A nossa necessidade de sermos purificados | |
Agora precisamos ponderar um pouco mais sobre a questão do motivo. Ao virmos para a igreja, precisamos ter um motivo puro, nada buscando para nós mesmos. O nosso motivo tem de ser singelo pela restauração do Senhor. Embora possamos ser ignorantes até certo ponto, se o nosso motivo for puro, estaremos sempre prontos para receber luz. Entretanto, se não estivermos dispostos a receber luz, isso in¬dica que o nosso motivo não é genuíno. Precisamos refletir se o nosso motivo é totalmente pela restauração do Senhor. Se não, o nosso motivo é errado. Exteriormente podemos estar certos em todos os aspectos, mas ainda estar errados interiorrnente.
Fui a Xangai pela primeira vez em 1933. Naquela época, encontrei-me com um irmão que entrara na igreja bem no início da prática da vida da igreja naquela cidade. Ele sequiosamente queria ser um presbítero. Embora na aparência ele zelosamente amasse o Senhor, não era a pessoa adequada para ser um presbítero. Ele simplesmente não tinha aquele tipo de capacidade. Ele entrou na vida da igreja em 1928. Quando vinte anos mais tarde, em 1948, ele ainda não era um presbítero, estabeleceu outra reunião em sua cidade natal e sustentou um pregador, fazendo a mesma coisa que Mica fez em Juízes 17. Durante os últimos catorze anos, tem havido uns poucos entre nós nos Estados Unidos que esperavam tornar-se presbíteros. Quando não eram designados presbíteros numa localidade, mudavam-se sob pretexto de migrar para outra localidade. Quanto mais esperavam tornar-se presbíteros, mais óbvio se tornava de que não deveriam sê-lo. Depois de ir de cidade em cidade, sem serem colocados no presbitério, eles por fim voltaram suas costas à igreja e saíram. Nada testa mais os nossos motivos do que a igreja. A igreja é um candelabro de ouro puro, e não pode tolerar qualquer mistura. Todos precisamos ser purificados. Precisamos orar, dizendo: “Senhor, faça-me puro. Agora que estou em Tua restauração, peço-Te que me purifiques.” Nenhum de nós na restauração do Senhor deve ser ambicioso. Na restauração, a ambição acabou. Além disso, nenhum de nós deve se importar com posição. É muito melhor não ter posição alguma. Além disso, nunca espere ser um líder. De modo semelhante, você não deve dizer que jamais será um líder ou que você não gosta de ser um líder. Se na vida do Senhor você tem ou não capacidade de ser alguém que lidera, isso é com o Senhor, mas você tem de ser o mesmo, líder ou não. Se não é um líder, então tem de ser um membro vivo, que funciona. Senão, o Senhor não terá caminho entre nós. Você não deve ser humilde e dizer: “Jamais serei um líder”; tampouco deve ser ambicioso e desejar ser um líder. Se não se sente bem quando um irmão ou irmã torna-se um líder, isso revela que a sua motivação não foi purificada. O meu coração constantemente sofre por causa da situação entre os cristãos. Olhe a situação no catolicismo, protestantismo, pentecostalismo e grupos livres. Onde está o meio de o Senhor edificar a Sua igreja? Precisamos estar claros a respeito da restauração do Senhor e de Sua economia, e precisamos ser puros em nossa motivação.
Fonte: Extraído do livro “Tudo o que você precisa saber sobre a igreja” - W. Lee
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Uma das eficientes armas de Satanás é fazer-nos desanimar por causa de nossos defeitos e erros. Ele está sempre atento às nossas reações porque elas expõem nossos defeitos, para, no momento oportuno, acusar-nos diante de Deus. Por isso, precisamos atentar para a palavra do apóstolo Pedro e lançar sobre o Senhor, que tem cuidado de nós, toda nossa ansiedade (1 Pedro 5:7). Devemos também ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo, nosso adversário, anda a nosso redor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar (v.8). Quando pecamos e caímos sob a condenação de Satanás, somos devorados por ele. Por isso, devemos estar a toda hora vigilantes na presença de Deus. Vigiar significa estar sempre pronto contra o ataque de Satanás. Precisamos vigiar para não dar lugar a Satanás (Efésios 4:27) nem lhe dar oportunidade para devorar-nos.
Satanás está constantemente nos observando. Por vezes, cometemos pecados em oculto e ficamos satisfeitos porque os homens não sabem o que fizemos, mas nós mesmos sabemos e Satanás também sabe. Isso é suficiente para sermos devorados por ele. Quando pecamos, devemos nos arrepender. Se insistirmos em pecar em oculto e não nos arrependermos, certamente um dia tudo virá à tona, e seremos envergonhados diante dos outros. Se algo que fazemos não dá paz à nossa consciência ou nos leva a ser repreendidos pelo Senhor que mora em nosso interior, devemos imediatamente arrepender-nos. Se assim fizermos, não daremos chance a Satanás de encontrar em nós alguma coisa pela qual nos possa devorar.
Satanás é o acusador. Ele nos acusa em nossa consciência e também diante de Deus (Apocalipse 12:10; Zacarias 3:1). Que fazer quando essas acusações surgirem? Se já nos arrependemos delas e aplicamos o sangue do Senhor, devemos dizer a Satanás que ele não tem mais do que nos acusar, pois já estamos purificados pelo sangue do Cordeiro e temos nossa consciência tranqüila diante de Deus. Se, no entanto, formos acusados de algum pecado que ainda não confessamos e do qual não nos tenhamos arrependido, essa será a oportunidade para o fazermos.
Devemos resistir a Satanás, que nos acusa de dia e de noite, permanecendo firmes na fé (1 Pedro 5:9; Tiago 4:7). Para isso, devemos usar o sangue do Cordeiro, a palavra do testemunho e, mesmo em face da morte, não amar a própria vida (Apocalipse 12:11). Quando Satanás nos acusa de alguma coisa com que já lidamos diante de Deus, devemos resistir-lhe, dizendo-lhe: “Satanás, eu realmente fiz tudo isso de que você me acusa. Mas esses pecados já foram apagados por Deus, pois eu me arrependi deles e fui purificado pelo sangue do Cordeiro!” Essa é a palavra do testemunho que temos de dar!
(Texto extraído do Livro Não mais eu, mas Cristo, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.)
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