20 outubro, 2012
Exemplos que nos servem de advertência.
Pastoreai o rebanho de Deus
que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer;
nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos
foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho (1 Pe
5:2-3)
At 9:20-25; 1 Pe
5:1-4
Ter seguidores pode levar uma
pessoa a mudar. Ao ser colocado no cárcere, João Batista esperava que o Senhor
Jesus fosse salvá-lo. O Senhor podia fazê-lo, mas, se o tirasse da prisão,
talvez João continuasse concorrendo com Sua obra. Por fim, ele acabou morto na
prisão.
Assim como João Batista, Paulo
também tinha discípulos. Depois de salvo, permaneceu em Damasco, onde pregava o
evangelho com intrepidez (At 9:20-22). Por causa disso, os judeus planejaram
tirar-lhe a vida. Quando isso lhe chegou ao conhecimento, ele teve de fugir da
cidade. Uma vez que as portas estavam vigiadas, seus discípulos o puseram num
cesto e o baixaram pela muralha (vs. 23-25). Nesses versículos podemos ver que
Paulo tinha seus discípulos. Porém, por amor a Paulo e por ainda querer usá-lo,
o Senhor não permitiu que essa situação continuasse; assim, levantou
circunstâncias em que ele teve de se afastar de seus discípulos.
Paulo não passou pelo
treinamento pessoal do Senhor Jesus em Seu ministério terreno. Como alguém que
aprendera a lei e dela era zeloso, não poderia entender as coisas do Novo
Testamento, senão por revelação. A palavra da sua pregação provinha das
revelações que Deus lhe deu quando o arrebatou ao terceiro céu. Em 2 Coríntios
12:1-4, lemos: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às
visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos,
foi arrebatado até ao terceiro céu [...] e sei que o tal homem [...] foi
arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem
referir”.
Dessa forma, ele pôde entender
a economia neotestamentária de Deus, segundo vemos em suas cartas,
principalmente no livro de Efésios. E não mais produziu discípulos para
si.
Todos os que servem a igreja
precisam atentar para isso. Muitas vezes, começam bem na obra do Senhor:
humildes e submissos. Mas, quando obtêm um grupo de seguidores, que gostam
deles, podem mudar e deixar de ouvir o Senhor. A história de João Batista é uma
advertência, um espelho para todos nós.
Na obra do Senhor, não
constituamos um grupinho fechado para nós mesmos. Entre nós não deve haver
grupos. Somos um grupo só, somos uma só igreja. Também não mantenhamos nenhum
grupo especial de seguidores. Somos membros uns dos outros, e todos devemos ter
o encargo de cuidar e alimentar uns aos outros com vistas à edificação do Corpo
de Cristo.
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Crer que o Senhor é o Cristo.
Seja sobre nós a graça do
Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a
obra das nossas mãos (Sl 90:17)
Mt 11:2-6; 14:3-12
Quando João Batista ficou
encarcerado, mandou seus discípulos perguntarem ao Senhor Jesus: “És tu aquele
que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11:3). O Senhor não
respondeu nem sim, nem não. Apenas disse: “Ide e anunciai a João o que estais
ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os
surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o
evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”
(vs. 4-6).
Outras pessoas reconheciam que
o Senhor era o Cristo. Quando o Senhor estava próximo ao poço de Sicar, teve
fome, e os discípulos foram comprar comida. Ele ficou sozinho junto ao poço e
apareceu uma mulher samaritana. Depois de o Senhor lhe falar acerca da água
viva, que se torna uma fonte a jorrar do interior para a vida eterna, e também
de adorar a Deus em espírito e em realidade, a mulher disse que sabia que o
Messias haveria de vir. O Senhor, então, lhe disse: “Eu o sou, eu que falo
contigo” (Jo 4:26). A mulher voltou para a cidade e disse às pessoas: “Vinde
comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este,
porventura, o Cristo?!” (v. 29). Até a mulher samaritana cria que o Senhor era
aquele que haveria de vir, porém João Batista enviou seus discípulos para
questionar o Senhor a esse respeito.
O homem sempre aponta o erro
dos outros, mas raramente consegue ver os seus próprios. João Batista não era
diferente. Ele sabia que o Senhor Jesus era o Messias, mas mandou seus
discípulos questioná-Lo. O Senhor Jesus não o salvou da prisão, mas disse aos
que O questionavam que reportassem a João todas as obras que Ele
fazia.
Talvez alguns indaguem: “Por
que o Senhor Jesus não o salvou?”. Talvez porque João, que veio para ser Seu
precursor, acabou sendo Seu concorrente. Houve uma mudança da parte de João, por
isso o Senhor Jesus não usou de milagre para tirá-lo da prisão, assim como fez
com Pedro e com Paulo (At 12:5-9; 16:23-27); apenas relatou as obras que Ele
mesmo fazia, dando-lhe uma chance de arrependimento.
O desfecho dessa história é
que, em sua festa de aniversário, o rei Herodes se agradou da dança que a filha
de sua cunhada Herodias fez e, alegre, prometeu dar-lhe o que ela pedisse. A
menina, instigada pela mãe, pediu-lhe a cabeça de João Batista. Assim, João foi
decapitado no cárcere (Mt 14:10).
A história sobre João Batista
deve ser um alerta para nós. Que aprendamos a não fazer nenhuma obra que
concorra com a obra do ministério do Senhor!
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