05 maio, 2012

Restaurados à presença de Deus.


Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença (At 2:28). Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo 14:23)

Gn 2:6-9, 15-17; 3:1-24; Rm 5:12

No jardim do Éden, Adão e Eva eram supridos por Deus e podiam alimentar-se de todas as árvores do jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:9, 17). Contudo Satanás queria introduzir no homem a natureza pecaminosa para que este não mais pudesse se alimentar da árvore da vida, que estava no meio do jardim, e, dessa forma, impedir que o homem mantivesse comunhão com Deus. Então a serpente, seduzindo Eva, levou o homem a desobedecer ao SENHOR e comer do fruto da árvore proibida. Como consequência, Adão e Eva foram expulsos do Éden (3:6, 24).
Antes eles não precisavam preocupar-se com o suprimento alimentar, pois recebiam tudo de Deus; daquele momento em diante, porém, teriam de plantar o que comer, conforme o SENHOR disse: “No suor do rosto comerás o teu pão” (v. 19). Sabemos que, se alguém quer que a terra produza algo, tem de derramar suor, pois uma planta não cresce de um dia para o outro. Portanto Adão teria de esforçar-se para obter o próprio alimento.
Deus não desejava que o homem fosse expulso do Éden. Antes, Ele o havia colocado lá para que o homem tivesse Sua presença e Ele tivesse a presença do homem. Contudo, após terem pecado, Adão e Eva se esconderam da presença de Deus, porque se lhes abriu o entendimento e perceberam que estavam nus. Como forma de justificar-se, coseram para si folhas de figueira e fizeram uma cinta, porém tal veste não era duradoura (Gn 3:7-8).
Além de expulsá-los do jardim e fechar-lhes o caminho para a árvore da vida, Deus pôs um querubim para guardar a entrada (vs. 23-24). O querubim representa a glória de Deus, indicando que o homem pecou e carece da glória de Deus (Rm 3:23).
Além disso, havia ainda uma espada flamejante. O fogo que ardia na espada se refere à santidade, enquanto a espada representa a justiça. O capítulo 3 de Êxodo apresenta a questão do fogo relacionado à santidade. Certo dia Moisés estava no deserto apascentando ovelhas quando viu uma sarça ardente que não se consumia. Maravilhado, foi até lá ver o que era. Então o SENHOR lhe falou por meio da sarça e disse que tirasse as sandálias, porque aquele lugar era santo (vs. 1-5). Assim, vemos que o fogo representa a santidade.
A espada é um instrumento usado para lidar com a injustiça. O jardim do Éden era um lugar santo, ali não havia injustiça. Depois de comer do fruto da árvore do conhecimento, no entanto, o pecado, cuja fonte é Satanás, entrou no homem, e sua alma foi despertada. A obra maligna estava feita e o homem havia perdido a comunhão com Deus.
Porém Deus não desiste do homem nem de ter sua presença. Por saber disso, o apóstolo Paulo, no final de uma de suas epístolas, escreveu: “O Senhor seja com todos vós (2 Ts 3:16). De fato, a maioria das pessoas pensa que precisa da presença de Deus, mas poucos sabem que Deus precisa da presença do homem. Deus precisa de nós! Por isso, para manter sempre essa comunhão mútua, devemos invocar a todo instante: “Ó Senhor Jesus!”.