07 janeiro, 2013

O Senhor alimenta e cuida de Seus discípulos.

 
Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor (Jo 21:12)

 
Jo 20:27-29; 21:1-14
 

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Em cada era o Senhor levanta um ministério para executar Sua vontade, e para executar esse ministério, Deus chama e unge Seus ministros. Quando um ministro usado por Ele é recolhido, seu ministério pessoal cessa. Então o Senhor levanta outro ministro com seu ministério para conduzir os filhos de Deus. Nesta semana falaremos do último ministério levantado por Deus no Novo Testamento, o que permanecerá até a volta do Senhor.

Desde o início de Seu ministério, o Senhor havia chamado discípulos para cooperarem na pregação do evangelho do reino. Na ocasião daquele primeiro chamamento, eles tudo deixaram para seguir a Jesus. Porém, logo após a morte e ressurreição do Senhor, eles não sabiam ainda como se conduzir. Simão Pedro foi pescar e levou outros consigo, indicando que, sem a presença física do Senhor, eles tinham a tendência de voltar a se preocupar com a busca do sustento terrenal.

Além de Pedro, Tomé também estava presente. Na primeira vez que o Senhor apareceu após a ressurreição, os discípulos estavam reunidos, mas Tomé não estava entre eles. Como Tomé não acreditou no relato dos que haviam visto o Senhor, Ele apareceu uma segunda vez e lhe disse: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”. E Tomé respondeu: “Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20:27-29).

Tiago e João, os filhos de Zebedeu, eram outros dois discípulos que também foram com Pedro. Além deles estavam também Natanael de Caná da Galileia e outros dois. Naquelas circunstâncias, eles haviam pescado a noite inteira e nada apanharam. Pela manhã, o Senhor Jesus apareceu na praia, mas os discípulos não O reconheceram. Ele lhes ordenou que lançassem a rede para o lado direito do barco. Ao atenderem essa ordem, os discípulos pescaram uma grande quantidade de peixes. Então João reconheceu o Senhor. Em seguida, Pedro cingiu-se e lançou-se ao mar, enquanto os outros foram com o barco. Quando chegaram à praia, já havia pão e peixe prontos.

João é referido nesse relato como o discípulo a quem Jesus amava. Ele foi o primeiro discípulo a reconhecer o Senhor ressurreto em Sua terceira aparição. Pelo contexto do final do capítulo 21 de seu evangelho, vemos que a João foi concedido o ministério, que o Senhor fará permanecer até a Sua segunda vinda.

Neste episódio o Senhor mostrou aos discípulos que não precisavam se preocupar com o sustento, pois Ele permanecia cuidando deles. O mesmo ocorre conosco hoje. Não precisamos nos preocupar com aquilo que deixamos para seguir o Senhor, pois Ele é fiel em cuidar de cada uma de nossas necessidades.
 


Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan


As duas esferas durante o reino dos céus.

 
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens  (Mt 24:45-47)

 
Mt 25:30; Mc 10:45; Lc 13:25-28; 1 Co 3:12-15; Ap 21:2

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Por ter comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, o homem possui esses dois aspectos em sua alma. Facilmente identificamos a parte má, contudo, se queremos ser úteis ao Senhor, e não um obstáculo, também precisamos discernir as coisas que procedem da parte boa da alma, pois ambas as partes pertencem à mesma árvore e produzem o mesmo resultado: morte. A fim de aprendermos a negar a nós mesmos, o Senhor nos colocou na vida da igreja, em uma esfera santa, onde podemos viver no espírito, guardando Sua palavra e invocando Seu santo nome, e, assim, crescer e ser transformados em filhos maduros.

Além disso, enquanto estamos no processo de transformação, precisamos aprender a servir uns aos outros na vida da igreja, assim como aquele jumentinho que estava pronto para servir (Mc 10:45). Como servos fiéis e prudentes, precisamos dar o sustento aos conservos. Em Mateus 24:45-47 vemos que, quando o Senhor vier com o Seu reino, retribuirá a esse servos, confiando-lhes todos os Seus bens. Isso significa que aqueles que estiverem maduros reinarão com o Senhor. Dessa maneira, estarão cumprindo o que Deus determinou e serão coroados como correis com Cristo.

