30 dezembro, 2011

Deus não faz acepção de pessoas

 

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; [...] Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são (1 Co 1:26, 28)
Mt 4:23-25; 9:9; 10:1-2; At 1:11; 1 Co 9:16


Desde o início de Sua pregação, o Senhor não estava sozinho, mas acompanhado de Seus discípulos. Como vimos, eles não eram pessoas cultas, de realce, mas simples pescadores que deixaram tudo o que tinham para seguir o Senhor.
No passado, achávamos que somente pessoas cultas, como universitários, seriam eficazes na pregação do evangelho. Muitos deles receberam treinamento especial para isso. Hoje vemos que esse comissionamento não está restrito a um grupo específico, mas compete a todos os irmãos, independentemente do grau de escolaridade. Isso porque não existe na igreja um grupo de destaque para a pregação do evangelho, pois essa função inclui todos nós. Não devemos nos orgulhar do que recebemos, mas ser humildes nesse aspecto, pois a maior parte das pessoas que o Senhor escolheu para segui-Lo era humilde (At 1:11; 4:13; 1 Co 1:19-20).
Isso nos revela que Deus não faz acepção de pessoas (1 Pe 1:17). Não importa se somos graduados ou não, Deus deseja que Lhe sejamos úteis em Seu propósito. Além disso, nossa pregação não se baseia em meros ensinamentos, mas na pessoa de Cristo, que desfrutamos (1 Co 1:22-24). O Senhor que recebemos é rico demais, e podemos desfrutá-Lo todos os dias, invocando Seu nome, em comunhão com Ele. O desfrute de Cristo gera em nós o desejo e a responsabilidade de pregar o evangelho, pois, quanto mais ganhamos de Cristo, mais tendemos a transbordar Sua graça para outros (1 Co 9:16; 2 Tm 2:14).
O Senhor, por outro lado, também tinha entre os discípulos pessoas instruídas. Mateus, por exemplo, era uma pessoa instruída, um coletor de impostos (Mt 9:9). Ele seguiu o Senhor e foi chamado especialmente para registrar o evangelho segundo a visão do reino. Vemos, assim, que Deus pode utilizar cada um de nós conforme nossa capacidade e formação.
É preciso frisar que o mais importante não é o quanto somos capazes de servir ao Senhor, mas se nosso trabalho produz fruto ou não. Pelo relato de Mateus, vemos que, na primeira saída do Senhor Jesus com Seus discípulos, muitas pessoas foram contatadas e curadas: "Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou".
Da mesma forma, quando pregamos o evangelho, temos oportunidade de frutificar para Deus.

29 dezembro, 2011

A proximidade do reino dos céus

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens (Mt 4:19)Mt 3:2; 4:17-22; 10:7; 16:18; 24:14; Hb 2:5

O Senhor Jesus começou a pregar a palavra de Deus dizendo: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 4:17). Isso mostra que o principal encargo do Senhor era levar os homens para dentro do reino dos céus, e a primeira condição para nosso ingresso nesse reino é o arrependimento.
O arrependimento nos prepara para a manifestação do reino do Senhor, pois, ao nos arrependermos, colocamos nossa alma a serviço do Espírito, debaixo de Seu governo, ganhando, com isso, vida e paz. É dessa forma que o reino de Deus está em nosso meio (Lc 17:21). Se, por outro lado, deixamos nossa mente vagueando na carne, o resultado será morte espiritual e desqualificação para entrar no reino (Rm 8:6). Devemos nos preparar para reinar no mundo que há de vir, pois aquele reino será entregue aos homens para que o governem (Hb 2:5).

O livro de Mateus fala sobretudo a respeito do reino dos céus (3:2; 4:17; 10:7). Sua importância é tão grande que nele nos é revelado que, quando o evangelho do reino for pregado em toda a terra habitada, o Senhor Jesus virá segunda vez (24:14).

