31 março, 2012

Vida para todos

Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim (Mt 24:45-46).


Mt 24:14; Ap 20:6b



A fim de cumprirmos a incumbência dada por Deus à Sua igreja, precisamos pregar o evangelho do reino (Mt 24:14). Para que isso ocorra de maneira mais rápida, Ele nos deu duas ferramentas: uma é o bookafé – um ambiente com livros que levam à fé – e a outra são os colportores. Por meio delas conseguimos alcançar muitas e muitas pessoas para supri-las com a Palavra do Senhor. Muitos já creram Nele e receberam o evangelho da graça: foram regenerados e ganharam a vida de Deus. Agora devem prosseguir, negando a vida da alma e recebendo cada vez mais o acréscimo da vida divina. Assim são preparados para governar juntamente com Cristo o mundo que há de vir (Ap 20:6b).
Devemos manter comunhão não apenas com os irmãos com quem nos reunimos, mas ampliar esse círculo de comunhão e alcançar os muitos filhos de Deus. A incumbência que Deus nos deu é alimentá-los com Sua Palavra e também com os livros de conteúdo espiritual que explicam a vontade de Deus revelada na Bíblia (Mt 24:45-47).
Louvamos ao Senhor, pois dia a dia Ele tem nos revelado mais e mais de Sua vontade. Almejamos que todos deixemos nossos antigos conceitos, vivamos de acordo com o que Deus planejou, e que a vida divina se acrescente mais e mais a cada um de nós. Vamos nos libertar de todos os velhos conceitos sobre a igreja e ter também nossas reuniões em todos os bairros, em vários lugares, seja nos bookafés, seja nos lugares de oração ou nas reuniões de casa, com o objetivo de que a vida de Deus cresça não somente em nós, mas também nos demais filhos de Deus. Vida para todos! Aleluia! Jesus é o Senhor!

Fé, esperança e amor

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (1 Co 13:13)


Mt 16:25; Gl 2:16; Ef 2:8-9; Hb 2:5



A vida da igreja tem três aspectos: a fé, a esperança e o amor (1 Co 13:13). A fé diz respeito ao nosso espírito, que foi salvo quando cremos no Senhor Jesus. Fomos salvos pela fé, não pelas obras que fazemos (Gl 2:16; Ef 2:8-9). Eu cri no Senhor Jesus, e Ele me salvou. Não fui eu quem foi crucificado, mas o Senhor foi crucificado em meu lugar. Se eu fosse crucificado, teria morrido e não seria útil a Deus. Ele não nos criou para morrer; aquele que tem o poder da morte, o diabo, queria nos manter presos pelo pavor da morte, mas Deus veio nos dar Sua vida (Hb 2:14). Agora Ele deseja que vivamos a vida da igreja, negando a vida da alma, para a vida divina crescer em nós.
A esperança está relacionada à vinda do Senhor, quando nosso corpo será transfigurado em um corpo de glória. Não depositemos esperança no mundo presente; nossa esperança está no mundo que há de vir. Com respeito ao mundo vindouro, a Palavra de Deus diz em Hebreus que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo que há de vir, mas ao homem, para que este o governe juntamente com Ele. Por isso, se você estiver cheio de sua vida da alma e de pecados, como poderá governar o mundo que há de vir?
Hoje, se você estiver vivendo a vida da igreja, negando sua vida da alma, a vida de Deus irá crescer, e você estará cheio de amor, pois Deus é amor. O crescimento da vida de Deus resulta em amor, e, a cada ano que passa, os irmãos manifestam mais esse amor. Aleluia!
A igreja não tem autoridade em si mesma, mas a tem por meio da vida de Deus que cresce nos seus membros. Muitos entendem mal a passagem bíblica, onde se diz que aquilo que desligarmos na terra será desligado nos céus (Mt 16:19). Se não há a vida de Deus, não há autoridade. Se você tem a vida divina, a autoridade será proporcional ao seu crescimento de vida. Quem nega a vida da alma hoje terá autoridade na presente época e também na era vindoura.
Em todos os mais de duzentos países existentes hoje, seus líderes, chefes de governo, presidentes ou reis, estão debaixo do governo de Satanás (1 Jo 5:19b). Não são eles quem decidem, é o inimigo de Deus quem os manipula; já o governo do mundo que há de vir não será mais entregue aos anjos, Deus vai entregá-lo para o homem governar juntamente com Cristo.
Como, porém, iremos governar sendo pessoas cheias de opiniões, da vida da alma? Para isso Ele nos colocou na vida da igreja, onde temos a oportunidade de ser salvos completamente.
A nossa salvação ocorre em três aspectos. Em Sua primeira vinda, o Senhor Jesus, morreu na cruz para resolver o problema de nossos pecados, e nosso espírito é salvo quando cremos Nele. A salvação do nosso corpo se dará em Sua segunda vinda. O terceiro aspecto da nossa salvação se refere à alma, ou seja, por meio de negarmos a nós mesmos e sermos preenchidos com a vida divina, obtemos a salvação completa (Mt 16:25).
A igreja revelada pelo Senhor Jesus é esse tipo de viver. Ela não é um lugar físico nem tampouco é um templo usado para controlar as pessoas. Ela é um viver de negar a nós mesmos para a vida de Deus crescer, visando governar o mundo que há de vir.

A realidade do viver da igreja


Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna (Jo 12:25)

Mt 16:23-24

A vida de Deus cresce em nós à medida que nossa vida da alma é negada. O Senhor disse que, para segui-Lo, não podemos levar nosso ego, que é a nossa vida da alma, cheia de opiniões (Mt 16:24; Jo 12:25).
Todos gostamos de dar opinião. Ter opinião não é errado, porém, mesmo que pareça ser a melhor entre muitas, devemos estar dispostos a abrir mão dela, negando a nós mesmos. Quando Pedro, movido de compaixão pelo Senhor, manifestou sua vida da alma dizendo-Lhe que de modo algum Ele deveria sofrer e morrer, a resposta de Jesus foi: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16:23).
Não podemos conservar o lado bom de nosso ser natural nem nossas opiniões, sejam elas boas ou más. O Senhor Jesus disse que, se alguém quiser segui-Lo, deve negar a si mesmo, ou seja, anular seu ego, porque ele impede que a vontade de Deus seja executada.
Deus deseja o nosso crescimento de vida. A vida da igreja é onde Deus nos colocou para que haja esse crescimento. Eu sempre uso uma ilustração para explicar como isso ocorre: se um copo estiver cheio de água, representando minha vida natural, não há como acrescentar mais água. Do mesmo modo, Deus não encontra espaço para acrescentar Sua vida a mim, se eu estiver cheio da minha vida natural. Desse modo, somente quando eu jogar fora um pouco do meu ser natural, Deus encontrará espaço para acrescentar mais de Sua vida a mim. Cada vez que invoco: “Ó Senhor Jesus”, a vida de Deus é mais acrescentada. Experimente jogar fora um pouco de sua vida da alma, para que a vida de Deus se acrescente cada vez mais a você.
Em resumo, a vida da igreja é negar a vida da alma para a vida de Deus crescer. Eu acredito que, nesses muitos anos que passamos juntos, a grande maioria entre nós está negando sua vida da alma. Essa é a verdadeira vida da igreja; volto a dizer: não é um local de reuniões ou um templo onde se ouvem lindas mensagens ou se concentra grande número de pessoas. A vida da igreja é onde a vida de Deus cresce diariamente naqueles que negam a si mesmos.