05 agosto, 2012

Refletindo...

Não desista dos seus sonhos

Os problemas nos aproximam de Deus. É no vale que olhamos com mais intensidade para as alturas. É na crise que recorremos com mais pressa a Deus. Quando os nossos sonhos não se realizam, temos necessidade de buscar a Deus. É nessas horas que aprendemos a profunda lição que Deus adia os nossos sonhos para que o coloquemos em primeiro lugar em nossa vida. O Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. A intimidade de Deus é a maior necessidade da nossa vida. Estar com Deus é a maior prioridade da nossa agenda. Os problemas não vêm para nos afastar de Deus, mas para nos levar à presença divina. Eles não são permitidos ou mandados por Deus para nos destruir, mas para gerar em nós dependência do Altíssimo. Deus adia a realização dos nossos sonhos para nos manter perto Dele e nos ensinar que tudo, sem Ele, é nada.

Quando Samuel nasceu, Ana o viu como milagre de Deus. Ela sabia que a sua gravidez não havia sido normal. Samuel era fruto de uma intervenção sobrenatural e extraordinária de Deus em sua vida. Ana sabia que Samuel era fruto da resposta de suas orações (1 Sm 1:27). Precisamos ter claro em nossa mente que tanto o ordinário quanto o extraordinário são bênçãos procedentes do Senhor. O simples fato de estarmos vivos é um milagre de Deus. O alimento que temos sobre a mesa é um prodígio da providência divina. Geralmente as pessoas só enxergam como milagre de Deus os fatos sobrenaturais. Por exemplo, quando um doente é curado de câncer. Mas não vêem como ação maravilhosa do Senhor o fato de sermos protegidos diariamente dos aleivosos perigos das doenças contagiosas, dos vírus e bactérias que nos cercam. Às vezes, só interpretamos como milagres o fato de uma pessoa sofrer um acidente grave e sair ilesa, mas não paramos para agradecer a Deus o fato de sairmos de casa todos os dias e voltarmos em segurança.

Ana devolveu para Deus o filho que recebeu de Deus. Ela fez o voto e o cumpriu. Ela levou Samuel à Casa de Deus e o dedicou ao Senhor por todos os dias da sua vida. Não fosse o entendimento de que tudo é de Deus, vem de Deus e deve ser consagrado de volta a Deus, e Samuel teria sido o centro da vida de Ana. Não fosse essa visão de Ana, Samuel teria sido o seu deus, a razão da sua vida. Muitas pessoas transformam as bênçãos de Deus em ídolos. Prosperam, e colocam o seu coração na riqueza, deixando Deus de lado. Casam-se e fazem do cônjuge um ídolo, abandonando o Senhor. Têm filhos, vivem em função deles, em vez de consagrá-los a Deus e criá-los para o Senhor. Muitas pessoas agarram-se tanto às bênçãos de Deus que se esquecem do Deus das bênçãos. Fazem do dinheiro um ídolo. Vivem como escravos de Mamom. Vivem para ele. Morrem por ele.

O que você tem oferecido a Deus? É o seu melhor? Você tem colocado as primícias no altar de Deus? Ou tem comparecido diante do Senhor de mãos vazias? Na época de Malaquias, o povo de Israel oferecia a Deus os animais cegos e aleijados. Entregavam o resto para Deus. O que você tem apresentado ao Senhor? Tudo o que você tem é de Deus. A casa que você mora, o carro em que você anda, o salário que você recebe, a família que você tem, a sua própria vida, tudo é de Deus. O que você tem devolvido ao Senhor? O que você tem consagrado de volta para Deus? Você tem colocado o seu melhor, como Abraão, no altar do Senhor? Você tem dado o seu melhor para Deus como Ana?

O sonho (vontade) de Ana era muito pequeno. Suas aspirações não eram suficientemente ousadas. Ela queria apenas ver o seu ventre transformando-se num cenário de vida. Ela só aspirava gerar uma criança, carregar no colo um filho e amamentar um rebento. Mas, Deus não realizou o sonho (vontade) de Ana no seu tempo, porque tinha algo maior para fazer em sua vida. Os pensamentos de Deus são mais elevados do que os nossos pensamentos. Os sonhos (vontade) de Deus são maiores do que os nossos sonhos (vontade). O sonho (vontade) de Deus para Ana não era apenas que ela fosse mãe, mas mãe do maior profeta daquela geração. Samuel não seria um homem comum, mas aquele que traria o povo de Israel de volta para Deus, o último e o maior juiz de Israel. Samuel seria o homem que restauraria a credibilidade do sacerdócio tão desgastado com o ministério repreensível de Hofni e Finéias. Samuel seria o grande instrumento que Deus usaria para ungir Saul como o primeiro rei de Israel e Davi como o seu sucessor. Ana chorava porque queria ver os seus sonhos (vontade) realizados, mas Deus os adiou porque almejava algo melhor e mais elevado para ela. Quando pensamos que Deus está distante ou indiferente aos anseios mais profundos da nossa alma, quando achamos que ele não se importa com a realização dos nossos sonhos, Ele está trabalhando em nós e por nós, fazendo maravilhas maiores do que poderíamos imaginar.
Livro: “Não desista dos seus sonhos”
(Site Igreja em Uberaba).

