Sonda-me, ó Deus, e conhece o
meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mau e guia-me pelo caminho eterno
(Sl
139:23-24)
Mt 16:25-26;
17:24-27
Ontem vimos que a
opinião de Pedro foi exposta por Deus no monte da transfiguração (Mt 17:1-5).
Após isso, surgiu outra situação em que ele se precipitou; desta vez, quanto à
questão dos impostos.
A lei determinava que todo
judeu tinha de pagar o imposto do templo. Os que cobravam o imposto, sabendo que
Pedro era discípulo do Senhor Jesus, perguntaram-lhe: “Não paga o vosso Mestre
as duas dracmas?” (v. 24). Pedro, em si mesmo, imediatamente respondeu: “Sim”
(v. 25a). Por que Pedro disse isso? Porque era uma determinação da lei. Ele
deveria ter consultado o Senhor, mas não o fez; sua resposta teve origem em si
mesmo, em seu impulso natural e em seu conhecimento da lei. No entanto, como
estava sem o dinheiro, foi falar com o Senhor.
O Senhor, por Sua vez,
antecipando-se, perguntou: “Simão, que te parece? De quem cobram os reis da
terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?” (v. 25b). Ao que
Pedro respondeu: “Dos estranhos” (v. 26). O Senhor Jesus é o Filho de Deus;
logo, não precisava pagar esse imposto.
Novamente Pedro deparava com
sua vida da alma, com sua opinião precipitada. Provavelmente percebeu o problema
que causara ao afirmar que seu mestre pagava imposto e não sabia como
solucioná-lo. O Senhor, então, lhe disse: “Para que não os escandalizemos, vai
ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a
boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti” (v. 27). Em
outras palavras, mandou que Pedro fosse pescar para refletir sobre suas ações e
se arrepender.
Na verdade, as experiências de
Pedro mostram, de fato, como nós somos. Muitas vezes nós deparamos com situações
nas quais nossa opinião e nosso ponto de vista afloram de nossa vida da alma.
Por isso o Senhor disse que, para ganharmos a salvação completa e comparecermos
irrepreensíveis na presença de Deus, precisamos negar a vida da alma (1 Ts 5:23;
1 Pe 1:9).
Cremos que Pedro se arrependeu
cabalmente; então, enquanto pescava, fisgou o peixe que tinha na boca uma moeda
suficiente para pagar o imposto dos dois.
Há ainda outra experiência de Pedro com a qual podemos aprender lições. Na ocasião da prisão do Senhor Jesus, Pedro lançou mão da espada e cortou a orelha do servo do sacerdote (Mt 26:50-51). Mais uma vez sua vida da alma foi exposta.
Há ainda outra experiência de Pedro com a qual podemos aprender lições. Na ocasião da prisão do Senhor Jesus, Pedro lançou mão da espada e cortou a orelha do servo do sacerdote (Mt 26:50-51). Mais uma vez sua vida da alma foi exposta.
Pela misericórdia de Deus, Ele
sempre expõe nossa vida da alma, dando-nos chance de nos arrepender na Sua
presença. Mesmo servindo o Senhor há tanto tempo na vida da igreja, temos de
perceber que ainda precisamos negar a nós mesmos e repreender tudo aquilo que é
proveniente de nosso ego caído. Quem vive a vida da igreja em realidade, no
espírito, logo percebe isso. Se nossa vida da alma ainda está muito ativa, é
porque não a negamos o suficiente. Mas, para que a vida de Deus opere em nós,
precisamos vencer nossa alma. Deus sabe como somos fortes em nossa alma, por
isso Ele sempre vem expor nossa situação.