30 julho, 2012

Refletindo...


As operações de Deus e a de Satanás

O PONTO DE DIFERENÇA NAS OPERAÇÕES DE DEUS E NAS DE SATANÁS



Como devemos nos guardar contra o engano? Precisamos discernir o que é a operação de Deus e o que é a operação do inimigo; qual é a obra feita pelo Espírito Santo e qual é a obra realizada pelos espíritos malignos. Todas as obras do Espírito Santo são realizadas através do espírito do homem, mas as obras do inimigo são feitas através da alma do homem. O Espírito Santo move o espírito humano, enquanto que o inimigo move a alma do homem. Este é o ponto básico da diferença entre as operações de Deus e as do inimigo. A obra de Deus é iniciada pelo Espírito Santo, mas a obra do inimigo começa na alma do homem. Por causa da queda nosso espírito humano está morto e não pode, por isso, comunicar com Deus. Quando cremos no Senhor Jesus nós nascemos de novo. Qual é o significado de ser salvo ou nascido de novo? Esta não é apenas uma questão de terminologia; uma mudança orgânica real ocorre em nós. Quando confiamos no Senhor Jesus, Ele põe Sua vida dentro do nosso espírito e o vivifica. Como este espírito do homem é a parte principal, assim também este novo espírito que Deus põe em nós é a parte principal.

João 3:6 nos diz o que é o novo nascimento: "Aquele que é nascido do Espírito é espírito". Ezequiel também nos informa: "Um novo espírito eu colocarei dentro de vós" (36:26). Por isso, na regeneração nós recebemos um novo espírito. Em certa ocasião o Senhor Jesus disse: "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e vida" (João 6:63). Nossa vida e obra devem, portanto, estar dentro da esfera de ação do espírito. Quando Deus nos usa, Ele sempre opera no espírito e através dele. "Enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18) indica que este novo espírito deve ser cheio do Espírito Santo. Em outras palavras, Deus enche nosso espírito com Seu Espírito Santo. O Espírito Santo opera em nosso espírito, mas o espírito maligno opera em nossa alma. Satanás só pode operar na alma e pelo poder da alma. Ele não tem como iniciar sua obra no espírito do homem; sua obra se restringe à alma. O que ele tem feito nos últimos cinco ou seis mil anos passados, ele está fazendo atualmente e continuará a fazer no futuro. Por que ele deseja ser onipotente, onipresente e onisciente como Deus? Por nenhuma outra razão senão pelo que ele pode realizar com o poder da alma do homem. Podemos dizer que enquanto o Espírito Santo é o poder de Deus, a alma do homem parece ser o poder de Satanás. Que tristeza tantas pessoas ignorarem o fato de que muitas práticas ascéticas, respirações e meditações abstratas do budismo e taoísmo, o hipnotismo da Europa ocidental, e os inúmeros prodígios vistos nas pesquisas psíquicas são apenas as manifestações do poder latente da alma do homem. Eles não sabem quão tremendo é o poder da alma. Irmãos e irmãs, não considerem isso como um problema pequeno, nem o rejeitem como sendo pesquisa para os eruditos. Na realidade ele tem efeitos profundos sobre nós. 

OS DOIS LADOS DO PODER DA ALMA 


Segundo a Bíblia, o poder latente da alma parece incluir dois tipos. Isso se compara à classificação vista do ponto de vista psicológico. Confessamos não poder dividir nitidamente estes dois tipos; tudo o que podemos dizer é que parece que existem dois tipos diferentes no poder latente da alma: um parece ser o tipo comum e o outro o tipo miraculoso. Um parece ser natural e o outro sobrenatural; um parece ser humanamente compreensível, o outro parece estar além da compreensão humana. O termo "mente" na psicologia é mais amplo em seu significado do que o usado na Bíblia. O que os psicólogos dão a entender por "mente" ou "coração" inclui duas partes: consciente e subconsciente. O lado do subconsciente é o que chamamos parte miraculosa do poder da alma. Embora os psicólogos façam distinção entre consciente e subconsciente, dificilmente eles podem separá-los. Eles apenas classificam as manifestações psíquicas mais comuns como pertencendo ao primeiro tipo (do consciente), e as manifestações extraordinárias ou miraculosas eles agrupam sob a segunda categoria (do subconsciente). Nós geralmente incluímos apenas aquelas manifestações comuns dentro da esfera da alma, não sabendo que as manifestações extraordinárias e miraculosas são também da alma, ainda que manifestações desse tipo estejam mais na esfera do subconsciente. Devido aos vários graus do poder latente nas almas individuais, alguns homens manifestam os fenômenos mais dentro do primeiro tipo, enquanto que outros mais dentre do segundo tipo. Todos os que servem ao Senhor devem prestar atenção especial a este ponto, senão serão levados pelos poderes miraculosos enquanto tentam ajudar as pessoas. Deixe-me enfatizar a diferença entre alma e espírito: a alma caída de Adão pertence à velha criação, mas o espírito regenerado pertence à nova criação. Deus opera com o espírito do homem, pois esta é a sua vida regenerada, sua nova criação. Satanás, por outro lado, edifica com a alma do homem, isto é, a alma caída em Adão. Ele só pode usar a velha criação porque a vida regenerada na nova criação não peca. 