O Senhor não principiou a pregação do evangelho pelas grandes cidades como Jerusalém, porque sabia que, em lugares assim, a Palavra não receberia aceitação. Por esse motivo, o Senhor foi para junto do mar da Galileia, onde também convocou alguns para pregar o evangelho juntamente com Ele. É o que lemos em Mateus 4:18-22: "Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-Ihes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram".

Esses fatos nos mostram que, para seguir o Senhor, não precisamos ter um alto grau de conhecimento ou cultura, mas sim negar a nós mesmos e permitir que a Palavra que procede da boca de Deus habite em nós e de nosso interior flua para alcançar outros. Que atendamos ao chamamento do Senhor hoje, colocando nossa mente sob o governo do Espírito e nos preparando para, um dia, reinarmos com Ele!

27 dezembro, 2011

A luz do evangelho resplandece

Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo (2 Co 4:6)
Mt 4:5-16; Jo 14:30; 2 Co 4:6; 2 Tm 1:14; 2:2; Hb 4:12

O Senhor venceu as demais tentações do diabo, conforme lemos em Mateus 4:5-11: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram".
Satanás tentou o Senhor oferecendo-lhe os reinos do mundo caso o adorasse, porque o presente mundo está sob suas mãos (Jo 14:30). Mas o Senhor Jesus recusou a proposta, pois somente Deus é digno de adoração. O Filho do Homem venceu as tentações ao lançar mão da Palavra de Deus; por fim, expulsou o inimigo.

Depois do batismo de Jesus e de Sua vitória contra as tentações do diabo, Ele estava qualificado para iniciar a pregação do evangelho. Então, a partir disso, lemos em Mateus 4: "Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz" (vs. 12-16).

A intenção principal do Senhor era levar as palavras de Deus aos necessitados. Ele havia jejuado no deserto por quarenta dias e venceu as tentações; foi servido pelos anjos e agora estava cheio da Palavra de Deus. Foi nessa condição que o Senhor iniciou Sua pregação.

Também precisamos estar cheios da Palavra de Deus (SI 1:2; Jr 15:16; Cl 3:16; 2 Tm 1:14), Devemos meditar nela com oração, ruminá-Ia em nosso interior, até que se torne alimento para nós e flua como leite para nutrição espiritual de outros, assim como a mãe que amamenta o filho. A Palavra depositada em nós não é apenas para nosso próprio suprimento mas também para alimentar as pessoas.

O Senhor Jesus brilhou como a grande luz para os que estavam nas trevas, porque a Palavra habitava ricamente Nele (Mt 4:16; Cl 2:9; 1 Jo 1:5). Em João 1:5 lemos: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela." Além disso, o Senhor não saiu a pregar sozinho, mas chamou discípulos, dando-lhes a incumbência de pregar o evangelho. Hoje nós também fomos comissionados e devemos brilhar como luzeiros no mundo (Fp 2:15).

A verdadeira comida

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17)Dt 8:7-10; Jr 2:13; Jo 4:13-14, 34; 7:38-39; At 16:13-15, 34

Em Deuteronômio 8:7-10 lemos uma descrição da fartura que existia na boa terra de Canaã: "Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vídes, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu".
A boa terra de Canaã era, de fato, repleta de riquezas minerais e de vida vegetal, porque lá havia muitas águas. Essas águas representam o Deus Triúno. O manancial profundo diz respeito a Deus Pai (Jr 2:13). A fonte é o nosso Senhor Jesus, que canaliza a água do manancial e a torna acessível para nós (Jo 4:14). Por meio da fonte, surgem os ribeiros, que representam o Espírito que dá vida (7:38-39).

Em João 4:13-14, o Senhor Jesus afirmou à mulher samaritana: "Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". Diante dessas palavras, a mulher creu no Senhor. Depois disso, os discípulos trouxeram alimentos para Jesus, mas Ele explicou que tinha uma comida para comer que consistia em fazer a vontade de Deus (v. 34). E por causa do testemunho daquela mulher, muitos samaritanos daquela cidade creram no Senhor, alimentando-O.

