31 julho, 2012

Mensagem aos Jovens...


Tu me amas?

Antes de se tornar um discípulo do Senhor, Pedro tinha um negócio (Lucas 5:10). Todavia, após conhecer o Senhor, Pedro descobriu um negócio muito maior do que aquele no qual estava envolvido. De igual forma, antes de conhecer o Senhor tínhamos o nosso negócio, nosso estilo de vida, nossos amigos e tantas outras coisas pertinentes ao antigo modo de viver. Mas, quando cremos no Senhor e fomos regenerados com Sua vida, fomos introduzidos em Seu grande empreendimento, a edificação da igreja (Mateus 16:18-19).
Entretanto, após a ressurreição do Senhor, Pedro resolveu voltar à antiga profissão de pescador (João 21:3).  Parece que ele havia se esquecido das palavras do Senhor quando dissera: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Marcos 1:17).  Em João 21 após a ressurreição do Senhor, Este apareceu a Pedro e perguntou-lhe por três vezes: “Você me ama? Você me ama mais do que esses outros?” Nas duas primeiras vezes Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”, mas quando o Senhor lhe perguntou pela terceira vez, ele percebeu que apesar de ter desejo de amar o Senhor, não tinha força para fazê-lo. Por isso, Pedro respondeu: “Senhor, tu sabes todas as coisas. Tenho desejo de Te amar, mas sabes que em determinada situação posso negar-Te. Quando confiei em meu amor natural por Ti, prometendo até mesmo morrer por Ti, eu te neguei por três vezes. Senhor, Tu sabes todas as coisas” (João 13:36-38; 18:15-18, 25-27).
Pedro havia voltado à sua velha profissão, pois o Senhor havia morrido e ele não sabia como seria seu futuro. Ele estava preocupado com seu sustento, com sua sobrevivência, por isso voltou a pescar. Pedro havia se desviado do chamamento que o Senhor um dia lhe fizera (Mateus 4:18-22). Mas por amá-lo, Jesus chamou-o outra vez, perguntando-lhe: Você me ama ou ama o barco e a rede com que garante o seu sustento? Essa mesma historia tem se repetido ao longo dos séculos, muitos jovens se desviaram do chamamento do Senhor devido á ansiedades relacionadas ao futuro. Muitos jovens se preocupam com quem irão se casar, ou que emprego poderá oferecer uma boa qualidade de vida a eles. Jovem, em relação ao nosso futuro, precisamos aprender a confiar no Senhor. Quando jovem, Pedro era muito ansioso, mas, a medida que ele foi se relacionando com o Senhor e conhecendo-O, Pedro aprendeu a lançar as ansiedades no Senhor. Em 1 Pedro 5:7 ele diz: “Lançado sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.

A prova que amamos o Senhor: amar os irmãos

Após perguntar sobre seu amor por Ele, o Senhor o instruiu quanto à maneira correta de manifestar esse amor – cuidando dos irmãos (João 21:15-17). Muitos filhos de Deus proclamam seu amor por Ele, no entanto, sequer se lembram de ligar para um irmão enfraquecido, que não tem participado das reuniões da igreja e que por um motivo ou outro está disperso da vida da igreja. À luz da experiência de Pedro podemos dizer que o amor que o Senhor estava requerendo era um amor aperfeiçoado (1 João 4:12). Pedro no final de sua vida quando escreveu suas duas epístolas demonstrou em palavras que traduzem sua experiência de vida, que o amor foi aperfeiçoado em sua pessoa. A primeira prova de que o amor em Pedro cresceu é o fato dele ter escrito sua primeira epístola aos que estavam dispersos (1 Pedro 1:1-2). É muito fácil nos lembrar de alguém que está bem espiritualmente, que tem participado das reuniões da igreja, das conferencias de jovens, etc. No entanto, o grande desafio proposto a nós, é, não somente nos lembrar, mas também “escrever e enviar uma carta” de encorajamento aos que estão dispersos.
Em João 13:34-35, o Senhor apresentou o novo mandamento aos discípulos: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.  Pedro ouvira essa palavra, no entanto, ainda não compreendia (v. 7) e por seguinte não conseguia pôr em prática. Mais tarde, depois de ser aperfeiçoado no amor, Pedro pôde escrever: “Tendo em visa o amor fraternal não fingido, amai-vos de coração, uns aos outros ardentemente. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 1:22; 4:8). Jovem, se você em seu coração ama o Senhor, então esse amor precisa ser manifestado com o cuidado pelos jovens mais fracos, ou seja, aqueles que têm dificuldade de avançar espiritualmente. O amor de Cristo precisa nos constranger a cuidar dos irmãos. Em João 13:1 é nos dito: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Por mais que alguns irmãos sejam difíceis de ser amados, precisamos aprender com o Senhor a amar os irmãos até o fim. Amar implica em longanimidade e misericórdia.
Gostaríamos de terminar essa seção encorajado-os a amar os irmãos, assim como Paulo encorajou os tessalonicenses a avançar no amor uns para com os outros: “No tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que eu vos escreva, porquanto vós mesmos estais por Deus instruídos que deveis amar-vos uns aos outros; e, na verdade, estais praticando isso mesmo para com todos os irmãos em toda a Macedônia. Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais” (1 Tessalonicenses 4:9-10).

Para Meditar.


Uma tríplice transformação

Na criação do homem, Deus usou o pó da terra: “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2:7). Nesse contexto, podemos ver o primeiro passo para o cumprimento do plano de Deus – a criação do homem.
De posse do homem criado, Deus intentava concluir Seu plano, porém um fato ocorreu – a queda do homem. Isso retardou a vontade de Deus. Ao vermos o chamamento de Pedro no Novo Testamento, percebemos que o Senhor Jesus aponta para o homem como uma pedra. “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). O nome Pedro (no grego, Petros) significa pedra ou homem-pedra. Para Deus poder Se trabalhar nesse homem-pedra, fez-se necessário mais um passo em Sua administração – a redenção providenciada pelo Filho. A redenção tornou possível o trabalhar do Espírito Santo no homem.
O apóstolo Pedro percebeu que nós somos materiais para a edificação de Deus: “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5). O próprio Senhor Jesus fora comparado com a pedra fundamental (cf. Isaías 28:16), a pedra de remate (cf. Zacarias 4:7), a pedra angular (cf. Salmos 118:22; Mateus 21:42; Atos 4:11; 1 Pedro 2:7).
A Bíblia ainda nos revela a terceira etapa do cumprimento de Sua administração – a transformação. Os materiais usados na edificação da nova Jerusalém são todos preciosos (cf. Apocalipse 21:11, 18 - 21). Por esse prisma, percebemos uma tríplice transformação: na criação, somos pó; com a redenção, fomos chamados pedras vivas; por fim, pela transformação que a vida de Deus opera em nós, atingimos um estado de pedras preciosas. Essa é a consumação do plano de Deus. Ele não quer nos melhorar exteriormente, mas Seu intento é transformar-nos por meio da infusão de Sua vida em nós. Assim, não mais seremos pó, seremos materiais preciosos que servirão para a edificação do edifício de Deus – a nova Jerusalém. Que todos nós estejamos debaixo do trabalhar de Deus até alcançarmos essa maravilhosa transformação!

A igreja em Éfeso sob a liderança de Paulo.


Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus  (Ap 2:7)


