10 fevereiro, 2013

O final do ministério de Paulo.

Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:12-14)

2 Tm 1:15; 4:7-8

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Durante seu aprisionamento e depois de realizar algumas viagens, Paulo escreveu suas últimas quatro epístolas: duas para Timóteo; uma para Tito; e outra aos Hebreus. As cartas dirigidas a Timóteo e Tito tratam dos desvios causados pelas doutrinas de homens e degradação da igreja. Paulo exorta seus cooperadores a cumprirem seus ministérios, mantendo-se firmes na graça, mesmo diante dessas adversidades.


Embora não seja assinada, todos os estudiosos da Bíblia concordam que a carta escrita aos Hebreus também foi redigida por Paulo. Nessa carta ele testemunha sobre o mundo que há de vir, que Deus irá sujeitar ao homem. Também atesta a superioridade do Senhor Jesus, nosso Sumo Sacerdote, que intercede por nós junto ao Pai. Cristo está acima da lei de Moisés, sendo a realidade de todas as sombras e figuras do Antigo Testamento. Nele todas as promessas de Deus já foram cumpridas.


Infelizmente no final de sua vida, ao completar seu ministério, algumas igrejas não estavam em uma situação boa. Ele mesmo afirma que todas as igrejas da Ásia o haviam abandonado (2 Tm 1:15). Embora as igrejas estivessem nessa situação Paulo completou sua carreira, conforme disse em sua última epístola: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (4:7-8). Ele concluiu seu ministério epistolar e, sendo fiel a Deus, transmitiu toda a revelação que havia recebido.


Louvado seja o Senhor! Quanto à edificação da igreja o próprio Senhor pessoalmente se encarrega de realizá-la, pois Ele mesmo disse que edificaria Sua igreja (Mt 16:18). Não importam quantas falhas existam nem mesmo quão degradada esteja uma igreja, Aquele que fez a promessa é fiel e cumprirá Sua palavra.


O final do ministério de Paulo nos deixa muitas lições para praticarmos. Precisamos tomá-lo como modelo de perseverança e viver cristão, mas também aprender com seus erros (Fp 3:12-14). Vamos prosseguir; vamos avançar para o alvo! Aleluia!







Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan



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A revelação neotestamentária nos escritos de Paulo.

Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros; pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo (Ef 3:1-4)

 
 
At 19:22; 23:23-24; 25:11; 28:30; 1 Pe 5:12
 

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Depois que Paulo foi preso em Jerusalém, os judeus continuavam planejando matá-lo. Por causa disso ele foi levado para Cesaréia (At 23:23-24). Ali estavam os governantes da Judeia, que o inquiriram sobre o que havia acontecido. Depois de apresentar sua defesa diante das autoridades locais, tendo respondido às acusações feitas contra ele, Paulo apelou para César, pois ele era cidadão romano (25:11). A partir de sua prisão ele passou a desenvolver o aspecto epistolar de seu ministério.

Naquele momento Paulo estava sozinho. Timóteo havia ficado na Macedônia (19:22), e Silas já não estava mais ao seu lado – tempos mais tarde vemos que Silas foi para Babilônia servir ao lado de Pedro (1 Pe 5:12). Deus não permitiu que o ministério de Paulo terminasse, pois ainda era necessário que ele escrevesse as revelações que lhe havia confiado. Por esse motivo, o Senhor permitiu que Paulo prosseguisse seu ministério por meio das epístolas, nas quais ele discorreu acerca da economia neotestamentária.

Depois de ter apelado para César, ele ficou muitos anos preso em Roma, onde alugou uma casa na qual aguardava o dia de seu julgamento, e nela recebia as pessoas que o visitavam (At 28:30). Após algum tempo, ele recebeu autorização de Roma para visitar algumas igrejas. Por esse tempo, ao retornar de sua quarta viagem para Roma, escreveu as epístolas aos efésios, colossenses, filipenses e a Filemom.

A Epístola aos Efésios possui um resumo de toda revelação que Paulo havia recebido de Deus. Nela escreveu sobre a economia neotestamentária de Deus: o conteúdo da fé cristã, que inclui: o trabalhar do Deus triúno no homem tripartido, a predestinação e a plena filiação, a redenção, a igreja, as bênçãos espirituais, o viver cristão e o Corpo de Cristo.

Na Epístola aos Colossenses, ele destaca Cristo como o mistério de Deus (2:2), revelando todas as Suas riquezas. Aos filipenses ele fala sobre nossa meta em alcançar o prêmio, nos esforçando para reinar com Cristo, sendo aprovados por Ele no Dia do Juízo. Na carta a Filemom vemos a importância de amarmos e cuidarmos de nossos irmãos, independente das características que apresentem. Graças ao Senhor por todas essas epístolas, pois por meio delas podemos compreender melhor a vontade de Deus e praticá-la.
 





 


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Escrito por Dong Yu Lan



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O perigo de não seguir o Espírito.

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2:8)
 
At 18:22; 20:23; 21:4, 11-12, 18-26; Rm 9:1-3; 15:25-27, 30-31
 

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Em sua segunda viagem missionária Paulo estabeleceu igrejas em algumas cidades da Macedônia e Acaia, começando pela igreja em Filipos, depois em Tessalônica, Bereia, Atenas e Corinto. Em Filipos algumas pessoas receberam o evangelho com singeleza de coração. Todos os que iam sendo salvos abriam seus lares para receber os irmãos. Certamente a vida da igreja entre eles era praticada de modo muito simples, com reuniões nas casas uns dos outros.

Ao vermos a simplicidade do viver dos irmãos naqueles dias, precisamos considerar nossa atual situação. Infelizmente existe muita tradição e formalidade entre nós. Nossos conceitos e doutrinas nos impedem de viver a vida da igreja com a simplicidade e pureza que havia na igreja primitiva. Que o Senhor tenha misericórdia de nós, fazendonos voltar à simplicidade do primeiro amor e à prática das primeiras obras.

Por alguma razão, ao final da segunda viagem, algo mudou em Paulo. No término de sua segunda viagem ele não retornou diretamente para Antioquia, igreja de onde havia partido, mas subiu à Jerusalém e depois desceu para Antioquia (At 18:22).

Em sua passagem por Jerusalém, viu a situação de escassez na qual viviam os irmãos, pois naqueles dias a região da Judeia passava por um grande período de fome. É certo que isso trouxe preocupação para Paulo, pois vemos que uma das metas de sua terceira viagem era arrecadar ofertas para os irmãos em Jerusalém, mantendo a esperança de que esse serviço melhorasse sua relação com os irmãos da Judeia (Rm 15:25-27, 30-31; 2 Co 8-9).

O enfoque de Paulo em sua terceira viagem havia mudado. Antes ele cuidava apenas da pregação do evangelho e do estabelecimento de igrejas. Mas agora ele passava pelas igrejas a fim de arrecadar ofertas para Jerusalém. Nesse contexto o que se evidencia é o zelo de Paulo e seu amor natural por seus compatriotas (Rm 9:1-3).

Enquanto desenvolvia essa missão em cada cidade por onde passava, o Espírito o advertia de que ele seria preso caso prosseguisse essa viagem (At 20:23). Além disso, os irmãos e os que cooperavam com ele insistiram para que não subisse a Jerusalém (21:4, 11-12). Paulo poderia ter confiado a entrega das ofertas para alguém, mas decidiu ir pessoalmente a Jerusalém.

Ao chegar a Jerusalém, Paulo não foi recebido da maneira como esperava. Embora tivesse a revelação da economia neotestamentária de Deus, Paulo foi subjugado pela forte influência do judaísmo ali e constrangido por Tiago a fazer voto de nazireu (vs. 18-26; Nm 6:13-17). Essas coisas acabaram trazendo prejuízo para seu ministério e poderiam ter dado fim a tudo o que havia sido revelado a ele. Pela interferência divina, no momento em que Paulo estava para findar os dias da purificação, quando faria os sacrifícios relativos ao voto, o Senhor permitiu o surgimento de um grande tumulto entre eles. Paulo quase foi morto pelos judeus, mas o Senhor o poupou, e Paulo acabou sendo apenas aprisionado (At 21:27-36).

Impedido de realizar suas viagens missionárias, Paulo não tinha mais como realizar seu ministério edificador. Todavia Deus, em Sua misericórdia, ainda queria usá-lo para desempenhar seu ministério no aspecto epistolar. Veremos mais sobre isso nos próximos dias.

Ao servir o Senhor e realizar Sua obra, sejamos cuidadosos em não permitir que nossas preferências, conceitos e tradições nos impeçam de fazer a Sua vontade.







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Escrito por Dong Yu Lan



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A obra realizada segundo a direção do Espírito.

À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho (At 16:9-10)

 
 
At 15:1-2, 13, 19-22, 33-34; 16:1-15, 24-34, 40
 

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Paulo iniciou seu ministério edificador e, ao final de sua primeira viagem, havia levantado muitas igrejas entre os gentios. No entanto alguns indivíduos desciam da Judeia e diziam a esses irmãos que, se eles não se circuncidassem, segundo o costume de Moisés, não poderiam ser salvos (At 15:1). Por essa causa houve grande discussão da parte de Paulo e Barnabé com eles (v. 2). A questão teve de ser levada aos apóstolos e presbíteros de Jerusalém, de onde se havia originado o problema.

Mesmo diante dos apóstolos e presbíteros, alguns fariseus que haviam crido afirmavam que os gentios deveriam ser circuncidados e observar a lei de Moisés. Após vários debates, relatos e considerações, os apóstolos, liderados por Tiago (v. 13), resolveram não impor toda a lei mosaica aos gentios, mas lhes escreveram que se abstivessem de algumas coisas (vs. 19-20). Ao final, determinaram que dois irmãos, sendo um deles Silas (v. 22), acompanhassem Paulo e Barnabé até Antioquia para que a carta fosse lida na igreja.

Após a leitura da carta em Antioquia, Judas retornou para Jerusalém, mas pareceu bem a Silas permanecer ali (vs. 33-34). Podemos inferir que Silas preferiu permanecer ao lado de Paulo por perceber que ele seguia a direção do Espírito. Ele certamente pôde sentir a diferença que havia entre a esfera celestial que prevalecia em Antioquia e a esfera de tradições judaicas que prevalecia na igreja em Jerusalém.

Tendo Paulo se apartado de Barnabé (vs. 36-39) e escolhido Silas, partiu para sua segunda viagem ministerial. Eles foram primeiramente para Derbe e Listra, onde conheceram a Timóteo (16:1). Acompanhado por Silas e Timóteo, Paulo realizou uma viagem totalmente sensível à direção do Espírito. Por causa disso, eles puderam discernir quando o Senhor os impedia de ir a algum lugar e também concluir que direção deveriam tomar (vs. 6-10).

Em Trôade, depois de Paulo receber uma visão de um varão macedônio pedindo ajuda, eles imediatamente partiram para Macedônia, entendendo que essa era a direção do Espírito. A primeira cidade em que aportaram foi Filipos (v. 12). Eles não conheciam ninguém naquela região e não tinham para onde ir. Todavia o Senhor era com eles, e saindo da cidade encontraram um lugar junto a um rio onde poderiam orar. Ali encontraram algumas mulheres para quem pregaram o evangelho (v. 13). Dentre elas havia uma vendedora de púrpura chamada Lídia (vs. 14-15), a qual, depois de ter recebido a palavra que falaram, convidou-os a permanecer em sua casa. Foi nessa casa que os irmãos de Filipos começaram a se reunir, e ali começou a igreja naquela cidade (v. 40).

Depois desses fatos, Paulo e Silas foram aprisionados após terem expulsado o espírito adivinhador de uma jovem e provocado a ira dos que lucravam com ela (vs. 16-21). Estando presos, foram açoitados e amarrados a um tronco pelos pés (v. 24). Mesmo diante dessa situação, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores ao Senhor, quando um terremoto os libertou de suas cadeias, bem como todos os que estavam naquela prisão (vs. 25-26). Vendo o carcereiro que todas as celas estavam abertas, puxou da espada com o fim de suicidar-se, pois era o responsável por aqueles presos, “mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus” (vs. 28-33).

Tempos depois, já quase no final de sua vida, Paulo escreveu uma carta à igreja naquela cidade, na qual ele expressava a gratidão pelo amor e zelo daqueles irmãos, os quais se associaram a ele na obra do evangelho e procuravam suprir as necessidades do apóstolo (Fp 4:10-17). Assim, a segunda viagem de Paulo foi totalmente guiada pelo Espírito, pois ele aguardava em oração a direção que Deus lhe daria.







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