Em Atos 16 vemos que o apóstolo Paulo vivenciou algo maravilhoso, pois estava sensível à vontade de Deus. Ele foi direcionado pelo Espírito até Filipos, onde havia um lugar de oração à margem de um rio, e ali uma mulher, Lídia, foi salva e batizada, e espontaneamente abriu sua casa para receber os irmãos. Podemos dizer que foi do encontro soberano dessas pessoas que surgiu a igreja em Filipos (vs. 13-15).

Naquela cidade, a salvação também alcançou o carcereiro, que presenciou a libertação de Paulo e Silas da prisão. O carcereiro foi batizado com toda a família e também abriu sua casa para receber os irmãos, manifestando grande alegria por terem crido em Deus (v. 34).

Nós sentimos satisfação semelhante em fazer a vontade do Senhor, pois Ele nos supre com vida, justiça, alegria e paz quando pregamos o evangelho e oramos pelas pessoas. Podemos testificar que isso não apenas atende a necessidade daqueles por quem oramos mas também nos supre, alimenta nosso espírito e satisfaz a Deus.

26 dezembro, 2011

O homem necessita da Palavra de Deus.

Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4:4)Êx 30:23; Dt 8:9-1O; Jr 15:16; Mt 3:16; 4:1-4; 2 Co 1:21

Depois de o Senhor Jesus ter sido batizado por João Batista, os céus se abriram, e o Espírito de Deus desceu sobre Ele como pomba (Mt 3:16). Foi assim que Ele, pela unção do Espírito Santo, recebeu de Deus uma incumbência. Ser ungido é ser comissionado por Deus, e o Senhor Jesus foi comissionado para pregar o evangelho do reino.
Antes de iniciar Seu ministério, porém, Jesus foi tentado. É o que diz Mateus 4:1-3: "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães". Certamente, como Filho de Deus, o Senhor poderia transformar pedras em pães. Deus sempre alimentou Seu povo, até mesmo no Antigo Testamento, quando, no deserto, fez o maná cair do céu e, na boa terra de Canaã, prometeu aos filhos de Israel que nada lhes faltaria (Dt 8:9-10).

Jesus não se abalou e respondeu com muita sabedoria, pois não precisava mostrar esse tipo de milagre para o diabo. Ele venceu a tentação como Filho do Homem, declarando que não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4:4).

O pão realmente satisfaz a necessidade de alimento físico para o corpo, mas Deus quer nos mostrar que a necessidade do espírito humano é se alimentar da Palavra. Todo alimento físico é apenas uma figura para demonstrar a necessidade que temos de nos alimentar da Palavra de Deus. Se o alimento é importante para o corpo, a Palavra de Deus é de extrema importância para nós, e foi isso que o Senhor deixou claro em Sua resposta ao diabo (cf Jr 15:16). Em razão disso, o inimigo foi derrotado.

25 dezembro, 2011

FELIZ NATAL E UM PROSPERO ANO NOVO.

A TODOS OS VISITANTES DO SITE, DESEJAMOS UM FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIOS DE REALIZAÇÕES, QUE O SENHOR JESUS POSSA ESTAR EM SEUS CORAÇÕES E QUE POSSAMOS DEIXAR O ESPIRITO SANTO NOS ENCHER DE ALEGRIA E NOS PURIFICAR COM FOGO. QUE DEUS ABENÇOEI A TODOS E ESTAREMOS AQUI SEMPRE PARA LEVAR UMA PALAVRA DE DEUS AOS SEUS CORAÇÕES E QUE ELE POSSA MUDAR SEU VIVER, QUE POSSAMOS ESTAR SEMPRE INVOCANDO O SEU SANTO NOME, QUE COM CERTEZA NOS TRAZ PAZ E ALEGRIA, E UM DIA REINAREMOS COM ELE, Ó SENHOR JESUS...