At 19:1-11, 23-41; Ap 2:5-7

Para ser útil ao Senhor é necessário encher-se do Espírito, assim como João o fez, mesmo estando na prisão. Ao voltar do exílio, João foi para Éfeso ajudar a igreja a vencer a degradação, conduzindo os irmãos para fora da esfera da alma e introduzindo-os no Espírito.
Antes da ida de João, a igreja em Éfeso recebeu Paulo quando este fazia sua terceira viagem missionária. Cabe aqui salientar que, na segunda viagem, ele e Silas seguiram totalmente a direção do Espírito. Já na terceira viagem, Paulo, sozinho, foi para Éfeso: “Achando ali alguns discípulos, perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo. Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João” (At 19:1b-3).
Paulo mostrou-lhes que o batismo de arrependimento era para prepará-los para receber o Senhor Jesus: “E, impondolhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam” (v. 6). Além disso, “Paulo fazia milagres extraordinários” (v. 11). Essas coisas mostram que Paulo, em vez de suprir as pessoas com vida e conduzi-las a viver no espírito, como o fez na segunda viagem, acabou induzindo a igreja às práticas que não tiveram um resultado tão saudável.
Em Éfeso, ainda, “durante três meses, Paulo frequentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus. Visto que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano. Durou isto por espaço de dois anos” (At 19:8-10a). Por causa de tanta ênfase em argumentos e discussões, os efésios acabaram por viver na esfera da alma e por fim abandonaram o primeiro amor.
Depois de certo tempo, Paulo resolveu ir à Jerusalém, e Demétrio, ourives que fazia nichos de Diana, convocou os artífices e os persuadiu a se levantarem contra Paulo, pois este afirmava que não eram deuses os que eram feitos por mãos humanas. A cidade foi tomada de grande confusão e os artífices, enfurecidos, arrebataram os companheiros de Paulo. Ele queria apresentar-se ao povo, mas foi impedido por seus discípulos.
Esse grande tumulto por parte dos ourives contra Paulo não foi acidental. Na verdade, o Espírito Santo permitiu que isso acontecesse porque Paulo não conduziu os irmãos de Éfeso ao Espírito e à vida, pelo contrário, ele os levou para a esfera da mente e das manifestações exteriores do Espírito. Paulo deu muita ênfase para curas, poderes e milagres, então Deus permitiu que essa situação se levantasse para impedir que ele, Paulo, permanecesse em Éfeso.
Amanhã veremos que no final dessa viagem, estando em Jerusalém, Paulo foi aprisionado e conduzido a Roma para ser julgado. Com isso seu ministério de edificador da igreja cessou.

30 julho, 2012

Refletindo...


As operações de Deus e a de Satanás

O PONTO DE DIFERENÇA NAS OPERAÇÕES DE DEUS E NAS DE SATANÁS



Como devemos nos guardar contra o engano? Precisamos discernir o que é a operação de Deus e o que é a operação do inimigo; qual é a obra feita pelo Espírito Santo e qual é a obra realizada pelos espíritos malignos. Todas as obras do Espírito Santo são realizadas através do espírito do homem, mas as obras do inimigo são feitas através da alma do homem. O Espírito Santo move o espírito humano, enquanto que o inimigo move a alma do homem. Este é o ponto básico da diferença entre as operações de Deus e as do inimigo. A obra de Deus é iniciada pelo Espírito Santo, mas a obra do inimigo começa na alma do homem. Por causa da queda nosso espírito humano está morto e não pode, por isso, comunicar com Deus. Quando cremos no Senhor Jesus nós nascemos de novo. Qual é o significado de ser salvo ou nascido de novo? Esta não é apenas uma questão de terminologia; uma mudança orgânica real ocorre em nós. Quando confiamos no Senhor Jesus, Ele põe Sua vida dentro do nosso espírito e o vivifica. Como este espírito do homem é a parte principal, assim também este novo espírito que Deus põe em nós é a parte principal.

João 3:6 nos diz o que é o novo nascimento: "Aquele que é nascido do Espírito é espírito". Ezequiel também nos informa: "Um novo espírito eu colocarei dentro de vós" (36:26). Por isso, na regeneração nós recebemos um novo espírito. Em certa ocasião o Senhor Jesus disse: "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e vida" (João 6:63). Nossa vida e obra devem, portanto, estar dentro da esfera de ação do espírito. Quando Deus nos usa, Ele sempre opera no espírito e através dele. "Enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18) indica que este novo espírito deve ser cheio do Espírito Santo. Em outras palavras, Deus enche nosso espírito com Seu Espírito Santo. O Espírito Santo opera em nosso espírito, mas o espírito maligno opera em nossa alma. Satanás só pode operar na alma e pelo poder da alma. Ele não tem como iniciar sua obra no espírito do homem; sua obra se restringe à alma. O que ele tem feito nos últimos cinco ou seis mil anos passados, ele está fazendo atualmente e continuará a fazer no futuro. Por que ele deseja ser onipotente, onipresente e onisciente como Deus? Por nenhuma outra razão senão pelo que ele pode realizar com o poder da alma do homem. Podemos dizer que enquanto o Espírito Santo é o poder de Deus, a alma do homem parece ser o poder de Satanás. Que tristeza tantas pessoas ignorarem o fato de que muitas práticas ascéticas, respirações e meditações abstratas do budismo e taoísmo, o hipnotismo da Europa ocidental, e os inúmeros prodígios vistos nas pesquisas psíquicas são apenas as manifestações do poder latente da alma do homem. Eles não sabem quão tremendo é o poder da alma. Irmãos e irmãs, não considerem isso como um problema pequeno, nem o rejeitem como sendo pesquisa para os eruditos. Na realidade ele tem efeitos profundos sobre nós. 

OS DOIS LADOS DO PODER DA ALMA 


Segundo a Bíblia, o poder latente da alma parece incluir dois tipos. Isso se compara à classificação vista do ponto de vista psicológico. Confessamos não poder dividir nitidamente estes dois tipos; tudo o que podemos dizer é que parece que existem dois tipos diferentes no poder latente da alma: um parece ser o tipo comum e o outro o tipo miraculoso. Um parece ser natural e o outro sobrenatural; um parece ser humanamente compreensível, o outro parece estar além da compreensão humana. O termo "mente" na psicologia é mais amplo em seu significado do que o usado na Bíblia. O que os psicólogos dão a entender por "mente" ou "coração" inclui duas partes: consciente e subconsciente. O lado do subconsciente é o que chamamos parte miraculosa do poder da alma. Embora os psicólogos façam distinção entre consciente e subconsciente, dificilmente eles podem separá-los. Eles apenas classificam as manifestações psíquicas mais comuns como pertencendo ao primeiro tipo (do consciente), e as manifestações extraordinárias ou miraculosas eles agrupam sob a segunda categoria (do subconsciente). Nós geralmente incluímos apenas aquelas manifestações comuns dentro da esfera da alma, não sabendo que as manifestações extraordinárias e miraculosas são também da alma, ainda que manifestações desse tipo estejam mais na esfera do subconsciente. Devido aos vários graus do poder latente nas almas individuais, alguns homens manifestam os fenômenos mais dentro do primeiro tipo, enquanto que outros mais dentre do segundo tipo. Todos os que servem ao Senhor devem prestar atenção especial a este ponto, senão serão levados pelos poderes miraculosos enquanto tentam ajudar as pessoas. Deixe-me enfatizar a diferença entre alma e espírito: a alma caída de Adão pertence à velha criação, mas o espírito regenerado pertence à nova criação. Deus opera com o espírito do homem, pois esta é a sua vida regenerada, sua nova criação. Satanás, por outro lado, edifica com a alma do homem, isto é, a alma caída em Adão. Ele só pode usar a velha criação porque a vida regenerada na nova criação não peca. 



Fonte: "O Poder Latente da Alma" de Watchman Nee
(Site Igreja em Uberaba).

Para Meditar...


Como resolvemos nossos problemas?


Vigiar e Orar

O homem caído tem dificuldades para se envolver com as coisas de Deus (Mateus 26:36-45). Somos fortes demais para algumas coisas, mas muito fracos para outras. Quando o Senhor Jesus estava prestes a ir para a cruz, Ele chamou Seus mais íntimos discípulos para orar. Ele queria escoar um pouco Sua tristeza pela oração, queria sentir Seus principais discípulos a Seu lado. Ele imaginou que pudesse contar com Pedro e com os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João).
Enquanto o Senhor, como uma azeitona, estava sendo pisado para virar azeite, Seu mais caloroso e empolgado discípulo dormia. Ele dormia enquanto o Senhor sofria. Por três vezes ele se achou dormindo até que o Senhor percebeu que não tinha em Pedro um companheiro na hora mais dura de sua vida terrenal: “Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Falava ele ainda, e eis que chegou Judas [...]”. Pedro não conseguia fazer aquilo que era mais básico, orar. Nossa alma não aprecia as coisas de Deus, ela não gosta de ler a Bíblia, pregar o evangelho, ofertar e outras coisas relacionadas com Deus. Mas tão logo os que iam prender Jesus chegaram, todos conduzidos por Judas, ele, Pedro “sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha” (vs. 47-51). A alma tem indisposição para as coisas de Deus, mas, quando é para agir com relação às coisas naturais, ela se levanta com muita força. Não sabemos se Pedro acertou a orelha ou errou a cabeça do servo do sumo sacerdote; a verdade é que, em nosso natural, somos muito fortes. Nossa alma é selvagem. Pedro avançou todos os “sinais vermelhos” e agiu por conta própria colocando em risco tudo o que o Senhor estava planejando.
O Senhor, que era cheio de amor, chamou ainda Judas de amigo e colocou a orelha do servo no lugar. Ele estava desfazendo o que Pedro fizera. O Senhor é assim, o tempo todo está desfazendo o que nossa alma precipitada faz. Quantas coisas negativas já fizemos e quantas dessas o Senhor teve de remendar?! Se o Senhor não remendasse a maioria das coisas que fazemos, enfrentaríamos muitos problemas em nossa vida, mas Ele, mesmo sem o sabermos, está continuamente colocando no lugar a “orelha do servo do sumo sacerdote que cortamos”.
Como você resolve seus problemas: com agressão, gritos, xingamento ou no Senhor e com o Senhor? Muitos cristãos resolvem suas demandas “sacando da espada”. Tome cuidado: nossa alma é forte e agressiva; ela é capaz de mais coisas do que imaginamos. A violência entre as pessoas cresce cada vez mais. Sem saber, muitos estão “cortando a orelha” das pessoas por onde passam. Essa é nossa alma e é por isso que ela precisa de transformação.