Salmos 23: 1-6

(Sl 23:1) O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

(Sl 23:2) Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

(Sl 23:3) Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

(Sl 23:4) Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

(Sl 23:5) Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

(Sl 23:6) Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Mensagem aos Jovens...

Uma palavra de esperança aos jovens "Pedros" de hoje



Um falar digno de nota

O falar de Pedro, depois que ele passou por todo o processo de transformação, tornou-se um falar digno de nota. Ele escreveu duas epístolas, as quais passaram a fazer parte dos escritos do Novo Testamento. Seu falar tornou-se positivo e cheio de valor. Você sabia que o Evangelho de Marcos surgiu das palavras que ele compartilhava com Marcos? Enquanto Pedro falava, Marcos registrava. O falar de Pedro era um falar digno de nota. Tudo que ele falava tinha valor para o Senhor e as pessoas. Seu falar serviu para compor a própria Bíblia.
Se começarmos a registrar nosso falar desde o momento em que amanhecemos até o anoitecer, nosso falar será digno de nota, vai ser registrado, será útil ao Senhor? O falar de Pedro era tão nobre que gerou duas epístolas e seu compartilhar tão distinto gerou um evangelho. No total de um dia inteiro do falar de um jovem, o que será aproveitado? Seu falar servirá para escrever pelo menos uma nota de rodapé, um pequeno comentário no final de uma página? Nosso falar descreve muito bem se somos ou não transformados. Você, jovem, deseja ser usado pelo Senhor, deseja ver suas palavras servindo de ajuda para suprir e edificar as pessoas que estão a sua volta?

A salvação completa de Deus

Para alguém ser usado pelo Senhor, ele precisa permitir que sua alma seja transformada. Muitos filhos de Deus nem desconfiam que precisam passar por esse processo e aqueles que sabem não gostam muito de se submeter a essa transformação. Muitos sabem, e a Bíblia confirma, que temos três partes: espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5:23). Após a queda do homem, essas três partes ficaram comprometidas, contaminadas. O espírito perdeu sua importante função de ter comunhão com Deus, a alma ficou danificada e o corpo tornou-se carne. Sabemos que, quando cremos e recebemos o Senhor como nosso Salvador, o espírito humano é regenerado. Um milagre acontece quando o espírito recebe a vida divina, a vida do próprio Deus. Quando o espírito é regenerado, ele resgata novamente sua função de contatar Deus, que é Espírito. Não foi preciso fazer nada além de crer. O corpo do homem, que tem uma propensão para pecar, também precisa ser salvo. E isso vai acontecer na segunda vinda de Cristo. Essa é a esperança que temos e que foi registrada em 1 Coríntios 15. No que diz respeito ao tempo, nossa salvação completa fica assim: no passado, aqueles que creram no Senhor têm seu espírito salvo; no futuro, pelo poder de Deus, terão também seu corpo salvo.
Mas, quanto ao presente, o que o Senhor está fazendo, o que está acontecendo conosco? estaríamos apenas louvando o Senhor pela salvação de nosso espírito e aguardando com expectativa a glorificação do corpo? Não apenas isso. Hoje o Senhor está trabalhando em nossa alma, que corresponde a nosso eu, ego, velho homem, que tem aprendido, desde sua queda, a pensar por si mesmo, a amar outras coisas que não são o próprio Deus e a usar a vontade obstinada para decidir por seus próprios interesses. Nossa mente, emoção e vontade, que fazem parte da alma, constituem nossa pessoa e, por meio delas, nos guiamos, vivemos e resolvemos as coisas. Isso é nossa alma, a qual precisa ser negada e transformada.