RECONHECER O SENHOR E SEGUI-LO.

Respondendo-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna (jo 6:68).
Gn 10:9; 11:4; Mt 9:14; 14:3-12; :Jo 3:22-25

Depois de ser batizado por João Batista, o Senhor Jesus saiu da água e os céus se abriram para Ele, que viu o Espirito de Deus, descendo como pomba, vir sobre Si. E uma voz dos céus disse: "Este é meu Filho amado, em que me comprazo". o Senhor Jesus foi ungido segundo a determinação de Deus e estava pronto para batizar com o Espirito Santo e com fogo. 

A obra do Deus Triúno.

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14:6)Êx 26:31-33; Mt 27:51; Jo 14:6; Hb 10:20.

Se vivêssemos no Antigo Testamento, seria impossível termos acesso direto a Deus. Graças ao Senhor, isso nos foi concedido no Novo Testamento. O Senhor Jesus derramou Seu sangue na cruz por nós e nos abriu um novo e vivo caminho: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne" (Hb 10:19-20).
Sabemos que no tabernáculo havia quatro colunas entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos, e sobre elas estava pendurado o véu (Êx 26:31-33). Essas quatro colunas formavam três entradas para o Santo dos Santos. Podemos dizer que essas três entradas para o Lugar Santíssimo representam, respectivamente, o Pai, o Filho e o Espírito.
Antes, adentrar a presença de Deus, além do véu, no Santo dos Santos, era privilégio de poucos. Somente Moisés e o sumo sacerdote, e este apenas uma vez por ano, tinham acesso àquele lugar santíssimo. Todavia, quando o Senhor Jesus morreu na cruz, "o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo" (Mt 27:51). O véu rasgado representa o Senhor Jesus, que foi partido por nós para nos introduzir na presença de Deus, no Santo dos Santos, no Espírito. Por meio do Filho nos foi aberto um novo e vivo caminho à presença de Deus. Aleluia!
O rasgar do véu foi uma manifestação na esfera espiritual, e Deus fez questão de seu registro na Bíblia, porque o véu se rasgou lá do alto para a terra. Segundo esse fato, inferimos que a parte do véu sobre uma das entradas, que representa o Pai, não foi rasgada; de igual modo, a parte do véu da outra entrada, que representa o Espírito, também não foi rasgada, mas a parte do véu sobre a entrada do meio, que representa o Filho, foi rasgada. Lembremos as palavras do próprio Senhor Jesus: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6). Por meio Dele temos acesso a Deus Pai.
Essas quatro colunas e as três entradas se relacionam às quatro especiarias e às três medidas de 500 ciclos do óleo sagrado da unção. O número quatro refere-se à natureza humana, e o número três, à natureza divina. Isso mostra que, tanto no tabernáculo como no óleo composto da unção, temos a vida e a obra do Deus Triúno. Nele há o dispensar do Pai, o dispensar do Filho e o dispensar do Espírito.
A obra do Deus Triúno, com toda a sua eficácia, está dentro de um him de azeite de oliva, o qual representa o Espírito Santo. Além do Espírito Santo, outros ingredientes foram acrescentados, e agora temos a obra do Pai, a obra do Filho e a obra do Espírito; em outras palavras, temos o dispensar do Pai, o dispensar do Filho e o dispensar do Espírito. Hoje somos ungidos não apenas com o azeite puro de oliveira mas com todo o unguento, com o Espírito, representado pelo óleo da unção. Aleluia!

A unção: a divindade mesclada com a humanidade.