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As parábolas de Mateus 13 e as sete igrejas de Apocalipse 2 e 3.


Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido (Mt 13:11). 
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras (Ap 2:5a)


Mt 13:10-23; 2 Tm 3; Ap 2:1-7

No capítulo 13 do Evangelho de Mateus estão registradas sete parábolas que são comparadas pelo Senhor Jesus ao reino dos céus. Ele falou de muitas coisas por parábolas porque o coração das pessoas estava endurecido, insensível, de modo que não podiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e se converter para serem por Ele curadas (vs. 14-15). Elas estavam insensíveis porque viviam na esfera da vida da alma. Mas aos Seus discípulos, aos que buscam viver no Espírito, o Senhor revela Seus mistérios (v. 11).
As sete parábolas proferidas pelo Senhor Jesus estão relacionadas com as sete igrejas em Apocalipse, descritas nos capítulos 2 e 3. Podemos dizer que as sete igrejas são o cumprimento das sete parábolas de Mateus 13. O Espírito não quis apenas mostrar a situação do cristianismo na Ásia nos primeiros séculos, mas também o significado espiritual e o sentido dos nomes dessas sete igrejas.
A primeira parábola é a do semeador que se cumpriu no período da igreja em Éfeso, no primeiro século da igreja. Éfeso quer dizer desejável, entretanto essa igreja caiu em degradação ainda na época de Paulo, conforme o que é descrito em 2 Timóteo 3. Ao ler esse capítulo, podemos nos perguntar: “Como uma igreja nessa condição pode ser desejável?”. O Senhor revelou a João qual era o problema da igreja em Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à
prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2:4-5).
Não satisfeito com a situação da igreja em Éfeso, Deus usou o apóstolo João no final do primeiro século para restaurá-la à condição de desejável. Podemos dizer que durante os vinte anos que João passou no exílio na ilha de Patmos, ele aprendeu a viver pelo Espírito.
Confiante de que Seu servo Lhe seria fiel, Deus o incumbiu de registrar as palavras que lhe foram reveladas: “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (1:19-20). Após escrever o livro de Apocalipse e ser libertado do exílio, ele foi servir na igreja em Éfeso.
Sabendo que a igreja em Éfeso ocupava uma posição especial e de muita importância desde o tempo de Paulo, o apóstolo João procurou ajudar os santos ali a praticar a revelação da epístola a ela escrita a fim de resgatá-la da degradação em que se encontrava.

29 julho, 2012

Refletindo...


A escolha que confrontou Adão


Deus plantou grande número de árvores no Jardim do Éden, mas "no meio do jardim", isto é, em um lugar de especial proeminência - plantou duas árvores: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Pense em um homem adulto, digamos, com 30 anos de idade, que não tenha senso do certo e do errado, nenhum poder para diferenciar os dois. Você não diria que o desenvolvimento desse homem estaria incompleto? Bem, Adão era exatamente assim. E Deus o colocou no jardim, dizendo: "Ora, o jardim está cheio de árvores, cheio de frutos, e podes comer livremente do fruto de todas as árvores. Mas, no meio do jardim, há uma árvore chamada a árvore do conhecimento do bem e do mal; não deves comer dela porque, no dia em que o fizeres, certamente morrerás. Mas, lembra-te, o nome da outra árvore, no meio do jardim, é árvore da Vida".

Qual é, pois, o significado dessas duas árvores? Adão, por assim dizer, foi criado moralmente neutro - nem pecador, nem santo, mas inocente - e Deus colocou essas duas árvores no jardim para que ele pudesse pôr em prática a faculdade do livre arbítrio de que era dotado. Podia escolher a árvore da vida ou escolher a árvore do conhecimento do bem e do mal.

Ora, o conhecimento do bem e do mal, embora a Adão tivesse sido proibido, não é mau em si mesmo. Sem ele, Adão está limitado e não pode, por si mesmo, decidir em questões de ordem moral. O julgamento do que é certo e bom não lhe pertence, e sim a Deus; e, para Adão, a única maneira de agir diante de qualquer questão seria apresentá-la a Deus Jeová. Assim, há no jardim uma vida que depende totalmente de Deus. Essas duas árvores representam, portanto, dois princípios profundos. Simbolizam dois planos de vida: o divino e o humano. A árvore da vida é o próprio Deus, porque Deus é vida. Ele é a mais elevada expressão da vida, bem como a fonte e o alvo da vida. E o fruto, o que representa? É nosso Senhor, Jesus Cristo. Não podemos comer a árvore, mas podemos comer seu fruto. Ninguém é capaz de receber Deus como Deus, mas podemos receber o Senhor Jesus Cristo. O fruto é a parte comestível, a parte da árvore que se pode receber. Podemos assim dizer, com a devida reverência, que o Senhor Jesus Cristo é realmente Deus em forma receptível - Deus, em Cristo, pode ser recebido por nós.

Se Adão tomasse da árvore da vida, participaria da vida de Deus e, assim, se tornaria um "filho" de Deus, no sentido de ter em si mesmo a vida derivada de Deus. Teríamos, então, a vida de Deus em união com o homem - uma raça de homens tendo em si a vida de Deus e vivendo em constante dependência de Deus para a manifestação dessa vida. Se, por outro lado, Adão se voltasse na direção contrária e tomasse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, desenvolveria, então, sua própria humanidade de forma natural e separadamente de Deus. Como um ser auto-suficiente, ele possuiria em si mesmo o poder para formar julgamento independente, mas não teria nenhuma vida da parte de Deus.

Portanto, essas eram as alternativas que estavam diante dele. Escolhendo o caminho do Espírito, o caminho da obediência, poderia tornar-se um "filho" de Deus, dependendo de Deus para sua vida, mas, seguindo o curso natural, ele poderia, por assim dizer, dar o toque final em si mesmo, tornando-se um ser auto-dependente, julgando e agindo independentemente de Deus. A história da humanidade é o resultado da escolha feita por Adão. 





A Escolha de Adão, a Razão da Cruz



Adão escolheu a árvore do conhecimento do bem e do mal, tomando assim uma posição de independência. Ficou sendo o que até hoje é o homem (aos seus próprios olhos): homem "plenamente desenvolvido" que pode comandar o conhecimento, decidir por si mesmo, prosseguir ou deter-se. Desde então, tinha "entendimento" (Gn 3:6). Mas a conseqüência para ele foi morte em vez de vida, porque a escolha que fez envolvia cumplicidade (pessoa que colabora) com Satanás e o colocou sob juízo de Deus. Foi por isso que, daí em diante, o acesso à árvore da vida teve de lhe ser proibido.

Dois planos de vida foram colocados perante Adão: o da vida divina, em dependência de Deus, e o da vida humana, com os seus recursos "independentes". Foi pecaminosa a escolha que Adão fez, porque assim tornou-se aliado de Satanás para frustrar o eterno propósito de Deus. Ele fez isso ao escolher desenvolver sua própria humanidade - tornar-se, talvez, um homem muito refinado e até mesmo, segundo o seu padrão, um homem "perfeito" - independente de Deus. No entanto, o resultado foi morte, porque ele não tinha em si mesmo a vida divina imprescindível para realizar em si o propósito de Deus. Mas Adão escolheu ser "independente", um agente do inimigo. Assim, em Adão, todos nos tornamos pecadores, dominados por Satanás, sujeitos à lei do pecado e da morte e merecendo a ira de Deus.

