10 outubro, 2012

Refletindo...

Pedi, buscai e batei


“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á”       

(Mateus 7:7,8) 


Certa vez um cristão, convertido há um ano, aproximou-se de outro mais experiente no Senhor e este lhe perguntou: ”Ao longo deste ano você já leu a Bíblia toda?” Uma coisa é perguntar se lia a Bíblia, outra é indagar se a leu por inteiro. A resposta do novo convertido foi negativa. Dirigiu-lhe, ainda, outra pergunta: ”Quantas pessoas converteram-se por meio de sua pregação do evangelho neste ano? A terceira pergunta foi: ”Quantas orações suas foram respondidas durante este ano?” Com essas três perguntas, a vida daquele jovem cristão sofreu uma mudança positiva. Passou a lidar com as coisas espirituais com mais seriedade.

Quanto à oração, que será nosso enfoque principal nesta conversa, sabemos que todo cristão ora, mas como ora? Se formos sinceros, confessaremos que não sabemos orar como convém. (Romanos 8:26). Como podemos ser enchidos do Espírito ao orar, se temos estado tão cheios de nós mesmo? Temos problemas com cônjuge e não lhe perdoamos ou não lhe pedimos perdão. Talvez tenhamos barreiras com nossos irmãos em Cristo e ficamos indiferentes, achando que não precisamos dar importância a isso. Também podemos ter algum pecado do qual não nos arrependemos e confessamos diante de Deus, ou quem sabe, ainda amamos o mundo, seguindo suas paixões e concupiscências. Com todas essas pendências ou com algumas delas, ainda queremos ser enchidos do espírito e ter nossas orações respondidas e, por fim, ficamos decepcionados e dizemos que conosco as coisas não funcionam como com os outros cristãos. Não se trata disso; o fato é que estamos espiritualmente cheios de entulho, preconceitos, prevenções, rancores, mágoas, ou seja, cheios de nós mesmos. Você pode perguntar: ”Por que outros ficam alegres e eu não consigo?” Isso é resultado da perda da simplicidade que tínhamos no início de nossa vida cristã.

Se você sente que essa é sua condição, ore a Deus: ”Senhor, restaura em mim a simplicidades. Sinto que, com o passar do tempo, fui perdendo a pureza, a inocência espiritual. Quantas coisas velhas se acumularam em mim, Senhor. Desejo ser esvaziado de todo entulho. Ó Senhor, restaura aquele amor que eu tinha no início por Ti e pela igreja”.

O Senhor está esperando que nos voltemos a Ele humildemente, sem arrogância, e peçamos ajuda. Ele quer nos socorrer e, sem dúvida irá fazê-lo, basta abrirmos nosso coração. 




Fonte: Extraído do Jornal Árvore da Vida Ano 13 Número 134

O livro aberto pelo Leão de Judá.


Um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos (Ap 5:5)


Hb 9:13-14; 1 Pe 1:19; Ap 5:1-6
Alimento Diário, Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Bookafe


