03 agosto, 2012

Para Meditar...

A esperança do nosso chamamento



segundo Sua presciência, isto é, segundo sua onisciência – seu conhecimento completo (1 Pedro 1:2). Em Sua onisciência, Deus estava separando algumas pessoas entre muitas para Seu propósito eterno. Baseado nessa verdade profunda de Pedro, que ele aprendeu com o próprio Senhor, não fomos nós que escolhemos o Senhor, mas foi Ele que primeiramente nos escolheu. Nossa motivação em escolher o Senhor está na escolha que Ele primeiramente fez de nós: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (João 17:16).
Deus não somente nos escolheu, mas também nos deu uma esperança. Enquanto a escolha de Deus aponta na direção da eternidade passada, a esperança aponta para a eternidade futura. Entre esses extremos, surge o tempo, período no qual Deus cria condições práticas para que nós O escolhamos e condições para crescermos e amadurecermos a fim de nos apropriarmos definitivamente de Sua gloriosa herança. O que estamos esperando e que condições são colocadas diante de nós para a obtermos?
A primeira estrofe diz que aguardamos a santidade e a filiação de Deus. Quando cremos, a vida de Deus entrou em nós e hoje está sendo trabalhada para gerar a mesma natureza santa que há em Deus, como resultado da expansão da vida de Deus em nós, isto é, a filiação – a condição mais madura do filho de Deus. É nessa condição que nos tornamos semelhantes a Ele em vida e natureza (2 Pedro 1:4; 1 João 3:2). A segunda estrofe fala dos sofrimentos. Tanto Paulo como Pedro e o próprio Senhor Jesus mostram os sofrimentos como o caminho para obter a herança que está reservada para nós na eternidade futura. E, ainda, todos os filhos de Deus que passarem por essas experiências desfrutando da graça e louvando o Senhor receberão ainda uma passagem para desfrutar de Cristo por um período de mil anos em Seu reino aqui na terra.
Que grande bênção é ter sido escolhido pelo Senhor para essa grande esperança!

Louvado seja o Senhor Jesus!


1.Antes da criação do mundo, Deus nos escolheu
Para sermos santos e perfeitos Nele;
Em amor, Ele nos predestinou à filiação
Pelo bom prazer da Sua vontade, em Cristo.

Essa é a esperança do nosso chamamento:
Alcançarmos plena filiação!
Essa é a esperança do nosso chamamento:
Sermos Sua herança e expressão!

2.Todas as coisas, para o nosso bem vêm cooperar
E fazer-nos Seus herdeiros já maduros;
Hoje se nós sofremos com o Senhor, crescendo assim
No porvir, nós reinaremos com ele, em glória!

A ênfase do ministério do apóstolo João em sua maturidade.

Ora, se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes. Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (Jo 13:17; 14:25-26)

Jo 14:16-26; At 2:42-47; 8:1; 9:1-8, 13-18; Ap 1:9-11, 19-20


A igreja em Jerusalém teve um bom começo e cresceu em número, invocando o nome do Senhor. Os irmãos eram unânimes e dia a dia o Senhor lhes acrescentava os que iam sendo salvos (At 2:47). Por causa da perseguição aos que invocavam o nome do Senhor, os irmãos igreja em Jerusalém foram dispersos e muitas cidades foram alcançadas.

Paulo, que era um perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor Jesus, se converteu e passou a invocar o Seu nome (9:21, 27-28). Muitas igrejas foram levantadas por ele e muitas receberam sua visita. Em sua segunda viagem missionária, Paulo estava no Espírito e o Senhor era com ele, mas na terceira ele levou para a igreja em Éfeso as práticas que enfatizavam o conhecimento doutrinário e as manifestações do Espírito; com isso a igreja em Éfeso deixou de ser desejável. Os irmãos passaram a viver na esfera da alma conforme descrito em 2 Timóteo 3 e Apocalipse 2:4.

Quando recebeu a visão no exílio, em Patmos, João escreveu o livro de Apocalipse. Ao ser libertado, se dispôs a ir a Éfeso para servir e encontrou a igreja em degradação. O serviço de João foi levar a igreja a invocar o nome do Senhor e praticar o conteúdo da Epístola de Paulo aos Efésios.

João estava no Espírito e viu que a epístola estava repleta de verdades. Seu conteúdo é sobre a economia neotestamentária de Deus: o Pai, o Filho e o Espírito dispensando a Sua vida ao homem tripartido. Quando João viu a condição dos irmãos, ele se lembrou do que o Senhor Jesus havia dito quando estava entre eles. Naqueles três anos e meio, Ele já havia falado sobre o desejo do Deus Triúno de Se dispensar para dentro de Seus filhos (Jo 14:16-20).

Os escritores dos três evangelhos deram ênfase à pessoa exemplar do Senhor Jesus, mas nenhum deles havia registrado as palavras de vida por Ele proferidas. Mateus era cobrador de impostos, oficial do governo, e possuía um pouco mais de conhecimento, por isso ele conseguiu anotar pontos cruciais das palavras do Senhor acerca do reino dos céus (Mt 3:2). Marcos escreveu sobre a pessoa de Jesus no aspecto do serviço e Lucas sobre seu viver humano cheio de virtudes excelentes.

João foi preservado pelo Senhor quando surgiu a perseguição da igreja pelo império romano. Pedro que era o principal líder da igreja foi condenado à morte; João foi considerado seu cúmplice e como pela lei romana não era passível de morte, foi mantido na prisão por vinte anos. Nesse período, ele se lembrou das palavras proferidas pelo Senhor e recebeu ainda outras que Ele não havia falado nos três anos e meio que esteve com os discípulos, uma vez que no exílio João foi suprido pelo Espírito da realidade (Jo 14:16-26).

Louvamos ao Senhor porque hoje podemos depender do Espírito; ao invocar o nome do Senhor, recebermos Sua vida. É também por meio desse Espírito que recebemos revelação da Palavra do Senhor. Esperamos continuar na prática dessas palavras para não cair na condição das igrejas na época de Paulo, que tomavam as verdades como assunto para mera discussão e análise.