O Senhor tem nos dado ferramentas que promovem esse viver de alimentar os conservos. Temos os livros espirituais que nos revelam a palavra de Deus, os quais usamos não para enfatizar nem debater doutrinas, mas para nos suprir com a vida de Deus. Também recebemos do Senhor o encargo de abrir vários bookafés, que são estabelecimentos com um espaço agradável e acolhedor, onde podemos ter comunhão com todas as pessoas, orar com elas e ajudá-las a crescer na fé e se preparar para a vinda do Senhor.

Mateus 25 nos revela as características dos cristãos maduros na questão do crescimento da vida e na questão da obra. Eles têm óleo nas vasilhas, o que significa negar a si mesmo, para que o Espírito de Deus permeie e governe sua alma. Igualmente devem negociar seus talentos, seus dons, isto é, buscar ter experiências na obra do Senhor a fim de serem aperfeiçoados no viver normal da igreja.

Esse capítulo da Bíblia revela também que os que forem reprovados pelo Senhor não entrarão na esfera de glória do reino, pois serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 25:11-12; 30). Eles não irão perecer eternamente, mas serão disciplinados para amadurecerem e serem salvos (1 Co 3:12-15). Isso será necessário para que todos os filhos de Deus, os que um dia creram em Jesus Cristo, sem exceção, estejam aptos a fazer parte da nova Jerusalém, que descerá do céu no final dos mil anos (Ap 21:2). Dessa maneira, a promessa feita em João 3:16 se cumprirá, pois todo aquele que Nele crê, viverá eternamente.

Precisamos ficar impressionados com essa revelação e ter uma mudança em nossa atitude para com as coisas de Deus. Do contrário, ficaremos na esfera das trevas exteriores, para onde os servos negligentes serão lançados, ou seja, do lado de fora do reino, da esfera das bodas, onde Cristo estará reinando com Sua noiva, os cristãos vencedores (Lc 13:25-28). Ó Senhor Jesus!



Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Transformados pelo Espírito e fogo.

Alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe 4:13)

 
Mt 3:11; At 2:21; 4:12; 1 Co 6:11; 1 Pe 1:6-9, 22
 

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A experiência de Pedro nos traz muita esperança de que podemos ser transformados. Ele é um exemplo para nós, pois apesar de suas falhas, se arrependeu e perseverou em seguir o Senhor, por isso receberá seu galardão na vinda do reino. Assim como ele, cometemos muitas falhas diante do Senhor. Todavia, se confessarmos nossas falhas e nos arrependermos, seremos transformados e obteremos o fim da nossa fé: a salvação de nossa alma (1 Pe 1:9).

Pedro percebeu que a salvação da nossa alma é obtida pela ação purificadora do fogo do Espírito. Em Mateus 3:11, quando pregava o evangelho, João Batista afirmou que o Senhor Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Isso indica que no Espírito Santo há o fogo capaz de purificar nossa alma. Embora os sofrimentos exteriores nos ajudem a nos arrepender e buscar o Senhor, quando passam, muitas vezes voltamos à velha condição. Mas os sofrimentos interiores, causados pelo fogo do Espírito, nos fazem arrepender-nos e ter nossa alma purificada (1 Pe 1:22).

Quando nossa vida da alma se manifesta, devemos invocar o nome do Senhor Jesus, confessando nossas faltas. Quando mais invocamos o Seu nome, mais Espírito e vida recebemos. Por meio de Seu nome e de Seu Espírito, somos justificados e santificados (1 Co 6:11), e podemos, então, ser úteis ao Senhor hoje e no porvir.