Este [Cristo] é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação; [ ... ] Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogénito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia
(Cl 1:15, 17-18). Êx 30:22-25; Ez 1:10; 10:14; Mt 16:21; 2 Co 2:14.,,

No Antigo Testamento, o Espírito é representado pelo óleo da unção, que era usado para ungir reis e sacerdotes. Deve-se perceber que há diferença entre o óleo da unção e o azeite de oliva (Êx 30:22-25). O óleo da unção tinha como ingrediente principal o azeite de oliva, que representa o Espírito Santo. Ao puro azeite de oliva, acrescentavam-se algumas especiarias para se obter o óleo composto da unção.
Êxodo 30 mostra que o óleo da unção era composto de azeite de oliva e de mais quatro especiarias. Na Bíblia, o número quatro representa a natureza humana. Dentre tantos escritos que falavam sobre Jesus no início do Novo Testamento, Deus escolheu quatro evangelhos para descrever a biografia do Senhor Jesus. O homem é uma criatura, e os querubins, que são seres angélicos, também são criaturas. A passagem de Ezequiel 1 nos mostra as criaturas representadas pelos querubins, como os seres viventes (vs. 5, 10). Esses seres viventes tinham quatro rostos: de leão, de boi, de homem e de águia (10:14).
O Senhor Jesus, antes de iniciar Seu ministério, viveu na terra por trinta anos. Ele veio com Sua natureza divina, mas vivenciou, experimentou a natureza humana. Ao fim de Seu ministério, morreu na cruz por nós. Essa crucificação é representada pela mirra fluida, uma resina amarga usada para embalsamamento. Ele morreu e, por meio de Sua morte, exala a fragrância de Sua vitória sobre Seu inimigo. Isso está relacionado ao cinamomo odoroso, uma substância odorífica que representa a eficácia de Sua morte. Ao terceiro dia Ele ressuscitou. A ressurreição é representada pelo cálamo aromático, um tipo de cana que sai das águas pantanosas, águas de morte (Mt 16:21). A ressurreição também tem sua eficácia - isso é representado pela cássia, uma casca de planta que exala perfume. Temos, então, quatro especiarias simbolizando a natureza humana.
Essas quatro especiarias estão distribuídas em três unidades de 500 sidos para compor o óleo da unção: 500 sidos de mirra fluida, 250 sidos de cinamomo odoroso, 250 sidos de cálamo aromático e 500 sidos de cássia. O número três representa a natureza divina. No óleo da unção, tem-se a natureza divina, representada pelas três unidades, acrescentada à natureza humana, simbolizada pelas quatro especiarias.
As três unidades de 500 siclos representam o Pai, o Filho e o Espírito. Veja que a primeira e a terceira unidades são medidas de 500 siclos cada uma. Estas se referem respectivamente ao Pai e ao Espírito. Já a segunda unidade é composta de duas medidas de 250 siclos cada uma. Isso está relacionado ao Filho, pois Ele foi partido por nós e Nele há a natureza divina e a natureza humana.
No óleo da unção há quatro especiarias em três medidas de 500 siclos. Isso representa o Deus Triúno que, na pessoa do Senhor Jesus, experimentou o viver humano. Por meio Dele, a divindade foi mesclada com a humanidade.

O Senhor Jesus é ungido em seu batismo

Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros (Sl 45:7)
Êx 30:23-25, 30; Nm 14:24; 27:18; 1 Sm 9:27; 10:1; Mt 3:13-17; Lc 3:23; 4:16-21; At 10:38


Deus se tornou um homem, que recebeu o nome de Jesus. Ele é o Deus completo e o Homem perfeito. A primeira coisa que Jesus precisava fazer para realizar a obra de Deus e cumprir Sua comissão era ser batizado em água por João Batista, para que assim, como homem, cumprisse publicamente a justiça divina (Mt 3:13). Jesus viveu a vida humana de maneira normal e, aos trinta anos de idade, dirigiu-se ao rio Jordão para sepultar a natureza humana que obtivera de Maria. Louvado seja o Senhor!

O princípio para a harmonia conjungal.

