05 julho, 2012

Refletindo...

O exemplo mais santo

O Senhor, tenho-o sempre à minha presença; estando Ele à minha direita, não serei abalado.

Salmos 16:8



Esta é a maneira que devemos viver. Tendo o Senhor sempre à nossa presença, teremos o companheiro mais nobre, o exemplo mais santo, a consolação mais agradável e a influência mais poderosa. Essa tem de ser a atitude resoluta de nossos corações. “Tenho-o sempre à minha presença” é a atitude que precisa ser mantida com firmeza e determinação. Estar sempre contemplando o Senhor e ouvindo sua voz – essa é a atitude correta para o homem piedoso. Seu Deus está bem perto dele, enchendo todo horizonte de sua visão, guiando-o no caminho da vida e providenciando o assunto de suas meditações. Quantas vaidades evitaríamos, quantos pecados venceríamos, quantas virtudes manifestaríamos, quantas alegrias experimentaríamos, se realmente colocássemos o Senhor sempre à nossa presença! Por que não o fazemos?

Esta é a maneira de ficarmos seguros. Estando o Senhor sempre em nossas mentes, chegaríamos a sentir segurança e certeza, porque seu Ser estaria bem próximo de nós. Ele está à nossa direita para ajudar-nos e guiar-nos. Portanto, não somos abalados pelo temor, nem pela força, nem pelo engano, nem pela volubilidade. Quando Deus permanece ao lado direito de uma pessoa, esta com certeza permanecerá firme. Vinde, inimigos da verdade! Avançai contra mim como uma tempestade furiosa, se quiserem. Deus me sustenta e permanece comigo. A quem eu temerei?


Autor: Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

O arrependimento nos prepara para o reino.

Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3:9)

2 Co 7:10; Hb 12:17


A segunda tentação enfrentada pelo Senhor ocorreu quando o diabo sugeriu que Ele se atirasse do pináculo do tempo, utilizando as seguintes palavras: “Se és Filho de Deus, atirate abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra” (Mt 4:6). Essas palavras provêm de um trecho do salmo 91. De fato, Jesus sabia que Deus poderia mandar anjos para impedir que Ele se ferisse caso se atirasse do alto, mas Ele novamente deu prioridade à vontade de Deus revelada em Sua Palavra, conforme lemos no versículo 7: “Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. Dessa forma, o Senhor novamente venceu o diabo.

Na terceira tentação, o diabo disse a Jesus que Lhe daria todos os reinos do mundo e a glória deles se, prostrado, o adorasse. Novamente, o Senhor Jesus lançou mão da Palavra divina para mostrar que toda adoração é devida apenas a Deus. Vejamos os versículos 10 e 11: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. De igual modo, para vencermos o inimigo, não podemos aceitar a glória que vem de homens. Antes, rendemos nossa adoração apenas ao Senhor, o único digno de ser exaltado.

Após vencer as tentações, o Senhor passou a pregar e a dizer: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Com essa palavra, o Senhor queria despertar as pessoas para as coisas concernentes ao reino e para a necessidade de arrependimento. O arrependimento nos prepara para a chegada do Rei e para o estabelecimento do reino dos céus na terra. Por isso o ponto crucial para recebermos o evangelho do reino é o arrependimento.

Quando praticamos o ponto crucial do evangelho do reino, cooperamos com Deus para o estabelecimento do reino dos céus. Por isso nossa prática na vida da igreja deve ter por objetivo ajudar outras pessoas a se preparar para o reino: buscando o reino de Deus em primeiro lugar, cogitando das coisas de Deus e negando a si mesmas (Mt 6:33). Precisamos também ajudá-las a ver que esse processo de negar a vida da alma é contínuo, não se esgotando de uma vez por todas.

Damos graças a Deus porque temos ouvido essas palavras e temos sido despertados a nos arrepender, a cada dia, voltando toda a nossa alma para o espírito (2 Pe 3:9; Hb 12:17). Dessa maneira, gradativamente estamos deixando de lado nossos próprios interesses e opiniões e dando prioridade às coisas do reino. Assim, estamos sendo supridos com Sua vida, e o Senhor tem como fazer Sua vontade por meio de nós.