Por isso dizemos que o Senhor entregou a Pedro o ministério de invocar o nome do Senhor. Ao dar testemunho da salvação de Deus, Pedro afirma que abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 2:21; 4:12). Naqueles dias Pedro ainda não estava completamente transformado, mas, por seguir o Senhor, negando a vida da alma e invocando Seu nome, Pedro pôde ser usado por Deus em Sua obra, e muitas pessoas foram salvas.

No mundo que há de vir o Senhor precisará de pessoas preparadas para governar as nações. Hoje, no entanto, Ele deseja nos aperfeiçoar e nos preparar para esse dia. Embora não estejamos completamente prontos ainda, Ele conta conosco para nos usar, assim como foi com Pedro. Que nosso coração esteja sempre pronto a atender ao chamamento do Senhor e disposto a receber Dele toda a disciplina e correção necessárias. Se formos purificados e transformados pelo fogo do Espírito hoje, na vinda do Senhor em Seu reino receberemos louvor, glória e honra (1 Pe 1:6-7).




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Restringidos e transformados pela vida e frutíferos na obra.

Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas. Os seus olhos serão cintilantes de vinho, e os dentes, brancos de leite (Gn 49:11-12)

 
Gn 49:22; Ez 17:6, 8
 

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As bênçãos e profecias proferidas por Israel em Gênesis 49 são muito significativas, especialmente as que se referem a Judá e José.

Ontem vimos que Judá foi comparado a um leão. Porém, no versículo 11, existe outro animal relacionado com a benção recebida por Judá, um jumentinho amarrado à videira mais excelente. Assim, vemos que Judá é comparado a um nobre leão que tem um jumentinho amarrado à vide.

Um jumento possui uma alimentação rudimentar, que geralmente consiste em pasto. Mas esse jumento atribuído à Judá está amarrado à vide, de modo que somente pode se alimentar de uvas. Essa dieta especial causa-lhe uma transformação, em que seus olhos cansados tornam-se cintilantes de vinho, e seus dentes amarelados ficam brancos de leite (v. 12). Tal transformação somente é possível por estar amarrado à videira, sendo restringido a comer apenas uvas.

Se for criado solto, o jumento se alimenta de qualquer coisa que lhe cause atração. Ele não recebe o mesmo tratamento que um cavalo, como banho, tosa, escovação e alimentação adequada. Um jumento muito dificilmente irá querer receber um tratamento desses. Ele quer ter a liberdade de ir por onde quiser e comer o que quiser. Além disso, para domá-lo, não adianta usar a vara. O jeito é amarrar o jumento à vide e deixar que ele se alimente de uvas.

A benção profética a José também é muita significativa. Ele foi comparado a um ramo frutífero, plantado junto à fonte, o qual possui galhos que se estendem sobre os muros (v. 22). Podemos afirmar que Jacó se referia aos ramos de uma videira. A produção de uvas evoluiu com o passar do tempo, passando a ser cultivada de forma suspensa, em parreiras. Já, antigamente, na época de Jacó, as videiras eram rasteiras. Porém a profecia nos diz que os ramos de José se estendem sobre os muros. Isso significa que a vida divina, aqui representada pelos ramos da videira, possui a capacidade de superar qualquer obstáculo, por maior que seja, a fim de se expandir e alcançar toda a terra.

Quanto melhor for a terra e quanto mais perto estiver da fonte de água, mais a videira irá crescer e se espalhar, alcançando todos os lugares. Em Ezequiel 17:6 vemos uma videira larga e de pequena estatura, que produzia ramos e lançava renovos. O versículo 8 nos diz: “Em boa terra, à borda de muitas águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e dar frutos, e ser excelente videira”. Precisamos ser como essa videira, plantada em boa terra, junto às águas, junto à fonte da vida.

Graças ao Senhor pelo genuíno viver da igreja! Por um lado, somos restringidos em nossa dieta espiritual a comer apenas “uva”, isto é, a nos alimentar das palavras que nos dão vida e transformam nosso viver. Por outro, quanto mais próximos estamos da fonte da vida, mais cheios da vida divina seremos, e nossos “ramos” se estenderão por sobre os “muros” e seremos frutíferos em Sua obra.




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan