14 fevereiro, 2013

A continuidade do ministério por meio de Pedro.


Disse Jesus a seus discípulos: se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me (Mt 16:24)

 
 
Mt 16:22-23; 17:4-5, 24-27
 

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Os doze apóstolos foram incumbidos do ministério de invocar o nome do Senhor. Porém, com a perseguição da igreja em Jerusalém, cessou esse ministério. Para lhe dar continuidade, Deus chamou Paulo, que pregou o evangelho e ensinou as igrejas a invocarem o nome do Senhor. Após sua prisão, Paulo também cessou seu ministério e prosseguiu servindo o Senhor apenas por meio de seus escritos, isto é, suas epístolas. O Senhor, então, prosseguiu esse ministério por meio do apóstolo Pedro.

Quando Pedro começou a seguir o Senhor, sua vida da alma era forte, mas ele teve a oportunidade de ter seu ego exposto em cada situação mostrada pelo Senhor Jesus. Em Mateus 16, após manifestar seu amor natural, dizendo que o Senhor não deveria sofrer em Jerusalém, Jesus lhe disse que, para segui-Lo, a condição era negar a si mesmo (v. 24). Embora tivesse ouvido essa palavra, parece que ele ainda não a havia compreendido. Em Mateus 17, Pedro deu vazão à sua opinião novamente no monte da transfiguração, quando sugeriu que se fizessem três tendas: uma para o Senhor, outra para Moisés e outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e vindo da nuvem uma voz, lhe disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5). Deus mostrou a Pedro que a era de Moisés e de Elias já havia passado, de modo que, no Novo Testamento, devemos ouvir apenas ao Senhor Jesus, o Filho amado de Deus Pai.

Ainda em Mateus 17, Pedro novamente deu espaço à sua opinião, quando respondeu aos cobradores de impostos que o Senhor Jesus pagava o tributo do templo. A vida da alma de Pedro veio à tona porque ele se antecipou em responder aquela pergunta sem, antes, consultar o Senhor. Segundo sua lógica, o fato de o Senhor ser um israelita indicava que Ele também devia pagar aquele tributo. Ele não deu atenção ao fato de que o Senhor era o Filho do Deus vivo, conforme a revelação recebida em Mateus 16. Então o Senhor precisou lembrá-lo disso. Como Filho de Deus, Ele estava isento do tributo, mas, como Pedro já havia afirmado o contrário aos cobradores de impostos, o Senhor providenciou uma situação para que ele conseguisse o dinheiro para ambos. Conforme Sua orientação, Pedro foi pescar. Enquanto aguardava que o peixe fosse fisgado pelo anzol, ele provavelmente teve tempo de se arrepender.

Quando o Senhor Jesus estava prestes a ser preso pelos soldados, Pedro novamente manifestou sua vida da alma, ao lançar mão de uma espada e cortar a orelha de um dos soldados. O Senhor, todavia, o curou, mostrando a Pedro que lançar mão de seus próprios métodos não era o caminho para segui-Lo e que ele deveria, mais uma vez, se arrepender.

Pedro teve várias oportunidades para se arrepender, e essas situações serviram de lições para seu amadurecimento, pois no final de seu ministério ele as transmitiu em suas epístolas. Silas, por exemplo, o acompanhou nesse período e provavelmente recebeu influência positiva de Pedro (1 Pe 5:12). Quando Paulo passou por Jerusalém, no final de sua segunda viagem missionária, não vemos mais a presença de Silas com ele, nem para onde teria ido. Mas, por meio da Primeira Epístola de Pedro, descobrimos que, em algum momento, Silas foi para a Babilônia, na mesma época em que Pedro estava lá. Graças ao Senhor, Pedro já estava maduro, não vivendo mais por seus impulsos, mas pelo Espírito, e juntamente com Silas transmitiu a palavra de Deus com sabedoria. Assim o ministério do Novo Testamento teve continuidade com o apóstolo Pedro.





Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan



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O ministério epistolar de Paulo.

Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé (2 Tm 4:7)

 
 
At 20:16-38; 21:24-32
 

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A terceira viagem de Paulo não foi bem-sucedida. Seu intuito era levar a coleta das ofertas aos santos em Jerusalém. Nessa viagem, Silas não o acompanhou, talvez por perceber que Paulo estava com um propósito definido no coração, o qual poderia não ser necessariamente a vontade do Espírito. Ao final da terceira viagem, em Jerusalém, após Paulo entregar a coleta a Tiago, este lhe mostrou dezenas de milhares de judeus que haviam crido e guardavam as ordenanças da lei. Ao mesmo tempo, Paulo foi questionado com respeito a incitar os irmãos a não guardarem a lei. Pressionado pelo ambiente poluído com a tradição judaica, ele não resistiu à sugestão de Tiago. Paulo até consentiu em fazer o voto de nazireado e ajudar a pagar as despesas de outros cinco judeus que também estavam fazendo voto naquele dia. Era como se Paulo estivesse retornando às práticas do Antigo Testamento.

Todavia, antes que Paulo concluísse o voto, houve um grande alvoroço causado pela multidão e ele foi levado preso. Deus não permitiu que Paulo completasse o voto e nem que fosse morto pelos judeus da Ásia. Isso ocorreu pela soberania do Senhor, o que possibilitou que Paulo continuasse sendo útil ao Senhor em Seu ministério. Deus ainda contava com ele, não mais no ministério edificador das igrejas, mas no ministério epistolar. Ele incumbiu Paulo de escrever acerca da revelação da economia neotestamentária (2 Co 12:1-4; Ef 3:1-3; Cl 1:25).

Sabemos que Paulo não foi um dos discípulos do Senhor Jesus quando Ele esteve na terra. Antes, era um fariseu, zeloso da lei e irrepreensível. Por causa disso, após ser salvo, ele ainda precisava ser equipado com a revelação neotestamentária da Palavra de Deus. O capítulo 12 da Segunda Epístola aos Coríntios relata que ele foi arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis da parte de Deus. Essas palavras eram a revelação do plano eterno de Deus e precisavam ser transmitidas por meio das epístolas que Paulo escreveu, após ser preso em Roma. Esse era o seu ministério epistolar, através do qual Deus ainda queria operar. Na prisão em Roma, Paulo escreveu quatro principais epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Depois, enquanto aguardava seu julgamento, ele fez uma rápida viagem. Nesse período, ele escreveu 1 Timóteo e Tito e, no retorno à prisão, escreveu Hebreus e 2 Timóteo. Ao final de sua vida, ele sentia que sua hora havia chegado e estava pronto para ser oferecido como libação. Por isso registrou as seguintes palavras: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” Disso, podemos concluir que Paulo estava se referindo ao seu ministério epistolar, e não ao ministério de edificar igrejas, pois, quando escreveu essas palavras a Timóteo, a igreja em Éfeso estava em degradação. De qualquer maneira, somos gratos a Deus pelas catorze epístolas de Paulo que nos revelam a economia neotestamentária de Deus.







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Escrito por Dong Yu Lan



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