10 agosto, 2012

Refletindo...

Manter a base e ministrar Cristo



Quando vamos a um lugar, desde que a igreja lá esteja na base correta, devemos ser um com ela. Ela pode ser fraca, e necessitar de muito aperfeiçoamento, contudo, ela ainda é a igreja na base correta. Se formos lá, precisamos nos reunir com ela. Não temos direito e nem posição para estabelecer outra coisa. Quer ela pratique a aspersão ou não, quer ela pratique falar em línguas ou não, quer tenha o cobrir a cabeça ou não, ainda precisamos caminhar com ela porque ela é a igreja na base correta.

Não devemos nos agarrar a nenhuma doutrina, mas somente aderir à abundância da vida de Cristo. Não importa o que a igreja em um certo lugar pratique, precisamos simplesmente ministrar Cristo a ela. Não devemos nos preocupar com as doutrinas, mas somente com o rico suprimento de Cristo a lhe ser ministrado.

Precisamos estar bem cheios de vida – isso é tudo.

Nada devemos levar aos diferentes lugares, e por nada mais devemos nos posicionar além de Cristo e da igreja na base correta. Se estamos plenos de Cristo e bem fortes no espírito, nada pode impedir-nos de inflamar outros. Por fim, toda a igreja naquele lugar será inflamada por nós.

Precisamos aprender a manter a base e não nos posicionarmos por qualquer outra coisa. Desde que não haja nada pecaminoso na igreja onde estamos, devemos caminhar com ela. Em seguida, deveríamos simplesmente ministrar Cristo às pessoas. Nunca deveríamos causar divisão, sempre ministrar Cristo.

Realmente precisamos ser libertos de todas nossas doutrinas. Por nada mais deveríamos ser além de Cristo e a igreja. Desde que ela esteja na base correta, não importa quão pobre e fraca seja, precisamos ser um com ela. Assim nunca seremos aqueles que causam divisão.

Sem dúvida, não podemos concordar com nenhuma divisão. Isso, porém, não pode impedir nossa comunhão. Não importa se outros estão ou não em divisões, precisamos reconhecer que eles são nossos irmãos. Isso não significa que concordamos com suas divisões, todavia, precisamos amar todos os santos, até mesmo aqueles na Igreja Católica Romana. Há alguns crentes genuínos na Igreja Católica Romana, e todos estes têm a mesma vida divina que nós. Eles podem vestir seus trajes clericais, contudo, em redenção e em vida somos todos iguais.

A nossa prática é uma coisa, mas tomarmos nossa prática como base para comunhão é outra coisa. A nossa prática pode ser de acordo com nossas necessidades. Todavia, não devemos tornar a nossa prática a base da comunhão.

Podemos praticar certas coisas porque elas nos ajudam, mas não devemos fazer de qualquer prática uma base para nossa comunhão. Realmente necessitamos de graça para isso. 

Fonte: A expressão prática da igreja – W.Lee
(Site Igreja em Uberaba)

Para Meditar...


Fogo purificador


Os nossos atos podem ser classificados em dois tipos: ouro, prata e pedras preciosas, o primeiro tipo; madeira, feno e palha, o segundo (cf. 1 Coríntios 3:12). Assim, ao passar pelo teste de fogo, apenas os materiais do primeiro tipo permanecerão: “Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1 Coríntios 3:13-15). À luz das Escrituras, percebemos que os materiais que subsistem ao fogo representam a Pessoa do Deus Triúno – o ouro representa a natureza de Deus; a prata, a obra redentora do Senhor Jesus; e as pedras preciosas, o resultado transformador do Espírito Santo.

Os materiais do segundo tipo podem ser considerados como uma vida de aparência, porém sem o selar de Deus. Tem a aparência mas não a essência. É o que vemos na parábola do joio (cf. Mateus 13:24-30). Ao fim da colheita, haverá a revelação de quem é o trigo e quem é o joio: “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (13:30).
Hoje, o Senhor permite que incêndios passem por nossas vidas. Isso é o amor de Deus em fazer com que sejamos provados e aprovados na era da graça, pois temos o Espírito como consolador. “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando” (1 Pedro 4:12-13). Que possamos aceitar as provas do Senhor para ser  purificados. “Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e aprovarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei, direi: É meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus” (Zacarias 13:9).


Texto extraído do Jornal Árvore da Vida, Número 180, publicado pela Editora Árvore da Vida.
www.radioarvoredavida.net

A obra de restauração e a causa das divisões.


Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (Ap 3:3, 5)


Mt 13:44; Rm 8:17-19, 29-30; Cl 1:28; 2 Tm 3:17; Ap 3:1-6

Passados mais de mil anos do desvio ocorrido no século IV, diante da degradação da igreja, iniciou-se a reforma protestante no início do século XVI, liderada por Martinho Lutero, que era um sacerdote na Igreja Católica Romana.
Em 1517, ele publicou 95 teses, nas quais protestava contra as doutrinas e práticas da igreja católica e propunha uma reforma no catolicismo. Essa foi sua tentativa de promover uma restauração naquele meio, em virtude das revelações que recebera em seus estudos da Palavra, principalmente de que a justificação do homem é pela fé em Cristo. Alguns anos depois, Lutero também publicou a primeira tradução da Bíblia em alemão, antes exclusivamente em latim, tornando-a um livro acessível. Após isso, várias traduções da Bíblia foram feitas para diversas línguas. Graças ao Senhor!
De fato, Deus desejava tornar Sua Palavra acessível a todos os homens e restaurar Sua igreja. Contudo, à medida que tinham acesso às traduções, vários grupos cristãos foram surgindo e se dividindo segundo suas próprias conveniências e interpretações da Bíblia. Isso deu origem às igrejas estatais e às várias denominações cristãs.
Esse período histórico é profetizado em Apocalipse 3:1-6, referindo-se à igreja em Sardes, cujo nome significa restauração. Embora tivesse esse nome, Sardes não conseguiu completar a obra de restauração, pois em vez de promover a Fé e a unidade no nome e na Palavra do Senhor, os grandes mestres da Bíblia limitaram-se ao mero estudo das doutrinas e interpretações bíblicas.
Não é sem razão que ela foi assim advertida: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto [...] porque não tenho achado íntegras as tuas obras diante da presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (Ap 3:1b, 2b-3a).
Aqui vemos a ligação da igreja em Sardes com a parábola do tesouro escondido (Mt 13:44). Os cristãos daquela época descobriram o campo, mas em vez de distribuir as riquezas de seu tesouro, deixaram-no oculto. Em outras palavras, a Bíblia foi descoberta, mas não usaram suas riquezas de modo apropriado para completar a obra de restauração.
Por não terem guardado o nome do Senhor e praticado Sua palavra, um número cada vez maior de divisões ocorreu entre os filhos de Deus. Alguns se apegaram às doutrinas, aos detalhes da letra, mas sem muita preocupação com a prática das verdades. Outros, indo contra a situação morta que o mero estudo da letra produziu, buscaram o caminho das manifestações exteriores do Espírito Santo para serem mais avivados. O problema com estes foi que, ao enfatizar as manifestações exteriores do Espírito Santo, deixaram de ver a verdadeira obra que o Espírito quer fazer no homem: transformar sua alma e conformá-lo a imagem de Cristo, tornando-o um filho maduro para reinar com Ele (Rm 8:17-19, 29-30; Cl 1:28; 2 Tm 3:17). Muitos grupos livres surgiram a partir dessas divisões, sem, contudo, completar a obra que Deus determinou para Sua igreja.