Vemos, assim, a razão divina da morte e da ressurreição do Senhor Jesus. Vemos, também, a razão divina da verdadeira consagração - para nos considerarmos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, e para nos apresentarmos a Deus como vivos dentre os mortos. Todos devemos ir à cruz, porque o que está em nós, por natureza, é a vida do eu, sujeita à lei do pecado. Adão escolheu uma vida própria em vez da vida divina; assim, Deus teve de juntar e eliminar tudo que estava em Adão. Nosso "velho homem" foi crucificado. Deus incluiu-nos todos em Cristo e crucificou-O, como último Adão, aniquilando assim tudo o que pertence a Adão. Depois, Cristo ressuscitou em uma nova forma, ainda com um corpo, mas "no Espírito" e não mais "na carne". O último Adão, porém, é espírito vivificante (1 Co 15:45). O Senhor Jesus agora tem um corpo ressurreto, espiritual, glorioso e, desde que não está mais na carne, pode agora ser recebido por todos. "Quem de mim se alimenta, por mim viverá" , disse Jesus (Jo 6:57). Os judeus sentiram repugnância diante da idéia de comer Sua carne e beber Seu sangue, mas evidentemente não O poderiam receber porque literalmente Ele ainda estava na carne. Agora que Ele está no Espírito, cada um de nós pode recebê-Lo, e é por meio de participarmos da Sua vida ressurreta que somos constituídos filhos de Deus. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (...) os quais nasceram (...) de Deus" (Jo 1:12,13).

Deus não está empenhado em reformar nossa vida. Seu alvo não consiste em aperfeiçoar essa vida porque a nossa vida situa-se em um plano totalmente errado. Nesse plano, Ele não pode conduzir o homem à glória. Ele precisa ter um novo homem, nascido de Deus, nascido de novo. A regeneração e a justificação caminham juntas. 




Aquele que tem o Filho tem a vida 



Há vários planos de vida. A vida humana situa-se entre a vida dos animais inferiores e a vida de Deus. Não podemos transpor o golfo que nos separa do plano superior ou do plano inferior, e a separação que há entre nossa vida e a de Deus é infinitamente superior à que existe entre a nossa vida e a dos animais. Certa vez, na China, visitei um líder Cristão que estava de cama, doente, e quem, por causa da sua história chamarei de sr. Wong, ainda que esse não seja seu verdadeiro nome. Ele é um homem muito culto, um PhD., e alguém que era estimado em toda a China por seus altos princípios morais, e por muito tempo esteve engajado no serviço cristão. Mas ele não cria na necessidade de regeneração. Ele apenas proclamava aos homens um evangelho social de amor e boas obras.

Quando visitei o Sr. Wong, seu cachorrinho estava ao lado de sua cama, e, após ter falado com ele das coisas de Deus e da natureza de Seu trabalho em nós, apontei para o cachorrinho e perguntei qual era o seu nome. Ele me disse que seu nome era Fido. "Fido é o seu primeiro nome ou o seu sobrenome"? Perguntei (utilizando os termos chineses para "primeiro nome" e "sobrenome"). "Oh, esse é apenas o seu nome", respondeu ele. "Você quer dizer que é apenas o seu primeiro nome? Posso chamá-lo Fido Wong"? Prossegui. "Certamente que não"! Veio a resposta enfática. "Mas ele vive com a sua família", retruquei. "Por que você não o chama de Fido Wong"? Então, apontando para suas duas filhas, perguntei: "Suas filhas não se chamam srta. Wong"? "Sim"! "Bem, então, por que não posso chamar seu cachorro de Mestre Wong"? O doutor riu e eu prossegui: "Você entende onde quero chegar? Suas filhas nasceram na sua família e têm seu nome porque você comunicou vida a elas. Seu cachorro pode ser bem inteligente, bem comportado e, no geral, um cachorro notável. Mas a questão não é: ele é um cachorro mau ou bom?, mas simplesmente: ele é um cachorro? Ele não precisa ser mau para ser desqualificado de ser um membro de sua família. Ele apenas precisa ser um cachorro.

O mesmo princípio aplica-se ao seu relacionamento com Deus. A questão não é se você é homem bom, mau ou mais ou menos, mas simplesmente: É você um homem? Se sua vida está em um plano inferior ao da vida de Deus, então você não pode pertencer à família divina. Durante toda a sua vida, seu objetivo ao pregar tem sido transformar homens maus em homens bons. Mas homens em si mesmos, quer sejam maus ou bons, não podem ter qualquer relacionamento vital com Deus. Nossa única esperança como homens é receber o Filho de Deus e, quando o fazemos, Sua vida em nós nos constituirá filhos de Deus. O doutor viu a verdade e, naquele dia, tornou-se um membro da família de Deus ao receber o Filho de Deus no coração. O que hoje possuímos em Cristo é mais do que Adão perdeu. Adão era apenas um homem desenvolvido. Permaneceu naquele plano e nunca possuiu a vida de Deus. Mas nós, que recebemos o Filho de Deus, recebemos não só o perdão dos pecados, mas também recebemos a vida divina que estava representada no Jardim pela árvore da vida. Pelo novo nascimento, possuímos o que Adão perdera, pois recebemos uma vida que ele nunca teve. 




Extraído do livro "A Vida Cristã Normal" de Watchman Nee das Edições Tesouro Aberto.
(Site Igreja em Uberaba)

Para Meditar...


Alicerçados e firmes na fé

Para construir uma estrada, é necessário um estudo de campo que resultará na caracterização do substrato. Esse estudo traçará um gráfico da densidade do terreno com a umidade. Isso dependerá de cada tipo de terreno. A curva da densidade com a umidade apontará para um grau de compactação ideal. Quanto mais compactada e solidificada é a base, menor será a deformação da camada asfáltica. Quando a compactação ideal é negligenciada, o asfalto rapidamente irá se deformar, ocasionando os buracos, pois a terra afunda e não há sustentação.
Nós, os cristãos, que amamos a Deus, precisamos atentar para a base da fé. Uma fé consolidada, bem alicerçada em Deus certamente nos guiará por uma estrada firme e tranqüila. No livro de 1 Coríntios, que nos proporciona uma ilustração da vida cristã, da vida da igreja e da vida do Corpo, Paulo nos exorta: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos” (1 Coríntios 16:13). A vida cristã é comparada com uma carreira. Para completarmos essa carreira, temos de permanecer firmes na fé.
Aqueles que não dão a devida atenção aos princípios da fé acabam naufragando na carreira cristã (conf. 1 Timóteo 1:19). Porém uma leitura saudável da Bíblia, um viver de oração e a comunhão íntima com Deus são itens preciosos que consolidam nossa fé. E mais: viver em comunhão com os que buscam a Deus:  “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Timóteo 2:22).
As cartas a Timóteo e a Tito estão repletas de encorajamento para guardar a fé a fim de suportar as aflições da vida, os cuidados do mundo, e até mesmo, resistir àqueles que se desviaram dos caminhos do Senhor (conf. 1 Timóteo 1:5-7, 4:1-3, 6:20-21; 2 Timóteo 2:18; Tito 1:13-14). Que essas palavras possam nos manter firmes e inabaláveis para combatermos o bom combate da fé.
Agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro (Colossenses 1:22-23)

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Pregar com amor o evangelho do reino.


Todos os vossos atos sejam feitos com amor (1 Co 16:14)

Mt 16:19; 24:14; Tt 3:9; 2 Pe 1:8-11


As quatro últimas igrejas mencionadas em Apocalipse – Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia – permanecerão até a volta do Senhor. Devemos estar preparados para a manifestação do reino do Senhor, praticando a Palavra e pregando o evangelho do reino.
A igreja em Filadélfia tem uma porta aberta a qual ninguém pode fechar e, além disso, tem a chave de Davi, que se refere às chaves do reino. Temos visto que o caminho para seguir o Senhor é negar a vida da alma e desempenhar nosso ministério. Quando negamos a nós mesmos e nos arrependemos, estamos utilizando essa chave para entrar no reino (Mt 16:19). O mesmo ocorre quando somos aperfeiçoados no exercício dos nossos dons. Se vivemos e andamos no espírito, a entrada no reino nos será amplamente suprida (2 Pe 1:8-11).
Historicamente, coube à igreja em Sardes restaurar o evangelho da graça. Hoje, o evangelho da graça já foi pregado em toda a terra. Como a restauração não foi completa, Deus ainda precisa de pessoas para propagar o evangelho do reino. Para isso, Ele conta conosco (Mt 24:14).
Devemos evitar os debates doutrinários e as discussões que só geram contendas, para pregar, com amor, o evangelho do reino (Tt 3:9). Essa é a nossa incumbência e devemos levá-la a cabo como servos bons e fiéis. Por termos pouca força, precisamos ser fortalecidos invocando o nome do Senhor. Dessa maneira, estaremos no espírito e aptos a suprir a vida de Deus às pessoas, levando-lhes a fé por meio do Espírito e da Palavra. Que o Senhor seja conosco, para que conservemos nossa coroa até o fim.