A precisa observação de um especialista durante o ensaio de uma orquestra foi: “Aquele rapaz não está seguindo a partitura nem o maestro enquanto toca; por isso está tocando fora da harmonia do grupo”.

O casamento é como um palco onde dois instrumentos são tocados (pelo menos antes de virem os filhos). Talvez a maioria dos maridos seja como tambores e a maioria das mulheres como flautas. Mesmo sendo diferentes como o tambor e a flauta o são, é possível marido e mulher viverem em plena harmonia se forem restringidos pela mesma partitura e estiverem debaixo da direção do mesmo Maestro. Muitos atribuem à diferença entre os cônjuges a falta de harmonia no  casamento.

O azeite de oliva e o óleo da unção

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O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor (Lc 4:18-19)
Lc 4:18; At 10:38; 1 Co 12:3; 2 Co 1:21
Vimos que, ao puro azeite de oliva, que representa o Espírito Santo, eram acrescentados quatro ingredientes, tornando-o o óleo composto da unção. Esse unguento representa o Espírito (Jo 7:38-39). O Espírito também é representado pela expressão "outro Espírito" no livro de Números.
O SENHOR disse que, em Calebe, "houve outro Espírito" (Nm 14:24). Josué também possuía esse outro Espírito: "Disse o SENHOR a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos" (27:18). Dentre os filhos de Israel que saíram do Egito, com vinte anos para cima, apenas aqueles que possuíam esse outro Espírito entraram na boa terra.
Amados irmãos, nós também passamos pelo Mar Vermelho, fomos libertados do jugo do príncipe deste mundo e de seus três aspectos: idolatria, pecado e preocupação com o sustento. Hoje estamos em Cristo, a boa terra, mas não é suficiente estar Nele de vez em quando para termos vida; é necessário permanecer constantemente no Espírito.
O evangelho de João nos diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus" (Jo 1:1). Deus deseja estar conosco para sempre, por isso o Filho se tornou um homem. A fim de estar para sempre conosco, o Senhor Jesus precisava cumprir a vontade de Deus. Para isso, antes de começar Seu ministério na terra, era necessário ser batizado e ungido pelo Espírito.
Semelhantemente, para realizarmos a obra de Deus, também recebemos o Espírito. Hoje, para vivermos constantemente no Espírito, precisamos invocar o nome do Senhor; só assim permanecemos no Espírito (1 Co 12:3). Se vivermos no "outro Espírito", isto é, no Espírito que dá vida, enterraremos nosso velho homem e seus feitos. Assim estaremos qualificados para "cruzar o rio Jordão" e entrar no reino do mundo que há de vir, nossa boa terra. Hoje, na igreja, devemos aproveitar cada oportunidade para negar a vida da alma, crescendo na vida de Deus, pois os que vivem no velho homem, isto é, na vida da alma, não herdarão o reino de Deus (Gl 5:19-21).
O reino dos céus está próximo! Você já está preparado? Precisamos desse "outro Espírito". Por isso é vital invocarmos "Ó Senhor Jesus!" para permanecer na esfera do Espírito. Esse Espírito é representado pelo óleo da unção.
O salmo 133 diz: "É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes" (v. 2). Não somente o Senhor Jesus foi ungido (Lc 4:18; At 10:38): quando invocamos o nome do Senhor, também somos ungidos com Esse maravilhoso unguento (2 Co 1:21). Aleluia! Em nós também há esse "outro Espírito". Não volte a viver por sua vida da alma; se fizer isso, não poderá entrar na "boa terra". Invoque continuamente o nome do Senhor e exercite a unção que você recebeu.
A unção refere-se a uma comissão da parte de Deus. Jesus foi ungido para salvar o homem de seus pecados. Nós fomos ungidos para entrar no reino dos céus. Diante dessa comissão, nosso coração deve ser de arrependimento, pois o reino está próximo. Invocando o nome do Senhor e negando a vida da alma estaremos qualificados para participar do mundo que há de vir.