24 junho, 2011

A capacidade ilimitada de perdoar


Deus tornou-se homem e, em Seu viver humano, elevou todas as virtudes humanas. O propósito de Deus é que hoje, nós, seus filhos, possamos manifestar essas virtudes.
Sabemos que, ao longo dos anos, nosso relacionamento conjugal passa por momentos difíceis, momentos de ofensas e de atritos. Alguns chegam até a pensar: "Agora eu não agüento mais". Podemos comparar essa situação ao relacionamento da língua com os dentes. Por estarem muito próximos, é praticamente inevitável que os dentes mordam a língua. Se fosse possível, talvez os dentes pudessem argumentar dizendo que a língua entrou em seu caminho. A língua, por sua vez, poderia dizer que estava tentando ajudar os dentes,  empurrando a comida para mais perto deles. Mas o que acontece é que, por estarem muito próximos, involuntariamente, isso pode vir a acontecer e não apenas uma vez, mas várias. Que fazer? Cortar a língua ou arrancar os dentes?
Certa vez o apóstolo Pedro aproximou-se do Senhor Jesus e Lhe perguntou: "Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?" (Mateus 18:21). O Senhor então lhe respondeu: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete! (v.22).
Em nossa jornada conjugal, se estivermos ligados a nosso cabeça, que é Cristo, como "língua" sempre estaremos dispostos a perdoar os "dentes" e não apenas sete vezes.  Se nossa unidade é proveniente da mesma vida e estamos ligados à mesma cabeça, podemos perdoar setenta vezes sete! Se você acha isso impossível, lembre-se de que não conseguimos enumerar quantas vezes o  Senhor Jesus já nos perdoou. De fato, a capacidade de perdoar do Senhor é ilimitada e precisamos saber que recebemos essa capacidade quando fomos regenerados ao crer  Nele.
Pedro, por meio de suas experiências, aprendeu a valorizar o valor da fé. Em sua segunda epístola, nos encorajou dizendo que, por meio do novo nascimento, recebemos uma fé igualmente preciosa (2 Pedro 1:1). Essa fé foi implantada em nós mediante a Palavra de Deus (1 Pedro 1:23-25). A fé é como uma semente incorruptível que, ao entrar em nós, trouxe todas as "informações genéticas" de Deus. Sim, de fato a fé que entrou em nós produziu um milagre. Ela fez de pecadores filhos de Deus! Nós nascemos de Deus (João 1:13)! Podemos até dizer que recebemos pela fé o "DNA" de Deus. Tudo o que Deus é foi transmitido a nós no ato de crer (2 Pedro 1:3). Porém, assim como a semente precisa crescer para frutificar, a fé precisa desenvolver-se para que manifestemos a vida de nosso Pai.
Ele também nos encorajou a associar à fé, a virtude (2 Pedro 1:5). Essa virtude se refere ao viver humano de Jesus, que elevou o padrão moral do homem. Associá-la à fé significa que a capacidade do Senhor de perdoar, ser longânimo e manso está disponível a nós que cremos. Porém, a fim de nos apossarmos dessa virtude, é necessário reunirmos toda nossa diligência para viver de acordo com a natureza de Deus que está em nós. A melhor maneira para que experimentemos isso é invocar o nome do Senhor e acolher a Palavra de Deus com oração. Não é um esforço pessoal ou tentativa de autocorreção. Mas é permitir que o Nome e a Palavra do Senhor operem em nós e nos salvem. Em Romanos 10:13, lemos: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo", e Tiago 1:21 encoraja-nos  a acolher "com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma".
Se nosso perdão ainda é limitado, é sinal de que ainda não vivemos segundo essa nova natureza que recebemos ao crer. Se essa é nossa situação, tudo o que precisamos fazer  é nos arrepender por invocar pouco o nome do Senhor durante o dia e por não receber a Palavra de Deus de maneira adequada. Se alimentarmos a fé com o Nome e com a Palavra do Senhor, certamente iremos manifestar a capacidade ilimitada de perdoar. Iremos manifestar o próprio Deus!
"Visto como, pelo Seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pedro 1:3).

José é vendido ao Egito (Gn 37:26-36)
Semana 8 – Sexta-feira
Leitura bíblica: Gn 39:3-6, 9, 19-23; 40:5-23; Mt 24:45-47
Ler com oração: Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós (Tg 4:7).
Fugir das tentações
Pelo fato de José se conduzir adequadamente, seu serviço foi reconhecido por Potifar, que aumentou sua responsabilidade, colocando-o por mordomo, governante de toda a sua casa (Gn 39:3-4). Aos nossos olhos, parece impossível um simples jovem se tornar responsável pela casa de um comandante militar. Potifar era um oficial de Faraó, de modo que, certamente, possuía muitos bens e dezenas de servos em uma grande casa. José, diante isso, com certeza reconhecia que precisava de Deus, por isso dependia Dele, invocando o nome do Senhor. Pelo fato de José manter constante comunhão com Deus, até a casa de Potifar foi abençoada por causa dele (v. 5).
José era um servo fiel ao encargo que recebeu. Esse é um padrão que todos devemos buscar; não apenas os jovens, mas também os mais velhos, com respeito à sua conduta. José não somente foi fiel, mas também prudente e leal ao seu senhor. Uma situação ocorreu para testá-lo, quando a esposa de Potifar tentou seduzi-lo. José, porém, não sucumbiu ao pecado, porque temia a Deus (v. 9).
Isso é uma importante lição para nós. Se queremos agradar ao Senhor, não podemos desonrar nossa conduta com o comportamento do mundo. Os adolescentes da igreja precisam guardar-se e não dar ocasião ao pecado, pois pertencem ao Senhor, e não ao mundo.
Deus aprovou a conduta de José, mas ainda permitiu que ele sofresse injustiças para ser aperfeiçoado em seu caráter. Por isso a esposa de Potifar inventou mentiras a respeito dele, de modo que Potifar se irou e mandou encarcerar José. Porém, mesmo encarcerado, José foi grandemente abençoado.
Em Gênesis 39:21-22 lemos: “O Senhor, porém, era com José, e lhe foi benigno, e lhe deu mercê perante o carcereiro; o qual confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere; e ele fazia tudo quanto se devia fazer ali”. Isso é maravilhoso! Mesmo no cárcere, José recebeu a responsabilidade de cuidar das pessoas. Essa será a principal função de quem reinará com o Senhor (Mt 24:45-47). Não importa onde estivermos, que sejamos fiéis ao Senhor em cuidar daqueles que Ele nos confiou! Amém!

Ponto-chave: Ser um servo fiel ao encargo que o Senhor nos entregar.
Meu ponto-chave:
Pergunta: Que importante lição extraímos do texto com respeito aos nossos adolescentes?