28 julho, 2012

REFLETINDO...


A Igreja em Esmirna
Apocalipse 2:8-11 

Agora examinaremos a segunda igreja, a igreja em Esmirna. Que o Senhor nos abra os olhos para que vejamos mais e não negligenciamos nada. Na história da igreja, as igrejas da era apostólica e as imediatamente após ela foram muito perseguidas. Sofrimento é a especial característica da igreja: esta é a razão por que o nome da igreja aqui é Esmirna. Esmirna vem da palavra mirra, que significa sofrimento e representa a igreja sob perseguição.

Esta carta revela que o nome do Senhor Jesus é especial e que a recompensa ao vencedor também é especial. O Senhor Jesus fala de si mesmo como - o primeiro e o último que este morte e tornou a viver. Ao vencedor o Senhor diz que dele - de modo nenhum sofrerá o dano da segunda morte. Isso prova que a vida vence a morte. Muitas pessoas têm visto somente o termo “vivo”, mas não têm visto “vivo pelos séculos dos séculos” nem têm visto”mas eis que estou vivo” (Ap. 1:18).Quão grande isso é. No dia de Pentecoste, o apostolo disse ao povo “Ao qual, porem, Deus ressuscitou rompendo os grilhões da morte, porquanto não era possível fosse ele retido por ela” At.2:24. A morte não pode retê-lo. Em outras palavras, uma vez que todos os que são vivos entram na morte, eles não podem sair novamente. Mas o Senhor Jesus não pode ser retido pela morte; a morte não tem poder para retê-lo. Isso é ressurreição. A sua vida pode suportar a morte, portanto, o principio da ressurreição na Bíblia torna-se muito preciso. “Estive morto, mas eis que estou vivo, isto prova que a vida pode resistir à morte. Deus vê a igreja como um ser que pode suportar a morte. As portas do Hades estão abertas para a igreja, mas as portas do Hades não podem prevalecer contra ela e não podem confiná-la; assim, a natureza da igreja é ressurreição. Toda vez que a igreja perde o poder para vencer o sofrimento, ela se torna inútil. Muitas pessoas sentem-se terminadas ao encontrar certas questões contrarias e seus desejos; para elas é como encontrar a morte. Mas a ressurreição não teme a morte; o sofrimento simplesmente prova que se pode suportar a morte. Você pode pensar que certo homem provavelmente chegará ao fim após encontrar determinada circunstancia, mas, não, ele passa por ela e tornar a sair. Aquilo que passa pela morte, e ainda permanece, é ressurreição”.

Mesmo em nossa vida pessoal, há muitas situações como essa. Quando você encontra provações e tentações, talvez a oração cesse e torne-se difícil ler a palavra. Todos os irmãos dizem que esta vez você esta terminado”, mas, não muito depois, você se levanta e a vida de Deis flui de você outra vez. Aquilo que é terminado pela morte não é ressurreição. A igreja tem um principio básico: ela é capaz de passar pela morte; ela não pode ser sepultada. A igreja em Esmirna especialmente expressa esta verdade. Se você ler a história dos mártires escrita por Fox, verá como a igreja tem sofrido perseguições e aflições.

Por exemplo: Policarpo foi um bispo da igreja naquela época, e foi capturado por seus opositores. Como ele já tinha oitenta e seis anos, eles não o levaram à morte e foram especialmente brandos para com ele. Se ele dissesse apenas: “eu não confesso Jesus de Nazaré”, eles o libertariam. Mas ele replicou: “Não posso negá-lo. Eu O tenho servido por oitenta e seis anos, nesses oitenta e seis anos Ele nunca me tratou mal; como poderia eu negá-lo por amor ao meu corpo!” Por isso, levaram-no e o queimaram no fogo. Enquanto a metade inferior do seu corpo estava ardendo em chamas, ele ainda conseguiu dizer: “Obrigado, Deus, porque eu tenho oportunidade de ser queimado pelos homens e de dar a minha vida para testemunhar por Ti”.

Houve uma irmã a quem foi dito que se ela apenas se curvasse a Diana (o ídolo Ártemis da cidade de Éfeso, citado em Atos 19), seria libertada. Que disse ela? Ela replicou: “Vocês me pedem para escolher ente Cristo e Diana? Da primeira vez eu escolhi Cristo, e agora vocês me pedem para escolher novamente. Eu ainda escolho Cristo”. Como resultado ela também foi morta. Duas irmãs que estavam presentes disseram: “Muitos filhos de Deus foram levados. Por que nós ainda permanecemos?” Mais tarde, elas também foram levadas e colocadas na prisão. Essas irmãs viram muitas pessoas sendo devoradas pelas feras, e novamente disseram: “Muitos têm testemunhado com seu sangue. Porque nós apenas testificamos com a boca?” Uma dessas irmãs era casada e a outra estava noiva. Então seus pais, marido e noivo foram persuadi-las do contrario. Eles até mesmo levaram o filho da irmã casada, pedindo-lhe que negasse o Senhor. Mas elas disseram: “Que podem vocês trazer que se compare com Cristo?” Como resultado, elas também foram arrastadas para fora e entregues aos leões para serem devoradas. As duas cantavam enquanto caminhavam até serem dilaceradas pelas feras.

Quão terríveis foram as perseguições sofridas pela igreja em Esmirna! Mas por mais que se tenha feito, a vida sempre revive após ter morrido. As perseguições simplesmente manifestam que espécie de igreja a igreja é. Ele é o primeiro e o último e Aquele que esteve morto, mas eis que está vivo.

Conheço a tua tribulação, a tua pobreza. Você não tem nada do que há nesta terra, mas o Senhor sabe que você é rica. Não temas as coisas que tens de sofrer. Toda a igreja de Esmirna foi
perseguida, mas a vida que morreu e agora está vivendo novamente, pode atravessar por todas essas perseguições. Quão terríveis foram as perseguições sofridas pela igreja, e a razão porque ela foi capaz de suportar as grandes perseguições é porque ela conhecia a ressurreição.

Eu conheço a blasfêmia dos que a si mesmo se declaram judeus e não são. Aqui devemos dar atenção para o problema dos judeus, mas os judeus mencionados aqui não se referem aos judeus no mundo, mas aos judeus na igreja, assim como as pessoas que vimos antes relacionadas aos nicolaítas não se referem as pessoas no mundo, mas ao laicado na igreja. Aqui o Senhor fala dos judeus que os perseguiram. Os nicolaítas são mencionados duas vezes, na igreja de Éfeso e em Pérgamo. Os judeus foram mencionados duas vezes, aqui e de novo na igreja de Filadélfia. Em Pergamo, o ensinamento de Balaão é mencionado. Em Tiatira, Jezabel é mencionada. Todos esses constituem a linha de oposição. Você pode perguntar: qual é o significado dos judeus? A salvação não é dos judeus? Por que eles falam blasfêmias aqui? Por essa razão devemos saber o que é judaísmo e o que é a igreja.

Há muitas diferenças essenciais entre o judaísmo e a igreja. Aqui quero mencionar quatro pontos que devemos dar atenção: o templo, a lei, os sacerdotes e as promessas. Os judeus edificaram um templo esplêndido de pedras e ouro, como o lugar de adoração. Como padrão de comportamento eles tinham os dez Mandamentos e muitos outros regulamentos. Para cuidar dos assuntos espirituais. E, finalmente, eles também tinham as bênçãos pelas quais podiam prosperar na terra. Por favor, notemque o judaísmo é uma religião terrena. O judaísmo é umareligião nesta terra, o que eles possuem é um templo material, regulamentos de letras, sacerdotes mediadores e gozo nesta terra.

Quando os judeus entraram na terra de Canaã, eles construíram o templo. Se eu sou um judeu desejo servir a Deus, devo ir ao templo. Se eu sinto que pequei e preciso oferecer um sacrifício, devo ir ao templo para oferecer o sacrifício. Se eu sinto que Deus me tem abençoado e quero agradecer, devo ir ao templo para agradecer. Todas às vezes devo tomar esse caminho. Posso adorar a Deus somente quando vou ao templo. Este é chamado o lugar de adoração. Os judeus são adoradores e o templo é o lugar onde eles adoram. Os adoradores e o lugar de adoração são duas coisas diferentes. Mas é assim no Novo Testamento? A característica especial da igreja é que não há lugar e nem templo, pois nós, o povo, somos os templos.

