham entendido o que o Senhor dissera a respeito de trabalhar pela comida que não perece e ainda estavam preocupados com o pão físico. É o que lemos nesta passagem bíblica: "E Jesus lhes disse: Vede e acautelai- vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão. Percebendo-o Jesus, disse: Por que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus" (Mt 16:6-12).
A pura palavra de Deus é como um pão asmo, preparado sem fermento (1 Co 5:8). Assim como o fermento torna o pão macio e facilita a sua degustação, há ensinamentos humanos que algumas pessoas inserem na Palavra de Deus, criando uma interpretação peculiar para facilitar a aceitação equivocada dessa palavra. Essa mistura induz muitos ao erro de acolher certos ensinamentos humanos como se fosse a palavra divina.
O Senhor Jesus se referiu a isso na seguinte parábola: "O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (Mt 13:33). Para fazer a vontade de Deus, que é trazer o Seu reino, não cogitamos das coisas dos homens, e sim das coisas de Deus. Portanto a Bíblia deve ser interpretada à luz da própria Bíblia (1 Co 2:13).
Sabemos pela história que durante vários séculos a Bíblia esteve inacessível à grande maioria da população, que não a podia ler. Somente autoridades eclesiásticas do alto escalão tinham acesso às Escrituras, mas não as transmitiam com fidelidade ao povo; antes, misturavam seus próprios ensinamentos, construindo tradições religiosas que nada tinham a ver com Deus.
Com a reforma protestante, Martinho Lutero tornou a Bíblia acessível a todos, de modo que hoje cada pessoa pode ter acesso direto às Escrituras e, dessa forma, rejeitar qualquer ensinamento que não esteja de acordo com a pura Palavra de Deus. Vamos valorizar a pura Palavra, que é o nosso verdadeiro alimento.