12 fevereiro, 2012

Perdoados pelo sangue e supridos com a vida divina para seguir o Senhor

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9). 
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10:10b)

Jo 1:14; 7:38-39; 14:16-18, 20; At 18:2-3, 26; Rm 16:3-5; 1 Co 15:45; 16:19; 1 Jo 1:1



Atualmente, estamos sendo treinados para reinar. De um lado, negamos a nós mesmos; de outro, somos aperfeiçoados. Assim, a vida de Deus cresce mais em nós, até tomar conta de todo o nosso ser.
O Senhor Jesus revelou isso ao apóstolo Paulo e também a João. Paulo falou sobre o desejo de Deus: dispensar a Fé (1 Tm 1:4), que é Seu plano eterno para nós. Isso ocorre quando o Deus Triúno, isto é, o Pai, o Filho, e o Espírito, nos alcança ao nos predestinar, redimir e selar (Ef 1:3-14).
João, em idade avançada, se lembrou de todas as palavras ditas pelo Senhor Jesus e explicou que esse processo ocorreu por meio do Verbo se tornar carne, e depois, por meio da morte e ressurreição do Senhor, Ele voltar como o outro Consolador, o Espírito da realidade, e assim habitar em todo aquele que Nele crê (Jo 1:14; 7:38-39; 14:16-18, 20). Esse Espírito da realidade mencionado por João é o Espírito que dá vida, descrito por Paulo (1 Co 15:45).
Hoje, precisamos praticar essas palavras, ajudando as pessoas a receber o Espírito da realidade, que é o próprio Filho de Deus, pois Nele está todo o conteúdo do plano eterno de Deus para o homem. "Quem tem o Filho tem a vida" (1 Jo 5:12).
O Senhor, quando foi ferido na cruz, nos dispensou essa vida, porque do Seu lado fluíram sangue e água. Isso foi o que João relatou (Jo 19:33-34). O sangue é para nossa redenção, enquanto a água representa a vida divina que nos gerou e nos edifica dia a dia. Esse é o evangelho completo que o Senhor Jesus nos preparou.
O sangue de Cristo tem eficácia eterna e possibilita que Deus perdoe todos os nossos pecados, pois é o sangue do Filho de Deus que nos justifica (1 Jo 1:7). Mesmo nossos pecados ocultos podem ser perdoados, se os confessarmos e nos arrependermos diante da luz do Senhor. A redenção de Cristo permitiu que a vida de Deus nos fosse concedida. João testificou esse fato com seus próprios olhos e percebeu que a intenção de Deus é nos dar Sua vida (Jo 10:10b).
Desse modo, o sangue remissor e a vida divina ressurreta estão disponíveis a nós, mas, se não atentarmos para a necessidade de negarmos a vida da alma, não cresceremos na vida de Deus. Por isso o Senhor está constantemente falando sobre esse assunto conosco (Mt 16:24).
Antigamente, nas palestras ministradas aos casais, era comum se utilizarem trechos bíblicos como Efésios 5 e 1 Coríntios 11. Hoje, vemos que a real necessidade dos casais e de qualquer cristão é negar a vida da alma, pois ao discutir ou revidar perdem sua serventia para expressar a Deus. Um exemplo de casal para nós é o modelo deixado por Áquila e Priscila, que se envolveram no serviço ao Senhor: eles abriram sua casa para a igreja na cidade onde moravam, ajudaram Apolo expondo-lhe com mais exatidão o caminho do Senhor e, posteriormente, até mesmo arriscaram sua cabeça pela vida do apóstolo Paulo (At 18:2-3, 26; 1 Co 16:19; Rm 16:3-5). Que sejamos úteis ao Senhor em qualquer situação.

O exercício dos dons para o reino

Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte (Lc 19:13)


Is 11:8; Lc 7:37-38; 8:1-3; Jo 16:13; At 20:35; Rm 14:17; 1 Co 14:31; Hb 4:11



A descrição da manifestação do reino dos céus é maravilhosa, pois revela uma esfera de justiça, alegria e paz (Is 11:8; Rm 14:17). Nossa entrada vitoriosa no reino dos céus requer de nós hoje que cresçamos na vida de Deus. Para que a vida divina cresça, temos de seguir o Senhor negando a nós mesmos (Mt 16:24).
O apóstolo João já tinha ouvido essas palavras do Senhor Jesus, mas somente quando estava idoso, em sua maturidade, foi que a realidade dessas palavras lhe foi revelada. A revelação e a prática da palavra de Deus vêm pelo Espírito da realidade (Jo 16:13). O Espírito da realidade é o próprio Deus Triúno, isto é, o Pai, o Filho e o Espírito. Ele nos dá vida, nos unge e nos guia a praticar as palavras do Senhor, a fim de nos esforçarmos para entrar no reino (Hb 4:11).
Olhando para nossa condição atual, devemos perceber a necessidade de negar a nós mesmos e crescer na vida divina para herdar o reino. Além disso, precisamos exercitar os nossos dons para nos tomarmos reis. O Senhor quer nos aperfeiçoar e conceder graça até que nossos dons se tomem ministérios.
Já recebemos o dom de invocar o nome do Senhor e precisamos exercitá-lo para orar, falar por Deus e profetizar. Na igreja todos podem falar (1 Co 14:31): homens, mulheres, jovens, idosos ou crianças. Podemos exercitar nossos dons nas grandes reuniões ou nas pequenas reuniões de casa. Todos podem e devem profetizar.
Os serviços também fazem parte do nosso ministério. Se deixamos de exercitar algum aspecto do ministério, estamos abrindo mão de nossa função. Todos devem exercitá-lo, para um dia ganhar o reino como galardão.
Também temos o ministério das ofertas de riquezas materiais. Este ministério não é apenas para os homens, mas também para as mulheres. Na verdade, na Bíblia estão registradas mais ministras de riquezas materiais do que ministros. Os evangelhos mostram que quem ofertava bens para o Senhor Jesus eram irmãs (Lc 7:37-38; 8:1-3).
Ofertar é um dom de extrema importância. Quando começamos visitar o Chile para levar a Palavra às pessoas ali, os irmãos eram muito pobres, pois estavam no período pós-revolução. No início, eu não quis deixar os irmãos ofertarem, mas, como a situação deles não mudou em dez anos, eu me arrependi diante do Senhor. Eles tinham sido tolhidos da graça por não ofertar. Então os orientei com a seguinte ilustração: se uma família consumisse dez pãezinhos por dia, poderia ofertar um ao Senhor, como dízimo, e isso não iria prejudicar o sustento da casa. Graças ao Senhor, os irmãos praticaram essa palavra, e, tempos depois, não somente a situação das igrejas melhorou, como também a condição financeira de todo o país. Ofertar é receber graça!
Precisamos sempre recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: "Mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20:35).