Efésios 2:21-22 diz: “No qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para habitação de Deus no Espírito”. A característica da igreja é que o seu corpo e a habitação de Deus. Coletivamente falando, Deus nos edifica e adequadamente nos ajusta para tornar-nos Sua habitação. Não há lugar de adoração na Igreja; o lugar de adoração é o adorador. Carregamos nosso lugar de adoração onde quer que vamos. Isso é fundamentalmente diferente do judaísmo. O templo no judaísmo é um templo material; o templo na igreja é um templo espiritual. Alguém certa vez calculou o valor total do templo judeu – é o suficiente para proporcionar a todas as pessoas da terra uma cota financeira. Mas, e quanto ao templo dos cristãos hoje? Alguns são mancos, alguns são cegos e alguns são pobres, mas este é o templo. Hoje algumas pessoas dizem: “Se você não quer ir a um templo solene e magnífico, no mínimo precisa de uma capela”. Mas a igreja não tem um templo. Aonde quer que vão para lá também vai o templo. Deus habita no homem e não numa casa. Na igreja Deus habita no homem; no judaísmo, Deus habita em uma casa. Os homens pensam que se forem adorar a Deus eles precisam de um lugar. Alguns até chamam o templo de “igreja”. Isso é judaísmo não igreja! A palavra Igreja é ekklesia, que significa “os chamados para fora de”. A igreja é um povo comprado com o sangue precioso – está é a igreja. Hoje nós temos o templo no andar superior, temos o templo no pórtico de Salomão, temos o templo na porta chamada formosa e temos o templo no andar inferior. O judaísmo tem o lugar material. Então, quem são os judeus? São os que levam o lugar material para dentro da igreja. Se os filhos de Deus desejam andar no Seu caminho eles devem pedir a Deus que abra seus olhos para que
possam ver que a igreja é espiritual e não material.

Os judeus também têm as leis, os regulamentos para seu viver diário (Deus somente usa as leis para fazer os homens conhecerem os seus pecados). Todo aquele que for um judeu deve guardar os Dez mandamentos, ainda lhe falta uma coisa (Lc 18:20-22). O judaísmo tem um padrão de princípios para seu viver diário, o qual esta escrito em tabuas de pedras e precisa ser memorizado. Mas o problema está aqui: Se eu sou alfabetizado, entendê-lo-ei; se eu sou analfabeto, não o entenderei. Se tiver boa memória, consigo lembrá-lo. Isso é judaísmo. O padrão do viver diário do judaísmo é morto; é exterior. Na igreja não há lei; em vez disso, sua lei está em outro lugar. Não está escrita em tábuas de pedra, mas nas tábuas do coração. A lei do Espírito da vida está dentro de mim. O Espírito Santo habita em mim; o Espírito Santo é minha lei. Leia Hebreus 8 e Jeremias 31. Deus diz “Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei” (Hb 8:10). Hoje, nossa especial característica é que o Espírito de Deus habita em nós.

Gosto de contar uma história que expressa o sentido aqui. Em certa cidade ³ Havia certo sr. Yu, um eletricista, que tinha pouca escolaridade. Posteriormente, ele foi salvo. Quando os dias esfriavam, ele se preparava para beber vinho conforme seu antigo costume. A comida estava pronta, o vinho aquecido e ele, a esposa (que conhecida algumas letras a mais do que ele), e um aprendiz estavam sentados e prontos para comer. Ele começou a dar graças; contudo por algum tempo nenhum som saiu. Finalmente ele disse: “Agora que sou um cristão, quero saber se é certo os cristãos beberem vinho. É uma pena que o pregador tenha ido embora; do contrário, poderíamos perguntar-lhe. Vamos procurar na Bíblia para ver se é certo os cristãos beberem vinho”. Assim, os três começaram a folhar as páginas da Bíblia, mas não encontraram nada. Por fim, a esposa sugeriu que o tomassem desta vez. Mais tarde, disse ela, poderiam escrever uma carta ao pregador, e se ele dissesse que não é certo beber, eles parariam; se ele dissesse que é correto beber, eles continuariam. Então o irmão Yu levantou-se de novo e preparo-se para dar graças. Mas novamente, por algum tempo, nenhum som saiu. Alpós este incidente, o pregador encontrou-o e a questão foi levantada. O pregador perguntou-lhe se ele afinal bebeu na ocasião, ele replicou: “ Chefe que mora dentro de mim não me permitiu, então eu não bebi”. Há um Chefe interior - este é um regulamento muito bom. Se o Espírito santo concorda, o que quer que você diga também não vale nada. A lei torna-se uma questão interior, não exterior.

Há leis escritas e regulamentos no judaísmo. Hoje também há muitas normas e regulamentos escritos na” igreja”, mas isto não é a igreja. Não temos leis exteriores, nosso padrão de viver diário é interior.A tribulação da igreja de Esmirna foi devido ao fato de aqueles que chamavam a si mesmo judeus estarem impondo regulamentos judaicos sobre ela.

No judaísmo, os homens que adoram e o Deus que é adorado estão separados e muito distanciados um do outro. A distância é o judaísmo. Quando o homem vê o Deus do judaísmo, ele aproxima-se de Deus? Os sacerdotes os representam para ir a Deus. As pessoas são seculares; elas somente podem fazer as coisas seculares e serem mundanas. Mas os sacerdotes devem ser totalmente santos e cuidar das coisas santas. A responsabilidade dos judeus é levar o boi ou ovelha ao templo. Quanto a servir a Deus esse é um assunto dos sacerdotes, não dos judeus. Mas a igreja não é assim. Na igreja, Deus não apenas quer que tragamos coisas materiais a Ele, mas também deseja que o povo venha a Ele. Hoje a classe mediadora foi abolida. Quais foram às palavras de blasfêmia faladas pelos
judeus? Um grupo de pessoas na igreja em Esmirna estava dizendo: “Se aos irmãos é permitido fazer tudo, se os irmãos podem batizar as pessoas, se os irmãos podem partir o pão, não há qualquer ordem! Isto é terrível!” Eles queriam estabelecer uma classe mediadora.

O cristianismo de hoje tem sido judaizado. O judaísmo tem os sacerdotes, enquanto o cristianismo tem os rigorosos padres, os clérigos que não são assim tão severos, e os pastores comuns no sistema pastoral. Os padres, os clérigos e os pastores cuidam de todas as coisas espirituais. Sua única expectativa quanto aos membros da igreja é o donativo. Nós, os laicatos (os crentes comuns), somos seculares; podemos somente fazer coisas seculares e ser mundano o quanto quisermos. Mas a igreja não tem qualquer pessoa secular (mundana)! Isso não significa que não cuidamos de coisas seculares, mas que o mundo não pode tocar-nos. Na igreja cada um é espiritual. Deixe-me dizer-lhe: toda vez que a igreja chega a ponto de somente poucas pessoas cuidarem das coisas espirituais, tal igreja já caiu. Todos sabemos que aos padres católicos romanos não é permitido casar; quanto mais eles diferirem em aparência dos seres humanos, mas seguras as pessoas sentir-se-ão em confiar-lhes as coisas espirituais. A igreja não é nada disso. A igreja exige que ofereçamos todo o nosso ser a Deus. Esta é a única maneira. Cada um deve servir ao Senhor. Fazer coisas seculares é apenas tomar conta de nossas necessidades diárias.

Agora prosseguiremos para o quarto ponto. O propósito dos judeus ao servirem a Deus é que eles pudessem colher mais trigo dos campos e que os bois e rebanhos não perdessem seus
filhotes, mas multiplicassem muitas vezes, exatamente como no caso de Jacó. Eles estão buscando a benção neste mundo. As promessas de Deus a eles são também promessas da terra, para que entre as nações da terra eles sejam a cabeça e não a cauda. Mas a primeira promessa à igreja é que devemos tomar a cruz e seguir o Senhor. Algumas vezes quando prego o evangelho, as pessoas perguntam: “Haverá arroz para comer quando crermos em Jesus?” Eu respondo: “Quando você crê em Jesus, a tigela de arroz é quebrada”. Esta é a igreja. Não é que após crer você ganhara mais em todas as coisas. Certa vez quando eu estava em Nanquim, um pregador disse em sua mensagem: “Se você apenas crer em Jesus, embora possa não fazer fortuna, no mínimo, você conseguirá uma vida confortável”. Quando a igreja ouviu isso, pensei: “Isso não está de acordo com a igreja. O que a igreja ensina não é quanto eu vou ganhar diante de Deus, mas quanto estarei disposto a perder diante de Deus” A igreja não acha que o sofrimento é uma coisa dolorosa; pelo contrário, é uma alegria. Hoje, estes quatro itens – o templo material, as leis exteriores, os sacerdotes mediadores e as promessas terrenas – estão na igreja. Desejamos pregar mais as palavras de Deus. Esperamos que todos os filhos de Deus, embora todos tenham ocupações seculares, sejam homens espirituais.