O contrato de transformação

Pedro passou por um processo completo de transformação. Foi o próprio Cristo que deu início a esse processo. No Evangelho de João, capítulo 1:40-42, lemos: “Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus. Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” O nome Simão aqui não é positivo. Esse nome, no contexto espiritual do Novo Testamento, representa nosso homem natural, nosso ego e nossa pessoa, que vive independente de Deus e que, quando não está expressando a si mesmo, expressa Satanás. E é exatamente essa pessoa que precisa ser transformada em uma pedra. O Senhor identificou de imediato quem Pedro era. Talvez ele nunca tivesse tido a sensação de que precisava ser transformado. Mas quando o Senhor lançou os olhos nele, parecia dizer: “Você é Simão, sei quem você é.” Provavelmente Pedro nunca tenha passado por uma situação dessas – ser radiografado, diagnosticado por outra pessoa de forma tão contundente e profunda. Embora tenha tido seus pais e convivesse com amigos, é provável que ninguém o tenha alertado do fato de que precisava ser transformado.
Jovem, precisamos admitir que nem todas as pessoas o conhecem, nem mesmo seus pais sabem exatamente quem você é, o que está dentro de você; mas o Senhor sabe. Todas as vezes que o Senhor olha para você, Ele sabe com precisão os pontos que precisam ser transformados. Não adianta se esconder ou usar algum tipo de máscara, Ele ainda sabe o que nós somos. Em vez de tentar se esconder do Senhor, seria melhor abrir-se logo a Ele e dizer: “Senhor, estou aqui, sou um Simão, me transforme em Pedro”.
A declaração do Senhor de que transformaria Simão em um Pedro tem o significado de um contrato – o contrato de transformação. Quando algumas pessoas olham para nossos erros, falhas, elas chegam até a imaginar que não há solução para nós. Alguém já lhe disse, jovem, que você não tem jeito, que não há saída e esperança para você? Quantas vezes você já olhou para suas falhas diárias e começou a ponderar que de fato você é um caso perdido e que com certeza morrerá desse jeito e que ninguém poderá fazer nada a respeito? Quantas pessoas deixam a estrada cristã por não apostar mais em si mesmas? Outras até já pensaram no extremo de atentar contra a própria vida por não verem solução além de milhares de falhas e erros, mesmo depois de terem feito juramentos de que não errariam mais?! Como se não bastassem as pessoas e nossa própria consciência nos acusando, há ainda Satanás que passa uma espécie de marcador de texto, isto é, marcador de pecados, para realçá-los ainda mais nos fazendo ficar cada vez mais desanimados. A declaração do Senhor: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” contém palavras de boas-novas, que são como água para o sedento, como uma sentença de liberdade para o condenado – são o ungüento de Deus para o homem miserável.
Não gaste muito tempo olhando para o tipo de pessoa que você é, para seus erros, falhas e pecados, mas gaste todo o tempo de sua trajetória cristã olhando para Aquele que disse que nos transformaria; olhe para Aquele que fez um contrato com você e que hoje o tem em Suas mãos – olhe para Jesus; é Ele quem se interessa por você e irá terminar a obra que já começou. Nós estamos nas mãos do Senhor!


Texto extraído do Jornal Árvore da Vida número 190 - Publicado pela Editora Árvore da Vida

O Senhor está chamando vencedores.

O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho (Ap 21:7)

Mt 13:4-8, 19, 24-32; Ap 2:7, 11, 17, 26-27; 3:5, 12, 21


O falar do Senhor aos vencedores das sete igrejas da Ásia, mencionadas em Apocalipse 2 e 3, está relacionado às parábolas de Mateus 13. A primeira parábola é a do semeador: “Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho e, vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo porém o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um” (vs. 3-8).

A condição inicial da igreja em Éfeso pode ser comparada à semente lançada à beira do caminho e que é arrebatada pelas aves. No princípio, a igreja apresentava uma situação anormal por causa do predomínio das discussões sobre doutrinas, gerando ensinamentos diferentes, uma vez que se ocupavam com fábulas e genealogias sem fim (1 Tm 1:3-4). Isso levou o coração dos irmãos a endurecer, como era a terra à beira do caminho, e consequentemente abandonaram o primeiro amor. Depois de receber ajuda do apóstolo João, a igreja foi restaurada à condição de boa terra, de modo que os irmãos se tornaram frutíferos e estavam prontos a sofrer por causa do evangelho.

Foi nessa condição que surgiu a igreja em Esmirna. Ela passou por um período de perseguição e sofrimento que pode ser comparado ao que o trigo sofre por causa do joio na segunda parábola: “O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. [...] Deixai-os crescer juntos até à colheita e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (Mt 13:24-26, 30). Como nós já vimos, o joio concorre com o trigo para receber a luz do sol e os nutrientes da terra a fim de crescer. Isso ilustra o quanto a igreja sofreu debaixo das perseguições no período da igreja em Esmirna. Todo esse sofrimento, contudo, produziu muitos vencedores.

A terceira parábola é a do grão de mostarda: “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (vs. 31-32). A mostarda é uma hortaliça que serve de alimento para o homem, mas nessa parábola apresenta uma situação anormal, pois cresceu e se tornou uma grande árvore. Isso não está de acordo com o princípio da criação de Deus quando, no terceiro dia, a terra produziu relva, ervas e árvores, cada uma segundo a sua espécie (Gn 1:11-12).

Essa parábola está relacionada com a igreja em Pérgamo. A igreja como grão de mostarda deveria alimentar as pessoas com a revelação da Palavra de Deus e supri-las de vida, mas no período de Pérgamo ela se desenvolveu de maneira anormal a ponto de se tornar habitação de Satanás (Ap 2:13). De acordo com o princípio adotado pelo Senhor na parábola do semeador, as aves são o maligno (Mt 13:4, 19, 32); então, quanto mais ramos, mais espaço há para o maligno. Mesmo nessa condição, Deus chama vencedores. Todavia não devemos buscar um crescimento anormal, abrindo portas para o maligno vir “aninhar-se”. Nossa função é tão somente alimentar, suprir as pessoas com Espírito e vida.

Louvado seja o Senhor! Hoje, em cada igreja, Deus está chamando vencedores. Aleluia!