31 janeiro, 2012

A unção para o desempenho do ministério

Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória (Ef 1:13 -14)
Mt 4:19, 21; 9:9; Jo 1:1, 14; 14:16-17; At 2:41; 4:4; Ef 1:3-14

Em Seu ministério terrenal, o Senhor Jesus escolheu um grupo de pessoas para cooperar com Ele. Jesus "subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar" (Mc 3:13-14). Como vimos ontem, a estes doze deu também o nome de apóstolos. Eis os nomes dos doze: "Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas lscariotes, que foi quem o traiu" (Mt 10:2-4).
É importante perceber que a profissão exercida pelos doze discípulos tinha relação com a função deles no serviço ao Senhor. Pedro e André lançavam suas redes ao mar quando o Senhor os chamou para segui-Lo. Ele lhes disse: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens" (4:19).

Depois o Senhor chamou Tiago e João, "que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes" (v. 21). Quando as redes se rompem, os peixes escapam. O Senhor chamou Tiago e especialmente João para realizar a obra de remendar as redes no campo espiritual a fim de evitar que a vida escapasse. Pedro pregava o evangelho, "lançava as redes" e muitos eram salvos (At 2:41; 4:4). Mas, pouco a pouco, eles se dispersaram devido ao "rompimento das redes". Quando isso aconteceu, Deus chamou João e o usou para "remendar as redes", isto é, restaurá-los com a vida divina.

Os discípulos escolhidos por Jesus, em sua maioria, eram pescadores e não tinham muita instrução. Dentre eles, o Senhor Jesus escolheu Mateus, um cobrador de impostos (Mt 9:9). Mateus tinha instrução administrativa e foi usado por Deus para apresentar-nos as questões relativas ao reino dos céus.

Durante os três anos e meio em que esteve com os discípulos, o Senhor Jesus falou muitas coisas, mas eles não absorveram muito bem Suas palavras. Sobretudo as que se referiam à vida eterna, ao Espírito e à economia neotestamentária de Deus. Mais tarde, Paulo, que não fez parte do primeiro grupo de apóstolos, falou em Efésios sobre o dispensar do Pai, do Filho e do Espírito (Ef 1:3-14).

Em seu evangelho, João também detalhou a economia de Deus. O Pai é Deus, que já estava no princípio (Jo 1:1). O Filho é Deus corporificado; é o Verbo que se fez carne para que Deus viesse estar com o homem (1:14). Ele recebeu o nome de Emanuel, mas, como homem, não poderia estar para sempre conosco. Por isso João 14 mostra que Ele se tornou o Espírito da realidade (vs. 16-17). Desse modo, como o Espírito, o Senhor estará para sempre conosco. Aleluia!