Fonte: "O Poder Latente da Alma" de Watchman Nee
(Site Igreja em Uberaba).

Para Meditar...


Como resolvemos nossos problemas?


Vigiar e Orar

O homem caído tem dificuldades para se envolver com as coisas de Deus (Mateus 26:36-45). Somos fortes demais para algumas coisas, mas muito fracos para outras. Quando o Senhor Jesus estava prestes a ir para a cruz, Ele chamou Seus mais íntimos discípulos para orar. Ele queria escoar um pouco Sua tristeza pela oração, queria sentir Seus principais discípulos a Seu lado. Ele imaginou que pudesse contar com Pedro e com os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João).
Enquanto o Senhor, como uma azeitona, estava sendo pisado para virar azeite, Seu mais caloroso e empolgado discípulo dormia. Ele dormia enquanto o Senhor sofria. Por três vezes ele se achou dormindo até que o Senhor percebeu que não tinha em Pedro um companheiro na hora mais dura de sua vida terrenal: “Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Falava ele ainda, e eis que chegou Judas [...]”. Pedro não conseguia fazer aquilo que era mais básico, orar. Nossa alma não aprecia as coisas de Deus, ela não gosta de ler a Bíblia, pregar o evangelho, ofertar e outras coisas relacionadas com Deus. Mas tão logo os que iam prender Jesus chegaram, todos conduzidos por Judas, ele, Pedro “sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha” (vs. 47-51). A alma tem indisposição para as coisas de Deus, mas, quando é para agir com relação às coisas naturais, ela se levanta com muita força. Não sabemos se Pedro acertou a orelha ou errou a cabeça do servo do sumo sacerdote; a verdade é que, em nosso natural, somos muito fortes. Nossa alma é selvagem. Pedro avançou todos os “sinais vermelhos” e agiu por conta própria colocando em risco tudo o que o Senhor estava planejando.
O Senhor, que era cheio de amor, chamou ainda Judas de amigo e colocou a orelha do servo no lugar. Ele estava desfazendo o que Pedro fizera. O Senhor é assim, o tempo todo está desfazendo o que nossa alma precipitada faz. Quantas coisas negativas já fizemos e quantas dessas o Senhor teve de remendar?! Se o Senhor não remendasse a maioria das coisas que fazemos, enfrentaríamos muitos problemas em nossa vida, mas Ele, mesmo sem o sabermos, está continuamente colocando no lugar a “orelha do servo do sumo sacerdote que cortamos”.
Como você resolve seus problemas: com agressão, gritos, xingamento ou no Senhor e com o Senhor? Muitos cristãos resolvem suas demandas “sacando da espada”. Tome cuidado: nossa alma é forte e agressiva; ela é capaz de mais coisas do que imaginamos. A violência entre as pessoas cresce cada vez mais. Sem saber, muitos estão “cortando a orelha” das pessoas por onde passam. Essa é nossa alma e é por isso que ela precisa de transformação.

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As parábolas de Mateus 13 e as sete igrejas de Apocalipse 2 e 3.


Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido (Mt 13:11). 
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras (Ap 2:5a)


Mt 13:10-23; 2 Tm 3; Ap 2:1-7

No capítulo 13 do Evangelho de Mateus estão registradas sete parábolas que são comparadas pelo Senhor Jesus ao reino dos céus. Ele falou de muitas coisas por parábolas porque o coração das pessoas estava endurecido, insensível, de modo que não podiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e se converter para serem por Ele curadas (vs. 14-15). Elas estavam insensíveis porque viviam na esfera da vida da alma. Mas aos Seus discípulos, aos que buscam viver no Espírito, o Senhor revela Seus mistérios (v. 11).
As sete parábolas proferidas pelo Senhor Jesus estão relacionadas com as sete igrejas em Apocalipse, descritas nos capítulos 2 e 3. Podemos dizer que as sete igrejas são o cumprimento das sete parábolas de Mateus 13. O Espírito não quis apenas mostrar a situação do cristianismo na Ásia nos primeiros séculos, mas também o significado espiritual e o sentido dos nomes dessas sete igrejas.
A primeira parábola é a do semeador que se cumpriu no período da igreja em Éfeso, no primeiro século da igreja. Éfeso quer dizer desejável, entretanto essa igreja caiu em degradação ainda na época de Paulo, conforme o que é descrito em 2 Timóteo 3. Ao ler esse capítulo, podemos nos perguntar: “Como uma igreja nessa condição pode ser desejável?”. O Senhor revelou a João qual era o problema da igreja em Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à
prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2:4-5).
Não satisfeito com a situação da igreja em Éfeso, Deus usou o apóstolo João no final do primeiro século para restaurá-la à condição de desejável. Podemos dizer que durante os vinte anos que João passou no exílio na ilha de Patmos, ele aprendeu a viver pelo Espírito.
Confiante de que Seu servo Lhe seria fiel, Deus o incumbiu de registrar as palavras que lhe foram reveladas: “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (1:19-20). Após escrever o livro de Apocalipse e ser libertado do exílio, ele foi servir na igreja em Éfeso.
Sabendo que a igreja em Éfeso ocupava uma posição especial e de muita importância desde o tempo de Paulo, o apóstolo João procurou ajudar os santos ali a praticar a revelação da epístola a ela escrita a fim de resgatá-la da degradação em que se encontrava.