O ministério é a incumbência, a comissão de Deus dada a alguém ou a um grupo de pessoas para a execução de Sua obra. No Antigo Testamento, Deus confiou o ministério a algumas pessoas. Vemos, por exemplo, o ministério dos filhos de Levi, os sacerdotes. Podemos chamá-lo de ministério sacerdotal. Para ser sumo sacerdote, um homem precisava ser ungido, como aconteceu com Arão, que foi ungido por Moisés. Ser ungido significava receber uma comissão. Desse modo, podemos dizer que o sumo sacerdócio é um ministério. Apesar de o Antigo Testamento não usar o termo “ministério”, todos os filhos de Arão que foram ungidos fizeram parte do ministério do Antigo Testamento.
O ministério do Novo Testamento teve início com o Senhor Jesus. Ele fez conosco uma nova aliança por meio de Seu sangue (Mt 26:29). Em Apocalipse 5 o início do ministério do Novo Testamento é representado pela abertura de um livro escrito por dentro e por fora, o qual continha sete selos (v. 1). Quando ouviu a pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (v. 2), João entristeceu-se e chorou muito, pois viu que ninguém podia abrir o livro (vs. 3-4). Então um dos anciãos lhe disse: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v. 5). Quando João se voltou para ver o Leão, o que viu foi um Cordeiro (v. 6a). Ambos simbolizam o Senhor Jesus.
O Senhor Jesus, por um lado, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29); por outro, é o Leão da tribo de Judá, o que se refere à Sua realeza. Por um lado, é a Raiz de Davi, ou seja, Ele é a origem de Davi; por outro, é descendente de Davi (Mt 1:1). Visto que Davi era um ser humano, nele havia o pecado, isto é, a natureza pecaminosa, a fonte de todos os pecados. Como descendente de Davi, o Senhor também era um homem, porém sem pecado (Rm 8:3; Hb 4:15b). Para vir nos salvar e nos substituir na cruz como homem, o Senhor precisou ganhar um corpo humano. O Senhor foi crucificado com esse corpo herdado de Maria, e, com Ele, nosso velho homem foi crucificado (Rm 6:6), e Seu sangue purificou-nos de todos os nossos pecados (cf. Hb 1:3; 9:13-14). Aleluia!
Além de ser o Cordeiro sem mácula cujo sangue nos redimiu (1 Pe 1:19), Cristo também é mostrado como Aquele que se assentou à destra da majestade de Deus nas alturas e está qualificado para governar. Esse é o aspecto de Leão da tribo de Judá, a tribo da realeza.
Como crentes em Cristo, estamos hoje no processo de transformação para nos tornarmos reis. Para ser um rei, é necessário, primeiro, ser trabalhado, transformado. Antes de ser um rei, ilustrado pelo leão, uma pessoa salva ainda tem muitos problemas ligados à vida da alma, ao seu ser natural, que é semelhante à natureza de um jumento em Gênesis 49:9-11. Um jumento tem a natureza extremamente forte, que precisa ser tratada para que a realeza, isto é, a vida de leão, um dia se manifeste. Um dia nossa natureza caída de “jumento” será substituída pela natureza de “leão” para reinarmos juntamente com Cristo (Ap 20:4b). Este é o resultado do Seu ministério.



Vida e obra para governar o mundo que há de vir.


Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (Rm 5:17)


Sl 8:3-9; Hb 2:5-8
Alimento Diário, Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Bookafe

Deus não quer o mundo vindouro debaixo do controle do príncipe deste mundo, por isso determinou que ele não será governado por anjos, mas pelo homem regenerado e totalmente transformado (Hb 2:5-8). Louvado seja o Senhor!
Deus tem muito que fazer em nós. Uma vez que nascemos de novo e fomos regenerados, Sua vida precisa crescer em nosso interior. Para que isso ocorra, Ele precisa eliminar nossa vida da alma, isto é, nosso eu, nosso ser natural caído e rebelde. Somente por meio da vida divina poderemos governar o mundo que há de vir, e não por meio da nossa natureza orgulhosa e independente (Rm 5:17b). Além disso, para sermos equipados para governar o mundo que há de vir, o Senhor permitirá que, muitas vezes, passemos por várias provações que irão cooperar para nosso amadurecimento.
A fim de nos preparar, o Senhor nos colocou num lugar especial: a vida da igreja. A igreja não é um prédio ou uma organização. A igreja é essencialmente um viver. Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja para que este aprenda a negar a si mesmo, perder a vida da alma e abrir mão do ego, de modo que a vida divina cresça. Deus deseja que Seus filhos se tornem maduros e com Cristo sejam coerdeiros, governando com Ele o mundo que há de vir (Rm 8:17).
Todavia não é fácil conseguir isso. Deus precisa equipar tais homens regenerados, tanto no aspecto da vida, como no aspecto da obra. No aspecto da vida, vejamos um exemplo humano que pode ajudar-nos a entender a questão: o filho de um empresário precisa crescer e amadurecer para assumir os negócios do pai. Reinar no mundo que há de vir não é diferente. O reino é o “negócio” de nosso Pai celeste (Lc 2:48; 12:32 VRC). Em sua manifestação no mundo vindouro, o reino será governado por homens maduros na vida divina, que aprenderam a negar a vida da alma. No aspecto da vida, isto é, com respeito ao que somos, o crescimento de vida é primordial em nossa preparação para governar o mundo vindouro.
No aspecto da obra, isto é, de nosso serviço ao Senhor, também precisamos ser aperfeiçoados. Vejamos também um exemplo: para o filho do rei ser um bom governante, ele precisa de boa educação em todos os aspectos do governo e também precisa ter experiências nas várias situações que enfrentará. Governar o mundo que há de vir é a mesma coisa. Precisamos ser aperfeiçoados para a obra do ministério, a qual não é somente para hoje, mas principalmente para o reino vindouro. Louvado seja o Senhor!

Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
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O propósito de Deus em criar o homem.


Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio
(Gn 1:26a)

Gn 1:26-28; 2:7; 3:6-7; Is 14:12-15; Ez 28:12-17; Jo 16:11; Rm 5:12; Ef 5:12; Ap 12:4a
Árvore da Vida, Alimento Diário, Dong Yu Lan


Louvado seja o Senhor, pois iniciamos com este volume mais uma série do Alimento Diário, intitulada “O ministério que seguimos e praticamos”. O tema desta semana é “O ministério neotestamentário”. O que praticamos, segundo a direção do Senhor, é viver no espírito invocando Seu nome. Por essa causa, Ele nos tem dado muitas revelações, como as palavras de Hebreus 2:5-8, que dizem que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a homens.
Deus criou o homem do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, para que este sujeitasse a terra e dominasse sobre os peixes, as aves e todo animal que rasteja pela terra. O Senhor soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1:26-28; 2:7). A alma vivente é a personalidade, a pessoa do homem.
Contudo, a fim de impedir o cumprimento do propósito de Deus, Satanás se adiantou e, antes que a vida divina entrasse no homem por meio da árvore da vida, enganou Eva e a induziu a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:1-7; 2 Co 11:3). Enganados, Adão e Eva pecaram, e por meio deles o pecado passou a todos os homens. Visto que a natureza pecaminosa está no homem, este peca de maneira espontânea (Rm 5:12).
Como poderia esse homem caído e falho governar o mundo que há de vir? Exatamente por estar numa condição pecaminosa, o ser humano necessita da redenção. O Senhor resolveu o problema de nossos pecados ao ser crucificado e derramar Seu sangue precioso. Uma vez resolvido o problema do pecado, todo aquele que crê no Senhor Jesus está apto para receber a vida divina.O novo nascimento é o primeiro requisito para quem deseja reinar no mundo vindouro (cf. Jo 1:12-13; 3:3, 5). Em segundo lugar, o homem precisa amadurecer e ser aperfeiçoado na obra do ministério, isto é, precisa ter experiências de servir ao Senhor. Tudo isso visa prepará-lo para o reino de Deus.
O mundo vindouro não foi designado a anjos, e sim a homens. Contudo o mundo de outrora foi entregue para o governo de um arcanjo, chamado de estrela da manhã, ou Lúcifer (Is 14:12; Ez 28:12-17). Apesar de Lúcifer ter sido criado por Deus de maneira perfeita, em seu interior surgiu orgulho e ambição, de modo que ele quis exaltar a si mesmo (Is 14:13-14). Embora já tivesse posição elevada como o principal dos arcanjos, ele não estava satisfeito; queria subir mais a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Deus não o podia tolerar, por isso ele foi lançado para a terra, juntamente com um terço dos anjos, que o seguiram (Ap 12:4a). Esses são os que Efésios 6:12 chama de “principados e potestades, [...] dominadores deste mundo tenebroso, [...] forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. São eles os que hoje dominam as nações. Além dos anjos, as criaturas que havia na terra na era pré-adâmica também o seguiram em sua rebelião. Deus os julgou com água, e eles se tornaram espíritos imundos, ou demônios.
Na terra há cerca de duzentas nações, e podemos afirmar que todas estão debaixo do controle do príncipe deste mundo (Jo 16:11). Por isso há desavenças, conflitos e guerras entre os povos. Isso é resultado do domínio desses principados e potestades, sob o comando do príncipe deste mundo, Satanás, o diabo, o adversário de Deus, que usurpou Sua autoridade.
O propósito de Deus é retomar o domínio da terra usurpado por Seu inimigo, e Ele o fará por meio do homem regenerado mediante a vida divina. Para isso, Ele nos providenciou uma salvação completa e um lugar maravilhoso em que podemos crescer e amadurecer em Sua vida, o viver da igreja. Uma vez maduros e transformados, poderemos não apenas expressar Deus em plenitude como também exercer o domínio por Ele, isto é, trazer o Seu reino para a terra (Mt 6:10). Louvado seja o Senhor!