09 agosto, 2012

Para Meditar...


Como está o seu apetite espiritual?


“O apetite do trabalhador o obriga a trabalhar; a sua fome o impulsiona” (Pv 16:26 NVI)

Como Pai, Deus sempre se preocupou com a alimentação dos seus filhos. No primeiro livro da Bíblia e também no último, o Senhor se apresenta como alimento. No livro de Gênesis, o Senhor se apresenta como a árvore da vida. “Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda a sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e domal”(Gn 2:9). Apocalipse, o último livro, mostra-nos que Deus dará como recompensa aos vencedores comer da árvore da vida. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”(Ap 2:7).

Se caminharmos por toda a revelação da palavra de Deus, perceberemos que sempre foi desejo do Senhor que o homem sentisse fome e desespero por se alimentar de sua palavra. No livro de Êxodo, encontramos a experiência de Israel com o maná. O maná era oferecido diariamente, demonstrando a preocupação do Pai celestial em dar alimento fresco para seus filhos. O maná guardado para o dia seguinte apodrecia (Ex 16:12-31) indicando que a comida de ontem não nos sustenta hoje.

Do que precisamos hoje? De fome espiritual. Conforme o provérbio acima, a nossa fome nos impulsiona a trabalhar a palavra de Deus no nosso interior.
Muitas vezes, encontramos cristãos com “anorexia espiritual” devido à falta de apetite pela palavra de Deus.
Ao nos examinar, o Senhor como médico dos médicos com certeza nos conduziria a um tratamento espiritual, que certamente surtiria um efeito curativo. Muita água (Espírito), muito descanso (não fazer nada por nós mesmos), e muito exercício na palavra, para que não achemos prazer em “frituras” e “guloseimas”, que apenas nos engordam, mas não são saudáveis para o nosso crescimento.
A coleta do maná era individual, o que leva a crer que havia uma responsabilidade pessoal em se alimentar. O Senhor reservou uma porção para cada um dos seus filhos. Ele nunca desejou que os israelitas se alimentassem da porção exclusiva que Ele deu a Moisés. Deus disponibiliza uma porção para cada um, esperando que experimentemos por nós mesmos o sabor, o frescor, a energia, que procedem de sua palavra diária.
Um faminto não fica esperando apenas pelas reuniões do final de semana. Ele deve coletar o maná diariamente mediante a leitura da palavra misturada com oração, na comunhão matinal e nas reuniões familiares.
Ao oferecer o maná aos seus filhos, o Senhor queria ensinar uma lição fascinante. Cabia ao povo apenas colhê-lo. Hoje, como colhemos o maná? Temos a nossa disposição a Bíblia cheia de suprimento. O maná fresco está contido nela. No primeiro momento, talvez tenhamos alguma dificuldade na coleta diária, mas  à medida em que nós perseveramos e sentimos os efeitos da palavra em nossas vidas, mais habituados nos tornaremos com essa fonte inesgotável de alimento e mais dependente dela nos tornaremos. A fome sempre será renovada, o desejo por Deus aumentará e o suprimento com certeza estará garantido. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5:6).
Uma vez supridos, teremos com que suprir. Todos aqueles que experimentaram o alimento celestial inevitavelmente conduzirão outros a desejá-lo. Isso resultará na produção de mais coletores de maná, mais reuniões ricas da palavra, mais pessoas introduzidas na vida da igreja, mais famílias equilibradas e Deus também ficará satisfeito.

Purificados de toda impureza para reinar.


Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus (2 Co 7:1). Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações (Ap 2:26)


Êx 20:4-5; Mt 13:31-33; 2 Tm 2:22; Ap 2:12-14, 18-21

Após dois séculos de perseguição da igreja, o número de cristãos continuava aumentando. Por isso, no começo do século IV, o imperador romano Constantino passou a apoiar o cristianismo. O que aparentemente parecia ser bom, era na verdade uma mudança na estratégia do inimigo para introduzir o mundo na igreja.
O imperador concedeu vários benefícios aos que abraçassem a Fé cristã: liberação do serviço militar, roupa de graça, ajuda financeira etc. Benefícios como esses, tornaram o cristianismo atraente para muitos romanos, que aceitavam o batismo não porque criam no nome de Jesus, mas para obter os favores do Estado. Assim, pouco a pouco, esses cristãos nominais foram conquistando posições elevadas na sociedade, envolvendo-se com a política. Por isso, em vez de serem perseguidos, passaram a ser exaltados.
Esse contexto é ilustrado pela igreja em Pérgamo e está associado à parábola do grão de mostarda (Ap 2:12-17; Mt 13:31). Pérgamo significa torre alta e também matrimônio. Sem a realidade da fé no nome do Senhor Jesus, muitos se uniram ao cristianismo por conveniência; assim, a igreja se “casou” com a política e “cresceu” de maneira anormal, abrindo portas para o mundo e coisas malignas virem e “aninharemse” sobre seus ramos (Ap 2:14-15; cf. Mt 13:32). Isso alterou a natureza da igreja e foi o início de sua degradação.
Em seguida, Apocalipse 2:18-29 expõe a igreja em Tiatira, que representa os eventos seguintes na história da degradação da igreja. Com um imensurável número de cristãos nominais, os líderes da igreja superaram o domínio político do governo romano. Como resultado disso, no final do século IV, o Estado romano passou a ser oficialmente cristão e quem controlava o império já não era mais o poder político de Roma, e sim o poder do sistema religioso.
Esse sistema é representado pela mulher da parábola de Mateus 13:33, que misturou fermento às três medidas de farinha, levedando toda a massa. Em Apocalipse ela é chamada de Jezabel. O desejo de Deus era restaurar a igreja, mas esse sistema religioso produziu seus próprios ensinamentos, os quais vieram a substituir as verdades fundamentais da Palavra de Deus. O nome do Senhor Jesus também foi para segundo plano e não era mais evidenciado, tampouco invocado, pois o nome de Maria, mãe de Jesus, passou a ser cultuado e adorado (Êx 20:4-5).
Contudo, em Apocalipse 2:25-26, o Senhor encoraja os vencedores a guardarem Suas obras, a fim de receberem seu galardão: ter autoridade sobre as nações. Que o Senhor guarde nosso coração de toda mistura, fermento, idolatria e impureza, tornando-nos puros de coração para reinarmos com Ele.