Aqui o Senhor fala uma palavra mui forte: Dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo antes sinagoga de satanás. A palavra sinagoga esta especialmente relacionada ao judaísmo, assim como templo ao budismo, mosteiro ao taoísmo e mesquita ao islamismo. Um certo irmão disse que não deveríamos denominar nosso lugar de reunião como local de reuniões da igreja, mas de sinagoga cristã. Se fosse assim, quando um judeu passasse, ele ficaria muito confuso, porque Sinagoga é um termo exclusivo do judaísmo. Como poderíamos dizer que há algo como sinagoga cristã e não relacionar isto ao judaísmo? O Senhor disse que eles eram a sinagoga de Satanás. Os judeus citados aqui pelo Senhor referem-se aos judeus na igreja, porque eles até mesmo introduziram a sinagoga. Que Deus seja misericordioso para conosco. Devemos livrar-nos completamente de todas as coisas do judaísmo.

Na igreja de Esmirna havia tribulação, pobreza e blasfêmia dos judeus. Mas o Senhor disse àqueles cristãos “Não temas as cousas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vós na prisão para serdes postos a prova e tereis tribulação de dez dias. Não temas! Muitas vezes se pudéssemos entender que algo é causa por satanás, o problema já estaria solucionado pela metade. Quando começamos a pensar que algo é causado pelos homens é que temos dificuldade. Se conseguíssemos apenas entender que isso está sendo feito pelo inimigo, o problema seria resolvido e nosso coração poderia imediatamente descansar diante do Senhor.

“Tereis tribulação de dez dias”. Temos, aqui, o problema dos “dez dias”. Muitos expositores de Apocalipse e Daniel estão acostumados a contar um dia como um ano. Uma vez que contam os dez dias aqui como dez anos, eles procuram estes dez anos na história, mas não encontram nada. Eu pessoalmente sinto que não há nenhuma base bíblica para isto. Há muitos lugares na Bíblia onde dias não podem ser considerados como anos. Por exemplo, Apoc. 12:14 diz: “Um tempo, tempos, e metade de um tempo”. Isto é três anos e meio. Apoc. 12:6 diz: ”Mil duzentos e sessenta dias”. O ano calendário judaico tem 360 dias; logo 1260 dias são três anos e meio. Se um dia é equivalente a um ano, então seriam mil duzentos e sessenta anos. Se a grande tribulação durasse tão longo tempo, que fariam as pessoas?

Então, qual é o verdadeiro significado de dez dias? Na bíblia dez é mencionado muitas vezes. Em Gn 24:55 há “dez dias”. Quando o servo queria levar Rebeca com ele, o irmão e a mãe de Rebeca pediram-lhe que ela ficasse com eles pelo menos dez dias. Quando Daniel e seus amigos não se permitiram serem corrompidos pelas iguarias do rei, eles pediram ao cozinheiro chefe para testá-los por dez dias (Dn1:12). Portanto “dez dias”, na Bíblia, significa um período breve. O que o Senhor fala aqui tem o mesmo significado. Por um lado, isso significa que há dias certos para nosso sofrimento, e nossos dias de sofrimento são contados pelo Senhor. Após esses dias seremos libertados exatamente como Jô. Por outro lado, significa que os dez dias são um período muito breve. Não importa por quais provações passemos diante de Deus, elas não durarão muito. Quando os dias são completados, o maligno não pode fazer nada. As provações que você sofrerá passarão rapidamente.

“Sê fiel ate a morte e dar-te-ei a coroa da vida”. Fiel até a morte é uma questão de tempo e atitude. O Senhor insiste que a vida de todos aqueles que O servem pertence a Ele; esta é a razão por que você deve ser fiel até a morte. Todo aquele que é comprado com sangue precioso, pertence ao Senhor e deve ser totalmente pelo Senhor. Desde o inicio Cristo exige tudo de nós; agora Ele diz: “Sê fiel até á morte”. Quanto a nossa atitude, devemos ser fiéis mesmo até a morte; quantos tempos devemos ser fiéis até a morte. “Dar-te-ei a coroa da vida”. A coroa é uma recompensa; naquele tempo, a vida tornar-se-á uma coroa.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas. O Vencedor, de modo nenhum sofrerá dano da segunda morte. Aqui claramente diz que você não somente escapará da morte, mas nem sofrerá a dor da morte, porque já aprendeu a lição. As tribulações são severas; se você nunca esteve em tribulação, nunca saberá quão terrível ela é. A pobreza é opressora; se você nunca foi pobre, nunca saberá qual o gosto dela. A blasfêmia é também opressora; se você nunca foi blasfemado, não conhece sua dor. É como se cada encontro com determinada situação arrastasse você para morte, mas enquanto passa por ela, você prova que a ressurreição é um fato. O Senhor saiu da sepultura e nós também devemos sair. 
Sua vida de ressurreição hoje não pode ser sufocada; portanto, ousamos dizer que nós também não podemos ser sufocados. 

Capitulo 3 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida

ORAÇÃO...



Rádio Árvore da Vida - Dong Yu Lan


Óh Senhor, Te agradecemos e Te louvamos por Tua graça e soberania! Este site estar sendo, agora, disponibilizado é fruto da Tua misericórdia e bondade. Sentimos que o que temos feito é realmente pequeno e limitado. Todavia, cremos que a Tua benção é grande e ilimitada. Tu podes transformar água em vinho; Tu podes alimentar cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes e ainda deixar sobrar. Baseados nisso, colocamos este site nas Tuas mãos, e Te imploramos para que mostres Tua benção sobre ele, a exemplo do que fizeste com a água, os pães e os peixes.
Quão vazias as mensagens e os hinos, aqui disponibilizados, seriam sem a unção do Teu Espírito. Por causa disso, Senhor, pedimos que Tu os unja abundantemente. Quando as pessoas os ouvirem, possam elas receber revelação espiritual e suprimento de vida.
A letra mata (2 Co. 3:6), mas Teu Espírito dá Vida. Aleluia! Quão inaproveitável é se nós, os homens, somente usarmos nossa mente para entender a verdade em letras! Necessitamos da Tua luz para vermos pelo Espírito. Precisamos Te contatar usando nosso espírito humano. Ah, isto é além da nossa capacidade! Faça, Senhor, o que nós não podemos fazer. Faça com que os ouvintes ouçam as mensagens e hinos com um coração sincero de busca por Ti. Salvá-nos de recebermos as mensagens somente na mente natural sem ganhá-las no espírito. Levá-nos a ter comunhão contigo e a considerarmos a Palavra ouvida a fim de corrigirmos nossa rota.
Óh Senhor, pedimos para que Te lembres da carência que há em nós com relação ao entendimento perfeito de Ti e da Tua cruz. Não sabemos nada sobre o Teu propósito eterno. Nós estamos imersos em nós mesmos. Estamos tão cheios dos nossos próprios sentimentos. Salvá-nos nesta questão, drasticamente, para que recebamos a Tua graça e possamos ser libertos. Te pedimos, Senhor, que retires os véus que ainda existem para que vejamos as coisas espirituais claramente. Que possamos experimentar o poder de ressurreição que há em Ti. Que sejamos conformados à Tua imagem. Salvá-nos dos debates inúteis que só gerarão contendas. Torná-nos simples como Tu és. Faça de nós vencedores contigo. Livrá-nos da desolação deste mundo maligno. Purifica nossos corações a medida que desfrutamos da Tua Palavra. Que sejamos luz para este mundo em trevas. Senhor, confessamos que precisamos de Ti!
Crendo que Tu farás mais do que pedimos ou pensamos, Te agradecemos.
Toda a adoração e glória sejam para Ti somente! Amém.

MENSAGEM AOS JOVENS...

