16 abril, 2012
A determinação do Senhor em ir para Jerusalém
E aconteceu que,
ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no
semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém (Lc 9:51).
Mt 16:21-23; Jo 12:24: Rm 7:13
Quando o Senhor Jesus expressou pela primeira vez o desejo de ir para Jerusalém, Pedro tentou impedi-Lo (Mt 16:21). A atitude de Pedro se devia ao fato de ele amar o Senhor como Seu mestre. Ele não queria que o Senhor sofresse nas mãos dos principais sacerdotes e escribas, fosse condenado e morto; por isso, chamando-O à parte, começou a reprová-Lo dizendo: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (v. 22).
Mt 16:21-23; Jo 12:24: Rm 7:13
Quando o Senhor Jesus expressou pela primeira vez o desejo de ir para Jerusalém, Pedro tentou impedi-Lo (Mt 16:21). A atitude de Pedro se devia ao fato de ele amar o Senhor como Seu mestre. Ele não queria que o Senhor sofresse nas mãos dos principais sacerdotes e escribas, fosse condenado e morto; por isso, chamando-O à parte, começou a reprová-Lo dizendo: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (v. 22).
Pedro tinha um bom coração, e,
embora sua intenção fosse preservar a vida do Senhor, suas palavras eram
provenientes do lado bom de sua vida da alma. Como sabemos, Satanás também se
aproveita dessas “boas intenções” para tentar impedir Deus de cumprir Sua
vontade. O Senhor, porém, discerniu a origem das palavras de Pedro e,
voltando-se, disse-lhe: “Arreda, Satanás!” (v. 23).
Satanás, o inimigo de Deus,
intentou fazer com que Jesus não fosse a Jerusalém porque sabia que aquela era a
vontade de Deus. Ele sabia que, se Jesus morresse, produziria muitos filhos (Jo
12:24).
A exemplo do que ocorreu com
Pedro, precisamos aprender a seguinte lição: quando vivemos pela vida da alma,
damos chance para sermos usados por Satanás e, com isso, impedimos o cumprimento
da vontade de Deus em nossa vida. Devemos atentar para o perigo que se esconde
em nossas boas intenções, opiniões, costumes etc. (Rm 7:13).
Com a ida do Senhor Jesus para
Jerusalém e Sua posterior morte, o problema dos pecados do homem, bem como seu
velho homem, seriam solucionados na cruz. Além disso, a morte do Senhor traria
vida ao homem (Ef 2:1). Todavia, se o Senhor não fosse até a cruz, o nosso velho
homem ainda estaria totalmente vivo; se não derramasse Seu sangue na cruz por
nós, os pecados ainda estariam em nós. Se Ele não fosse crucificado e
traspassado, não liberaria a água que saiu de Seu lado, que representa a vida
divina dispensada para nos gerar.
Por saber dos benefícios que a
ida do Senhor Jesus a Jerusalém traria ao homem, Satanás, com sua astúcia,
tentou impedi-Lo por meio do lado bom da alma de Pedro. O Senhor não repreendeu
Pedro, como se pedisse licença para fazê-lo: “Pedro, retira-te daqui”. O Senhor
sabia que as palavras de Pedro eram obra de Satanás, usando a boa parte do ser
natural de Pedro, para tentar impedi-Lo de ir até a cruz.
O lado mau de nosso ser
natural é facilmente percebido e rejeitado. No entanto o lado bom é quase
imperceptível, e, por essa razão, Satanás, constantemente, faz uso dele. Por
vezes, nossa atitude se assemelha muito à de Pedro quando expressou compaixão
dizendo: “Ó Senhor, tem misericórdia de Ti mesmo. Você não vai ser crucificado
porque não merece! Você é meu mestre, eu não vou permitir que isso
aconteça”.
O Senhor Jesus, porém, estava
determinado a ir para Jerusalém porque sabia que aquela era a vontade de Deus.
Mesmo sabendo que Sua ida Lhe custaria muito sofrimento por parte dos anciãos,
principais sacerdotes e escribas, Ele não recuou. Além disso, Ele sabia que
seria crucificado e morto; mesmo assim, não desistiu, mas prosseguiu resoluto em
cumprir a vontade do Pai. Louvado seja o Senhor por Sua determinação, pois ela
resultou no perdão de nossos pecados, o fim do velho homem e o recebimento da
vida de Deus por todos os que Nele creem. Que sejamos resolutos como o Senhor em
cumprir a vontade de Deus.
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