01 novembro, 2012

Tudo coopera para o propósito de Deus.

  Lembra-te de mim, Senhor, segundo a tua bondade para com o teu povo; visita-me com a tua salvação (Sl 106:4).
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8:28)


Gn 26:1-2; 37:1-2; 45:5-8; 46:1-4; Êx 1:6-11; 2:23-24
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida, Bookafe

O mundo da sobrevivência é sempre um teste para todos. O filho de Abraão, Isaque, cresceu na boa terra de Canaã e também passou pela prova  quando houve fome na terra e decidiu tomar o mesmo caminho de seu pai, ou seja, descer ao Egito (Gn 26:1). Graças ao Senhor, porém, Deus o guardou, aparecendo a ele e dizendo-lhe que não descesse ao Egito, mas ficasse na terra que Ele lhe diria (v. 2). Essa foi a misericórdia de Deus para com Isaque.
Isaque teve um filho chamado Jacó, que, por sua vez, teve doze filhos, os quais deram origem às doze tribos de Israel. A história de Jacó é mesclada com a de seu filho José (Gn 37:2a). José era muito especial. Quando jovem, teve um sonho em que viu os feixes de trigo de seus irmãos se curvarem diante do seu e outro sonho em que viu o sol, a lua e onze estrelas curvando-se diante dele (vs. 5-10). Esses sonhos indicavam que ele ocuparia a posição de governante e até sua família se prostraria diante dele.
Quando José contou esse sonho a seus irmãos, eles ficaram extremamente irados e planejaram se livrar de José. Veio a oportunidade quando apascentavam os rebanhos de seu pai. Ao virem José chegar, tramaram tirar-lhe a vida, mas Rúben, o mais velho, procurou dissuadi-los para depois devolverem José vivo ao pai (vs. 17b-22). Mais tarde, ao passar por eles uma caravana de ismaelitas que seguiam para o Egito, Judá propôs que vendessem José como escravo, e assim fizeram (vs. 25-28).
José tinha dezessete anos na ocasião em que teve os sonhos, e estes se concretizaram apenas quando ele estava com trinta anos (41:46). Nesses treze anos, ele passou por muitas provas: foi vendido como escravo a um comandante egípcio chamado Potifar (39:1-6); foi acusado injustamente pela mulher de seu senhor e lançado na prisão (vs. 7-23); e ainda foi esquecido na prisão (40:1-23). Porém Deus não se esqueceu dele. Por fim, José foi feito governador do Egito após interpretar o sonho de Faraó e armazenou alimento nos anos de fartura para suprir as pessoas nos anos de escassez (41:1-57). Em todos esses anos, o Senhor foi com José e o fez prosperar, pois tinha um propósito para os filhos de Israel (39:2, 21).
Foi nessa ocasião que os outros filhos de Jacó vieram ao Egito para buscar provisão, e um dos sonhos de José se cumpriu: seus irmãos se curvaram diante dele. Como a fome na terra se agravava, José mandou chamar seu pai e todos de sua família para morar no Egito, a fim de sustentá-los para que não morressem. Tudo isso foi um arranjo da mão soberana do Senhor (45:5-8). Deus, por fim, fez de Israel uma grande nação (46:3-4; Êx 1:7).
Contudo a vida fácil no Egito e a fartura de alimento fizeram com que os filhos de Israel se afastassem do Senhor. Levantou-se outro Faraó que não conheceu José e, com medo de que os israelitas, que já eram mais numerosos que os egípcios, se juntassem aos inimigos numa guerra e se voltassem contra o Egito, fez dos filhos de Israel escravos sob trabalho forçado (vs. 6-11). Uma vez que passaram a sofrer dura servidão, o povo se lembrou de Deus, após quatrocentos anos, e clamou a Ele. Deus ouviu a voz do povo e providenciou uma salvação por meio de Moisés (2:23-25).
Quando estamos em conforto, também nos esquecemos de Deus. Um bom emprego, promoção no trabalho, vida confortável e independência financeira nos afastam de Deus. Por amor a nós, Deus talvez permita que passemos por certas circunstâncias com sofrimentos, para que nos voltemos a Ele e O invoquemos. Graças ao Senhor! Assim como Ele enviou Moisés para libertá-los, também virá em nosso auxílio.