Esperar e apressar
Os jovens são conhecidos pela pressa em resolver as coisas. O desejo de antecipar-se aos fatos, por vezes, é positivo, pois faz com que o jovem seja diligente e aplicado. Em outras situações, porém, tal pressa é negativa, pois pode levar à impulsividade, insegurança e instabilidade. Nos evangelhos vemos várias situações em que o apóstolo Pedro teve problemas por se apressar em reagir e responder às situações (Mateus 16:22-23; 17:4-5; Marcos 9:5-7; João 21:21-22). Quando escreveu sua segunda epístola, entretanto, Pedro havia aprendido uma lição muito importante a respeito de esperar. Em resposta àqueles que escarneciam de sua esperança na volta do Senhor, disse: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9).
A primeira lição aqui é olhar na direção correta. Pedro aprendeu a voltar seus olhos, sua atenção, seu coração ao Senhor. Por isso, não atentava para o ambiente, mas para o que havia no coração do Senhor, para Sua longanimidade. Mas isso de forma alguma implica passividade, pois Pedro prossegue: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro 3:10-12). Pedro tinha seus olhos postos em Deus, por isso seu maior desejo era a volta do Senhor. Todo seu viver consistia em esperar e apressar tal dia.

Esta geração

Jovem, o que você mais anseia hoje? Uma carreira? Um casamento feliz? Bens? Muitas gerações têm vindo e ido. Todos buscaram suas próprias coisas, seu próprio aprazimento, e fizeram da história da humanidade uma história de insatisfação e busca insaciável. E assim será, até que venha a última geração, a geração que verá e fará acontecer todas essas coisas citadas por Pedro, na vinda de nosso Senhor Jesus. O próprio Senhor falou acerca dessa geração: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:34-35). Você quer ser parte desta geração? Ou você prefere apenas listar-se em mais uma geração que veio e passará?
Esta geração é uma geração específica. É uma geração envolvida com o falar de Deus. O trecho em Mateus 24 revela que os discípulos se preocupavam com os sinais, as condições exteriores da vinda do Senhor. Na verdade, estavam mais preocupados com as condições do tempo em que viviam, pois mesmo após a ressurreição demonstraram que seu interesse na volta do Senhor estava misturado a seu apego ao reino de Israel e ao desejo de independência do Império Romano (Atos 1:6).
A geração dos discípulos passou. A geração de Pedro, de Paulo e João passou. Muitas gerações passaram e, com elas, genuínos filhos de Deus, que amaram Sua vinda. Entretanto, nenhum deles teve a honra de participar desta geração. O Senhor disse que esta geração não passará, e, em seguida, disse que Suas palavras não passarão. Isso quer dizer que esta geração é a geração que está completamente envolvida com Suas palavras. É a geração que se compromete, que paga o preço necessário para praticar e cumprir a Palavra. O Senhor disse: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mateus 24:14). Esta geração é a geração que espera o fim, que se preocupa com a volta do Senhor. Esta geração apressa o fim, vivendo, testemunhando e propagando o evangelho do reino.
Vivemos em tempos apocalípticos. Como nas profecias, a humanidade degradada se afasta continuamente de Deus. O tom do fim é visto no prosseguimento e agravamento das guerras, dos terremotos, das calamidades climáticas, da escassez e até mesmo no reaparecimento da idéia de uma grande união do Mediterrâneo, como no Império Romano, levantada por Nicolas Sarkozy, atual presidente da França, que por isso foi chamado de “o novo César” pela imprensa européia. Tudo isso ainda não significa que a geração presente seja esta geração. Mas você pode ser parte desta geração hoje, desde que esteja disposto a comprometer-se com a Palavra.

Heróis de uma geração


Em 2 Samuel 23:8-12, vemos, na história de três heróis entre os valentes do rei Davi, o que é comprometer-se. Josebe-Bassebete brandiu a lança e feriu oitocentos. Eleazar permaneceu na batalha, quando todos fugiram, e lutou até cansar a mão (que ficou pregada à espada) e venceu sozinho um exército. Sama, igualmente, defendeu sozinho um campo de lentilhas. Jovem, você sabe manejar uma lança? Sabe ser positivo, lutando pela volta do Senhor, sem permitir que o inimigo se aproxime? sem permitir que o inimigo influencie suas escolhas e o desanime? Precisamos aprender a andar na luz (1 João 1:7). Precisamos aprender a ter comunhão com o Senhor diariamente. As trevas não podem resistir à luz (João 1:5). Satanás não poderá resistir a um jovem que, logo pela manhã, lê a Palavra em oração e invoca o nome do Senhor.
Muitos jovens reagem positivamente à Palavra quando estão em conferências ou ajuntamentos maiores. Mas, e quando todos decidem tomar outra direção, você resistirá como Eleazar? Você defenderá seu alimento espiritual, tal como fez Sama? Esses três guerreiros foram considerados heróis em sua geração não apenas por esses fatos, mas também porque, ao ouvir um simples suspiro do rei, arriscaram suas vidas, irrompendo contra o acampamento inimigo. Por seu compromisso, sua consagração, se tornaram uma libação, isto é, deram além do que parecia devido, ofereceram além do que parecia possível (2 Samuel 23:13-17). Jovem, a geração que trará o Senhor de volta é uma geração de heróis, que se comprometem, que vencem uma geração pervertida e corrupta, resplandecendo como luzeiros, como testemunho da verdade (Filipenses 2:15).

Filhinhos, pais e jovens


As palavras do apóstolo João nos ajudam a perceber que tipo de atitude, de comprometimento, o Senhor espera dos jovens da geração final. Em 1 João 2:14, lemos: “Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”. Uma geração é composta por filhinhos, pais e jovens. A geração que trará o Senhor de volta é a geração em que os jovens vencem o maligno, o inimigo de Deus, porque a Palavra permanece e é vista neles.
Jovem, se você quer ser parte de tal geração, tem de aprender a ouvir os pais, ou seja, os irmãos mais experimentados, que conhecem aquilo que havia no princípio, a vontade eterna de Deus. Os jovens dessa geração também devem se encarregar dos filhinhos, isto é, dos mais novos ou mais fracos na fé, para conduzi-los ao Pai. Ouvir os pais e apascentar os filhinhos não é algo extraordinário, antes, é a vida normal da igreja. Jovem, comprometa-se. Seja um herói na geração presente. Seja parte da geração que não passa porque vive a Palavra que é permanente (1 Pedro 1:23). Seja alguém que vive a vida normal da igreja, esperando e apressando a vinda do dia de Deus.


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ESTUDO BÍBLICO.


A justificação que vem de Deus


Leitura bíblica: Gn 3:5, 7, 9, 21; Is 14:13-14; Jo 1:29; Rm 5:9
Ler com oração:
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (Rm 5:9).

A JUSTIFICAÇÃO QUE VEM DE DEUS

Isaías 14 descreve que Lúcifer sobressaiu-se aos outros anjos (vs. 13-14), pois lhe foram dados muitos dons e muita capacidade. Como ele era muito dotado, foi cumprindo suas tarefas e recebendo de Deus posições cada vez mais elevadas. Esse é um processo normal, mas houve um momento em que ele exagerou. Deus o havia colocado acima dos outros anjos e o havia constituído o principal dentre os três arcanjos. Ele deveria ficar satisfeito, contudo não estava.

No versículo 14 seu orgulho é manifestado: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. Ele já se havia tornado o principal dos arcanjos, mas por sua soberba se julgou muito habilitado e quis subir ainda mais.

Quando já não tinha mais como subir, Lúcifer quis ser igual a Deus. Contudo ele deveria lembrar que era uma criatura, e Deus, o seu Criador. Como pode uma criatura querer comparar-se ao criador? Por causa de seu orgulho, Deus o lançou por terra. Isso deve servir-nos de exemplo, a fim de que nunca nos orgulhemos.

Quando Adão comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que Eva lhe oferecera, seus olhos foram abertos (Gn 3:7). Porque adquiriram a habilidade de discernir o bem e o mal, ambos viram que estavam nus e desse modo não poderiam agradar a Deus. Ao perceberem que a nudez era uma coisa vergonhosa, relacionada com o pecado, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Essa foi a maneira que encontraram para se justificarem, contudo o homem por si próprio não consegue cobrir sua nudez.

Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim do Éden, esconderam-se da Sua presença. Deus, então, chamou o homem e lhe perguntou: “Onde estás?” (v. 9). Adão precisava da presença de Deus, e Deus também precisava da presença de Adão. Ele sabia que Adão se escondera por causa de sua nudez, por vergonha de seu pecado. Então usou vestimentas de peles, provavelmente de um cordeiro, para vesti-los (v. 21). Isso prefigura o Senhor Jesus como Cordeiro de Deus, que morreu por nós, derramou Seu sangue e nos justificou (Jo 1:29; Rm 5:9).



Ponto-chave: Cristo, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Meu ponto-chave:
Pergunta: Por que Deus substituiu as vestimentas de Adão?

Leitura de apoio:
“O caminho para viver e reinar com Cristo” – cap. 1 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.
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